Henry Purcell

Henry Purcell (1659-1695)

É considerado o maior compositor inglês do período barroco, assim como Couperin e Bach o foram para a França e a Alemanha. A sutileza da expressão musical deste compositor esteve muitos anos ofuscada pela música de Haendel, que conquistou os ingleses. As principais obras de Purcell são as óperas Dido e Aeneas, baseada em Virgílio, e The Fairy Queen. Como organista da Abadia de Westminster, o músico foi encarregado de compor a música a ser executada durante os funerais da Rainha Mary, em 1694. O resultado foi a magnífica e ao mesmo tempo melancólica e comovente Funeral Music for Queen Mary II. Assim como Mozart, a vida de Purcell foi breve, o que não o impediu de nos deixar mais de quatrocentas composições.

Pequena Biografia de Purcell.

Henry Purcell nasceu e morreu em Londres, respectivamente nos anos de 1659 e 1695. Sem dúvida, ele é o compositor inglês mais importante da segunda metade do séc. XVII, e durante o séc. XVIII nenhum compositor inglês se lhe igualaria (lembre-se que Häendel era somente naturalizado inglês, e de origem alemã).

Purcell era filho de um violinista da orquestra do rei, e estudou com vários compositores, entre os quais John Blow. Em 1674 é nomeado afinador do órgão da abadia de Westminister, e em 1677 compositor para os violinistas do rei.

Em Londres, Purcell era o compositor que certamente teria o maior relevo na vida musical da cidade, e a sua obra, tendo em conta o seu período de vida, é variada e extensa. Compôs a primeira ópera inglesa (Dido e Eneias), semi-óperas, odes, música religiosa, música de cena e de câmara.

A música de Purcell é uma miscelânea encantadora do "grandeur" lullista, de uma grande originalidade temática, e de uma mundanidade por vezes estonteante, especialmente nos episódios cómicos das suas semi-óperas. Além do mais, combina a todas estas características uma simplicidade despretensiosa no que toca à composição dos temas vocais. Mas o melhor de Purcell encontra-se nas suas peças instrumentais, nas sonatas em três partes, nas fantasias para violas, ou nas suas "curtain music".

Continuando...

Da sua obra são mais conhecidas as suas semi-óperas, às quais Purcell dedicou muito do seu tempo para criar obras que, assemelhando-se ás "comédie-ballet", são mais expressivas e inventivas. Destas semi-óperas, o melhor encontra-se em "The Fary Queen" e "King Arthur", a obra-prima do género.

A sua única ópera, "Dido and Aeneias", é sem dúvida a obra-prima de Purcell, e a obra encontra-se gravada a letras douradas nas páginas da história da música. São mais admiráveis a justeza de expressão dramática no recitativo "Belinda, in thy boosom" e na ária "When I am lay'd", uma das maiores árias alguma vez escritas.

Da sua música religiosa o melhor é, sem sombra de dúvida, a música composta para o funeral da rainha Maria, em 1695, as elégias, os hinos e as marchas.

A frase que melhor expressa o seu valor e importância no seu tempo é o seguinte comentário de um contemporâneo: "finalmente um compositor tão bom ou melhor quanto os estrangeiros".

When I Am Laid In Earth

Da ópera de Henry Purcell (Dido & Aeneas) composta em 1689, um dos trechos mais conhecidos e sem descrição é o lamento de Dido, When I am laid in earth, uma chacona, que foi gravada inclusive por artistas antigos da escola operística tradicional. Aeneas foi levado para longe da guerra por feiticeiros, e a rainha Dido, em desespero, está prestes a matar - se.


Thy hand, Belinda; darkness shades me
On thy bosom let me rest
More I would, but Death invades me
Death is now a welcome guest

When I am laid, am laid in earth,
May my wrongs create
No trouble, no trouble in thy breast;

When I am laid, am laid in earth,
May my wrongs create
No trouble, n trouble in thy breast;

Remember me, remember me
But ah! forget my fate

Remember me,
But ah! forget my fate

Remember me, remember me
But ah! forget my fate

Remember me,
But ah! forget my fate

Dido's lament - Emma Kirkby

Na voz singular de Emma Kirkby

Interpretação de Janet Baker (Dido & Aeneas - When I am laid in Earth)



sem palavras

Praise The Lord, O Jerusalem, Z. 46

Interpretação do Coro e Orquestra do VII Encontro de Música Antiga de Recife/Olinda, sob a regência de Homero de Magalhães Filho.
https://www.youtube.com/watch?v=EQvxDyEHJbk

Uma bela homenagem a esse gigante do barroco, que viveu apenas 37 anos...

Qual música mais lhe emociona?

Para mim, é Fairy Queen - I. Os solos de trompete e órgão são maravilhosos , divinos.

Nossa, aquela ária "I Attempt from Love´s sickness to fly" de The Fairy Queen me emociona muito!! A melodia é muito bonita! Alguém teria a tradução pra postar aqui????

A obra de Purcell é excelente, mas eu destaco o "Te Deum" e "Jubilate Deo".

Em King Arthur, a cena da Danse... "See, see we assemble"... a música me levou a comprar a ópera, e buscar outras músicas e obras desse compositor riquíssimo....

Os diversos "anthems", a "Funeral Music for Queen Mary", Dido e Eneas, e, claro, a "Wellcome to all the pleasures" (ode de 1683).

O Solitude e os Grounds.

A procissão da marcha do funeral da Queen Mary... triste, reflexiva, profunda, emocionante.

As obras de Purcell para teclado (cravo e órgão) também são sensacionais.

Five Pieces

Rondeau - acho ela simplesmente sublime, alguém conhece?

Alguém poderia me ajudar com informações a respeito da obra "The Indian Queen" de Purcell? Estou por fazer um trabalho de uma ária dessa obra, que se chama "I attempt from love´s sickness to fly" e não tenho informações sobre o trabalho todo... alguém poderia me ajudar?
agradeço desde já!

DIDO & AENEAS

É uma linda peça, e a aria final da Dido, "Remember me", que é pungente, foi usada num tristíssimo episódio do seriado Band of Brothers da HBO (aquela produção do Tom Hanks e do Steven Spielberg sobre a 2ª GG).