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Aviação, tudo sobre!

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Mensagem por MacGyver 14/7/2019, 00:52


O F-14 possui um poderoso sistema de controle de tiro AWG-9, que engloba um potentíssimo radar, sistema ótico (TCS), datalink, entre outros. Com alcance de descoberta de cerca de 300 quilômetros, o AWG-9 pode gerenciar 24 alvos e designar os 6 mais prioritários para os mísseis Phoenix ou outro míssil ar-ar. Pela US Navy, os Tomcat entraram em ação pela primeira vez em 1981 quando abateram dois caças Su-22 Fitter sobre o Golfo de Sirtes. Durante a Guerra do Golfo, o Tomcat abateu um único helicóptero, já que quando o F-14 detectava uma aeronave iraquiana, esta se escondia. O F-14 só foi exportado para o Irã, o que ocorreu em 1973. Os F-14 foram encomendados para fazer frente aos constantes voos de reconhecimento dos MiG-25 soviéticos, já que nenhuma aeronave então em serviço com a Força Aérea Iraniana tinha capacidade de impedir as incursões dos velocíssimos Foxbat. Um total de 80 aeronaves foram encomendadas, sendo recebidos 79 Tomcat, quando ocorreu a Revolução Islâmica no Irã, o qual cortou relações com os EUA. Apesar dos inúmeros problemas em manter essas aeronaves, como falta de peças de reposição, por exemplo, o Irã ainda mantém cerca de 28 a 30 aeronaves em condições de voo. Essas aeronaves foram responsáveis pelo abate de cerca de 35 aeronaves iraquianas durante a Guerra Irã/Iraque.
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Mensagem por MacGyver 14/7/2019, 00:57


Na US Navy, em 1983, 38 aeronaves foram modernizadas para o padrão F-14A Plus, redesignado em 1991 como F-14B. As maiores mudanças foram na remotorização e na aviônica. Em 1990 começaram as entregas do que seria a versão definitiva do Tomcat: a F-14D Super Tomcat. Equipados com motor F110 e radar APG-71, o F-14D também recebeu melhorias no datalink e nos sensores. A US Navy tinha planos para a conversão de mais de 400 F-14A para o padrão F-14D, mas o projeto foi cancelado, restando apenas 18 convertidos e 37 novos. Mesmo recebendo constantes melhorias, o F-14 saiu de serviço em 2006.
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Mensagem por MacGyver 14/7/2019, 00:59


Especificações
a Tipo: Caça Embarcado de Superioridade Aérea
a Ano: 1970
a Operadores: Estados Unidos e Irã
a Motor: 2 turbofans Pratt & Whitney TF-30P-414A com pós-combustor
Empuxo máximo militar 92,97 kN
Com pós-combustão 116 kN
a Pesos:
Vazio 18.036 kg
Máximo na decolagem 33.724 kg
Capacidade de combustível Interno: 7.348 kg
a Dimensões:
Altura 4,88 m
Envergadura (asas com enlfechamento mínimo) 19,54 m
Envergadura (enflechamento máximo) 11,65 m
Comprimento 19,19 m
Superfície alar 53,49 m²
a Performances:
Vel. máxima Mach 2.34 (2.500 km/h)
Teto de serviço 18.000+ m
a Autonomia:
Máxima 3.219 Km
a Armamentos:
Ar-ar Mísseis de curto alcance AIM-9 Sidewinder, médio alcance AIM-7 Sparrow e AIM120 AMRAAM e de longo alcance AIM-54 Phoenix
Ar-superfície Bombas de queda livre, Rockeye, bombas de cacho CBU-59 e guiadas a laser
Outros 1 canhão General Eletric M61A-1 Vulcan de 20mm com 675 projéteis. Carga bélica máxima: 6.577 kg
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Mensagem por Paranhos 14/7/2019, 23:14


Um dos melhores interceptadores, não...

Sem sombra de dúvidas, era o MELHOR interceptador de longo alcance em operação, até a sua desativação. Isso se devia ao seu sublime sistema de armas (inicialmente o AWG-9, depois incrementado com o APG-71) e pelo seu armamento (AIM-54A/C Phoenix), com uma relação de detecção/disparo de 315km (bombardeiros), 215km (caças) e 120km (mísseis de cruzeiro/anti-navio) para 188km (disparos frente-à-frente) e 120km (disparos contra inimigo em fuga). Houveram pelo menos três episódios onde os Tomcat entraram em combate real, uma delas ocorrendo em 1986, na costa da Líbia, onde um elemento em CAP do VF-32, embarcados no porta-aviões USS John F. Kennedy, interceptaram e abateram dois Su-22 líbios no mar mediterrâneo, o outro episódio ocorrendo em 1991, durante a Guerra do Golfo, quando tentaram interceptar um caça MiG-29 iraquiano, efetuando o primeiro tiro real do AIM-54, porém sem sucesso. Também abateram um helicóptero no final do conflito (aeronaves do esquadrão VF-74 Bedevilers, embarcados no USS Saratoga). O último esquadrão a deixar a primeira linha da marinha foi o VF-31 Tomcatters, em agosto de 2006, quando estavam embarcados no USS Theodore Roosevelt (CVN-71), na frota do atlântico, sendo substituídos pelos Super-Hornet, não tenho certeza quanto à versão, se foram os Hornet E ou F, a tendência da substituição, na maioria dos esquadrões, pela variante F, algumas poucas pela E... Quanto às especificações técnicas no comentário do nosso colega acima, gostaria de ressaltar que se referem somente à versão A, a versões A+/B e D tendo outras especificações... assim que eu tiver as mesmas, posto aqui para vocês. Um grande abraço para todos os amantes deste magnífico caça, que assim como eu, provavelmente pensam que a sua substituição foi um pecado necessário, mas ainda assim um pecado. Como disseram Maverick e Goose, "I feel the need... the need for speed!!!"
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Mensagem por sombriobyte 15/7/2019, 02:47


São aviões bons, mas seu tempo acabou...

As atividades de porta-aviões requer aeronaves confiáveis e o F-14 depois de 30 anos de serviço não é mais seguro e sua manuntenção ficaria muito cara, por isso os Norte-Americanos tomaram a decisão certa de retirá-lo do serviço ativo ao contrário do Brasil que insiste em revitalizar sucatas aéreas como os f-5 br e a marinha com os VF1 sky hawk, um avião obsoleto para uso militar.

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Mensagem por Paranhos 15/7/2019, 10:54


Pois é, Sombriobyte...

Realmente, eu fiquei sabendo através de um amigo falconeiro que esteve conversando com um técnico da U.S.Navy que tava muito difícil manter os F-14. Para cada hora voada, eles ficavam cerca de 5 horas nos hangares dos porta-aviões passando por manutenção. Além disso, há outros fatores que fizeram com que os F-14 saíssem de operação. Em primeiro lugar, com o fim da Guerra Fria e da ameaça de ataques em grande escala contra as força-tarefas de porta-aviões por parte dos bombardeiros da URSS, a razão de ser dos mísseis AIM-54 Phoenix deixou de existir, por isso não é mais necessária a sua plataforma de lançamento, ou seja, o F-14. Para o combate BVR de médio e curto alcances, os Hornet são mais eficientes e, principalmente as novas versões F/A-18E/F, têm um RCS muito menor, sendo que os F-14 têm um RCS enorme, cerca de 20m2, o que o torna ineficiente em um ambiente onde a baixa-assinatura RADAR têm imperado. São aviões grandes, que ocupam muito espaço nos conveses dos porta-aviões, além da necessidade de uma grande linha logística para mantê-los. Segundo informações da U.S.Navy, a substituição dos F-14, A-6, A-7, F-4 e EA-6B pelos Hornet têm economizado cerca de US$1.000.000,00 por ano para a Marinha americana, reduzindo a linha logística, aumentando a eficiência das equipes de manutenção, a disponibilidade das aeronaves e aumentando a eficiência das forças-tarefa de porta-aviões, fazendo muito mais com menos recursos físicos. A decisão da Marinha foi certa.

Porém, essa decisão, que traz enormes benefícios a médio e longo prazos para aquela arma, exigiu um grande investimento na aquisição das novas aeronaves, que têm custo de aquisição alto. Isso só foi possível porque os Estados Unidos dispõem de um orçamento militar anual altíssimo, cerca de US$400.000.000.000,00 se não estou enganado. Caso essa não fosse uma solução viável, os F-14 poderiam ser reformados e continuar em operação. Estudos conjuntos entre a Marinha e a Northrop Grumman deixaram claro que os F-14 poderiam operar por muitos anos ainda, ao serem reformados...
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Mensagem por Paranhos 15/7/2019, 11:01


Assim como foi feito com os F-5M da FAB. Muita gente criticou o projeto F-5BR, mas eu acompanhei o processo desde o começo, e digo que foi uma decisão muito inteligente por parte da FAB. Antes de mais nada, é preciso entender o objetivo principal da FAB ao tocar este projeto pra frente.
A FAB tinha plena consciência da suas deficiências frente seus possíveis oponentes, seja no nosso TO, seja em algum TO mundo afora, e a principal deficiência era em relação à aviônica e sensores. Hoje em dia, a plataforma em si não faz mais tanta diferença, mas sim os sensores e armamentos que esta leva, além da sua suíte aviônica e instrumentos da interface homem-máquina. A FAB, que estava dando andamento no projeto F-X, pensava em comunalizar sua frota, ou seja, substituir todas as suas aeronaves de combate por um único tipo, mas isso não era possível naquele momento, sendo um projeto a ser executado em longo prazo. Então, era necessário uma plataforma para preparar os futuros pilotos deste novo caça para operá-lo de forma eficiente. Isso foi feito desde o começo do preparo do futuro piloto, que passa pelos A-29 que, apesar de serem aviões turbo-hélice e de baixo desempenho comparados com caças modernos, têm uma das suítes de aviônica-sensores mais moderna do mundo, sendo mais eficiente do que as de outras aeronaves de combate modernas, como os lotes mais antigos dos F-16 e F/A-18! O mesmo acontece com os F-5M. São aeronaves antigas, com células muito rodadas, mas um grande estudo foi feito para verificar a viabilidade, ou seja, se as células aguentariam mais 15 anos de uso, porém com sua eficiência aumentada. Os resultados estão aí, quem acompanhou o processo em detalhes pode ver. Um exemplo disso é o que aconteceu durante o CRUZEX 2006, quando as forças do país vermelho (inimigo) enfrentou de igual para igual as forças da Coalizão (franceses, chilenos, venezuelanos, argentinos, etc...), não só impondo arenas BVR aos atacantes, como também conquistando a superioridade aérea sobre o espaço de batalha.
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Mensagem por Paranhos 15/7/2019, 11:07


Portanto, não acho justas as críticas que foram feitas à FAB pela decisão de tocar o F-5BR para frente. Foi uma solução barata e eficiente para iniciar a modernização da FAB. Claro, não há como manter essas aeronaves em uso por muito mais tempo, logo elas precisarão de um substituto, sendo que este provavelmente substituirá os M-2000 e A-1 também, sendo a nova FAB uma força de um só caça, porém muito mais eficiente que todos os outros modelos juntos, como podemos acompanhar nas principais potências militares ao redor do mundo, como USAF, USN, Armée d'Lair, RAF, etc. Porém os futuros pilotos destas aeronaves de caça já estão sendo preparados para operar num ambiente todo digital, de alta tecnologia, através das plataformas já em uso, diminuindo custos e aumentando a eficiência do fator humano dentro da força.
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Mensagem por Paranhos 16/10/2019, 14:45


Lockheed Martin C-130 Hercules

O C-130 é uma máquina muito versátil e de suma importância para a FAB, sem dúvida a melhor aeronave de sua categoria já inventada, reunindo capacidade de carga, autonomia, velocidade, pousando e decolando de pistas curtas e de diversas condições. O C-130 é verdadeiramente uma máquina de guerra, é capaz de levar um tanque em seu compartimento de carga e até lança-lo a uma baixa altitude, lançar paraquedistas, cargas de todo tipo, transportar todo tipo de coisa pra lugares remotos e que outras aeronaves não conseguiriam chegar. Esta é a aeronave usada pra ressuprimento no continente antártico, sendo também muito eficaz em missões de reabastecimento em voo e busca e salvamento (SAR). E isso é só o começo, pois existem várias versões do C-130 operando em forças aéreas de todo mundo. O Hércules é um cinquentão com muito gás pela frente!!!!
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Mensagem por Professor Black 16/10/2019, 15:12


Paranhos,

Uma homenagem justa e oportuna àquele que se acostumou a transportar o mundo em suas asas.

"....o c-130
é forte ...."
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Mensagem por Geômetra 18/10/2019, 19:31


CONCORDE

Quem pode viajar nele nunca mais esquece, sua velocidade era de mach 2 e a visão da atmosfera terrestre era impressionante, seus detalhes é uma obra de arte francesa e inglesa. 16 foram construídos ficando 8 para Air France e 8 para British Airways sendo seu último voo no dia 24 de outubro de 2003. Fazia de Londres a New York em apenas 4 horas, esteve no Brasil no Rio de Janeiro em 1980...

Foi aposentado não apenas por causa do acidente na França em 2002, já havia planos de aposenta-lo antes daquilo, por causa do custo-benefício.
A passagem era cara e não havia muito conforto e espaço, além dele ser um grande beberrão de combustível, sempre foi um erro manter o Concorde na ativa.

Ele era uma aeronave incrível, mas custava muito mantê-lo.
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Mensagem por Eugene Hector 18/10/2019, 19:51


A manutenção era cara pra caralho sim, mas a principal causa foi o 11 de setembro.
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Mensagem por Eugene Hector 18/10/2019, 19:53


Pouca gente sabe, mas o primeiro avião de passageiros supersônico da história foi o soviético Tupolev TU-144.

Os soviéticos roubaram o projeto do Concord e construíram o TU-144 meses antes dos capitalistas.

Não sei muito da ficha técnica das duas aeronaves, muito menos do custo beneficio entre preço da passagem X combustível e conforto das duas. O custo benefício do Concord eu sei que era inviável.
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Mensagem por Paranhos 18/10/2019, 22:28


Na verdade foi o contrário. O projeto soviético era falho e, por isso, não foi para frente. Os projetos foram adaptados por ingleses e franceses para a construção do Concorde.

Quanto a informação de que o Concorde só esteve no Brasil em 1980, não é verdade. Alguns aviões eram usados para voos fretados, muitos deles para o Rio de Janeiro, onde podiam ser vistos no Aeroporto Galeão Tom Jobim.
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Mensagem por MacGyver 18/10/2019, 22:38


Na verdade o Concorde foi usado em voos comerciais regulares no Brasil, pela Air France. Em 1976 os EUA proibiram o pouso lá, então a British Airways iniciou seus voos Londres-Barein, e a Air France Paris-Rio de Janeiro (via Dakar). Os voos pro Rio duraram até 1982, depois só os fretados...
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Mensagem por Paranhos 29/10/2019, 14:42


Pessoal, esses dias assisti um filme chamado Flyboys e percebi uma falha: Os Nieuports apareciam com motores fixos, quando na realidade eles possuíam um motor rotativo Le Rhône de 9 cilindros. Não quero aqui criticar o filme, que como diversão despretensiosa, alcançou seus méritos. Gostaria apenas de postar aqui informações sobre estes curiosos motores...
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Mensagem por Paranhos 29/10/2019, 14:46


O que é um motor rotativo? É um motor radial que gira junto com a hélice, ou seja, ao invés do torque do motor ser transmitido ao eixo da hélice, este torque é transmitido via caixa de transmissão a um eixo fixo na antepara "corta fogo" da fuselagem. Assim, o conjunto inteiro hélice - motor girava em conjunto. Era muito popular nos aviões da WWI: Sopwith Camels, Triplanes, Babies usavam motores rotativos Clerget ou Le Rhône - bem como a série Nieuports. Os alemães usaram motores Oberursel nos Fokkers Eindecker, DII, DrI, DVI e DVIII (o único Fokker com motor em linha a ser fabricado em série, foi o DVII).
Tinham por vantagens serem leves e por dispensar refrigeração a líquido, uma vez que a própria rotação do motor fazia este papel. Todo motor radial (rotativo ou não) tem um número ímpar de cilindros (5,7,9 etc..), sendo um deles, chamado de cilindro mestre cuja função era orientar a rotação do motor e a sequência de ignição dos cilindros. Outra vantagem do motor radial era que por oferecer uma grande área frontal, poderia "proteger" o piloto (e isso francamente, eu tenho lá minhas dúvidas...). Este mesmo aspecto, era uma desvantagem aerodinâmica por oferecer muita resistência frontal ao deslocamento do avião. Outras desvantagens eram o imenso efeito giroscópico que faziam o avião rolar para o sentido de rotação do motor, facilitando a rolagem e curvas para este lado, dificultando porém para o lado oposto - além de empinar o nariz do avião. Isso obrigava o piloto a sempre aplicar o leme nas manobras de rolagem para evitar a perda de controle do avião. O Camel era conhecido como "matador de cadetes", tantos os acidentes em treinamento por sua dificuldade de manobras. Esse efeito giroscópico limitava a potência dos motores. Os Fokkers E IV usavam motores de dupla coluna de 160 HP (dois motores em série) e o efeito giroscópico foi tanto, que Oswald Böecke escreveu a Anthony Fokker para voltar a motorização original, tamanhos problemas de manobrabilidade encontrados por ele chegando ao ponto de ter de desligar o motor durante as curvas em batalha, o que deixava o piloto muito vulnerável. Os alemães acharam uma solução genial para este problema no Siemens Schuckert DIV. Eles adotaram uma hélice quadripá imensa com pás "em remo" (como se estivessem embandeiradas - uma vez que na época não havia controle de passo das hélices). Esta hélice girava em sentido oposto ao motor diminuindo o efeito giroscópico e proporcionando a possibilidade de uso de motores mais potentes...
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Mensagem por Paranhos 29/10/2019, 14:52


Uma curiosidade: Os motores rotativos ingleses usavam óleo de rícino como lubrificante, cujos respingos causavam reações adversas nos pilotos...

Como a vedação dos anéis na época não era muito boa, alguns pilotos alemães diziam ''farejar'' a presença de aviões ingleses por perto. Claro que isso era lenda...
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Mensagem por Eugene Hector 29/10/2019, 15:33


Eu já tinha lido algo a respeito, muitas vezes ficavam enjoados e indispostos para o voo! Aliás, uma dúvida: foram usados outros tipos de motores além dos rotativos?
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Mensagem por Norman, o herege 29/10/2019, 15:44


Creio que na Primeira Grande Guerra, salvo raras exceções, a maioria do motores eram rotativos e, até hoje, em aeromodelos, utiliza-se de "Beaver Oil" ou, mais comumente chamado "Óleo de Rícino", são usados como lubrificantes e também como refrigerantes dos motores!
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Mensagem por Gárgula 29/10/2019, 19:28


FLY BOYS

Eu achei incrível o filme quando vi... muito bem feito!!!

Acho uma ótima oportunidade para todos conhecerem mais sobre esses aviões da PGM e como foram as batalhas naquela época (ressaltando inclusive o cavalheirismo nos céus).
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Mensagem por Paranhos 29/10/2019, 19:52


O que comentar? O filme vale apenas pelas cenas de dogfights - e ainda assim com ressalvas. O resto é pura besteira (ainda que se diga ser baseado em fatos reais...).
As ressalvas nas cenas de batalha são:
1) No início o filme faz alusão de que se passa em 1916. Os triplanos DrI surgiram em agosto de 1917. O que dá a entender no final é que se passa em 1917, meio confuso...
2) Os pilotos estavam situados perto de Jametz (onde havia o depósito de munição que eles desejavam destruir). Os Jastas que faziam a cobertura da região eram o Jasta 23 (20 Jul 1917 - 24 Nov 1917) e Jasta 6. Nenhum deles possuía a cor vermelha como marca de esquadrão (Jasta 6 ainda tinha os profundores listrados, vistos em alguns aparelhos alemães no filme).
3) O vilão do triplano negro... é um mistério! Candidatos: Eduard Von Schleich, conhecido como Cavaleiro Negro, foi comandante dos Jastas 21 e 32 e Jagdstaffeln IV, pilotou apenas nesta época Albatross DVa todo negro e seu Jasta não enfrentou a esquadrilha Lafayette.
Hptm. Adolf Ritter von Tutschek, comandante do Jasta 12. Voava em triplano negro, quando abatido em 15/03/18 pelo RFC. Local e data errados...
Joseph Jacobs: pilotava um triplano negro, com um diabo em chamas, pintado na lateral. Obteve a maioria de suas 48 vitórias sobre balões cativos aliados locado no Jasta 7, cuja cor oficial do esquadrão era negro...
4) O filme dá a impressão de que os americanos "massacraram" os alemães nos ares. Risível, pois foi exatamente o oposto que aconteceu. Para se ter uma ideia do tamanho "cacete" que os alemães infligiram sobre os aliados nos céus da França, em setembro de 1918 - 2 meses antes do final da guerra, onde tudo estava definido a favor dos aliados e o racionamento de combustível, material humano e técnico pesavam contra os alemães - estes abateram: 373 aviões da RAF, 100 aviões franceses e 87 americanos, num total de 560 aparelhos. Os alemães admitiram perda de 107 aparelhos.

Ainda que os aliados tivessem capacidade de "absorver" estas perdas e os alemães não, mas isso não influencia o fato inquestionável da qualidade de equipamento e material humano dos alemães...
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Mensagem por Paranhos 29/10/2019, 19:56


Cavalheirismo...

Ocorreu de fato muitas vezes nos céus da França. O caso mais conhecido foi entre Ernst Udet e Charles Guynemer. Mas no decorrer da guerra, com o aumento da pressão sobre os pilotos e a crescente competitividade, houve excesso de ambas as partes. O horror da guerra das trincheiras (tão bem retratado por Otto Dix) meio que contaminou o espírito dos pilotos. O caso mais notório é o de Werner Voss, que tinha por hábito metralhar os aviões aliados abatidos...
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Mensagem por Gárgula 29/10/2019, 22:16


Discordo...
Não acho que o filme dá a impressão que os americanos massacraram, pois pode se ver que os aviões dos alemães eram muito melhores, com duas metralhadoras e etc... Mostra sim, que o grupo americano foi corajoso e deu sua ajuda.
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Mensagem por Paranhos 29/10/2019, 22:32


O Nieuport 17 - o avião usado pela esquadrilha Lafayette, também tinha duas metralhadoras: uma montada sobre a asa superior - um sistema chamado Foster Mounting - que permitia o piloto deslocar a metralhadora e atirar para cima (Albert Ball usava esta técnica para abater os aviões de observação Roland DII alemães). Além desta, outra metralhadora estava montada sobre a carenagem, sincronizada com o giro do motor (que é a que mais era usada no filme).

Resumindo: uma metralhadora Lewis .303 usando o sistema Foster Mounting na asa superior e outra Vickers de igual calibre sincronizada com a hélice.
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