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Poesias extraordinárias

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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 14:27

Espaço exclusivo para a postagem de criações poéticas extraordinárias.
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 14:29

Eis uma coletânea que escrevi quando era adolescente. Na sequencia...
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 14:39


Aqui faço uma proferição muda!

Sobre o ardor de um deserto
do alto de um prédio
desabafo meu tédio
analisando o mundo de perto.

Fumaça sobre ares
Cobaias sobre solos
Fogo formando seus pares
Humanos, todos mortos...

Fogo se entrelaçando
Cobaias se arrastando
Projéteis voam pelo céu
Cobaias pedindo o véu...

Cobaias não são o réu
O acusador é que os fazem
Isto aqui não pode ser o céu
porque os demônios a cada dia nascem...

Vivemos todos à beira do inferno
sofrendo sob o ardor de um deserto

Mande-me uma máscara!
Uma máscara contra gases
Gases que são as respostas dos demônios
aqueles que possuem o mundo hoje...

E o amanhã?!

O que será do amanhã
se não houve um ontem?

A terra está revestida
por uma máscara de oxigênio
porque os demônios são curiosos
mas não dizem que a curiosidade mata?

Sim, ela nos mata
pois ''eles'' vivem com suas experiências
pois ''eles'' possuem suas cobaias
cobaias que lutam até a morte...

Me deem uma máscara para me proteger!

Eu preciso respirar!
Eu preciso sentir!
Quero ver os montes límpidos
cheios de ternura e alegria!

Mas quem são estes seres maléficos denominados demônios?
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 14:56


Os demônios são homens;
homens que querem o mundo
homens maléficos
homens sociopatas
homens políticos
homens que almejam ser importantes
homens que se vendem
homens que choram sangue
homens que almoçam pessoas
homens que arrotam podridão
homens juntos até o fim
homens com seus ''fiéis'' companheiros
homens sem família
homens que sofrem fobias
homens traumatizados
homens gananciosos
homens individualistas.

A cultura foi feita por estes homens
que não sabem porque fazem as coisas.

Satisfeito?!
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 15:02


A fumaça vai se formando
beijando os lábios de um céu negro
ouço o som das trombetas
vindos do fundo de um abismo...

A cratera abrirá
quando o monte sombrio acordar
e aí só terá fogo pelos alicerces
e tempestade em torno do beliquete...

Os sinos soam avisando
que o monte sombrio acordou
O mal se libertou da cratera
agora os homens que o tiraram vão pagar...

Não adianta barganha
ninguém está ajudando
Que coisa horrível é esta?
Os sinos estão me deixando louco...

Minha mente está fugindo de mim
Os sinos não param de tocar
Estou indo para Armagedom
Pois os sinos estão me chamando...

Eu preciso do caminho!
Eu preciso da Luz!

Me ajude a chegar lá!


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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 15:22


Um urso que vive no fundo de uma caverna
me ensinou como chegar lá!
Vou pedir para Caronte me ajudar
mas ele não pode porque não tenho como pagar...

Perguntei aos Oráculos
mas não falo a língua deles!
Não consigo atravessar os portões!
E os sábios anciões mantém segredo!

Ninguém quer me ajudar!
Não quero morrer com(o) os outros!


Que Luz é essa?!
Que lugar é este?!
Onde estou?
Em Armagedom?

Os sinos pararam
Não enxergo nada!

Sofri uma regressão...

Um deserto bem grande que não tem fim
onde corre um mar vermelho...
Ouço uma voz ora grossa, ora fina
uma voz rouca vinda de longe me chamando...

Olho para todos os lados e vejo um vulto dançando
Começo a caminhar pelo deserto...
Vejo uma silhueta no horizonte
Um ser antigo me fitava enquanto eu observava
uma bela estátua no Olimpo...
Quero encontrar onde os sinos tocam
pois é a única maneira de chegar a Armagedom...
Passo em frente a Esfinge
e ela me propõe uma aposta...

Se eu descobrir seu enigma
irei direto aos sinos...
Mas se errar
caminharei eternamente pelo deserto...  

Fé e razão
Ciência e religião
Minha mente está oculta no universo...

Estou bem de frente aos sinos
Uma densa camada negra encobre o céu
Os mortos calam-se para os vivos...

Uma tempestade ácida corrói o monte sombrio...

Voltei a minha época presente
Finalmente estou em Armagedom
Vejo duas luzes se entrelaçando
As trombetas soam pelo mundo...

Os sinos começam a soar com voracidade
Escorpiões se escondem nas tumbas
Duas bestas roubam os sete selos
Azazel sacrifica seu bode...

Uma força maior ordena que o mal volte
volte para o monte sombrio...

Tudo retorna ao normal
Mas não existe mais nada, nem cidades
Só prédios com seus esqueletos
e fumaça sobre ares...

Volto a caminhar pelo deserto...
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 15:37


Os sinos calaram-se
A cratera fechou-se
O céu negro tornou-se alvo
Monte sombrio virou lenda...

Antigos espíritos e deuses
celebram a festiva!
O que será do amanhã?

O que será do amanhã
se não houve um ontem?

Sobre o ardor de um deserto
do alto de um prédio
desabafei meu tédio
vivendo neste denso inferno...
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 15:47


Será que poderei viver em paz?
Mesmo que tudo tenha voltado ao normal?
Não quero mais uma vida cheia de ''mas''
Me afaste deste lado mau!

Mas por que estou assim?
Mas por que os sinos soam?
Ora sim, ora não?
Será que anunciam algo?
Mas que mistério é este?
Mas o que será deste meu jeito de ser ''galgo''?
Doei riquezas para a podridão?

Nunca descobrirei porque os sinos dilatam a minha mente!
Sinos, minha mente achatará vocês!

A muito tempo que não me sentia tão estranho
Tudo é tão negativo...

Afinal, acho que já estou entendendo tudo!

Sinto que estou à beira do meu destino
mas afinal, quem sou para falar do destino?
''Um simples viajante do tempo''
que navega no deserto?!

Em um navio em longes montes?
À procura de um Oráculo?
Voando em horizontes?
De encontro rumo ao vácuo?

Contornando ao redor de pontes
Procurando o fim do deserto...

Uma lágrima escorre do rosto
mais uma para formar o mar de sangue
se eu penetro no meu posto
percebo que estou em pane...

Tenho medo do destino!
Ora, vamos, para que sentir medo?!
Não posso me condenar!
Nunca o vi!
Nem sei o que é!

Vamos, sábio Fausto, me ajude!
O que é o destino?

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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 15:59


É chegada a hora, a hora do concatenamento dos fatos e causas.
Pra quê?
Para sermos punidos e entrarmos no céu, no inferno ou mesmo num limbo?

A sorte ou fado particular de uma pessoa ou coisa, o que aos homens sucede, em bem ou mal, independentemente de sua vontade, a isto chamamos de destino, a desteridade incontrolável.

Ninguém escapa, ninguém pode fugir e nem ter medo do destino. Seria sua punição conforme sua conduta neste planeta?

Não há lugar para onde ir...

Sempre ficamos a pensar: ''por que ainda vivemos?'', ''poderá ser amanhã?';
mas ele está bem atrás de nós, nos pegando desprevenidos. Mesmo preso a um beliquete temos que destemer esta realidade inelutável.

Devemos continuar a guerra, lutando e lutando para conquistarmos nosso objetivos, dia após dia, e se o dia chegar, chegou, pois tudo na vida tem seu preço e o barato às vezes sai caro.

É chegada a hora, a hora de desanexarmos deste mundo repleto de mistérios que não se sabe por quem, ou por o quê, foram deixados, e irmos para uma dimensão volúvel em nossas imaginações.

É chegada a hora da sentença de morte!

3, 2, 1... Fito bem a Morte!
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 16:11


Glupt, glupt, glupt...
Lágrimas caem
formando o mar de sangue...

Navego pelo mar de sangue
seguindo frios ares
contornando a Luz Oculta
como o beijo de uma puta...

Vou como uma criança
guerreando pelos mares
com a companhia de seu fiel cão
e com a guarda de um anão...

Vou falar com os pássaros agora
encontrar a Luz da Aurora
Chego a um lugar com requinte e luxo
comendo um bolo que ficou murcho...

Enquanto espero me apego a um livro antigo
Monstros mitológicos brincam no mar ensanguentado
Me recordo quando visitei o limbo
lá encontrei até o Diabo...

Vou passar o tempo com um dado
só para ver que número vou tirar...

Até que adormeci...


Última edição por Alquimista em 18/4/2017, 19:15, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 16:22


Nos meus sonhos eu tenho um amigo
um amigo que me visita toda noite
o nome dele é Morfeu
o fiel sobrinho da Morte...

A noite é como uma criança
não se pode depositar confiança
sempre nela há uma lambança
nos enfiando sua pontiaguda lança...

Estou trancado entre quatro paredes...

Perséfone, tire-me daqui!
Este cheiro de enxofre me faz vomitar!
Por que estou ficando com medo?
Estou em mais um pesadelo?

Estou trancado entre quatro paredes...

Que lugar é este?
Ah! Agora já entendi tudo!

Estou em um beliquete...

No beliquete não há saídas...

Mas há uma porta secreta
para chegar até ela
tem que subir uma escada
onde no cume mora a Virgem
deitada numa pluma verde
sob um travesseiro cinza
onde repouso meu descanso todas as noites...

Não sei quantos degraus tem a escada
não me recordo quando foi que subi...

Pra falar a verdade, no beliquete não há portas
esta porta foi uma miragem
como uma árvore seca num rio onduloso...

Eu perdi toda a criatividade
como o ''pode'' do poeta fracassou assim:

''Se os deuses fizeram a escada
ela tem que ser finalizada
se no final não tiver a porta
serei engolido como uma torta!

Aquele rio me comove
eu sei que a água morre
se os deuses fizeram o fim
que ele recaia sobre mim!''


No deserto não há grãos de areia!
No rio não há gotas d' água!
No palheiro não há palha!
Isto só dentro do beliquete!


Última edição por Alquimista em 24/4/2017, 15:39, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 16:33


Dentro do beliquete há um cogumelo
um cogumelo onde dentro mora um cego
um cego guiado pela Luz noturna
que surgiu da cor cinzenta dos três grisalhos do céu...

A escuridão é gélida como um véu
estendido sobre uma cama num velório
no qual um corpo apodrece sem amar
implorando para a Morte que venha lhe buscar...

A sombra do cogumelo me parece ser muito boa
pois já deu abrigo para um leitão e uma leitoa
a sombra do cogumelo é mesmo um verdadeiro abrigo
pois em tudo, tudo e tudo me socorre do perigo...

Eu fico embaixo dele, me aquecendo
e a noite vai chegando
eu fico vendo o que vai acontecendo
e a noite vai esfriando...

Aqui embaixo eu me contento
com uma libação para um malandro...

Globo, redemoinho, régua e lápis
suporte no sofá e no banheiro da cozinha
onde a formiga perguntou onde estava o caviar
com o dinheiro na patinha, pronta para comprar...

O som do retrato aterrissou numa alucinação
e governou daquele mundo numa arcaica nação
a atração está contida numa velha canção
e o som foi-se embora de carona num caminhão...

A estrada fica limpa para a grama crescer
e da torneira jorra água para o grilo beber
e na estrada vai o bode andando sempre a pé
e eu fico aqui saboreando um delicioso café...

Ah! Que emoção!
Queimando o filme numa velha canção
que vai rodando nos redemoinhos portugueses
até chegar nos ouvidos dos noruegueses...

A canção acabou, quem a fez foi o cego
Um cego muito doidão, que mora no cogumelo...


Última edição por Alquimista em 18/4/2017, 19:30, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 16:43


''Um curto espaço de vida...''

Dedicado àquele que deu a ''vida'' por uma conquista
Um mero aprendiz...

Um lendário dos deuses!
Filho da Aurora
Deusa da manhã!

Discípulo de Vênus... de Ashtamôn...

Ashtamôn... um ser perfeito!

O possuidor da magia da Luz, cede seu trono para o príncipe ancião.

Seu drama é teatral
e sua vida recompensada!
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 16:55


De um buraco negro?
Do mulambo eclético?
De um livro de sete letras douradas?

Eis o homem...

Com sua exatidão
pela senda dos mortais
a cada passo ele se aproxima do destino...

No inverno, trouxe comigo três copos de vinho.
Estávamos eu e meus companheiros...
Discutíamos uma dúvida....

Só ela me faz pensar
e isolar a exatidão.

Meu companheiro se abriu comigo.
Descobrimos que a maior dúvida de um mortal é o sentimento.
Será ele o caminho para que os mortais encontrem suas respostas?
Qual a cor do sentimento? Brilhante como uma estrela longínqua?
Qual o som do sentimento? A perfeição de uma melodia perfeita?
Qual a consciência do sentimento? O amor?

Ah! O sacro ofício é o que une a razão ao sentimento
é o que nos lança para o prêmio da eternidade
é o que faz brotar a lembrança de nossa existência.

Ele é que vai nos dizer se somos sinceros e honestos
Ele é o inimigo da dúvida e amigo da exatidão.

Como ele se comunica?
Pelo drama, pela alegria?

Onde o mortal encontra suas respostas?

Pelos sentidos ocultos de sua sensibilidade oculta, a mente!
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 17:20


Uma dor sempre vem junta com um mistério, e com uma esperança, falsa ou não. Quase sempre a dor transforma os sentimentos em razão para viver porque a vida passa a ser um jogo e para vencê-la é preciso derrotar o desafio.

É impossível uma pessoa nunca ter tido um desafio, pois todos se sentem atraídos por alguém ou por algo, e tudo o que atrai é um desafio.

Um ser humano que se preze não pode viver sem a dor. A dor faz sofrer e arrepender. Para quem não sabe enfrentar, a dor termina em suicídio.

Alguns sentimentos são traiçoeiros, injustos, desonestos... tais sentimentos devem ser eliminados. Outros são ricos, inteligentes e grandiosos. Estes devem ser nutridos porque são saudáveis.

O ser humano, para viver, precisa se apegar a algo. Alguns se apegam à religião, outros preferem a música; outros, a política, enfim... É essencial o sacro ofício, ou melhor, é obrigação!

Eu me apeguei às artes porque nela posso libertar emoções que estão além de mim. Por exemplo, através da arte eu passo o que estou sentindo para meus companheiros. Nas pinturas e nos textos estão refletidos momentos de alegria e de tristeza.

Tudo na vida, quando é feito com Sabedoria, é grandioso.

Todos possuem máscaras; todos estão cobertos por carapaças; mas todos são iguais.
Alguns melhores, outros piores...
Alguns buscam sabedoria, outros não...
Alguns são doentes, outros são sadios...
Alguns amam, outros matam...
Alguns constroem, outros destroem...

Ninguém é dono de ninguém!
Pertencemos a deus?!
Cada um faz de sua vida o que quiser, desde que respeite a vida do próximo.

Se você tem um sonho e quer que ele se realize, tem que plantar as sementes. Daí nascerá grande frutos e seu sonho poderá se realizar. Se não se realizar, mude seus sonhos! Não desista! Lute! Para que eles mudem, você tem que viver os momentos presentes e ser forte. Lute! Você merece!

Um dia descobrirei o mistério da dor e abraçarei os meus sonhos até a morte chegar...
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 17:36


Eis o mistério...

o mistério que intriga o ancião...

Vindo do fundo dos dédalos poéticos
surgindo dos confins da solidão
ela se forma através de Vênus e, do efeito de Marte, se solidifica
e contradiz o ancião...

O ancião vivia para Ashtamôn e este era o seu Mestre e Oráculo.

_Ó, Senhor! Pelo terceiro olho que aqui sou digno, me invoque Ashtamôn!
_Sim, meu aprendiz, o que pedes?
_Por que hei de morrer agora?
_Porque a Morte lhe chama!
_Não é o que quero saber! Por que a vida é curta?
_Se achas que a vida é curta, é porque não aprendestes nada!
_Então por que sou um sábio se nada sei?
_Simplesmente pelo fato de se achar um sábio.
_Então por que sou um sábio se nada sei, por que sou um sábio se nada sei...

E enlouqueceu...

Que mistério esteve por trás daquela noite?

Uma noite estrelada, onde a luz do luar iluminava meu pranto, consolando toda minha dor que sentia até então. O único som que se ouvia externamente era de grilos ''cantando'' e, internamente, uma etérea melodia. Uma música suave que não se sabe de onde vinha, só sei que trazia consigo a pureza de uma pérola. Então, percebi que era o meu sentimento que falava.

Foi uma noite especial, talvez inesquecível, até o exato momento. É o que o destino decide? Em seu livro cada página é diferente?
Foi uma noite que gostei e abusei do Saber e hoje esta noite vive só na minha imaginação. Seria bom se ela voltasse...

Neste mistério que vivi...
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 18:05


Bom, na verdade Ashtamôn deixou que o pobre ancião aprendesse tudo sozinho.

Ashtamôn era um mago alquimista que chegou à perfeição e em sua área ninguém o superou. Mas era exigente... Talvez fosse assim por viver entre mentiras e Ele era muito avançado. Morreu jovem... Morreu jovem porque não precisava aprender mais nada. Seu espírito guiou seu discípulo, o pobre ancião. Toda a energia de Ashtamôn passou para o sábio. Então, por que ele não era bom?

_Ashtamôn, Ashtamôn... Por que me destes toda Sua energia e Sabedoria da Alquimia se não possuo o instrumento mágico? Por que sinto essa necessidade dentro de mim? Por que não posso ter este instrumento? Com ele, poderia continuar Seu trabalho e aperfeiçoar minha técnica, pois tenho o dom mas não consigo utilizá-lo. Por que não posso ter o medalhão?
_Meu filho, meu discípulo, não chegastes a hora de expandir ainda. Tu és como eu, pensas como eu, sou eu nos tempos modernos, mas sem a medalha não podes provar. Se tentares agora, crucificarão tu! Não estás preparado ainda. Você ''nasceu'' para ser como eu!
_Tinha de ser hoje!
_Não, pois magoarias pessoas próximas.
_Mas conquistaria outras (orgulho)...
_Já fiz minha parte, agora teu destino não está mais em minha mãos. Daqui por diante, siga seu próprio caminho e quando chegar a hora você será o melhor dos melhores!
_Tem razão, Mestre! Não serei mais criticado numa coisa em que poderia ser o melhor. Adeus, Sofia! Sofro, mas aprendo a lição...

Foi assim que Ashtamôn abandonou seu pobre ancião. Para este, a vida tornou-se curta...
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 19:04


A carta: uma singela proferição muda de um aprendiz!

Será que as pessoas mudaram?
Ou será que eu é que mudei com elas?
Elas não nascem assim
Elas e eu e nós todos mudamos!

Mas quem está certo?
Eu? As pessoas?
O que fiz de errado, afinal?
Por que será que sou tão bonzinho assim?

Acho que quando morrer, não poderei deixar ''nada''
para quem realmente amo
Talvez alguns me guardarão no coração
Talvez outros me guardarão naquela caixa vazia...

Só queria mostrar que sempre quis o bem para a humanidade
Sempre quis amar
e não ser maltratado
só quis ser assim porque sou assim...

E assim eu nasci, vivo e vou indo
até que a morte me separe de quem amo...

Confesso que às vezes erro
mas o pior erro é daquele que não perdoa
Se não perdoa, pode cobrar o perdão?
Sendo assim...

Eis as leis de um mundo material:
''Diga-me com quem andas, e te direi quem és...''
''Amigos, amigos; negócios...'', você sabe...

Eis as guerras que os homens travam
Eis as bandeiras que os homens erguem
Eis os prédios
As casas...

E o sacro ofício?
Onde estará?  
Ainda escondido dentro de nós?
Como fazê-lo? Como sentí-lo?

Como desfrutar da Verdade?
Talvez a própria natureza lhe responda...

O que sou ''neste mundo''?
Uma semente que está prestes a brotar?
Ou uma árvore que existe há milhões de séculos?
Ou não sou nada?!

No mundo material, eu não sou nada!
Não tenho ''nada de bom'' para oferecer
Sou só um simples aprendiz
Um inocente no julgamento...

Já fui pisoteado
Já fui humilhado
Já fui abandonado por quem me ''amava''
no momento em que mais precisava de ajuda...

Mas não sou bobo
Tolas são as pessoas
Ignorantes são as pessoas
Somente faço o que tenho que fazer...

Estás duvidando?
Querem penetrar na minha imaginação?

Todas as manhãs, quando abro a janela
reclino em meu aposento
e descanso meus pensamentos
com os olhos voltados para Júpiter...

Em Júpiter não há árvores
não há cidades
não há emoção
não há sentimentos...

Antes de tudo, a Terra era assim
Só vulcões, explosões... Um inferno!
Até que a Terra se esfriou
E no grande oceano surgiram vidas primitivas  
e vieram os terremotos (abalos sísmicos)
e no encalço a imensa massa de terra foi separada
dando espaço aos filhos do grande oceano
e as vidas foram se desenvolvendo
através de reações químicas
até a construção das usinas nucleares...

Nosso planeta é bem diferente de Júpiter
os oceanos são negros, as nuvens também
e a terra é vermelha...

Na Terra vivem os homens
Há dois tipos de homens:
os que questionam
e os que não sabem porque vivem...

Na vida dos que questionam
acontecem coisas excitantemente perigosas
coisas extremamente incríveis
momentos que marcam profundamente
e nos levam aos túneis subterrâneos
de um mundo desconhecido
um mundo onde o azul claro repousa constante numa mesa colorida
a imaginação corre doce como anis na neve
e os sentimentos derretem deliciosamente
como suspiros em bocas de criança...

A vida de homens que questionam é triste
talvez pela convivência com pessoas ''inferiores''
É uma vida às vezes solitária
como cerejas num quintal...

Afinal, por que vivemos?
O que devemos fazer?
Quando será o nosso fim?
Quanto a isto tudo, tenho as minhas opiniões...

Talvez eu queira ser diferente
uma pessoa rica, muito rica materialmente
para comprar as pessoas e abusar da vida vulgar
ser uma pessoa poderosa, onde todos me obedeceriam
ter as mulheres que quisesse
enfim, ter tudo que ''todos'' almejam
Aí, quando eu ficar velho
já não vou ter o mesmo prestígio de antigamente
todos irão ser falsos comigo
e então o jogo vira
não irei mais ao shopping
ou gastar minhas economias em bebidas
não terei mais prazer com mulheres bonitas na minha cama
não serei forte, tampouco poderoso
e, nessa hora, paro e penso:
fiz tudo de bom na vida, mas por que não me sinto realizado?

Talvez pelo fato de que não tinha feito nada pela minha moral, pelo meu respeito
pelo legado...
Eu simplesmente fui um dinheiro!

Às vezes fico iludido
e acho que essa ilusão vai perdurar pelo resto da vida
até que acontece o contrário
e penso: ''como a vida nos oferece experiências inéditas!''

Um dia, sentei num banco de uma praça
muito cansado, comecei a pintar...
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 19:29


Uma pintura marrom de várias cores cheia de sabão e guardanapo que não tem gosto, ao contrário do tamarindo, que é lindo. Atrás tem um ratinho, tadinho. Três ninhos ficam apoiados sobre um baralho. No fundo, uma orquestra de rock composta por cães davam alegria à escuridão da boite. Num cinzeiro, uma bela fada disse para o sapo que a televisão tem garantia de cinco pedaços de pizza. Enquanto todos viam o filme, um microfone comia quindim em pleno carnaval de trinta e nove polegadas. Nisso, um cristal trocava segredos singelos com um espelho transparente, azul como um passarinho. Um vento tropical fez um pouso de emergência com seiscentos passageiros a bordo numa praia de marmitas prontas para testarem o brilho das lanternas que farejam, rastro a rastro, uma cintilante estrela de natal que caiu numa noite de neve e, depois disso, a quermesse esquentou as turbinas para o próximo voo com destino à solidão, onde o tempo estava ruim e, sem como aterrissar, todos as personagens das estórias em quadrinhos morreram quando souberam que ninguém as amavam e passariam o resto da vida presos a uma cortina em chamas, toda ensanguentada, até que uma porta se abriu e aí entraram os papagaios, todos mortos, os cachorros, todos mortos, os animais, todos mortos, num véu umedecido de lágrimas, numa sensação de morte e culpa inconscientemente atrasados para o enterro de seus pais que foram deixados por todos que morreram depois daquela explosão nuclear que atacou o mundo inteiro, até que nenhuma vida tomou posse mais daquele lugarejo que ficava guardado dentro de uma gaveta naquela pensão onde mora uma velha que fora deixada pelos seus filhos e pelos seus netos, sem nenhuma condição mais de viver entre aqueles quatro muros repletos de armas, de pessoas miseráveis, de filhos paridos que jamais conheceram seus pais, que jamais comeram um pedaço de rosca com um pouco de Pepsi, e que jamais sonharão com um vestido que pegou carona naquela fivela que tirou todas as personagens da página da tristeza e levou elas voando livremente, como uma galinha prestes a saborear a amizade de peixinhos saudáveis que fazem do humor uma bola embrulhada para ser dada como ovos de páscoa no dia dos pais e das mães que não é em janeiro, mas há frutos saborosos cheios de bichinhos de goiaba, onde cavalgam delicadamente em montanhas de chocolate até lamberem os anéis dos professores que nem sabem quando uma andorinha aumenta a quantidade de votos para que a onça seja gentil com os lixeiros que brincam de karatê no meio de uma enchente de enxame de abelhas furiosas porque aquela vela que tinha cheiro de sanduíche queimando uma piada muito engraçada que tinha sido contada por dois cozinheiros que cozinhavam ovos voadores, como pégasos, que depois de ter visto o minotauro comendo broa, naufragou num jardim todo pintado de rosa com uma bela e delicada melodia composta por um vietnamita que adorava a paz e, num jipe, ele levou todas as personagens embora da página da alegria e a pintura terminou com um monte de gaivotas adorando o pôr do sol e batucando no inverno.
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 20:03


E no final da pintura, vinha uma mensagem que dizia o seguinte:

Dos altos prédios,
os sinos tocam.
Olho para meu dedo médio,
mas eles não me olham.

Prédios, prédios, arranha-céu;
pessoas levantam a cabeça para olhar.
Extrairia das flores todo o mel,
se soubesse voar.



E aqui termina a carta.
E aqui se encerra a piada.

Eis a chave do epílogo:

Todas as guerras e tudo que presenciei está dentro do beliquete e será apagado agora!

Adeus, Sofia! A levarei em meu coração!

''Sobre o ardor de um deserto, analisei o mundo de perto...''
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Mensagem por Alquimista 18/4/2017, 20:08


O segredo da Pedra Filosofal foi aqui revelado!

Devo me calar agora!


                                                           FIM
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Mensagem por Alquimista 24/4/2017, 15:40


Me leve para o deserto,
mas tem que ser um chuvoso
para não precisar contar areia,
e com nuvens de chumbo machucando o olho azul...

Tem que ter cacti que dão risadas
e espetos políticos de um churrasco grelhado
queimado pelo sol da chuva,
e enganando a poeira triste que se perdeu...

E aí chega o batalhão de ervilhas verdes
trazendo consolo para o rei Salada.
É por isso que o deserto é insuportável...
Pois se o universo fosse de areia, as estrelas brilhariam?  

Me leve para o deserto,
cujo alfabeto tenha letras douradas,
e acompanhado de uma cervejinha quente,
não há queijo suíço que aguente...

Agora o sol foi dormir
e o lobo acordou...
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Mensagem por Alquimista 24/4/2017, 16:18


Vamos analisar este contexto por inteiro,
neste mundo estranho,
dissecando um peixe das profundezas,
para descobrir qual foi o erro nos tratados...

Daí chegaremos a conclusão
que esta causa não nos pertence,
e é difícil entender...
Mas alguma coisa deve estar certa, só que não entendemos...

Aliás, não entendemos tudo o que olhamos ao redor...
Para isto, aliviando a angústia,
criamos raciocínios lógicos...
Ou melhor, raciocinamos uma possível criação lógica...

Uns se atiram no poço, outros saltam do nonagésimo sétimo andar,
pois acham que não se enquadram...
Passaram a vida toda procurando uma unidade
que nem a ideia de deus conseguiu os satisfazer...

EU prefiro é ouvir uma melodia de Chopin,
que num dia chuvoso fica ainda mais bela...
Suas notas etéreas se dissipam na umidade,
ocultando sutilmente a verdadeira unidade...

Todo tormento começa ao querermos juntar as peças do quebra-cabeça
sabendo que não dispomos de meios para tal...
A própria ideia de divindade, por mais que todos neguem, atormenta...
E onde estará a alma imortal?

Foi assim que aconteceu com os povos antigos
quando olharam para a lua
aquele ''ser'' gigante que se transmutava no firmamento
irradiando uma luz que não era sua...

Ou quando sentiram a frieza da chuva...
e então perguntaram: ''por que estamos aqui?''...
Foi assim que aconteceu...
Afinal, este mundo é mesmo estranho...

Qual será a unidade de tudo?
Âmago de toda a angústia...
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Mensagem por Gigaview 12/6/2017, 18:37



Alquimista, você de fato é um gênio! I love you
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Mensagem por Gigaview 12/6/2017, 22:07


Em se tratando de poesias, pra mim o melhor livro que existe é o ''Parnaso de Além-Túmulo''. Recomendo!
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