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Política na Grécia Antiga

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Mensagem por Cachorrão 27/5/2020, 18:04

Democracia Grega

Quem estudou ou está estudando Grécia Antiga, principalmente o período entre 800 a.c. até a invasão Romana, sabe da importância da democracia grega e de seu maior expoente, Atenas...
Vocês se lembram das ferramentas ou leis que foram surgindo até o momento da invasão de Roma e seus criadores?

Postem... vamos mexer nas fontes históricas, tirar o pó dos livros e as teias de aranha do cérebro!!!
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Mensagem por Cachorrão 27/5/2020, 18:08

Segundo Homero...

Na Ilíada, um conto datado por volta de 750 a.c., uma poesia na verdade, que fora passada de geração em geração e sofrendo adaptações para que fique com a cara da época até que Homero o transcreveu e assim ficou até os dias de hoje.
Mas o ponto onde quero chegar é o seguinte...
É certo que, desde a época retratada na Ilíada, já existiam Assembleias, porém, eram somente para informar as decisões dos Reis aos seus súditos, sendo que os mesmos poderiam comentar, mas pouco podia-se fazer.
Ao fim da idade das trevas Grega, 800 a.c., Sólon fora instituído Tirano para organizar a casa e criou o conselho dos 400; era o início da era democrática Grega, ou Ateniense... onde foram instituídas regras para ser cidadão Ateniense e a representatividade nas Assembleias.

Tudo o que eu for escrevendo, pode e deve estar cheio de falhas ou falta de alguma informação crucial, afinal de contas, sou apenas um curioso escrevendo ao vento, esperando que com esse ato, possa atiçar uma pedrada pelo menos...
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Mensagem por Monalisa 27/5/2020, 18:55

Apesar das virtudes da democracia direta grega, não podemos esquecer que a mesma tinha pouca legitimidade, pois somente os cidadãos participavam.
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Mensagem por Cachorrão 27/5/2020, 19:06

Infelizmente...

Nada de nosso passado, como espécie, teve ou terá perfeição em suas ações ou atos.
Mas é inegável que o conceito de Democracia é o legado mais importante que um povo antigo poderia nos deixar, ou que fomos espertos o bastante para manter, com mudanças bem é verdade, mas tenho que lembrar que até os meados do século XIX, em vários países democráticos, as eleições eram somente para quem era rico, alfabetizado e homem.
No Brasil os senadores da velha república eram homens ricos, somente eles poderiam ser políticos de ponta.

O que vale no contexto histórico, é que eles criam a forma de política milenar. Com erros? Sim, nada é perfeito, se existisse a perfeição o mundo não teria graça e o trabalho seria tedioso.
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Mensagem por Martinho Lutero 27/5/2020, 23:09

Pelo que sei a democracia surgiu com Clístenes, que liderou uma revolta popular contra o sistema tirano que vingava e reincorporou antigas medidas feitas por Sólon e Drácon.
Clístenes refez a assembléia popular - apléia -, o helieu - tribunal de justiça -, dividiu a Atenas em 10 tribos para minimizar os poderes aristocráticos - eupátridas - e reformulou a Bulé, antigo conselho dos 400.
Clístenes também promoveu normas para manter a democracia e sufocar a tirania, como o Ostrascismo, sem contar em emendas para diminuir os conflitos entre as classes - partidos -, seguido posteriormente por outros governantes, como foi o caso de Péricles.

Bem, foi um resumo do que me lembro agora.
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Mensagem por Cachorrão 28/5/2020, 01:42

Evolução política em Atenas

A primeira forma política em Atenas foi a monaquia, onde existia o basileu que era o rei e as famílias eupátridas, que era o arcontado e o areópago, que era uma assembleia geral, discutia questões relativas ao poder legislativo e escolhia os membros do arcontado. Queria saber qual era função do arcontado dentro da sociedade ateniense, ficarei agradecido quem responder.
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Mensagem por Martinho Lutero 28/5/2020, 01:58

O arcontado era dividido em três tipos, que exerciam três diferentes funções:
O Arconte Polemarco era responsável pelo setor militar;
O Arconte Epônimo era responsável por setores religiosos da população;
O Arconte Thesmothetas eram responsáveis por julgar ou defender os Thetas e os Georgóis.
É claro que estes poderes têm ramificações e não foram tão simples assim, até por conta dos outros órgãos, mas basicamente era isso.
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Mensagem por Cachorrão 28/5/2020, 02:42

Obrigado amigo, ajudou bastante.
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Mensagem por Norman, o herege 28/5/2020, 13:25

Bom dia a todos.
A respeito da Segunda Fase da Guerra do Peloponeso, tenho uma pergunta a fazer.
Um pouco antes de começar a Segunda Fase, Alcibíades se consagrou como o "chefe", algo assim, em Atenas, certo? A proposta dele era conquistar Siracusa, aliada de Corinto, que abastecia o Peloponeso com alimentos.
1ª pergunta: Siracusa era de domínio espartano? Pois a Guerra do Peloponeso foi um conflito travado entre atenienses e espartanos, então gostaria de saber se eles queriam conquistar esta região por causa dos espartanos, além do retorno financeiro que teria a eles.
2ª pergunta: Sabemos que Alcibíades foi acusado por seus adversários políticos, e então foi para o lado dos espartanos, entregando os planos de Atenas.
Alcibíades foi acusado do que? E quem eram seus adversários políticos? Eram atenienses que eram contra suas ações?
Além do mais, outra pergunta rápida: Por que Esparta aceitou Alcibíades? Eles não tinham consciência de que Alcibíades fora um "líder" ateniense? E, entregando os planos atenienses à Esparta, ele não seria considerado um traidor?
Aguardo resposta, obrigado.
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Mensagem por Imhotep 28/5/2020, 13:48

1º- Siracusa era colônia de Corinto e como esta integrava a liga comandada por Esparta, então Siracusa apoiava Esparta.

2º- Alcibiades foi acusado de profanação do templo de Hermes e por isso foi considerado sacrílego e deposto. É claro que isto ganhou força graças aos seus inimigos. Em Atenas sempre havia correntes políticas contrárias que ficavam arquitetando uns contra os outros. Ele não foi o primeiro nem o último a ter esse tipo de problema em Atenas. E quanto a aliança com os Espartanos, estes fariam qualquer coisa para derrotar Atenas, sendo que até se aliaram aos Persas.

Espero que tenha ajudado.
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Mensagem por Vlad Tepes III 28/5/2020, 14:25

Guerra do Peloponeso - Aliança com os "bárbaros"! Taí um aspecto intrigante dos antigos gregos! Atenas também cogitou da hipótese de uma aliança com os persas para derrotar sua arqui inimiga. Argos também o fez ou ao menos tentou. São as idiossincrasias desse povo grego e talvez seja exatamente isto que os tornam tão admiráveis.
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Mensagem por Art3mis 28/5/2020, 15:48

Ao contrário do resto do mundo da época, na Grécia, os governos das cidades-estados desenvolveram-se sem utilizarem a religião como meio coercitivo ou para legitimar o poder.

Como os gregos conseguiram separar a religião da política naquela época, sendo que tal feito somente se repetiria no ocidente após o iluminismo francês?
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Mensagem por João13Voltas 28/5/2020, 17:46

Quando diziam que os gregos acreditavam nisso e acreditavam naquilo achei estranho, pois haviam muitos mitos sem fundamento, e quando disseram na escola que os gregos se baseavam na razão.

Uma coisa não combinava com a outra, mas, quando fui pesquisando a respeito da mitologia grega percebi que não era tratada como uma ciência, onde todos acreditavam que o mundo havia sido criado por Gaia e Urano.

Haviam várias histórias diferentes a respeito de um mesmo deus, ou seja, a mitologia lá não tinha relação alguma com a política. Aliás, tenho a impressão que a mitologia não era de forma alguma uma religião.

Parece que lá, a mitologia era muito mais parecida com histórias como Transformers (onde diz-se uma coisa nos quadrinhos, outra nos desenhos animados e outra nos games, filmes etc) do que com a religião egípcia por exemplo.
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Mensagem por João13Voltas 28/5/2020, 17:47

Embora esta também apresentasse leves divergências, como na história de Osíris, Ísis e Seth.
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Mensagem por Martinho Lutero 28/5/2020, 22:58

MUAHAHAHAHAHAHA!
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Mensagem por Cachorrão 29/5/2020, 01:21

Dúvida sobre Atenas

A respeito da "Liga de Delos", que seria a base do imperialismo ateniense, podemos dizer:

a) decorreu da aliança de cidades gregas e persas contra a expansão macedônica.

b) pretendia libertar algumas cidades gregas, lideradas pela cidade de Delos, da dominação espartana.

c) surgiu de um processo de sujeição ou de domínio exercido por Atenas sobre as demais cidades da Liga.

d) definia-se, de início, como uma aliança militar, que previa autonomia para seus participantes, reservando a Atenas o comando das operações.


Resposta correta: Letra d.

Dúvida: Não seria correta a letra c?
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Mensagem por Terry Silver 29/5/2020, 01:29

A liga surgiu já com a hegemonia de Atenas. Hegemonia como liderança, mais tarde a cidade trocou hegemonia por subjugação. A resposta certa é a "d" mesmo.
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Mensagem por Cachorrão 29/5/2020, 01:36

Tinha-me esquecido desse detalhe!

vlw!
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Mensagem por Martinho Lutero 29/5/2020, 01:51

Ascensão de Tebas

Com a queda do império ateniense, a fase seguinte a considerar na história grega é a elevação de Esparta à supremacia da Grécia. A próxima questão a solucionar é a determinação do fator preponderante no término da ascendência de Esparta. E a solução é uma só — um homem e a contribuição que deu à ciência e à arte da guerra. Nos anos que precederam o aparecimento de Epaminondas, Tebas libertou-se do domínio de Esparta pelo método, que mais tarde foi batizado com o nome de Fabiano, de recusar a batalha
— grande estratégia de ação indireta, porém de mera evasão
— enquanto os exércitos espartanos vagueavam, sem oposição, através da Beócia. Esse método deu a Tebas o tempo de que necessitava para organizar uma força armada profissional, selecionada, que ganhou fama com o nome de Bando Sagrado, e que foi o núcleo básico da organização das forças subsequentes. Deu, também, tempo para que o descontentamento se espalhasse nas hostes adversas e Atenas, desse modo aliviada da pressão terrestre, concentrasse sua energia e potencial humano na reconstrução de sua esquadra.
Assim, no ano 374 A.C., a confederação ateniense, que incluía Tebas, encontrou Esparta disposta a concordar com uma paz vantajosa. Embora a paz fosse rapidamente rompida, devido a uma aventura marítima ateniense, novo congresso de paz foi convocado três anos mais tarde, numa época em que os atenienses já estavam cansados de guerra. Esparta recuperou na mesa do grande conselho parte do que havia perdido no campo de batalha e conseguiu isolar Tebas de seus aliados. Voltou-se então ansiosamente contra Tebas, numa tentativa de esmagá-la. Avançando, porém, seu exército tradicionalmente superior em qualidade e efetivo (10.000 contra 6.000) pelo interior da Beócia, em 371 A.C., foi decisivamente derrotada em Leuctras, pelo recém-organizado e modelar exército de Tebas sob o comando de Epaminondas.
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Mensagem por Martinho Lutero 29/5/2020, 01:56

Este não só desprezou os métodos táticos estabelecidos pela experiência dos séculos como, também, tanto na tática, como na estratégia, e mesmo na grande estratégia, lançou os alicerces sobre os quais os mestres da guerra que se seguiram iriam edificar. Na tática, a "ordem oblíqua" que Frederico tornou famosa nada mais foi do que ligeiro aperfeiçoamento do método de Epaminondas. Em Leuctras, contrariando a rotina Epaminondas dispôs não somente seus melhores homens mas a maioria de suas forças, na ala esquerda e, depois, mantendo recuados seu centro e ala direita mais fracos, esta estabeleceu esmagadora superioridade contra uma das alas do inimigo, aquela onde se encontrava seu chefe e, portanto, o ponto-chave de sua vontade.
Um ano após Leuctras, Epaminondas conduziu as forças da recém-formada Liga Arcadiana contra a própria Esparta ainda virgem. Essa marcha dirigida contra o coração da península do Peloponeso, até então domínio incontestado de Esparta, istinguiu-se pela natureza múltipla dessa ação indireta. Foi realizada em pleno inverno por três colunas independentes, mas operando em direções convergentes, o que determinou não só a separação das forças adversas como a dúvida sobre a direção em que o esforço da defesa deveria ser realizado. Todavia, numa decisão estratégica ainda mais profunda, Epaminondas, após a reunião de suas forças em Caria, a vinte milhas de Esparta, em lugar de atacar a cidade investiu sobre sua retaguarda. Esse movimento visava, calculadamente, a arregimentação de numerosos contingentes de helotas e outros elementos descontentes. Os espartanos conseguiram frustrar essa perigosa debandada em suas hostes com a promessa urgente de emancipação, e a oportuna chegada a Esparta de poderosos reforços, enviados por seus aliados peloponésios, eliminou a probabilidade de ser a cidade conquistada sem uma operação demorada de sítio.
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Mensagem por Martinho Lutero 29/5/2020, 01:59

Epaminondas logo percebeu que os espartanos não seriam atraídos para campo aberto e que um cerco prolongado significaria a redução de sua força heterogênea. Abandonou por isso, a arma estratégica que empregava, por outra mais sutil — uma grande estratégia de ação indireta. No monte Itone, cidadela natural de Messênia, fundou uma cidade com foros de capital de um novo estado messeniano e lá instalou todos os elementos insurgentes que a ele se haviam juntado empregando o botim que conquistara, durante a invasão, como auxílio ao novo Estado. Isso deveria servir como obstáculo e contrapeso a Esparta na região ao sul da Grécia. Com esta medida, Esparta perdeu metade de seu território e mais de metade de seus súditos. Com a fundação de Megalópolis, na Arcádia, Epaminondas fez surgir novo obstáculo e Esparta ficou cercada não só politicamente como por uma cadeia de fortalezas, tendo cortadas as raízes econômicas de sua supremacia militar. Quando Epaminondas deixou o Peloponeso, depois de uma campanha de apenas alguns meses, não havia conquistado nenhuma vitória no campo de batalha, mas sua grande estratégia deslocava, definitivamente, os alicerces do poderio espartano.
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Mensagem por Martinho Lutero 29/5/2020, 02:04

Em sua pátria, porém, os políticos haviam desejado um êxito militar definitivo e ficaram desapontados por não tê-lo conseguido. Com a subsequente, embora temporária, substituição de Epaminondas, a democracia tebana — em consequência de uma política de vistas curtas e uma diplomacia eivada de erros — perdeu a vantagem por ele conquistada. Com isso seus aliados arcadianos, repudiando a gratidão devida pelos benefícios recebidos procuraram, com presunção e ambição, disputar a liderança tebana. Em 362 A.C. Tebas foi obrigada a decidir pela reafirmação de sua autoridade com o emprego da força ou pelo sacrifício de seu prestígio. A operação contra Arcádia fez dividir os Estados gregos em duas facções adversárias. Felizmente Tebas tinha ainda a seu serviço não somente Epaminondas, como os frutos de sua grande estratégia, pois a existência de Messênia e Megalópolis serviu não só como obstáculo a Esparta, mas também como um contrapeso do lado tebano.
Penetrando no Peloponeso, Epaminondas reuniu suas forças em Tégea com a de seus aliados peloponésios, colocando-se, assim, entre Esparta e as forças dos demais estados antitebanos concentradas em Mantinéia. Enquanto os espartanos alongavam seu itinerário de marcha para se juntarem aos aliados, Epaminondas realizou à noite, com uma coluna móvel, rápida investida contra a própria Esparta, operação que só não teve sucesso por ter um desertor avisado os espartanos, dando-lhes tempo de, em marcha forçada, retornar à sua cidade. Epaminondas procurou então buscar uma decisão no campo de batalha e avançou de Tégea para Mantinéia, a cerca de dez milhas de distância, ao longo de um vale em forma de ampulheta. O inimigo instalou-se numa forte posição na parte mais estreita da "ampulheta", que tinha uma milha de largura.
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Mensagem por Martinho Lutero 29/5/2020, 02:08

Não sabemos se se deve classificar esse avanço como ação tática ou estratégica; uma tentativa de definição arbitrária pode ser falsa, pois a explicação da vitória em Mantinéia deve basear-se, principalmente, na ação indireta executada para estabelecer o contato efetivo.
A princípio Epaminondas marchou diretamente sobre o campo inimigo fazendo que seus adversários se dispusessem em ordem de batalha, barrando a direção de sua aproximação — a mais provável indicada pelo terreno. Mas quando, ainda a várias milhas de distância, mudou rapidamente de direção para a esquerda, apoiando-se em um contraforte saliente, ameaçou, de surpresa, a ala direita do inimigo. Para perturbar, mais ainda, o dispositivo adversário, Epaminondas fez alto, mandando seus homens descansar armas, como se desejasse acampar. O ardil deu resultado, pois o inimigo foi levado a relaxar a ordem de batalha, permitindo que seus homens abandonassem as formações e seus cavalos fossem desbridados. Enquanto isso Epaminondas estava, na realidade, completando seu dispositivo — semelhante ao de Leuctras, porém mais aperfeiçoado — sob a proteção de uma cobertura de tropas ligeiras.
Em seguida, a um sinal, o exército tebano tomou suas armas e avançou para conquistar uma vitória já previamente assegurada, pelo desequilíbrio provocado anteriormente no dispositivo do inimigo. O próprio Epaminondas tombou no momento da vitória e com sua morte proporcionou, de modo dramático e convincente, uma de suas lições mais importantes às gerações futuras: um Exército e um Estado sucumbem mais rapidamente quando seu cérebro é paralisado.
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Mensagem por João13Voltas 29/5/2020, 02:52

Existiram duas Tebas? Por que tem uma na Grécia... mas também tem uma no Egito. Então existem, ou existiram, duas?
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Mensagem por Martinho Lutero 29/5/2020, 05:29

Cara, tem Tebas até nos Estados Unidos! Nós também temos uma Nova York no interior do Maranhão.

Não tem nada demais haver mais de uma cidade com o mesmo nome. Agora, como se tratam de duas culturas muito diferentes, com origens diferentes (Egito e Grécia), há que se atentar que, certamente, o nome das duas cidades teve origens diferentes, tendo, então, um significado também diferente.
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