Opinião
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Opinião
OPINIÃO
Recentemente, participava eu de um fórum, “Forum Evangelho”, no qual apresentei um tema que despertou a reação contrária e drástica por parte de um confrade; o tema era “A Bíblia é matéria opinativa”
O questionamento que derivou dessa divergência me estimulou a refletir a respeito do conceito de “opinião”. O resultado dessa reflexão apresento aqui ao nosso forum
Um fórum é um ambiente de debates cujo objetivo é que, os indivíduos que dele participam, expressem e “ouçam” opiniões.
Dentre as várias prerrogativas que caracterizam o ser humano como o quarto reino, formular sua opinião pessoal é a expressão máxima do livre arbítrio, é uma das principais metas da racionalidade humana, é ela que realiza o sucesso do pensamento.
Ao se deparar com um assunto, um tema ou uma teoria, o indivíduo inicia um processo de raciocínio visando a formação de sua opinião.
Este processo se inicia com a formulação de conjecturas; estas são idéias e hipóteses preliminares que surgem na mente em virtude de conhecimentos já incorporados ao intelecto. A palavra dominante na fase de conjecturas é “talvez”.
Após a fase das conjecturas o indivíduo entra em uma fase analítica, na qual os fatos, informações e evidências conferem, paulatinamente, um novo conhecimento que vai sendo incorporado ao intelecto, influenciados pela cultura e pela moral de seu ambiente social. Ao final desta fase o indivíduo cristaliza sua própria opinião a respeito do objeto que motivou esse processo. A palavra dominante na fase de formação da opinião é “convicção”.
Na formulação de uma opinião participam três componentes, os quais são assimilados pela mente:
= O conhecimento imediato, obtido pela observação direta, objetiva, dos fatos e dos elementos.
= O conhecimento mediato, transmitido pelos conhecimentos e opiniões de outros indivíduos e pelos meios de comunicação.
= O raciocínio subjetivo, capaz de entender, compreender (são funções distintas), analisar, discernir e sintetizar, para finalmente estruturar a opinião. Esta fase é regida por características pessoais de índole, de cultura, de educação, de tradições.
Entretanto, nem sempre uma opinião é tal que possa ser considerada confiável, por conseguinte aceita como argumento. Faz-se assim necessário e importante distinguir as opiniões pelo embasamento no qual são estruturadas.
Opinião inconsistente (imprestável como argumento)
Conhecida vulgarmente como "palpite". É formulada sem embasamento em argumentos válidos; expressa um entendimento vago da realidade, distorcido, falho ou mesmo falso. Ou contraria premissas de raciocínio lógico, tais como os sofismas e as falácias.
Opinião consistente (valida como argumento)
Quando formulada com base em argumentos válidos; quais sejam, conhecimentos científicos, históricos, culturais, compilados dentro de um raciocínio lógico e coerente. Argumentos estes constatáveis ou originados em um raciocínio dialético (cito Hegel e Cabalion). Argumentos epistêmicos podem ser a base estrutural de uma opinião consistente.
Opinião paraconsistente (valida como argumento)
A opinião é paraconsistente quando estruturada em axiomas e em premissas dogmáticas, aceitas como verdade fundamental, cuja validade não necessita ou não admite justificação ou comprovação. Nesta classificação se encontram as opiniões baseadas em conceitos religiosos.
Recentemente, participava eu de um fórum, “Forum Evangelho”, no qual apresentei um tema que despertou a reação contrária e drástica por parte de um confrade; o tema era “A Bíblia é matéria opinativa”
O questionamento que derivou dessa divergência me estimulou a refletir a respeito do conceito de “opinião”. O resultado dessa reflexão apresento aqui ao nosso forum
Um fórum é um ambiente de debates cujo objetivo é que, os indivíduos que dele participam, expressem e “ouçam” opiniões.
Dentre as várias prerrogativas que caracterizam o ser humano como o quarto reino, formular sua opinião pessoal é a expressão máxima do livre arbítrio, é uma das principais metas da racionalidade humana, é ela que realiza o sucesso do pensamento.
Ao se deparar com um assunto, um tema ou uma teoria, o indivíduo inicia um processo de raciocínio visando a formação de sua opinião.
Este processo se inicia com a formulação de conjecturas; estas são idéias e hipóteses preliminares que surgem na mente em virtude de conhecimentos já incorporados ao intelecto. A palavra dominante na fase de conjecturas é “talvez”.
Após a fase das conjecturas o indivíduo entra em uma fase analítica, na qual os fatos, informações e evidências conferem, paulatinamente, um novo conhecimento que vai sendo incorporado ao intelecto, influenciados pela cultura e pela moral de seu ambiente social. Ao final desta fase o indivíduo cristaliza sua própria opinião a respeito do objeto que motivou esse processo. A palavra dominante na fase de formação da opinião é “convicção”.
Na formulação de uma opinião participam três componentes, os quais são assimilados pela mente:
= O conhecimento imediato, obtido pela observação direta, objetiva, dos fatos e dos elementos.
= O conhecimento mediato, transmitido pelos conhecimentos e opiniões de outros indivíduos e pelos meios de comunicação.
= O raciocínio subjetivo, capaz de entender, compreender (são funções distintas), analisar, discernir e sintetizar, para finalmente estruturar a opinião. Esta fase é regida por características pessoais de índole, de cultura, de educação, de tradições.
Entretanto, nem sempre uma opinião é tal que possa ser considerada confiável, por conseguinte aceita como argumento. Faz-se assim necessário e importante distinguir as opiniões pelo embasamento no qual são estruturadas.
Opinião inconsistente (imprestável como argumento)
Conhecida vulgarmente como "palpite". É formulada sem embasamento em argumentos válidos; expressa um entendimento vago da realidade, distorcido, falho ou mesmo falso. Ou contraria premissas de raciocínio lógico, tais como os sofismas e as falácias.
Opinião consistente (valida como argumento)
Quando formulada com base em argumentos válidos; quais sejam, conhecimentos científicos, históricos, culturais, compilados dentro de um raciocínio lógico e coerente. Argumentos estes constatáveis ou originados em um raciocínio dialético (cito Hegel e Cabalion). Argumentos epistêmicos podem ser a base estrutural de uma opinião consistente.
Opinião paraconsistente (valida como argumento)
A opinião é paraconsistente quando estruturada em axiomas e em premissas dogmáticas, aceitas como verdade fundamental, cuja validade não necessita ou não admite justificação ou comprovação. Nesta classificação se encontram as opiniões baseadas em conceitos religiosos.
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