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Naturalismo Transcendente, uma alternativa aos paradigmas tradicionais

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Mensagem por Nuker 8/11/2023, 17:55

Estou em dúvida se esse tópico deve ficar aqui ou na categoria de religião, mas como não se trata de religião propriamente dita, então deixarei aqui.

Vou começar a conversa, ou quem sabe discussão, expondo em partes um modelo metafísico que desenvolvi lentamente com o passar dos anos. Trata-se de uma tentativa em achar uma conexão coerente entre o mundo material e o espiritual, usando de conhecimentos científicos e conteúdos espíritas e espiritualistas no geral, além de modelos não espiritualistas que fui descobrindo. Peguei tais conhecimentos e modelos e tentei fazer uma síntese, de forma que isso resultasse num monismo filosófico, ou seja, em um modelo aonde não haja aquela tradicional dualidade entre espírito e matéria, material e espiritual, que existe em tantas filosofias e religiões por aí. A ideia é conseguir conceber uma essência ou mecanismo que teria dado origem a tudo o que conhecemos, assim como um modelo que consiga explicar tanto o mundo material quanto o espiritual.

Foi aí que criei o Naturalismo Transcendente. Ele se baseia em alguns conceitos sólidos como:

Objetivo central: Ser uma alternativa ao paradigma materialista e ao paradigma religioso tradicional, como uma terceira alternativa central. Questionar a fundo a natureza da realidade e do porque as coisas são como são, sem estar preso a certos paradigmas estabelecidos como o materialismo ou então como os dogmas religiosos. Em permitir que a mente humana esteja mais liberta para questionar e investigar a natureza das coisas, sem medo de castigo divino, sem pudor, como faria um verdadeiro cientista ou filósofo audacioso. Em não cair em armadilhas de controle social por causa de teorias da realidade, assim como em quem sabe através de uma busca pela unidade das coisas em isso resultar, algum dia, em uma nova concepção ética de união e unidade entre diferentes povos e culturas, a fim de amenizar as guerras e preconceitos.

Naturalismo: A concepção de que a causa de tudo teria que ser natural, e não sobrenatural (criacionista). A ideia central é de que tudo o que existe não é fruto de uma vontade divina, mas de mecanismos materiais e imateriais. Isso não significa, porém, que tudo o que existe é ao acaso, no sentido de que tudo o que existe teria um propósito natural ao invés de um criado por alguém. Digamos que o propósito da vida é simplesmente experimentar o mundo, as situações, desenvolver habilidades, amadurecer emocionalmente, aprender e criar coisas. No aspecto material, o propósito da vida é sobreviver. No aspecto espiritual, é experimentar, aprender e amadurecer. O propósito do universo é sua própria manifestação no cosmos e como recipiente para a consciência se manifestar nele, seja no material ou no astral. Não existe um propósito ou plano final, mas sim um natural e orgânico que é constante e eterno.

Transcendência: A concepção de que o universo não se limita a apenas aquilo que observamos e medimos, de que existe uma realidade oculta a nós. A ideia central é que existem vários planos existenciais e cada um deles teria uma região material e astral. Nosso universo seria a parte material de um plano umbralino onde a matéria é densa, porém existiriam outros em que a matéria é mais ou menos densa. A parte astral ainda seria física, mas invisível a nós. A parte astral poderia ser feita de antimatéria em um estado natural mais acelerado ou de partículas supersimétricas (apesar destas serem uma hipótese científica), enquanto o méson ainda estou investigando. Todos os planos teriam a mesma física, mas constantes universais distintas, resultando em variáveis diferentes que se compensam entre si. Pode ser que a matéria astral tenha um comportamento mais holográfico ou holístico em relação à de nossos corpos.

Mecanicismo: Tudo, tanto matéria, espaço, tempo e consciência, são baseados em mecanismos e têm uma mesma origem em comum. Ao invés de uma abordagem mística e que apela ao mágico, aqui é o contrário, aqui não há essa concepção de magia como existe nas religiões e ordens esotéricas. Aqui existe, filosoficamente falando, uma maior aproximação com a maneira como a ciência explica as coisas, apesar desta não ser uma abordagem materialista, no sentido niilista ou ateísta. Me atrevo a dizer que magia nada mais é do que fenômenos naturais relacionados com manipulações paranormais, ou melhor dizendo, manipulações que envolvem fenômenos que não estão adequados dentro da concepção científica tradicional, como fenômenos relacionados ao corpo astral, como é a mediunidade, telepatia, telecinese, clarividência, incorporação, materialização, entre outros.

Espiritualidade: A concepção de que a Consciência é parte da natureza, não como produto de um cérebro, mas como um organismo independente, imaterial e cuja origem é desconhecida. Ela poderia ser resultado de interações da própria natureza e com o tempo se tornaria cada vez mais individual, até conquistar a condição de indivíduo e desenvolver uma mente pensante com personalidade própria. Ela faria isso através de vários ciclos de nascimento e morte em corpos biológicos, a tal da reencarnação. A experiência no mundo material é necessária ao amadurecimento da consciência, visto que é em tal mundo em que se aprende a arte da sobrevivência e a consciência se expõe a situações que a fazem amadurecer de fato, assim como em desenvolver habilidades. A consciência nada mais é do que uma manifestação orgânica viva oriunda da própria existência, a Fonte. A Consciência Cósmica em si é como uma mente divina, de onde a consciência origina e retorna. É como uma colmeia formada por mentes individuais e não individuais.

Tipos de consciências: A concepção de que, assim como os organismos biológicos, existiriam diversos tipos de consciências, de acordo com o tipo de experiência e assimilação que tiveram assim como de acordo com sua própria natureza. O tipo principal é a Consciência propriamente dita, que é aquela que se individualiza e se desenvolve, até retornar à sua origem em termos de assimilação. Outros tipos são as formas-pensamento, que não são consciências, mas projeções temporárias delas, que dependem da consciência para existir. Destas formas-pensamento existem aquelas que são ativas ou inativas. As inativas são como objetos, enquanto que as ativas são como robôs ou organismos. Estes são os tipos primários. Os tipos secundários são os diferentes níveis de desenvolvimento. O primeiro tipo secundário é aquela que ainda não se ligou a um corpo astral. O segundo é aquela que ainda não se individualizou. O terceiro é a "humanizada". O quarto é o angelical. O quinto é quando a Consciência retorna à sua origem.

Moral: Aqui o conceito de moral é relativo, visto que cada sociedade e religião tem um sistema moral e ético distinto. Aqui o que vai diferenciar se uma consciência individual é mais desenvolvida que outra é primeiramente sua capacidade de assimilação, relacionamento e habilidades adquiridas. Com relação à assimilação, a capacidade em absorver e compreender conhecimento. Com relação ao relacionamento, a capacidade em ela influenciar as outras ao redor assim como em relação à manifestação de ego e empatia. Com relação às habilidades, a capacidade em manifestar habilidades excepcionais e paranormalidade. Estas seriam as principais referências em saber se uma consciência individual é mais ou menos desenvolvida. Aqui o conceito de moral não está atrelado ao cristianismo ou a alguma religião ou sociedade específica, mas sim a uma compreensão cósmica das coisas, em como os fenômenos do comportamento humano estão relacionados aos mecanismos da natureza. O que seria realmente amor, medo e ódio? Padrões naturais manifestados como comportamentos? O que seria realmente o amor incondicional? Seria por acaso a capacidade ilimitada em manifestar empatia? Questões desta natureza.

Dimensionalidade: A concepção de que tudo o que existe está organizado em dimensões. As 3 primeiras são espaciais (largura, altura e comprimento), que é onde o universo material e astral se manifesta e a matéria dentro de tais. Já o espaço estaria dentro de 3 dimensões temporais (tempo linear, tempo paralelo e plano temporal). Tempo linear é a 4D, o tempo como é conhecido. Tempo paralelo é a 5D, cada linha temporal paralela é como diferentes versões independentes de um mesmo universo, todas elas tendo exatamente as mesmas constantes físicas do plano temporal onde se encontram. O plano temporal é a 6D, a origem do tempo e do Big Bang. Nosso universo estaria no plano temporal umbralino. Um plano temporal é um plano espiritual. A 7D é um portal que liga os diferentes planos temporais. A 8D é o conjunto de planos temporais que se distinguem em teor vibracional e diferentes constantes físicas (os planos espirituais). A 9D é a sede da informação, seja ela manifestada através da luz, como as ondas de rádio, como está relacionada com a Consciência Cósmica. A consciência nunca sai desta dimensão e se manifesta na matéria através do corpo astral. É através do corpo astral que ela se manifesta nos planos, tempo e espaço. A 10D é a Fonte (Deus), o mecanismo supremo que origina todas as demais dimensões e sub-dimensões. A 11D é apenas um conceito abstrato, onde todas as dimensões são resumidas num só ponto. A 0D é a Singularidade, origem da matéria (Vazio Quântico) e é a dimensão mais densa, como uma espécie de buraco negro hiper-espacial ou hiper-temporal que faz a matéria surgir no espaço quando uma nova linha temporal surge no plano temporal através de um fenômeno como o Big Bang (quando um novo universo surge).

Sub-dimensionalidade: Além das dimensões, existiriam ainda as sub-dimensões. Estas seriam as tais dimensões ocultas concebidas por físicos teóricos que estudam Teoria das Cordas. Para mim só se deve chamar de dimensão se ela envolver todas as escalas de tamanho. Caso contrário seria uma sub-dimensão. As sub-dimensões são essenciais no sentido de que definem as próprias dimensões. Para ser mais específico, cada sub-dimensão seria responsável por alguma característica seja do espaço, do tempo e da matéria, como as constantes universais que definem constante gravitacional, velocidade da luz, carga elétrica, etc. Na 9D, por exemplo, as sub-dimensões definiriam as características da Consciência Cósmica, assim como das consciências individuais. Coisas como individualização, percepção, assimilação, manifestação na matéria, homeostase, reparo (carma), entre outros possíveis. Até mesmo "Deus", a 10D, também seria feito de inúmeros mecanismos que configuram todas as demais dimensões e sub-dimensões.

Deus natural: A Fonte não é um deus no sentido teológico, mas um conjunto de mecanismos primordiais e imateriais que originam todo o resto a partir dela. Todas as demais dimensões estão dentro da Fonte, não fora dela. Assim sendo, ela permeia todas as demais dimensões, o que significa que ela, assim como a Consciência Cósmica, estão presentes em todos os universos, porque os definem. A razão de sua existência nada mais seria do que a manifestação da própria existência em seu sentido essencial. A existência existe porque sim, caso contrário nada existiria. É como perguntar porque o universo existe, ao invés do contrário. Se existe, é porque existe alguma boa razão para isso e como isso é auto evidente, então é porque a existência tende a existir. Assim sendo, o nada absoluto não existe e é tão somente uma abstração filosófica. Então, o universo não veio do nada, assim como a Fonte não foi criada por outra anterior a ela, porque é constante e está além da linha do tempo, porque é ela que define o próprio tempo e espaço.

Relatividade temporal: A concepção de que o tempo se passa em velocidades distintas entre os planos temporais. Como cada plano temporal tem constantes universais distintas em relação ao outro, isso teria um impacto na maneira como o tempo se passa em cada plano. Digamos que em cada plano os cronômetros passam em uma velocidade distinta em relação aos demais. A ideia é de que como nos planos onde a matéria é mais densa a entropia é mais acelerada, o tempo se passaria mais rapidamente do que em planos onde a matéria seja menos densa e a entropia mais lenta. Digamos que se você estivesse vendo daqui da Terra, através de um portal um plano mais denso, você veria tudo se passar como num filme acelerado, enquanto que se visse um mais sutil, veria tudo passar em câmera lenta. Quanto mais sutil é um plano, mais ele estaria próximo do Eterno Presente e estaria menos afetado pelo tempo linear. Pode ser que se a mecânica quântica operar em escala macroscópica nos mais sutis, talvez isso compense a menor densidade do tempo.

Quântico, newtoniano e astral: A concepção de que em planos distintos a maneira como a física newtoniana e quântica operam são distintas. Nos planos mais sutis, há uma maior predominância da física quântica sobre a newtoniana e nos planos mais densos, uma maior predominância da física newtoniana sobre a quântica, como é o caso do plano e que nosso universo está. Em nosso plano, fenômenos paranormais são mais raros e difíceis de ocorrer, visto que a maior predominância da física newtoniana e da matéria densa dificulta uma maior intervenção do corpo astral sobre o material. Nos planos mais sutis seria o contrário, haveria maior intervenção do corpo astral e da consciência sobre a matéria física, de forma que espera-se que em tais planos mais sutis a paranormalidade seja tão comum quanto é para nós a respiração e a alimentação. Ou seja, a vida nos pareceria ser mais astral do que material propriamente dita. Quanto mais sutil o plano, menor seria a diferença entre você viver dentro e fora de um corpo biológico. Nos planos mais densos, a vida é mais material e nos mais sutis, é mais espiritual, ainda que em se falando de corpos biológicos.

Causalidade: Existem duas correntes principais: A de que tudo surgiu do nada ou a de que algo ou alguém criou tudo o que conhecemos, mas que este algo ou alguém foi criado por algo anterior ad infinitum. Aqui, estas duas correntes não me parecem racionais, uma vez que não respondem adequadamente a origem do tempo. Ao invés destas correntes, aqui afirma-se que a essência que origina tudo, a Fonte, ela não é eterna em um sentido temporal linear (passado e futuro), mas que esta opera de forma distinta, que seria o Eterno Presente. Isso quer dizer que o "tempo" ou "hiper-tempo" além da 4D não é linear. Estaria na verdade em um estado de eterno presente, ou seja, todos os fenômenos que estão além da 4D são constantes, não mudam com o tempo, são eternamente constantes. Caso contrário, tudo seria muito instável e é provável que o universo nem viesse a existir. Digamos que da 6D para baixo a natureza seja impermanente (o universo varia com o tempo), enquanto que da 6D para cima, permanente e estável (não há sentido de passado e futuro). Até mesmo a própria Consciência Cósmica é permanente e estável. O que muda nela não é o que a forma, sua natureza intrínseca, e sim o conteúdo, como a personalidade, habilidade, etc. O que muda na consciência é o que está atrelado ao tempo e ao espaço, como as experiências de vida, enquanto que ela mesma, por nunca de fato sair da 9D, é eterna e constante. Não confundir porém consciência com corpo astral ou físico.

Evolução: A concepção de que a evolução é algo que está somente atrelado ao que é impermanente, que envolve tempo, espaço, matéria e a mente. A Consciência em si é permanente, porque está além do tempo, mas a mente dela, por estar associada às dimensões temporais, muda com o tempo. A mente da consciência evolui e se aperfeiçoa com o tempo. É como em um cérebro. O cérebro é o mesmo, a maneira como ele funciona é a mesma, mas o conteúdo que há nos neurônios muda com o tempo. A única diferença aqui é que com o tempo o cérebro envelhece, enquanto que a Consciência não, porque sua estrutura é permanente, constante e estável. A mente da Consciência Cósmica quando se individualiza começa simples e ignorante, e com o tempo ela vai se aperfeiçoando. Já em relação à matéria, ao universo, seja ele material ou astral, é em um sentido diferente. Começa compacto e simples, mas com o tempo se expande e fica cada vez mais complexo, até chegar ao ponto em que haverá um ruptura do tecido espacial e toda matéria se desintegrará algum dia. Quando isso ocorrer, toda a matéria e energia em nosso universo será reabsorvida pela 6D, dando assim origem a um novo universo ou linha temporal. A matéria e energia, portanto, é reciclada. Nada se perde no todo, no grande esquema das coisas.

Absoluto = Fonte { ( Consciência ) [ Planos Temporais ( Espaço e matéria ) ] }: Uma simples fórmula que elaborei, como tentativa em descrever matematicamente todo esse conjunto de dimensões. Como não sou muito bom com matemática e equações, então tive que fazer algo bem simples, baseado em conjuntos. O que esta fórmula tenta dizer é que o Absoluto é equivalente à Fonte que caracteriza a Consciência, esta que pode caracterizar e influencia os planos temporais, tais que caracterizam a matéria e o espaço neles, assim como a Consciência se manifesta no espaço e na matéria. Ao passo que a Fonte também está presente em todos estes aspectos, porque tudo está dentro dela. Se existe alguma matemática no modelo do Naturalismo Transcendente, aqui está ela. Agora se esta fórmula é a melhor maneira em explicar tudo isso, aí neste caso eu realmente não sei, mas foi a melhor aproximação que consegui.

Unidade e Monismo: A concepção de que a dualidade é apenas aparente e que tudo o que é dual se baseia em uma unidade essencial. A ideia é de que tudo o que existe se baseia em mecanismos imateriais, como os que definem as sub-dimensões, a consciência e a Fonte. Pode ser que as cordas, teorizadas pela teoria das cordas, sejam tais mecanismos imateriais agindo (como vibrações unidimensionais), caracterizando as partículas. A maneira como estas cordas vão se manifestar vai depender das constantes universais em cada plano temporal. A ideia máxima é de que tudo, absolutamente tudo, é feito de mecanismos imateriais essenciais, que dão origem a todos os fenômenos. Tanto a matéria quanto a consciência seriam feitas essencialmente de mecanismos que apesar de distintos teriam uma mesma origem. Ou seja, essencialmente a origem da matéria e da consciência é a Fonte. Aparentam ser coisas separadas, mas são essencialmente similares. Digamos que a matéria nada mais é do que uma versão densa e compactada da consciência, uma parte da Consciência Cósmica que não pensa e age por conta própria, mas que serve de recipiente à consciência. É como as cordas que formam as partículas. A essência é a mesma, o que muda é a forma como as cordas vibram, que é o que vai determinar cada uma das várias partículas. É como o átomo que forma os elementos. Todos os elementos são átomos, mas com números de partículas diferenciados. A realidade é toda estratificada, mas baseada na mesma essência.

Aspecto filosófico: O Naturalismo Transcendente não é dogmático, cético ou relativista, mas baseia-se no perspectivismo, isto é, a ideia de que a realidade é como um quebra-cabeça a ser montado, através de várias vertentes distintas, como a filosófica, científica e espiritualista unidas num modelo. Usa de filosofia, ciência e espiritualismo. Sem um ou outro, você acaba limitado em algum aspecto. Se você ignora o espiritualismo, a espiritualidade se fechará para ti e você não será capaz de compreender esse tipo de contexto e estará limitado a uma perspectiva materialista de mundo. Se você ignora a ciência, ficará sem compreender o sentido mecânico de como as coisas funcionam e acabará tendo uma compreensão de mundo mais irracional. Já para a filosofia se você a ignora, então você está deixando de lado várias indagações importantes sobre a investigação lógica da realidade e poderá acabar também adotando uma compreensão de mundo mais irracional. A religião aqui como doutrina é descartável, uma vez que o NT não se limita a dogmas religiosos, porque ele está além de todas as religiões conhecidas, em termos de assimilação de conhecimento teórico e prático.

Não é Ativismo Quântico: Ao contrário do Ativismo Quântico que afirma que tudo é consciência, aqui não é bem assim. Ela pode interferir ou definir as constantes físicas dos planos temporais ou espirituais, mas ainda é um produto, não a causa de tudo. Digamos que a causa de tudo (Deus), não seria em si uma consciência, mas algo superior a esta condição, não uma entidade, uma mente, mas um conjunto complexo de mecanismos cósmicos que dariam origem à consciência, plano, tempo, espaço e matéria. Aqui a mecânica quântica, ao menos no plano temporal em que nosso universo está, se limita entre as escalas subatômica e molecular. Pode ser que em outro plano temporal, onde a matéria seja mais sutil e a velocidade da luz maior (astral superior), a escala quântica seja macroscópica, quem sabe? A vida em planos mais sutis nos pareceria ser mais mágica, pois fenômenos quânticos estariam em escala macroscópica, enquanto que a física newtoniana seria menos relevante, em comparação ao nosso universo. Pode ser que universos mais sutis também tenham maior quantidade de elementos atômicos, pois seriam mais estáveis que em planos mais densos. Apesar de tratar a consciência e matéria como tendo mesma essência comum, é diferente de dizer que tudo o que acontece no universo está em função de nossa observação ou da ausência dela e não apela para valores e simbolismos relacionados à Nova Era ou ao ocultismo. O Naturalismo Transcendente tem seu próprio estilo.

Não é doutrina religiosa: Ao contrário de uma doutrina religiosa, o Naturalismo Transcendente não tem propósito em educar comportamentos, mas sim em tentar explicar de forma coesa e conexa o mundo material e espiritual, de uma forma inspiradora e que talvez isso traga alguma inspiração em sentido ético como consequência no máximo, no sentido em isso trazer talvez algum senso ético de unidade e união entre as pessoas, por causa da ideia de unidade e monismo acerca das coisas, talvez como uma vaga esperança em através disso o mundo abraçar menos a dualidade e se aventurar na busca de uma unidade essencial ou de um ideal unitário. Não há aqui faz isso ou faz aquilo... A moral vai depender de cada indivíduo, da maneira como ele foi educado e encara a vida e não há nada que doutrina alguma possa fazer para determinar como o indivíduo vai se comportar ao longo da vida. Afinal de contas, o NT não é religião, mas sim fruto de meu intelecto e uma ferramenta de investigação da realidade. É praticamente intelectualismo puro.

Versátil: O Naturalismo Transcendente foi elaborado para ser versátil, no sentido em permitir explorar conhecimentos de diversas modalidades filosóficas, científicas e espiritualistas, em tais conhecimentos poderem moldar as concepções e modelos construídos com base em tais concepções. Além de não ser religião também não se limita ao método científico, apesar de o conhecimento obtido através de tal poder ser incorporado e isso ser desejável, já que o NT se baseia primeiramente na realidade observável e experimentável, para a partir daí fazer conjecturas sobre a espiritualidade. Não é como certas pseudociências como o Design Inteligente e o Criacionismo que simplesmente ignoram o arcabouço do conhecimento científico. Não, aqui a ciência é a base mestra para as elocubrações metafísicas. Aqui, a cada nova descoberta científica relevante ao modelo, esta nova descoberta deverá ser levada em conta. Por exemplo, o corpo astral não seria feito de mésons, porque tais são comprovadamente instáveis.

Aberto a mudanças: Repare que o conteúdo tem muito "se", "seria", "poderia", "teria"... É que aqui se trata de um modelo construído de forma que permita espaço para indagações e mudanças futuras, caso haja alguma nova revelação seja ela científica ou espiritual. Quando eu digo que alguma coisa "é", é porque foi uma conclusão que cheguei e da qual não poderia haver outra alternativa, mas pode ser que eu ainda esteja enganado, afinal, não tenho bola de cristal para saber tudo. Os riscos em eu estar enganado em minhas afirmações existem, mas é melhor isso do que simplesmente obedecer às cegas aquilo que nos é imposto pelas religiões e materialismo acadêmico. Ao menos tenho humildade suficiente para afirmar isso. Afinal de contas, o NT, como qualquer outro modelo intelectual, está sujeito a erros e enganos.

Intuição > Razão > Emoção: A base de pensamento por detrás desse modelo. A chave mestra. A simples ideia de que a melhor forma de pensar é colocando a intuição em primeiro plano, depois a razão e por último a emoção. É assim... A intuição age de forma espontânea, como quando você tem um insight ou uma ideia repentina que lhe vem em mente. Ao invés de simplesmente ignorar isso, esta passa a ser analisada e filtrada através da razão, a qual dá um sentido intelectual a esta ideia ou intuição. Por último, quando feita a análise racional, faz-se uma análise emocional ou melhor, ética, de forma a dar um sentido ético ou moral a esta ideia, se tal ideia tiver algum teor nesse sentido. Se a ordem for diferente, haverá problemas pois um vai acabar resultando em um fluxo não ideal do pensamento que vai resultar em algum embotamento ou recalque mental.

O Naturalismo Transcendente não é uma doutrina religiosa, ordem esotérica ou ativismo místico, mas um mero modelo metafísico.

A ideia é trazer toda uma nova perspectiva de realidade de mundo.

Depois vou ver se posto mais aspectos detalhados e imagens relacionados a este modelo, o Naturalismo Transcendente.

Mas a discussão não precisa se limitar a este modelo, ele é só para dar um sentido ao tópico, ok?

Obs: Estou elaborando um livro de ficção científica focado em worldbuilding e incluo o NT nele, como assunto de introdução sobre metafísica e espiritualidade. Publicar este modelo em um livro de ficção científica me dará maiores liberdades do que se fosse como um livro espiritualista ou científico, já que eu não estarei limitado a determinadas regras associadas ao método científico ou ritualismos esotéricos.

Obs 2: Muitos destes conceitos que elaborei para fazerem parte do NT eu já tinha alguma noção sobre eles desde que era adolescente, desde os meus 13 anos (hoje tenho 36). Por exemplo, naquela época eu já tinha meio que algumas visões a respeito da reencarnação, apesar de que na época era católico e nem sabia ainda o que era espiritismo (aos 19 anos me tornei espírita), meio que me via em cenários como se tivesse vivido em tais outras vidas mas de uma forma bastante vaga e sem detalhes. Assim como desde aquela época comecei a elaborar modelos ainda mais rudimentares e desatualizados em relação ao NT sobre como os planos espirituais estariam organizados e a composição do espírito, coisas do tipo. Depois me aprofundei no espiritismo, um tanto em filosofia e depois tomei conhecimento de outros conceitos fora dele... Depois me aventurei nas teorias científicas e foi então que comecei a elaborar o NT vários anos atrás, desde os meus 23 anos, e acabou resultando nesta versão mais atual após várias atualizações de conhecimento.
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Naturalismo Transcendente, uma alternativa aos paradigmas tradicionais Empty Re: Naturalismo Transcendente, uma alternativa aos paradigmas tradicionais

Mensagem por Nuker 10/11/2023, 14:15

O Naturalismo Transcendente é meramente resultado de minha busca sobre o sentido da realidade das coisas. Foi a maneira em que eu consegui em conciliar a compreensão científica com a espiritualista, mas deixando de lado o formato das religiões e esoterismo, pois percebi que se considerasse tais formatos, estaria me limitando em certos tradicionalismos que ofuscariam uma compreensão mais cósmica da realidade, que me fariam ficar preso ao contexto humano. É basicamente uma forma mais naturalista e mecanicista em compreender a realidade material e espiritual, pois tem como um dos focos em compreender como as coisas funcionam.

Do ponto de vista epistemológico, ele não segue uma linha baseada em ceticismo e reducionismo, porque acabaria limitado ao paradigma materialista e já temos a ciência moderna para isso. Não segue uma linha baseada em dogmatismo religioso, pois isso também me limitaria bastante, sobretudo em relação ao mundo natural. Em relação ao relativismo, há certo relativismo no sentido em eu estar aberto a certas possibilidades, o tal do "se", "poderia", "teria", etc, mas também não chega a ser ao ponto em não haver nenhuma verdade sobre nada, que é o ponto do relativismo. Por isso escolhi o perspectivismo, porque tal me permite unificar conceitos e conhecimentos de vertentes distintas em uma compreensão maior das coisas.

Foi o que me permitiu uma expansão do conhecimento, ao contrário do reducionismo científico ou religioso ou de um relativismo absoluto.

O perspectivismo é uma chave mestra do NT!

A respeito do aspecto da espiritualidade do NT, de fato em maior parte me baseio no conhecimento espírita, não falo de magnetismo animal ou coisas assim, das quais eu também tenho certo ceticismo (até porque considero o fenômeno espírita como de origem espiritual e que envolve o corpo astral e não como um fenômeno do corpo biológico), mas em relação aos conteúdos revelados por entidades espirituais no pentateuco espírita (pois acredito na manifestação espiritual em tais obras e na boa fé dos médiuns) e em diversos outros livros do arcabouço espírita, a meu entender o conteúdo de tais livros me parece em grande parte satisfatório no sentido em me fazer compreender como é a realidade espiritual de fato, apesar de considerar em parte o budismo e a teosofia como tendo algum fundamento real sobre a espiritualidade.

Considero o budismo porque parte do arcabouço espírita se baseia nos conhecimentos budistas, e como o budismo é bem mais antigo e envolve práticas espirituais, então considero como uma fonte de saber válida. No caso da teosofia é mais por uma questão em ter mais opções de conhecimento espiritualista, pra não ficar só limitado no espiritismo. Além destes também me baseei em outros modelos não necessariamente espiritualistas, mas dos quais percebi que me ajudariam a construir um modelo que me permitiria conciliar o mundo material com o espiritual.

Muita coisa me baseei em conhecimentos existentes para incorporar no NT, enquanto que em parte se baseia em uma construção intelectual minha.

A seleção do que considerei sobre o que deveria ser ou não incorporado se baseia em uma compreensão lógica e subjetiva da minha parte.
Nuker
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Naturalismo Transcendente, uma alternativa aos paradigmas tradicionais Empty Re: Naturalismo Transcendente, uma alternativa aos paradigmas tradicionais

Mensagem por Nuker 12/11/2023, 13:46

O espiritismo em seu aspecto científico está bastante atrasado em vários aspectos, ainda preso às teorias do século 19 e início do século 20, como o tal do magnetismo animal. O Naturalismo Transcendente visa compensar esse atraso doutrinário espírita, buscando sempre atualizações no arcabouço científico ao invés de se apegar a teorias ultrapassadas. Sobre o magnetismo animal, não há nem magnetismo envolvido e o fenômeno do passe nem é de natureza biológica, o que há é uma transferência de matéria e energia astral, da qual não percebemos porque o corpo biológico é grosseiro demais para perceber tais energias, exceto os médiuns, que são pessoas cujo corpo astral não está 100% vinculado ao biológico, permitindo que tais percebam tais energias, pois tais percebem não através dos sentidos do corpo físico, mas do astral. O que há é uma transferência de energia da qual o passista é só meramente um canalizador, e não a origem desta energia, que tem um efeito positivo sobre o corpo astral daquele ao qual o passista transfere energia.

O termo magnetismo não é adequado, visto que magnetismo é entendido como uma força envolvida na atração e repulsão de polos magnéticos que envolve os metais. O certo seria eletromagnetismo, mas tal não envolveria fótons, mas outra partícula, esta astral, que seria similar ao fóton, no sentido de estar envolvida com a noção de luz, mas seria a luz astral. O fóton é a luz material, física, enquanto que esta partícula, que poderia ser o fotino (matéria supersimétrica), estaria relacionada com o eletromagnetismo astral. Durante o passe, existe uma transferência desta energia de origem desconhecida e que chega ao passista. Esta energia chega através de centros de força no corpo astral e que afeta também os centros de força biológicos (plexos nervosos) do passista. Então ao passar pelo passista, esta energia é transmutada para aquele que vai receber o passe, de forma que este que vai receber o passe receberá tal energia numa forma mais grosseira e compatível com seu corpo astral e biológico, de forma a ter benefícios (limpeza do corpo astral).

O que há então não é magnetismo propriamente dito e a origem não é biológica, mas sim uma transferência eletromagnética de natureza astral que envolve diretamente o corpo astral e indiretamente o físico. Existe um artigo científico que envolve uma pesquisa da prática de Reiki em camundongos, usando mãos humanas e réplicas de mãos humanas, e deu que as mãos humanas de fato fazem uma transferência de energia. Já as réplicas de mãos humanas não surtiram nenhum efeito. Ou seja, para haver esta transferência, tem que envolver organismos vivos. É o único estudo que vi até hoje que confirma um fenômeno similar ao passe. Pode ser que existam outros, mas dos quais ainda não tenho conhecimento.

Sobre como a matéria astral interage com a biológica, este é um assunto que há muito tempo tem me despertado profundo interesse. Existem algumas teorias sobre como isso ocorre. Tem uma que fala sobre a relação da consciência com a atividade elétrica em microtúbulos nas células neurais. Quanto maior a atividade elétrica, maior o fluxo de consciência, isto é, mais consciente a pessoa fica, enquanto que quanto menor a atividade elétrica, por exemplo, quando uma pessoa está em relaxamento, menos consciente ela fica. Isso sugestiona que o corpo astral pode ter alguma interação direta com tais estruturas celulares, mas a natureza desta interação ainda não está esclarecida. A minha ideia sobre isso é que a transferência de consciência entre o corpo astral e físico não ocorre envolvendo uma troca eletroquímica direta, ou seja, uma interação direta entre partículas do corpo astral com as partículas do corpo físico, mas sim uma troca de informação indireta. É que nem quando ocorre um fenômeno paranormal costuma ocorrer uma queda de temperatura no ambiente.

Esta interação não envolveria, portanto, interação elétrica ou química, mas pode ser que envolva interação eletromagnética. Ou quem sabe magnética, de forma similar a quando uma informação é armazenada em um disco rígido de um computador, a informação ali armazenada se dá por conta de um fenômeno magnético. E de fato existe um tratamento que envolve campos magnéticos, em que se coloca uma máquina próxima ao cérebro do paciente, de forma a tratar depressão profunda, entre outros problemas neurológicos. Se campos magnéticos têm efeito na consciência humana, de forma a afetar o humor ou mesmo a maneira de uma pessoa raciocinar, então é plausível que esta interação entre corpo e consciência também possa ser de natureza magnética, mas ainda seria diferente da ideia do magnetismo animal de Mesmer.

Mas neste caso isso não estaria envolvido com a prática do passe ou do reiki, mas em como a consciência astral se fixa no cérebro biológico.

Na Transcomunicação Instrumental acredita-se que exista alguma interação entre partículas astrais e físicas que alteram o comportamento dos elétrons, formando imagens e sons a partir de ruído branco. Pode ser que na realidade toda e qualquer interação entre o astral e o físico envolva alguma interferência envolvendo partículas elementares. Do ponto de vista energético é mais fácil manipular elétrons do que prótons ou nêutrons, que são partículas mais pesadas. Assim sendo, é plausível que qualquer interação entre o mundo físico e astral envolva partículas elementares, como o elétron e o pósitron. Já quando envolve partículas do núcleo atômico, isso já teria mais relação com fenômenos paranormais. Pode até ser que em alguns casos o corpo astral tenha energia suficiente para manipular corpos físicos de forma mais direta, como empurrar portas soltas, causar ruídos no ambiente ou mesmo arremessar objetos. Mas na maioria dos casos isso dependeria da presença de um médium, que serviria como um canalizador para tais fenômenos.

O que quero dizer é que no fim das contas, a interação entre o corpo astral e biológico ocorre através de alguma interação direta ou indireta entre partículas.
Nuker
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