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Asherá, a Deusa Proibida

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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:38

Asherá (Asherah) a Deusa Proibida.
Fonte: http://www.unicamp.br/~aulas/Conjunto%20I/4_1.pdf

Citação a partir da Fls nº12:

"Deusa Asherah: Uma imagem a partir dos Escritos Bíblicos

Conforme Ruth Hestrin (1991:.50), Asherah é mencionada cerca de 40 vezes
na Bíblia Hebraica, de três formas diferentes, ora como uma imagem que
representa a própria Deusa, ora como uma árvore ou como um tronco de
árvore, que a simbolizam.
Asherah, a Deusa Cananéia, na mitologia ugarítica era conhecida como
“Senhora do Mar”, a esposa de El, chefe do panteão dos Deuses. No Primeiro
Testamento ela aparece muitas vezes como esposa de Baal, sendo que na
épica de Baal, Asherah cria os monstros que o devoram, se opondo à
construção de um templo para Baal (Mackenzie, 1984:.82). "

O culto a Asherah foi muito popular em Israel e Judá. O rei Asa (912-871
a.E.C), que ficou no poder durante 41 anos em Judá, empreendeu uma
restauração no culto a Yahweh e “chegou a retirar de sua mãe a dignidade de
Grande Dama, porque ela fizera um ídolo para Aserá; Asa quebrou o ídolo e
queimou-o no vale do Cedron” (1Rs 15,13; cf. 2Cr 15,16). O ídolo remete na
palavra hebraica mifleset, a algum objeto de culto, provavelmente de madeira.
É interessante perceber que o culto se dá no palácio, em ambiente oficial
(Croatto, 2001: 40-41). Já na passagem de 1Rs 16,33 “Acab erigiu também um
poste sagrado...” demonstrando que Asherah também foi adorada em Israel.
Em 2Cr 14,1-2, onde o rei Asa é lembrado como o rei que fez o que é
“bom e justo aos olhos de Yahweh, seu Deus”, exatamente porque “eliminou os
altares do estrangeiro e os lugares altos, despedaçou as estelas, destruiu as
aserás...” ordenando o povo a praticar a lei e os mandamentos de Yahweh (cf.
Jz 3,7)."
Simão, o Mago
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:39

(...)
Refletindo sobre os textos bíblicos que mencionam a Deusa Asherah
teremos como pano de fundo o contexto que Silvia Schroer tão bem elucida,
os/as repatriados/as da Babilônia tinham integrado a questão da culpa de
tal maneira que consideravam sobretudo o culto às deusas como motivo da
ruína de Israel. Os expoentes deste grupo conseguiram banir de Judá
quase completamente o culto às deusas dentro de um século e de apagar,
o máximo possível, as memórias dele. Não é por acaso que o culto
clandestino à deusa acontece no contexto de proibições misóginas e
xenófobas de casamentos mistos. Todas as tentativas que seguem, de
integrar a deusa pelo menos na linguagem teológica, são tentativas
assentadas dentro do sistema monoteísta (Schroer, 1995:.40).
A partir desta perspectiva, de demonização da Deusa ou das Deusas,
tentaremos constatar, nos escritos bíblicos, os impactos e as conseqüências
que tal visão e atitude trouxe para a imagem da Deusa Asherah, que aos
poucos passa a se tornar a Deusa proibida, a causa dos males e da ruína de
Israel.
A marginalização do feminino, das mulheres é um processo que também
se dá e se sustenta por meio de escritos bíblicos justificadores de uma sociedade patriarcal, atuando assim no que podemos chamar de
“desempoderamento” das mulheres a partir do sagrado, o que trouxe e traz
fortes impactos nas dimensões culturais, religiosas, sociais, econômicas e
políticas.
A seguir, em dois momentos, analisaremos citações bíblicas sobre
Asherah. Primeiramente as que mencionam Asherah como Deusa, depois as
que aparecem com o nome “poste sagrado”, símbolo da Deusa. "
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:40

O Crime dos Patriarcas.

Há uma preocupação dos redatores bíblicos de excluir qualquer suspeita da
Deusa Asherah ao lado de Yahweh, como sua consorte, de tal forma que os
escritos bíblicos possivelmente foram redigidos com a intenção de apagar e
demonizar a presença da Deusa.
As inúmeras citações sobre Asherah demonstram seu peso no contexto
religioso, o que faz dela uma grande ameaça ao monoteísmo javista em
ascensão.
Em 1Rs 18,19, “pois bem, manda que se reúna junto de mim no monte
Carmelo, todo o Israel com os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal e os
quatrocentos profetas de Aserá, que comem à mesa de Jerusalém”, a
referência a Asherah geralmente é considerada uma glosa. Quem incluiu esta
referência tinha claro que Asherah era uma Deusa e a coloca em paralelo com
Baal (Croatto, 2001:.41).
O rei Josafá (871-848 a.E.C), filho e sucessor do rei Asa, deu
continuidade à política de seu pai, “Yahweh manteve o reino em suas mãos”
(2Cr 17,5), pois “seu coração caminhou nas sendas de Yahweh e ele suprimiu
de novo em Judá os lugares altos e as aserás” (2Cr 17,6). Em outra passagem,
Josafá após combater contra Aram, apesar de ferido, volta com vida para
Jerusalém sendo aclamado por Jeú, o vidente, deve-se levar auxílio ao ímpio? Amarias aqueles que odeiam Yahweh, para
assim atrair sobre ti sua cólera? Todavia, foi encontrado em ti algo de bom,
pois eliminaste da terra as aserás e aplicaste teu coração à procura de
Deus (2Cr 19,3).
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:40

(...)
Ezequias (727-698 a.E.C), filho e sucessor de Acaz, é lembrado como o
rei que “fez o que é agradável aos olhos de Yahweh”. Durante o seu reinado,
após a celebração da Páscoa e da festa dos Ázimos é empreendida uma
reforma do culto,
terminadas todas essas festas, todo o Israel que lá se achava saiu pelas
cidades de Judá quebrando as estelas, despedaçando as aserás,
demolindo os lugares altos e os altares, para eliminá-los por completo de
todo o Judá, Benjamim, Efraim e Manassés. A seguir, todos os israelitas
voltaram para suas cidades, cada um para seu patrimônio (2Cr 31,1).
Nesta época o Reino do Norte, Israel, já havia sido destruído, sendo
assim, Judá, Reino do Sul, tornou-se o único espaço onde a identidade
religiosa do povo de Yahweh poderia ser mantida. Foi nesse contexto que
Ezequias promoveu uma extensa reforma religiosa e política, com intenções de
reunir o povo em torno de um só Deus e um só rei. Por isso, Ezequias é
exaltado pelos redatores deuteronomistas como o rei que “fez o que agrada
aos olhos de Yahweh” (2Rs 18,3). A reforma religiosa de Ezequias era baseada
nas seguintes medidas: no combate a idolatria, na centralização do culto a
Yahweh em Jerusalém e no cumprimento dos mandamentos. Tais medidas
podem ter sido fundamentadas no documento trazido do Norte (Dt 12-26), que
foi adaptado à reforma em Judá. Josias retoma 100 anos mais tarde este
documento para empreender sua reforma religiosa e política (Gass, 2005: 78-
83).
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:41

(...)
O rei Manassés (698-643 a.E.C), filho e sucessor de Ezequias, é
lembrado pelos redatores como um rei que “fez mal aos olhos de Yahweh”,
justamente porque reconstruiu os lugares altos que seu pai havia destruído,
ergueu altares para os baais e fabricou postes sagrados, prestando-lhes culto.
No entanto, foi construir altares dentro do Templo de Yahweh (2Rs 21,7) a maior abominação para os redatores, que ao final dos escritos sobre Manassés
relatam sua conversão a Yahweh. “Sua oração e como foi ouvido, todos os
seus pecados e sua impiedade, os sítios onde havia construído os lugares altos
e erguido aserás e ídolos antes de se ter humilhado, tudo está consignado na
história de Hozai” (2Cr 33,19).
O rei Josias (640-609 a.E.C) empreendeu uma reforma a partir de 622
a.E.C fazendo de Jerusalém o centro político e religioso de seu estado,
destruindo os santuários de Yahweh que havia no interior e acabando com os
cultos cananeus e assírios, que aconteciam no templo de Jerusalém e nos
lugares altos. A reforma de Josias atingiu a liberdade religiosa popular, pois
ordenou a Helcias, o sumo sacerdote, aos sacerdotes que ocupavam o segundo
lugar e aos guardas das portas que retirassem do santuário de Yahweh
todos os objetos de culto que tinham sido feitos para Baal, para Aserá e
para todo o exército do céu, queimou-os fora de Jerusalém, nos campos do
Cedron e levou suas cinzas para Betel (2Rs 23,4).
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:41

(...)
Com isso, o culto exclusivo a Yahweh é reafirmado pela corte e pela
classe sacerdotal de Jerusalém, exclusividade que custou caro à religiosidade
popular (Gass, 2003:.134-138).
Josias ainda “demoliu as casas dos prostitutos sagrados, que estavam no
templo de Yahweh, onde as mulheres teciam véus para Aserá” (2Rs 23,7). Aqui
provavelmente se trata de vestidos feitos para a estátua de Asherah (Croatto,
2001:.41).
As intenções daqueles que redigiram tais textos parecem claras, ou seja,
querem demonstrar que o “bom e justo” rei e povo é aquele que elimina
qualquer resquício da presença de outros Deuses e Deusas em Israel, que o
rei ou povo que “faz mal aos olhos de Yahweh” seria justamente aquele que
aceita a realidade politeísta.
Na citação a seguir além de derrubar, despedaçar e reduzir a pó os
altares, Josias manda espalhar este pó sobre o túmulo dos que ofereciam sacrifício a Baal e Asherah, ou seja, está explicíto que pessoas foram
assassinadas. Aqui o nome Asherah também aparece no plural,
no oitavo ano de seu reinado, quando ainda não era mais que um
adolescente, começou a buscar ao Deus de Davi, seu antepassado. No
décimo segundo ano de seu reinado, começou a purificar Judá e Jerusalém
dos lugares altos, das aserás, dos ídolos de madeira ou de metal fundido.
Derrubaram diante dele os altares dos baais, ele próprio demoliu os altares
de incensos que estavam sobre eles, despedaçou as aserás, os ídolos de
madeira ou de metal fundido, e tendo-os reduzido a pó, espalhou o pó
sobre os túmulos dos que lhes ofereceram sacrifícios (...) Nas cidades de
Manassés, de Efraim, de Simeão e também de Neftali e nos territórios
devastados que os rodeavam, ele demoliu os altares, as aserás, quebrou e
pulverizou os ídolos, derrubou os altares de incenso em toda a terra de
Israel e depois voltou para Jerusalém (2Cr 34,3-4.6-7).
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:42

(...)
Em Is 27,9 a Deusa Asherah é taxada de forma explícita como o pecado
de Israel, a causa de sua iniqüidade e ruína, devendo ser banida por completo,
porque, com isto, será expiada a iniqüidade de Jacó. Este será o fruto que
ele há de recolher da renúncia ao seu pecado, quando reduzir todas as
pedras do altar a pedaços, como pedras de calcário, quando as Aserás e
os altares de incenso já não permanecerem de pé.
Está claro que a ascensão do culto exclusivo a Yahweh não se faz de
forma tranqüila, mas de forma violenta, a partir da intolerância religiosa, da
destruição e da eliminação por completo do outro, que se torna uma ameaça.
Simão, o Mago
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:42

Conclusão segundo o Artigo.

Em Is 27,9 a Deusa Asherah é taxada de forma explícita como o pecado
de Israel, a causa de sua iniqüidade e ruína, devendo ser banida por completo,
porque, com isto, será expiada a iniqüidade de Jacó. Este será o fruto que
ele há de recolher da renúncia ao seu pecado, quando reduzir todas as
pedras do altar a pedaços, como pedras de calcário, quando as Aserás e
os altares de incenso já não permanecerem de pé.
Está claro que a ascensão do culto exclusivo a Yahweh não se faz de
forma tranqüila, mas de forma violenta, a partir da intolerância religiosa, da
destruição e da eliminação por completo do outro, que se torna uma ameaça.
nação, passa a se constituir em torno de três pilares: um só Deus, um só Povo
e uma só Lei. A centralidade em Yahweh se torna um fator importante de
credibilidade e legitimação da nova identidade nacional em formação, resultado
das reformas empreendidas por Esdras e Neemias. A idolatria se torna então a
culpa da ruína de Israel e neste contexto Yahweh é triunfante. Isso irá se refletir
no conflito que os textos bíblicos demonstram em relação a Asherah e a outros
Deuses e Deusas, bem como, em relação principalmente às mulheres
estrangeiras.
Podemos claramente perceber que a elaboração e instituição do
monoteísmo não se deu de forma democrática e muito menos pacífica. A partir
de um contexto politeísta, a centralidade em Yahweh é um processo violento,
de destruição da cultura religiosa do outro e da outra, de proibição do diferente,
demonizando-o e tornando-o uma ameaça. Um processo nítido de intolerância
religiosa.
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:43

(...)
A supressão do culto e da imagem da Deusa Asherah traz consigo
conseqüências profundas para as relações entre os gêneros, afetando em
especial aos corpos das mulheres, que tinham na Deusa uma possibilidade de
representação do feminino no sagrado. A religião judaica vai se constituindo
em torno de um único Deus masculino, legitimando historicamente uma
sociedade patriarcal. Este poder divino imaginado somente como Deus afetou
as mulheres, as crianças, a natureza, pois quase sempre partiu de um
pressuposto de dominação, opressão e hierarquização das relações, tanto
humanas como ecológicas.
Afirmar Asherah como Deusa é polêmico, mas necessário à religião e à
pesquisa bíblica. Dar voz a uma época em que Deuses e Deusas eram
adorados, em que o próprio Yahweh foi adorado ao lado de Asherah, nos
impulsiona a re-pensar não só as relações pré-estabelecidas entre homens e
mulheres, bem como, a própria representação do sagrado estabelecida.
Re-imaginar o sagrado como Deusa é re-imaginar as relações de poder,
não numa tentativa de apagar a presença de Deus e sim de dar espaço ao
feminino no sagrado, novamente o feminino não como um atributo do Deus
masculino, mas como Deusa.
Esta talvez seja uma grande contribuição da reflexão feminista, que nos
desloca e nos provoca a re-imaginar o sagrado, como possibilidade de reimaginar a sociedade e as estruturas cristalizadas secularmente.
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:43

Bibliografia.

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Rio de Janeiro, Ed. Nova Fronteira.
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CHRIST, C. P. 2005. Re-imaginando o divino no mundo como ela que muda.
Trad. Monika Ottermann. Mandrágora. São Paulo, ano XI, nº 11: 16-28.
CROATTO, S. J. 2001. A deusa Aserá no antigo Israel. A contribuição
epigráfica da arqueologia. Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana.
Petrópolis, nº 38: 32-44.
CRÜSEMANN, F. 2001. Elias e o surgimento do monoteísmo no Antigo Israel.
Fragmentos de Cultura. Goiânia, V. 11, nº 5: 779-790.
DISCOVERY CHANNEL. The Forbidden Goddess: Archaeology on the
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FIORENZA, E. S. As origens cristãs a partir da mulher: uma nova
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GASS, I. B. (org.). Reino Dividido. 2005. vol. 4, 2 ed. São Leopoldo, Ed. Cebi;
São Paulo, Paulus. Coleção Uma Introdução à Bíblia.
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Almeida Pereira. Petrópolis, Ed. Vozes
HESTRIN, R. 1991. Understanding Asherah, exploring semitic iconography.
Biblical Archaeology Review. 50-58.
MACKENZIE, John L. Dicionário Bíblico. 1984. São Paulo, Ed. Paulinas, p. 82.
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de Graduação em Teologia. São Leopoldo, IEPG/EST.
OTTERMANN, M. 2005. Vida e prazer em abundância: A Deusa Árvore.
Mandrágora. São Paulo, ano XI, nº 11: 40-56.
______. 2004. A Iconografia da Deusa em Canaã e Israel/Judá nas Idades do
Bronze ao Ferro. Ensaio para a disciplina de Colóquio de Literatura e Religião
no Mundo da Bíblia, UMESP.
Simão, o Mago
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:43

(...)
REIMER, H. 2003. Sobre os inícios do monoteísmo no Antigo Israel.
Fragmentos de Cultura. Goiânia, vol. 13, nº 5: 967-987.
__________. A serpente e o monoteísmo. In: Hermenêuticas Bíblicas:
Contribuições ao I Congresso Brasileiro de Pesquisa Bíblica. 2006. São
Leopoldo, Ed. Oikos; Goiânia, UCG, p.115-128.
RUETHER, R. R. Sexismo e religião: rumo a uma teologia feminista. 1993.
Trad. Walter Altmann e Luís M. Sander. São Leopoldo, Ed. Sinodal.
SCHROER, S. A Caminho para uma reconstrução feminista da História de
Israel. (s.d.) 1995. Trad. Monika Ottermann.
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:44

Observação.

Observamos que a supressão de Asherá, consorte de YHWH, segundo o texto aqui colocado, visa exclusivamente à apoiar o Patriarcado e conferir poderes excessivos para os mesmos, uma forma de manipulação Sionista.
Ao fazer uma lavagem cerebral, e suprimir a igualdade entre o Sagrado Feminino e o Sagrado Masculino.
Acabaram por esconder da humanidade a verdade.
Na tentativa de domínio Totalitário pelo poder religioso.
Um mal que ainda hoje ocorre Livremente.

Onde apoiam um estado Supostamente Laico, porém apenas dão corda para poder Enforcar aquilo que os incomoda, de forma a manterem o controle.

Logo, a manipulação do politeísmo para o monoteísmo, é uma clara alusão à modificação intencional e fascista de um grupo de pessoas que apenas querem garantir que possam continuar no poder e não exatamente manter sua religião.

Uma vez que mutilaram sua própria religião. A maior pergunta que fica no ar é a seguinte.
Oque aqueles que mutilam sua própria religião em pró de seu próprio ego faz de fato aos que são de religião diferente da sua, uma vez que estes mesmos não respeitam sua própria religião?

Esta pergunta é uma Verdade Cruel, que vive e se apresenta o tempo todo.

Será que que o Grande assassino da 2ª Grande Guerra, agiu inspirado nas ações prévias de suas vítimas? ou Será que tudo não passa de uma consequência de efeito dominó de uma manipulação sutil que acabou aparecendo e se manifestando mais vivamente? através deste, oque em si não o isenta de seus atos.Perguntas polêmicas e sérias. O Monoteísmo se fez assassinando o Politeísmo e o Sagrado Feminino fora vítima assim como toda Humanidade, de mentes manipuladoras que visavam apenas o poder? Ou um erro fora permitido e gerara um atrás do outro?Se podemos mudar os erros. Porque permitimos que estes continuem?
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:45

Não podemos deixar o erro continuar; Por isso, já dizia Levi: - Ciência e Religião devem andar juntos...
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:45

Ainda sim.

Observando os textos apresentados neste trabalho.
Isto não responde o porque intensão, fora removido a companheira de YHWH.
Então, onde chegaremos com isto?
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:46

Opa.
É intenção.
Porque intenção eles fizeram o que fizeram?
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:47

Os elementos do culto à Árvore-Fálica deixem a religião com ares demasiado pagão para certos intentos da administração farisaica.
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:49

Para entender melhor o que coloquei, vou citar o texto que melhor condiz com a situação.

Texto: Moral farisaica
Autor: Letícia Lanz

"Os fariseus se caracterizavam pela total falta de modéstia e de autocrítica. Consideravam-se superiores em tudo, demonstrando excesso de arrogância,orgulho e soberba nas suas relações comunitárias.

Dentro dessa "neura" de perfeição moral, estética, filosófica, religiosa (e carnavalesca...) eles "oravam" agradecendo a Deus por pertencerem a grupo altamente selecionado de pessoas, uma elite da época em todos os sentidos, e não terem nascidos “nem gentio, nem plebeu, nem mulher”... Traços desse comportamento podem ser vistos em Lucas (18:11): o fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano...

Entretanto, o fato mais evidente na conduta dos fariseus é que, na prática das suas vidas, eles eram exatamente o oposto do que apregoavam em suas falsas e surradas "lições de moral e de bem-viver". Eram exatamente os piores elementos, os que mais ofendiam e transgridem as regras mais elementares de convívio humano.
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:49

(...)
É essa "moral de fachada" que nos vigia e espreita, do alto da sua falsa máscara de hipócrita beatitude. É o olho que julga, que pune e ofende, que jamais compreende ou acolhe. O olho que, apesar de estar profundamente entranhado dentro de nós, também está nos "outros": - esposa, filhos, parentes, colegas de trabalho...
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Mensagem por Simão, o Mago 18/12/2023, 00:50

E a conclusão colocada.

Com o que em boa parte concordo ainda que eu seja de outra linha de fato.

"Contudo, é necessário reprovar e escorraçar para bem longe essa moral ambígua e absolutamente sacana, que reprova a conduta sexual dos indivíduos , que é assunto pessoal de cada um, e faz vista grossa para a invasão do território público, por ladrões disfarçados de representantes do povo e de "escolhidos do senhor". Que moral é essa? Que credenciais de lisura e respeito nos oferecem os seus "dignos" representantes? Malas entupidas de dinheiro arrancado com total má-fé de gente simples e de boa-fé? Fachadas de respeitabilidade, com bigode, terno cinza, gravata preta, óculos de aro e face "carregada" de pudor - ocultando comportamentos abjetos, nojentos e repulsivos?

Hipócritas é o que são, esses abjetos seres sub-humanos, que querem nos fazer sentir vergonha de ser nós mesmos, que querem que sejamos "não-guéns" nesse mundo.

tirem suas mãos sujas e seus olhares libidinosos do meu corpo, que é a única coisa que realmente me pertence nesse mundo. Dinheiro público é que é assunto público: tirem suas mãos sujas dos recursos que pertencem a toda a comunidade e não apenas para um grupo de fariseus sujos, auto-eleitos como “escolhidos do senhor”...

Eles, os que nos vigiam e punem, querem todos os espaços do mundo, sobretudo os espaços e os direitos que nunca lhes pertenceram. Eu quero apenas o direito de ser quem eu sou."
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