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Mensagem por MacGyver 4/8/2019, 21:07


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Saudosas facas Ginsu, cortam até adamantium, hehehe...
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Mensagem por MacGyver 4/8/2019, 21:15


Olha, das antológicas propagandas do 1406 dos anos 80 e 90 a que ganha disparado é a do Tony Little, aquele baixinho irado e marombado com rabo de cavalo e com pinta de surfista que apresentava seu produto Ab Isolator com a maior energia.



Esse cara aí é uma figura! BIG LOL!

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Mensagem por Lilith 4/8/2019, 23:54


Parece aquele dançarino do cia do pagode. kkkk
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Mensagem por MacGyver 7/8/2019, 00:28


E o Arakem, o showman, lembram dele?!

Suas vinhetas fizeram sucesso na Copa do Mundo de 86. Toda vez que o Brasil ganhava uma partida, aparecia o cara, um sujeito feio pra burro rodeado de belas mulheres zombando do país adversário e derrotado.

Dizem que ele não gosta de ser lembrado como o Arakem o showman, pois além do Brasil ter perdido a copa de 86, também perdeu a de 1990, onde o Arakem mais uma vez serviu de garoto propaganda da copa, o que lhe rendeu uma tremenda fama de pé frio. hehehe...

Assistam o Arakem no auge da sua curta carreira na TV após a derrota da Polônia para o Brasil em 86:

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Mensagem por sombriobyte 7/8/2019, 01:49


Lembro.

O Araken foi o maior pé-frio da copa antes do Mick Jagger.

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Mensagem por Gigaview 12/11/2019, 00:56


María Perego, criadora do personagem Topo Gigio, morre aos 95 anos

Cray

Gostaria de expressar aqui a minha gratidão por este ratinho que me fez tão feliz na minha infância. Adorava dançar e cantar as suas músicas... sabia todas de cor.

Obrigado, Topo Gigio, por ter me proporcionado momentos puros de alegria e por também ter ajudado a moldar a pessoa que sou hoje!

Sou-lhe eternamente grato! coração
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Mensagem por James Halliday 12/11/2019, 06:17


Saiba, ó principe, que entre os anos quando os oceanos tragaram a Atlântida e os anos quando se levantaram os filhos de Aryas houve uma era inimaginada, repleta de reinos esplendorosos que se espalharam como miríades de estrelas sob o manto negro dos céus.

Nessa época surgiu Conan da Ciméria, ladrão sagaz, assassino frio, formidável guerreiro que, com olhos sombrios e mãos sempre prontas a empunhar uma espada, humilhou sob seus pés os tronos da terra, sobre quem as tribos Kushitas cantaram inúmeras lendas.
(Crônicas da Nemédia)

CONAN, O BÁRBARO

Conan, o Bárbaro, apareceu pela primeira vez em 1932 nas páginas da revista Weird Tales.
O musculoso herói medieval foi criado por Robert E. Howard, pai do gênero da fantasia heroica que em apenas 12 anos produziu centenas de contos de ficção antes de se suicidar aos 30 anos.
Conan é como Super Homem ou Batman, sem o traje colante... Forças do mal invadem uma vila, matam os pais dele e o capturam. Ele foge e acha uma espada. Isso mostra o mito do herói: quando oprimido finalmente ganha liberdade e poder.
Quando o produtor Dino De Laurentiis levou o herói para a tela grande em 1982, os fãs duvidaram que houvesse um ator forte o bastante para encarnar as medidas de Conan. Eis que surge Arnold Schwarzenegger, ex Mister Universo, cujo inglês era tão rude quanto o personagem que interpretava.
Conan lançou a carreira de Schwarzenegger. Ele foi o Conan perfeito. O idioma simério deve parecer com o austríaco. BIG LOL!
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Mensagem por James Halliday 12/11/2019, 06:28


Blade Runner - O melhor filme cult de todos os tempos

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Novembro de 2019, quem diria?!

Eu assisti Blade Runner pela primeira vez quando tinha 10 anos de idade, era início dos anos 80, e o Punk New Wave era a cena da época; quem viveu isso lembra... e isso foi fundido de uma maneira absolutamente natural à atmosfera noir e à trilha sonora do filme, somado ao visual futurista de Syd Mead, transformando tudo em uma experiência sensorial singular. Só por isso já é uma obra de arte em si. Sem contar a filosofada do filme, melancólico-romântico-existencial. Síntese de sua época, e a frente do seu tempo. Obra de arte moderna dos anos 80. Assista na hora do silêncio da noite, e nunca mais esqueça...
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Mensagem por James Halliday 12/11/2019, 06:54


SOBRE A DIFERENÇA ENTRE AS VERSÕES:

As versões de 92 e de 82 são praticamente dois filmes diferentes. A do diretor (1992) tem um final diferente, não tem aquela narração horrível do Harrison Ford explicando cada cena, e ainda dá umas dicas a mais sobre o fato do Deckard ser um replicante.

A versão original de 82 tem narração e tem aquele finalzinho feliz deles dois fugindo de carro...

As versões de 92 e 2007 não tem narração e o filme termina com eles entrando no elevador. Elas também tem a cena do Deckard sonhando com um unicórnio cavalgando por uma floresta, o que reforçaria a tese de que ele era um replicante pois o Gaff deixa um origami de unicórnio pra ele no final (prova de que era memória implantada).

As diferenças entre a versão de 92 e a de 2007 são pequenas, foram corrigidos alguns erros e uma ou outra cena ficaram um pouco mais longas, como a da morte do Tyrell por exemplo.
"The Final Cut", de 2007, em que houve um trabalho de remasterização, principalmente em se tratando dos efeitos especiais, é a versão definitiva e a preferida do Ridley Scott, que mostra como o filme deveria ter ficado se o Ridley Scott não tivesse sido obrigado a mudar radicalmente o filme por causa de pressões dos produtores.

Por que gosto mais da Versão do Diretor?

Não tenho nada contra o Harrison Ford, pra mim ele está perfeito no papel. Mas não consigo engolir aquela versão de 82, com aquele final bobo com cenas não aproveitadas pelo Kubrick no Iluminado e com aquela narração horrível (gosto não se discute). Pra mim a melhor versão de um filme é aquela que o diretor idealizou, ainda mais se tratando de um diretor do calibre do Ridley Scott.

A cena do sonho com o Unicórnio é praticamente a prova concreta de que Deckard era um replicante, pois prova que era uma memória implantada, já que o Gaff deixa pra ele um unicórnio de origami (como ele saberia do sonho do Deckard?)

Blade Runner não é um filme no estilo hollywoodiano, por isso que os produtores forçaram uma mudança radical no filme e obrigaram o Ridley a colocar a narração explicando as cenas. A narração estava no roteiro original, mas o diretor resolveu tirar por achar boba e dispensável, mas infelizmente ele teve que colocar depois (foram gravadas bem depois das filmagens terem acabado). O clima criado pela cena da morte do Roy é quebrado totalmente pela voz do Ford explicando algo que não precisava ser explicado, era pra ser uma experiência visual acompanhada com a belíssima música de Vangelis, na minha opinião não precisava daquilo.

Eu sei que Blade Runner ficou famoso e virou mito já com a versão original de 82. Mas o filme sofreu alterações por parte dos produtores. Pelo Ridley, a versão de 82 seria aquela lançada em 92. As imagens aéreas do final tiveram que ser editadas às pressas, e como os prazos de filmagem já tinham se esgotado eles resolveram pegar as cenas não utilizadas pelo Kubrick no Iluminado, ou seja, FOI SIM pressão dos produtores. Pode ser até que a versão do diretor de 92 tenha tido influências comerciais, mas se o filme já era tão cultuado só com a versão de 82, creio que não precisaria de nenhum impulso da Warner. O que eu quero dizer é que na minha opinião a versão de 92 é sim uma espécie de resposta do Ridley ao público sobre como o filme deveria ter ficado.
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Mensagem por Alquimista 12/11/2019, 14:26


É, mas no livro de Philip K. Dick o Deckard não é um androide.

No filme, no director's cut, ele é replicante, já no livro ele é definitivamente humano!

E olha que eu li as versões em português (br) - O Caçador de Androides - e a em português (pt) - Perigo Iminente.

Realmente há diferenças gritantes entre o livro e o filme. É muito difícil dizer qual possui a melhor história. No livro já começa pelo fato do Rick ser CASADO, e terminar casado!!!
Deckard é bem diferente, sendo um caçador de prêmios de pouco renome que possui a chance de ganhar alguns milhares de dólares caçando androides Nexus 6 e comprar um tão sonhado animal vivo.

Sim, no livro animais de verdade são raros e caríssimos, tornando-se símbolos de status na sociedade. Interessante notar que Rick possui uma ovelha elétrica e grande parte da ideia do livro pode ser contemplada nas primeiras páginas, quando há diversas passagens sobre esse fato, daí um dos motivos do nome original ser "Sonham os Andróides com Carneiros Elétricos?". Além do fato dele ser casado, os personagens são bem diferentes.

Zhora não existe. No lugar temos Luba Luft, uma cantora de ópera. Roy Batty possui uma mulher. Pris Stratton é semelhante a Rachael Rosen, e esta não tem absolutamente uma mente ingênua como no filme.
Um tema que o livro dá bastante destaque é a solidão, principalmente a solidão do Sebastian, que quando encontra a Pris, ela não é exatamente um "doce" com ele, muito diferente da doçura e meiguice da Pris do filme.

Enfim, acho o livro fantástico e recomendo a todos que curtiram o filme.

Aproveito para recomendar também outras obras de Philip K. Dick como Valis, Agente Duplo e O Homem do Castelo Alto, todas grandes obras de ficção (não necessariamente ficção científica como Blade Runner).
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Mensagem por Art3mis 13/11/2019, 00:32


Apesar do diretor abominar, confesso que prefiro a versão original de 82 com a narração do Ford (mesmo feita de má vontade). Também não consigo imaginar de onde o Ridley Scott tirou a ideia do Deckard ser ou não um replicante. Na minha opinião, muito forçado. Enfim, o que vcs acham?
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Mensagem por MacGyver 13/11/2019, 00:58


Ele ser um replicante é que adiciona o toque definitivo ao filme. Homem versus máquina é hollywood demais, simples demais, mesmo O Exterminador do Futuro mostrou máquinas que quase se embrenharam na complexidade humana. Acredito que essas raízes sejam encontradas em Blade Runner, onde uma máquina que vive entre os homens e se acredita um deles entra em contato, muitas vezes hostil, com outras que buscam essa identidade. A beleza está aí, não no humano em si, mas na complexidade de ser humano e na busca por uma identidade própria; o desejo de deixar a sua marca no mundo, de ser lembrado por quem você era e pelo que você fez. Simplificar a história ao nível de um combate futurista é tolo e superficial.
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Mensagem por Eugene Hector 13/11/2019, 01:25


Se Deckard é um replicante, por que ele não tem a superioridade física dos demais que aparecem no filme?
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Mensagem por MacGyver 13/11/2019, 01:30

Eugene Hector escreveu:
Se Deckard é um replicante, por que ele não tem a superioridade física dos demais que aparecem no filme?

Ele é de uma versão mais antiga. Lembre-se que o Roy e seus comparsas são Nexus 6, o que seria tipo o TOP de linha dos replicantes...rs
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Mensagem por Alquimista 13/11/2019, 01:47


Assisti BR no dia em que estreou na TELA QUENTE e achei simplesmente FANTÁSTICO!

Depois, já como fã incondicional de BR, assisti as outras 2 versões de 87 e 92. Mais tarde comprei o Box com as 3 versões em DVD. Não me canso de admirar e assistir e sempre concluo que a versão original 82 é mesmo a melhor de todas!

O Eugene Hector perguntou muito bem sobre essa dúvida do Deckard ser replicante na "versão 2" e, sendo replicante, por que então ele não tinha a mesma força que os Nexus 6?

Mesmo não sendo um Nexus 6, ele teria força e agilidade bem superiores aos humanos. Os Nexus 6 foram projetados com mais força que os modelos anteriores, apenas para os trabalhos forçados nas colônias interplanetárias.

É por essa e outras razões que essa ideia do Deckard ser um replicante nunca me convenceu.

Ridley foi bem esperto em abrir "novas versões" em cenas não editadas anteriormente, porém aí sim achei que o BR começou a sair do conceito "noir" que eu mais admiro.

Acho sempre muito interessante o que BR proporciona até hoje em discussões. Só mostra que o filme é realmente fora do comum.
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Mensagem por Alquimista 13/11/2019, 01:54


Ainda digo o seguinte: me considero um cinéfilo e nunca assisti outro filme com trilha sonora tão adequada e em sintonia perfeita com roteiro e argumento. Não consigo imaginar o sucesso de BR sem Vangelis.

O box ao qual me referi vem com 3 DVDs. Um com a versão definitiva, o segundo com a versão de 82, do cinema e do diretor, e o terceiro (maravilhoso por sinal) com os bastidores das filmagens, com Vangelis, Ridley Scott, entrevistas recentes com os atores etc. É muito legal poder ver, por exemplo, o ator que fez Tyrell como estava no lançamento do box e o que ele disse sobre o filme, entender por que Harrison Ford se aborreceu tanto nos sets de filmagem, até mesmo ver o ator que fez o engenheiro genético de olhos contar sobre a cena dentro daquele laboratório gelado. Muito bom!!! Recomendo aos fãs.
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Mensagem por Alquimista 13/11/2019, 02:04


Ah, e não pensem que os replicantes eram superiores aos humanos apenas em agilidade e força física... Eram bem mais INTELIGENTES também!!! E isso pode ser constatado na cena em que Rachael toca piano muito bem e com facilidade, e também na brilhante cena em que Roy Batty dá xeque-mate em Elden Tyrell numa partida de xadrez (e olha que o velho era considerado um gênio nesse jogo, segundo o Sebastian). Pra quem ainda não sabe, nessa cena o filme faz referência à famosa partida de xadrez que ficou conhecida como a Partida Imortal de Anderssen.

Enfim, fica claro para quem viu o filme que Rick Deckard não possuia nenhuma dessas habilidades fora do comum...
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Mensagem por James Halliday 13/11/2019, 06:07


Eu também tenho esse box, realmente é fantástico. Gostei muito das partes que mostram a forma como foram feitos os efeitos especiais, é impressionante o que os caras faziam sem computação gráfica e todas essas facilidades que temos hoje em dia. Inclusive isso é uma das coisas que mais me decepcionam nos filmes de Sci-fi atuais, eles apelam demais pra computação gráfica e isso faz com que as imagens se tornem muito "artificiais". Eu fico vendo um "Matrix da vida" por exemplo e tenho a impressão que estou assistindo a um jogo de playstation, diferentemente dos efeitos que eram feitos até os anos 80, onde o uso de maquetes e materiais físicos (não virtuais) faziam com que tudo parecesse mais real (quando bem feito, é claro).

Sobre a trilha sonora... dizer que é perfeita é chover no molhado. Acho que o único filme que se compara em termos de combinação imagem e som é o "2001" do Kubrick, mas nesse caso BR leva uma certa vantagem por ter uma trilha original.
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Mensagem por James Halliday 13/11/2019, 06:14


Fiery the angels fell
deep thunder rolled around their shores
burnig with the fire of Orc...

Ardentes os anjos caíram
trovões ensurdecedores rolaram em suas praias
queimando no fogo do Orc...


Isto é dito na cena do chinês que clona olhos. Alguém sabe de onde vêm?

É inspirado no poema ''America - A Prophecy'', de William Blake:

"Fiery the Angels rose, and as they rose deep thunder rolled
Around their shores, indignant burning with the fires of Orc"


No poema de Blake os Anjos são os colonos americanos, lutando contra a tirania britânica.

O poema épico é de 1791-3.

Orc seria um anagrama para Cor, ou seja, coração (em latim). O coração seria um simbolismo da liberdade e do espírito rebelde da juventude.
Literalmente, é orca (o cetáceo).
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Mensagem por James Halliday 13/11/2019, 06:24

MacGyver escreveu:
Ele ser um replicante é que adiciona o toque definitivo ao filme. Homem versus máquina é hollywood demais, simples demais, mesmo O Exterminador do Futuro mostrou máquinas que quase se embrenharam na complexidade humana. Acredito que essas raízes sejam encontradas em Blade Runner, onde uma máquina que vive entre os homens e se acredita um deles entra em contato, muitas vezes hostil, com outras que buscam essa identidade. A beleza está aí, não no humano em si, mas na complexidade de ser humano e na busca por uma identidade própria; o desejo de deixar a sua marca no mundo, de ser lembrado por quem você era e pelo que você fez. Simplificar a história ao nível de um combate futurista é tolo e superficial.

Embora no Brasil Blade Runner tenha o subtítulo de "Caçador de Androides", e no roteiro original estava evidente que os replicantes eram, no filme isso não fica claro. Androides teriam partes mecânicas, partes metálicas, e seriam facilmente descobertos através de detectores de metal, sendo desnecessário o teste Voight-Kampff. O filme dá a entender que eram seres totalmente biológicos, criados a partir de engenharia genética, apesar da dúvida de considerá-los ou não "humanos". Afinal, o que eram os replicantes?

Bom... os replicantes com toda certeza não correspondem ao que normalmente entendemos por androide, mas o fato é que pelo significado que podemos obter pelas raízes formadoras da palavra, é mais que certo falar androide, senão vejamos:
andros = homem / óide = semelhante a / Logo: semelhante ao homem.

Minha hipótese, porém, é que ao traduzirem o título do filme eles cagaram mesmo, se baseando no livro de Dick.
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Mensagem por James Halliday 13/11/2019, 06:36


Filmes como este, 2001, Laranja Mecânica, não tem uma mensagem única e definida. O roteiro não é escrito em torno de um problema a ser resolvido pelo herói.

São filmes feitos como INDAGAÇÕES, para fazer o expectador refletir sobre o tema, que você nem vai saber qual é se for assistir esperando um filme "mastigadinho".

Blade Runner discute basicamente a condição humana (e isso na minha opinião). Nos diferenciamos dos demais animais por possuir uma consciência, que muitos preferem chamar de alma. Os androides do filme estão em busca de seu criador para que este lhes dê mais tempo de vida, ou seja, adquiriram consciência (por um mero capricho humano de querer se igualar a Deus). Conscientes de quê podem pensar, aprender e fazer coisas boas e ruins segundo seu livre arbítrio particular, passam a dar importância à vida (''Não somos computadores'', diz Roy para Sebastian. "Estamos vivos", e Pris complementa: "Eu PENSO, Sebastian, logo, existo"). É por isso que Roy salva Deckard no final e fala aquelas frases maravilhosas sobre os momentos intensos que lhe proporcionaram o sentimento, também intenso, de estar vivo; ele quer lhe provar que um androide sabe valorizar a vida até mais que um humano, e poupa a vida de seu perseguidor.

Assim, é Roy e não Deckard o personagem principal. É ele o herói da história, e é por ele que o "caçador de androides" aprende o que é estar vivo, já que não se sentia assim. Então ele acha o origami do unicórnio que aparece em seus sonhos, prova de que Gaff os conhece pois ele próprio é um androide (tchan!), e relembra o que Gaff lhe dissera: "Pena que ela não viverá muito. Mas afinal, quem é que vive?" Ora, juntando com o que ele acabara de aprender com Roy, já não lhe importa mais se é um androide ou um humano, pois "quem vive" é quem tem consciência (assim como HAL 9000 de 2001, filme que também tem na consciência seu centro) e vive de forma intensa, consciente também da premência da vida. Quão vivo está um empresário que quase não vê a luz do dia e vive para fazer lucro?

É por essas e por outras que esses filmes são considerados obras-primas e clássicos. Ao invés de nos excitar com efeitos especiais e ação frenética (não que eu não goste disto, adoro Matrix, O Exterminador do Futuro e Guerra nas Estrelas), nos levam a reflexões um pouco mais profundas e de repente descobrimos algo fundamental em nós mesmos, que nem sabíamos que existia.

Se não concorda, então que vá assistir O Resgate do Soldado Ryan, Alien x Predador, Rambo V, Velozes e Furiosos, qualquer um do Steven Seagal ou mesmo Os espartalhões. Você vai se divertir bem mais...
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Mensagem por Freud explica 13/11/2019, 14:51


O filme ''Blade Runner'', ao apresentar em 2019 um planeta decadente e sem perspectivas de melhora, nos joga a muitas reflexões, entre elas a referente a quais características desse ambiente sombrio podemos identificar nos dias de hoje?

Não falo aqui da premissa, da mensagem do filme, pois estes dados são universais e imutáveis; refiro-me ao questionamento ao qual o filme propõe apresentando o nosso planeta como um lugar inabitável!

Uma das melhores (e mais sombrias) interpretações que li a respeito de um conceito maior no subtexto de "Blade Runner" (que neste exato momento estou assistindo de novo!!!) é a de que o filme apresenta uma visão pessimista da raça humana... um ser que estará perdido entre tudo o que criou (J.F. Sebastian alegoriza isso bem....) e caminha para seu fim. Nesse contexto, o filme apresenta a DECADÊNCIA da raça humana, onde nem mesmo o herói escapa dos pecados inerentes da humanidade... O mundo já não se tornará um lugar bom pra viver e todo o objetivo será passível de questionamento (como a perseguição aos perigosos e "insensíveis" replicantes).
É exatamente nesse ponto que o diálogo do personagem de Gaff, interpretado por Edward James Olmos, torna-se mais belo e emblemático, onde ele diz para um Deckard às lágrimas no fim de sua missão com o corpo do personagem Roy morto à sua frente:

GAFF: "- Fez o trabalho de um homem, senhor... (...) - Mas é uma pena que ela (Rachel) não vá viver!... - Mas afinal de contas... quem vive?"
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Mensagem por Alucard 13/11/2019, 15:12


A expectativa de um futuro impregnado de influências asiáticas - atari, bonsais, comer com rashi - enfim, na época era o Japão... hoje a gente vive a "onda chinesa"...

Blade Runner errou nesse prognóstico... e por isso mesmo acabou ensinando que a gente precisa olhar sempre para além das aparências, do imediato... (A China também não vai dominar o mundo!)
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Mensagem por Masses Crusher 13/11/2019, 15:41


SPOILERS - só para quem viu o filme

Roy Batty é da máfia Corleone dos replicantes?

Pô, ele dá o "beijo da morte" no Tyrell antes de matá-lo, alguém reparou? huahuahhahaha
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Mensagem por Masses Crusher 13/11/2019, 15:44


Blade Runner e Alien

Revi esta semana Alien, o 8º passageiro, e tem nos dois filmes a mesma cena. Quando o carro da polícia começa a subir e quando a nave que vão usar para descer no planeta se separa da Nostromo aparece um painel indicando a separação. Reparem que até a hora é a mesma.
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