Radioatividade

Marie Curie e Paul Langevin

Tradução de extrato do texto de Nanny Frömman, divulgado pela Fundação Nobel:
http://nobelprize.org/nobel_prizes/physics/articles/curie/index.html

Porém, as tribulações de Marie não estavam em um fim. Quando, no começo de 1911 de novembro, Marie foi para a Bélgica, sendo convidado com o mundo a maioria dos físicos eminentes para assistir a primeira Conferência de Solvay, ela recebeu uma mensagem que uma campanha nova tinha começado na imprensa. Agora era uma questão da vida privada dela e as relações dela com o colega dela Paul Langevin que também tinha sido convidado à conferência. Ele tinha tido problemas matrimoniais durante vários anos e tinha se mudado da casa suburbana dele para um apartamento pequeno em Paris. Marie foi descrita como a razão dessa mudança. Foram descritos ambos em condições difamadoras. O escândalo desenvolveu dramaticamente. Marie se levanta na própria defesa e conseguiu forçar uma desculpa do jornal Le Temps. No mesmo dia, ela recebeu mensagem de Estocolmo de que tinha sido premiada com o Nobel em Química. Porém, os mesmos jornais que lhe transformaram em uma lenda quando ela recebeu o Nobel em Física, em 1903, agora completamente ignoraram o fato que ela tinha sido premiada com o Prêmio em Química ou somente tinha informaram isto em alguns palavras em uma página interior.

O escândalo de Langevin aumentou em um caso sério que tremeu o mundo universitário em Paris e o governo francês no nível mais alto. A senhora Langevin estava preparando para obter custódia das quatro crianças por ação legal. Com um roubo no apartamento de Langevin, certas cartas foram roubadas e entregues à imprensa. Léon Daudet fez a coisa inteira em um novo caso de Dreyfus. Dia após dia, Marie foi estampada no jornais: uma estrangeira, uma mulher polaca, uma cientista suportada por nossos cientistas franceses, tinha vindo e roubado o marido de uma mulher francesa honrada. Daudet citou as palavras notórias de Fouquier-Tinville, durante a Revolução, que tinha enviado o químico Lavoisier à guilhotina: " A República não precisa de qualquer cientista ". Os amigos de Marie a apoiaram imediatamente. Jean Perrin, Henri Poincaré e Émile Borel atraíram aos publicadores dos jornais. O primo de Henri Poincaré, Raymond Poincaré, um advogado sênior que iria se tornar o Presidente de França em alguns anos, era comprometido como aconselhador. Mas o escândalo manteve o ritmo seu ímpeto de manchetes nas primeiras páginas como "Senhora Curie, ela ainda pode permanecer uma professora ao Sorbonne "? Com suas crianças, Marie ficou em Sceaux, onde ela praticamente era prisioneira em sua própria casa.

Os amigos dela temeram que ela se desmoronasse. O drama culminou na manhã de 23 novembro quando estratos das cartas foram publicados no jornal L'Oeuvre. Não havia nenhuma prova das acusações feitas contra Marie e a autenticidade das cartas poderia ser questionada, mas na atmosfera aquecida poucos pensavam claramente.

No seu livro "Recordações e reencontros", Marguerite Borel dá uma descrição dramática do que aconteceu. Émile Borel estava extremamente indignado e agiu depressa. Marie teve que ser tirada de Sceaux e viver com eles até a tempestade houve terminado. Marguerite e André Debierne saíram para Sceaux, onde eles acharam uma multidão hostil e brava diante da casa de Marie. Alguém gritou, " Vá para a Polônia ". Uma pedra atinge a casa. Tendo conseguido persuadir Marie para ir com eles, eles a guiaram e seguram Ève pela mão, pela multidão. Marie se mostrou rígida e mortalmente pálida ao longo da jornada deles. Marguerite quis levar a mão dela, mas não aventurou fazer assim. No retorno, foram instaladas Marie e Ève em dois quartos na casa de Borels. Henriette Perrin cuida de Irène. Mas a casa dos Borels' fera propriedade da École Normale Supérieure e Émile Borel foi chamado até o Ministro de Educação (Théodore Steeg, o ministro da Instrução pública) que o informou que ele nãto teria nenhum direito para deixar Marie Curie ficar na casa dele. Lançaria uma sombra na École Normale.

Se Borel persistisse mantendo a convidada dele, ele seria despedido. " Assim seja então, eu persistirei, " foi a resposta de Borel. Da parte de Marguerite Borel, ela teve que suportar uma batalha tempestuosa com o pai dela, Paul Appell, então o decano da faculdade ao Sorbonne. Ele estava furioso que os Borels estivessem envolvidos no assunto. Ele revelou que, com várias outras pessoas influentes, ele estava planejando uma entrevista com Marie para lhe pedir que deixasse a França: a situação dela em Paris era impossível. " Eu fiz tudo por ela, eu apoiei a candidatura dela para a Academia, mas eu não posso segurar a inundação que a " engolfa agora. Marguerite respondeu, " Se você cede ante aquele movimento nacionalista idiota e insiste que Marie deveria deixar a França, você nunca me verá uma vez mais ". Appell, que estava calçando os sapatos, lançou um deles que bateu na porta - mas a entrevista com Marie não aconteceu. Langevin que tinha sido insultado repetidamente, então se sentiu forçado a desafiar Gustave Téry, o editor do jornal que imprimiu as cartas, para um duelo. Lutando um duelo, era um modo habitual de obter satisfação na França naquele momento, embora escassamente em círculos acadêmicos. Editores de jornal que tinham entrado contra um ao outro nesta disputa já tinham lutado duelos. Espadas eram geralmente usadas e um duelista era normalmente contido ao infligir um arranhão completo no oponente, para o duelo ser considerado decidido. Mas acidentes fatais aconteceram de fato.

Langevin encontrou dificuldades em encontrar padrinhos, mas conseguiu persuadir Paul Painlevé, matemático e mais recente primeiro-ministro, e o diretor da Escola de Físicas e Química. O duelo, com pistolas a uma distância de 25 metros, aconteceu na manhã de 25 de novembro. Painlevé, não sendo acostumado às rotinas, surpreendeu todos os presentes, começando a contar depressa em um tom de voz alto e não usual: um, dois, três. Téry não elevou a pistola dele. Langevin que tinha elevado a sua primeiro, abaixou-a então. Nenhum tiro foi disparado. Os jornalistas escreveram sobre o silêncio e sobre os pombos que se alimentam quietamente no campo. No meio de toda sua gravidade, o duelo tinha se transformado em uma farsa.

Porém, a publicação das cartas e o duelo seja muitos para esses responsável na Academia sueca de Ciências em Estocolmo. Marie recebeu uma carta de um sócio, Svante Arrhenius, no qual ele disse que o duelo tinha dado a impressão que a correspondência publicada não tinha sido falsificada. Ele a questionou se ela não deveria vir à cerimônia do prêmio, e que lhe escrevesse uma carta informando que ela não iria aceitar o Prêmio até que os procedimentos do caso Langevin demonstrassem que as acusações contra ela estavam absolutamente sem fundação. Das pessoas afetadas, a pessoa que permaneceu razoável, apesar da tensão enorme da situação crítica, era de fato a própria Marie. Em uma resposta bem-formulada e precisa, ela mostrou que tinha sido premiada com o Prêmio pela descoberta do rádio e do polônio, e que ela não podia aceitar o princípio que a avaliação do valor de um trabalho científico deveria ser influenciada através de uma calúnia relativa à vida privada de um investigador. Em 6 de dezembro, Langevin escreveu uma carta longa a Svante Arrhenius que ele tinha encontrado previamente. Ele descreveu a situação inteira, explicou que círculos estavam atrás da campanha de sujeira. Ele pediu ao Comitê de Nobel para não se deixar influenciado por uma campanha que era fundamentalmente injusta. De fato, nem era isto assim influenciou.

Marie juntou todas as suas forças e fez a apresentação do Nobel em 11 de dezembro, em Estocolmo. A conferência deveria ser lida na luz do pela qual ela tinha passado. Ela fez escolha clara pelas palavras o que era inequivocamente as contribuições dela e em colaboração com Pierre. Ela falou do campo de pesquisa que "eu chamei radioatividade" e "minha hipótese que radioatividade é uma propriedade atômica", mas sem diminuir das contribuições dele. Ela declarou que ela também considerou este Prêmio como um tributo para Pierre Curie.

Porém, este esforço enorme a escoou completamente de toda sua força. Ela afundou em um estado deprimido. Em 29 de dezembro, ela foi levada para um hospital cuja localização foi mantida em segredo para a proteção dela. Quando ela tinha recuperado até certo ponto, ela viajou para Inglaterra onde um amigo, o físico Hertha Ayrton, cuidou o dela e garantiu que a imprensa fosse mantida distante. Um ano inteiro passou antes de ela pudesse trabalhar como tinha feito antes.

No livro dela, Marguerite Borel cita as palavras de Jean Perrin, "Mas para os cinco de nós que defendiam Marie Curie contra um mundo inteiro quando um deslizamento de terra suja a engolfou, Marie teria voltado à Polônia e nós teríamos estado marcados por vergonha eterna." Os cinco eram o Jean e Henriette Perrin, Émile e Marguerite Borel e André Debierne.

Nunca foram levados procedimentos legais. Langevin e a esposa dele alcançaram um acordo em 9 dezembro sem o nome de Marie fosse mencionado. Nós nunca saberemos com certeza qual era a natureza da relação entre Marie Curie e Paul Langevin. Isso é referido pelo filho de Paul Langevin, André Langevin, na biografia dele sobre o pai que foi publicada em 1971. Ele escreve, "Não é uma consequência bastante natural que aquela amizade e admiração mútua vários anos após a morte de Pierre poderia desenvolver passo por passo em uma paixão e uma relação"? pode ser somado como uma nota de rodapé que o neto de Paul Langevin, Michel (agora defunto), e a neta de Marie, Hélène, depois se casaram. Hélène Langevin-Joliot é uma física nuclear e fez um estudo minucioso nos apontamentos de Marie e de Pierre Curie para obter um quadro de como a colaboração deles funcionou.

Marie tinha aberto um campo completamente novo de pesquisa: a radioatividade. Vários aspectos disto começaram a ser estudados no mundo inteiro. Em Uppsala, Daniel Strömholm, professor de química, e Svedberg, então o professor associado, investigou a química dos elementos radioativos. Em 1909, eles estavam perto da descoberta dos isótopos. Porém, foi o físico britânico Frederick Soddy que, no ano seguinte, finalmente clarificou o conceito de isótopos. O laboratório de Marie se tornou a Mecca para pesquisa de rádio. Eva Ramstedt que levou um doutorado em física em Uppsala, em 1910, estudou com Marie Curie em 1910-11 e era depois o professor associado em radiologia na Stockholm University College em 1915-32. O químico norueguês Ellen Gleditsch trabalhou com Marie Curie em 1907-1912.

O rádio e o casal Curie

Trecho extraído de Madame Curie (autoria de Eva Curie e traduzido no Brasil por Monteiro Lobato):

...[Marie] Mas naquela noite não consegue fixar a atenção na costura. Está nervosa. Levanta-se. Larga o aventalzinho.
- E se voltássemos para lá por um instante? - propõe.
Inútil o acento de súplica de sua voz, porque também Pierre não deseja outra coisa. Também arde por voltar ao barracão donde vieram há menos de duas horas. O RADIUM, maravilhoso como um ser vivo, empolgante como um amor, os atrai.
Haviam trabalhado muito naquele dia e o razoável fôra que repousassem. Mas Pierre e Marie nunca se mostram razoáveis. Envergam os capotes, previnem o dr. Curie e somem-se. Seguem a pé, de braços dados, trocando poucas palavras. Chegam à rua Lhomond. Atravessam o pátio. Abrem o hangar fechado a chave - e a porta range pela milésima vez. Ei-los no palácio do grande sonho comum.

- Não acenda a luz! - murmura Marie; e acrescenta, sorrindo: Lembra-se de quando eu disse que desejava que "ele" tivesse uma cor linda?
A realidade em que o grande sonho de Pierre e Marie desfechara é mais maravilhoso do que o previram. O radium possui algo mais que uma linda cor; é espontaneamente luminoso! E no hangar às escuras, onde por falta de armários há pequeninos tubos sobre tábuas pregadas na parede, brilham azuladamente silhuetas fosforescentes.
- Olhe... Olhe... - murmura Marie num enlevo.
E avança com precaução, procura com o tato uma cadeira de palha, senta-se. Na treva silenciosa dois rostos imobilizam-se voltados para a luminosidade azul, para a misteriosa fonte de raios, para o radium - para o RADIUM que eles deram ao mundo! Com o busto inclinado, atenta, Marie repete a atitude de uma hora antes à cabeceira da filhinha adormecida.
A mão de Pierre pousa em seus cabelos.
Marie jamais esquecerá essa noite - a noite dos vagalumes feéricos.

O CARBONO 14 É CONFIÁVEL?

Discutindo com meus amigos crentes, falava sobre descobertas arqueológicas que vão de encontro a história bíblica, e eles argumentavam dizendo que o carbono 14 não é confiável, e eu só contra argumentava dizendo que era científico e então era mais confiável que religião.

Um deles veio com uma tese bem interessante e que eu repasso a vocês pra me dizerem se tem possibilidade. Segundo ele, no dilúvio, a terra que tinha milhões de anos se revolveu e se misturou com vários objetos da época causando uma mistura do carbono 14 da terra com o dos objetos e após milhares de anos de mistura causa hoje confusão de idades de objetos.

Não creio que cientistas dariam um vacilo desses, mais gostaria de saber pra ter base científica para a resposta.

Resposta muito boa e explicação dada.
O dilúvio proclamado na Bíblia foi, no máximo, copiado das lendas de Gilgamesh, de origem suméria, e nada mais foi que uma grande inundação, que ninguém ainda sabe onde aconteceu.
Para completar, cada lenda conta que a arca parou em uma montanha diferente. E os antigos tinham mania de exagerar nos seus contos.

Qualquer desastre natural antigamente era contado com muito exagero, porque era costume aumentar tudo, para chamar atenção de quem estava ouvindo.

A epopeia de Gilgamesh está à disposição na web e narra uma história igualzinha. O nome de Noé, nela, é Ut-Napistim...

Alquimista, sobre o dilúvio bíblico (copiado de Gilgamesh) pode ter vindo de 2 fontes:
- A teoria do "dilúvio no Mar Negro":
- E uma outra, que vi num documentário do THC que dizia que, mais ou menos nessa mesma época, a região do Golfo Pérsico era na verdade uma verdejante planície onde corriam vários rios... inclusive o tema principal do documentário não seria provar que essa poderia ser uma das origens das lendas diluvianas, mas que ALI seria, na verdade, a fonte da "localização geográfica" do Paraíso bíblico (teriam descoberto, além do Tigre e Eufrates, que na época corriam separados por parte da planície, mas 2 rios hoje secos e cobertos pelo deserto, daí sendo os 4 rios que a Bíblia diz que banhavam o Éden)... mas no momento me refiro como uma das possíveis fontes da lenda do Dilúvio, JUNTO com a do Mar Negro...

Eu assisti a esses documentários.
Mas todos partem de uma premissa errada. Todos querem a todo custo provar que a Bíblia diz a verdade literalmente...

Existem inúmeros arqueólogos que se deixam deslumbrar pela busca de confirmação do que é narrado na Bíblia.

E ficam anos procurando como provar. Isso está acontecendo há muito tempo. E todas as teorias levantadas por eles nunca foram confirmadas arqueologicamente. Nunca foi encontrado vestígio que possa ser considerado uma grande enchente, a não ser na cidade de Ur, onde Sir Leonard Wooley desencavou já há mais de cem anos, uma camada de lodo de, creio, mais de meio metro e, em baixo dela, continuou a encontrar vestígios de estabelecimento humano, bem diferente do que encontrou acima da dita camada de lodo.
Na época, final do século XIX e começo do séc. XX, os jornais (na maioria puxando a brasa para as diversas igrejas, tanto católica como evangélicas), estamparam manchetes enormes, dizendo que havia sido descoberta a prova da existência do dilúvio.
E todo mundo acreditou que ele tinha acontecido na Mesopotâmia.
No entanto, no Egito, que fica logo ali do lado, nunca foi encontrada camada de lodo alguma com essa espessura, a não ser aquelas formadas pelas cheias anuais do Nilo. hehehehe

Quanto à confiabilidade do C 14, ela foi provada cientificamente. Não existe ainda nenhum outro método que seja melhor do que ele, para datações de achados arqueológicos que tenham carbono, ou seja, tudo que for de origem animal e vegetal.

Quem entende o que é vida média de elementos radioativos entende que o método, que usa aparelhagem de contagem radioativa altamente desenvolvidos, e sabe que o método é confiável.

Quem não entende de Física Nuclear não deveria dar opinião sobre o que não sabe como funciona...

Outro comentário...

Uma enchente não revolve terra alguma. Pelo contrário, ela assenta... Principalmente se for em uma planície. Ela deposita lodo. E os paleontólogos afirmam que em regiões onde existem camadas petrificadas de lodo os restos de animais extintos (como os dinossauros) se preservam muito mais, porque o lodo cobre todas as superfícies, impedindo que o oxigênio entre em contato com os restos, decompondo-os. O oxigênio é o maior responsável pela decomposição de matéria orgânica.

No entanto, depois de milhares ou milhões de anos, essas regiões sofreram influência de erosões com água de chuva e vento, transformando as paisagens. A região do Grande Canyon, nos USA é um exemplo disso. O rio Colorado foi abrindo um sulco na paisagem e hoje está a mil metros de profundidade em relação ao cume do canyon. E a gente tem que contar a datação dos terrenos do cume para o fundo. Os mais altos são os mais antigos...

Essa modificação de paisagens é lenta. Vento e chuva desgastam terrenos muito lentamente... Enchentes desgastam muito pouco, a não ser quando ocorre avalanches em regiões montanhosas. A Mesopotâmia é mais chata e plana do que uma panqueca.

Olha, creio que nesse ponto estás um pouco equivocado: quando vi os documentários, pelo menos EU não senti nenhuma tentativa de provar a exatidão literal da Bíblia... pode, sim, a Bíblia ter sido BASEADA em ANTIGAS TRADIÇÕES dos cataclismos citados anteriormente... e não que realmente houve um Adão, uma Eva, uma serpente...

O caso é que eles aceitam o Radiocarbono apenas quando comprova alguma passagem da Bíblia.

Entretanto, as alas mais fundamentalistas, para encaixar o criacionismo e um mundo de 6000, afirma que o Dilúvio teria dado uma idade aparente. Outros até afirmam que durante a criação a terra estaria envolta por uma camada de água, o que não permitia a produção do C14 na alta atmosfera.

De fato, o efeito reservatório dos oceanos produz diferenças locais nas amostras, como conchas, resultando em datações com uma idade aparente maior. Isso ocorre, por causa da ressurgência (upwelling) das massas de água profundas, que apresentam uma menor dissolução do C14. Essa diferença oscila, varia conforme a latitude e frequência da ressurgência.

Mas há algumas limitações quanto a datação. O manuseio incorreto das amostras pode levar a alguns erros, devido a impregnação de material orgânico posterior da amostra, como gorduras das mãos por exemplo. Há também os erros laboratoriais proveniente do equipamento, etc. Há alguns procedimentos de recolha e laboratoriais para reduzir o erro, mas há esta possibilidade, que pode ser quantificada e é espressa pelo sigma(σ) ou desvio-padrão.

Resumidamente, a datação é composta por uma data, seguindo um +-, que é o desvio-padrão e comporta o grau de incerteza. Uma datação com 1σ significa que há 68,3% de possibilidade de que a data obtida estar dentro do intervalo expresso pelo desvio (somando e subtraindo o mesmo da data). Com 2σ a probabilidade é de 95% e com 3σ é de 99,7%.

De uma forma geral, o método é fiável, científico, e apresente um elevado grau de certeza, aferido por exemplo pela dendrocronologia (que conta os anéis de crescimento das árvores). Só a dendrocronologia, com séries de anéis que remontam aos 10.000 atrás, é suficiente para derrubar o criacionismo e o dilúvio, que não passam de um castelo de cartas...

Destaco ainda que o C14 é um dos vários métodos de datação em Arqueologia.

Tanto datações de Radioisótopos quanto Geocronológicas refutam completamente o criacionismo. Nesse caso em concreto, é a religião que se contrapõem à Ciência e as Evidências.

Fazer Ciência não é, necessáriamente, se contrapor à religião, muito menos incompatível com crenças em religiões.

Exatamente.
A ciência não se contrapõe à religião.
Ela apenas procura pela verdade. Se a verdade estiver com a religião, ela vai confirmar os fatos. No entanto, se não estiver, como propagadora da verdade, a ciência irá desdizer o que a religião prega.

Sempre a verdade em primeiro lugar.

O método de datação com C14 tem um período de utilidade. Isso porque esse elemento é radioativo e tem vida média. Isto porque todos os elementos radioativos perdem, com o passar do tempo, sua radioatividade. O C14 faz parte dos organismos vivos, plantas e animais. Quando esse organismo morre, o C14 começa a perder sua radioatividade, até se transformar em Carbono 12, que não é radioativo. A proporção entre eles (C14, radioativo e C12, não radioativo) é que dá a possibilidade de se mensurar a idade daquele resto orgânico que se está a analisar. Isso porque existe o cálculo da vida média do C14. No entanto, como foi dito aqui, existem muitas coisas que têm que ser levadas em conta para se fazer esse cálculo. O local onde esse organismo ficou desde sua morte é uma delas.

Para espécimes muito antigos existem outras formas de se mensurar (já não mais com muita precisão) restos orgânicos muito antigos. Dessa maneira, podemos dizer a idade, por exemplo, de um fóssil de dinossauro. Esses métodos podem ser pela estratificação do terreno, com o auxílio da geologia etc...

Fósseis com idade maior do que o tempo que o C14 leva para perder sua radioatividade não podem ser datados por esse método.

Pode haver amostras de C14 em fósseis?

E também, parem de afirmar que sabem algo sobre (Astro)Física, Química, e o que valha.
Admitam que uma certa informação, singela, mas muito importante para que a teoria pareça real, é um chute: não há como provar que a quantidade de raios cósmicos que penetra a atmosfera foi sempre a mesma, ou seja, no final de contas, que a quantidade de C14 formada nela foi sempre igual. Precisou-se ter Fé nesse "fato", simplesmente para não gerar confusão, por comodismo.