Vivemos um Holograma?

Nem a neurobiologia nem a física quântica estavam suficientemente desenvolvidas a ponto de ver como qualquer aspecto de uma poderia ser facilmente explicado em relação à outra. E, mais fundamental ainda, toda a explosão de pensamento — e perplexidade — que se seguiu na esteira da prova de que existem efeitos de correlação não-local (em termos bem grosseiros, aquelas "ações a distância") entre partículas aparen¬temente separadas pelo espaço e pelo tempo, ainda estava por vir. Sem isso, e os efeitos de unificação ainda mais fortes encontrados em algumas estruturas ordenadas maiores como os laser e os supercondutores, é impossível a compreensão física da consciência; e com eles uma abordagem mecânico-quântica torna-se atraente.
Conforme foi ilustrado pelas inadequações do modelo do computador e do modelo holográfico, o problema central para se compreender a consciência em termos físicos, a rocha contra a qual se chocaram todas as teorias anteriores, é a questão da unidade da consciência, a típica indivisibilidade de nossos pensamentos, percepções, sentimentos etc. Sem isso não poderia existir a experiência tal como a conhecemos e tampouco um ser vivenciando essa experiência.
Conforme foi ilustrado pelas inadequações do modelo do computador e do modelo holográfico, o problema central para se compreender a consciência em termos físicos, a rocha contra a qual se chocaram todas as teorias anteriores, é a questão da unidade da consciência, a típica indivisibilidade de nossos pensamentos, percepções, sentimentos etc. Sem isso não poderia existir a experiência tal como a conhecemos e tampouco um ser vivenciando essa experiência.
A física quântica compreende vários tipos de comportamento altamente intrigantes e misteriosos. Um dos exemplos mais expressivos disso são as correlações quânticas (não-locais) que podem ocorrer através de grandes distâncias. Parece-me que há uma clara possibilidade de que tais coisas desempenhem um papel nos modos de pensar conscientes.

Talvez não seja muito fantasioso sugerir que as correlações quânticas possam estar desempenhando um papel operacional em grandes regiões do cérebro. Poderia haver alguma relação entre um "estado de consciência" e um estado quântico altamente coerente no cérebro? Estará a "unidade" ou "globalidade", que parece ser uma característica da consciência, ligada a isso? É muito tentador pensar que sim.
Uma analogia para o tipo de correlação quântica que Penrose sugere aqui seria um grupo de músicos tocando e gravando em salas diferentes e que, no entanto, conseguem produzir um efeito harmonioso. Ou o fenômeno dos gêmeos quânticos discutido no capítulo l que, embora separados pelo desconhecimento e por centenas de milhas, levam vidas totalmente sincrônicas. Tais sistemas quânticos, de fato, se parecem com o modo como neurônios distintos espalhados pelo cérebro todo cooperam para produzir um estado unificado de percepção consciente, ainda que essa observação em si não acrescente muito às analogias iniciais de Bohm.
A primeira evidência substancial de que existe ao menos um canal de comunicação entre o mundo da física quântica e nossa percepção da realidade do dia-a-dia foi encontrada há quase cinqüenta anos. Naquela época, biofísicos que trabalhavam com a retina descobriram que as células nervosas do cérebro humano são suficientemente sensíveis para registrar a absorção de um único fóton (refletindo a passagem de um elétron individual de um estado de energia dentro do átomo até outro estado) — e portanto suficientemente sensíveis para serem influenciadas por toda a pa-nóplia do estranho comportamento do nível mecânico-quântico, incluindo-se a indeterminação e os efeitos não-locais.
Experiências posteriores provaram que a indeterminação quântica está embutida no funcionamento do próprio cérebro através das variações aleatórias nas concentrações químicas que circundam as conexões entre nervos (sinapses).

Essas concentrações determinam os níveis em que os neurônios "disparam", fazem contato elétrico com outros neurônios, e que, mesmo variações muito refinadas, no nível quântico, afetam os potenciais de "disparo". Na verdade, os níveis nos quais os neurônios disparam variam segundo uma lei estatística definida, como qualquer outro processo quântico.

ESTE É UM TRECHO TIRADO DO LIVRO 'O SER QUântico' DE DANAH ZOHAR apesar de parecer fora de propósito, ela sendo física quântica e o seu marido um psicoterapeuta, trabalharam em conjunto para escrever o livro.

" PERGUNTA É :O QUE O OCULTISMO E SUAS LEIS TEM HAVER COM A CIÊNCIA E PRINCIPALMENTE COM A FÍSICA QUÂNTICA?"

Será que o nosso universo é tão racional, dentro dos padrões exigidos pela lógica reducionista ou que ele transcende esta lógica e temos que ter a mente aberta para refletirmos sobre tudo que sentimos, sabedores da nossa relatividade, e do que é afirmado pela ciência, principalmente qdo comprovado pela teoria?

O objetivo da pergunta´não é que se responda científicamente, mas a física quântica ela abriu um leque de possibilidades, principalmente qdo se diz que a realidade em que vivemos é uma possibilidade entre muitas outras.

E que se existem vários níveis de realidades, convivendo simultaneamente, e que um nível interfere no outro e são percebidos, de alguma forma, pq descartar outra forma de "vida" mais sutil?

Chamando um médium, ou mago, ou feiticeiro de louco, ou com problemas de comportamento?

Como um amigo meu, que já está do outro lado, qdo pequeno os pais chegaram a interná-lo num sanatório de doentes mentais, só pq ele via e ouvia estas entidades e ficava batendo papo, com elas.

Então...
A Mecânica Quântica não tem nada a ver com com as teorias ocultistas, mesmo que em muitos aspectos elas possam ser semelhantes. O que importa é que semelhança não é igualdade.

A Mecânica Quântica foi desenvolvida com um propósito físico e cumpre bem seu papel ao explicar esse propósito, mas estamos falando do comportamento de matéria ordinária e em escala muito pequena. Mesmo os neurônios e suas organelas são grandes demais para sofrerem efeitos regidos pela Mecânica Quântica.

Creio que tenha virado moda a palavra "quântico" e as pessoas a usam nas mais absurdas situações, mas não devemos confundir com a Mecânica Quântica como área da Física. Obviamente que a abordagem matemática estatística é realmente muito últil para uma série de situações do dia-a-dia, mas estamos falando de matemática apenas.

Se quiserem explicar fenômenos fora do contexto de uma teoria, então que façam uma nova teoria; é assim que funciona. Maxwell, Lorentz e Einstein, entre outros, perceberam que a Relatividade de Galileu não funcionava para o Eletromagnetismo, então criaram uma nova teoria.

Na realidade eu utilizei trechos do livro "O Ser Quântico" de Danah Zohar, que é física quântica, para discutirmos.

Não sou espírita, sou filósofo e ocultista. Vivemos basicamente num universo virtual, criado pelo "observador". Quais são as probabilidades demonstrável, lógicamente. (no caso de haver temporalidade ou não, deixar claro, Pq a linguagem corrente é falha no quesito tempo.)



Misticismo (do grego μυστικός, transl. mystikos, um iniciado em uma religião de mistérios) é a busca da comunhão com a identidade, com, consciente ou consciência de uma derradeira realidade, divindade, verdade espiritual, ou Deus através da experiência direta ou intuitiva.

"O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo, etc. (Lewis, Ralph M)"

Vou enumerar alguns problemas:

1) Isaac Newton era ocultista e a ideia de um espaço e tempo absolutos partiu da filosofia de que Deus era um observador perfeito. Uma vez definido que o Observador Absoluto e Imutável (Deus) era perfeito, onisciente e onipresente, não faria sentido que um intervalo de tempo e de espaço variasse de um ponto a outro do Universo, ou seja, uma vez definido o que era 1 metro e o que era 1 segundo, eles seriam intervalos iguais em toda parte.

Por sua vez, nós seres humanos seríamos imperfeitos e desconheceríamos esse referencial absoluto, mas que poderia ser relativizado para cada observador imperfeito, mas sem que isso atrapalhasse a perfeição do Universo. Cada referencial imperfeito poderia assumir um tempo e um espaço iniciais diferentes, mas um intervalo entre dois pontos quaisquer no tempo e no espaço permaneceria imutável para qualquer observador.

Mais ainda, vale lembrar que esse observador precisa ser inercial, ou seja, ou em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme, ou seja, o conceito (ideal) para a física do termo "imutável". Como Deus seria Imutável, o referencial inercial é considerado padrão e as leis da Física seriam válidas para esse referencial. Por esse motivo, por exemplo, que a Força Centrífuga é chamada de "força fictícia" na Mecânica Clássica, simplesmente porque ela não existe em referenciais inerciais.


2) A ideia do Determinismo, por sua vez, de Pierre Simon Laplace e diz que existe uma casualidade nos fenômenos naturais de forma que, se a causa for determinada, a consequência também será e vice-versa. Por sinal, essa é uma ideia bem típica ao Bramanismo da Índia, que se resume no conceito de Karma.

3) Campo é um conceito físico-matemático desenvolvido para explicar melhor o que Newton chamava de "ação à distância" em sua Lei da Gravitação Universal. Como os campos elétricos e magnéticos também apresentavam essa "ação à distância", a inovação foi a proposição de que os campos carregavam Energia, chamada Energia Potencial, e que ela poderia ser transformada em Energia Cinética. Essa é uma ideia que começou na própria Mecânica, com Joseph-Louis Lagrange e William Rowan Hamilton na primeira metade do século XIX, que ficou conhecida como Mecânica Analítica e praticamente aboliu a necessidade do estudo das "forças" da Mecânica Newtoniana. Já na segunda metade daquele século, o conceito foi expandido para o Eletromagnetismo e a esse formalismo matemático foi dado o nome de Teoria Clássica de Campos.

No entanto, a discussão sobre a origem dos Campos é o fator que dividiu a Física no século XX. Enquanto a Mecânica Quântica explica os campos como troca de partículas denominadas mésons, a Relatividade Geral explica a Gravitação como a curvatura do espaçotempo, ou seja, são coisas completamente incompatíveis!

O IMPORTANTE em tudo isso é que em nenhum momento a Física trata sobre telepatia e pressentimentos como a autora fala no livro. Isso é mera especulação por parte dela.


4) A Teoria da Relatividade se limita a dizer que o espaçotempo se modifica para observadores que se movimentam em velocidades significantes em relação à velocidade da luz ou sujeitos a campos gravitacionais muito intensos, caso contrário a variação é irrizória. Em nenhum momento isso se aplica na parte psicológica, como sugere a autora.

5) A Mecânica Quântica quebrou muitos conceitos definidos na Mecânica Clássica, mas isso só vale na escala do "muito pequeno". O Princípio da Incerteza, por exemplo, que relaciona a precisão do intervalo de momentum com o do espaço (também pode ser da energia e do tempo) é da ordem da constante de Plank, ou seja, é um valor muito pequeno! Para escalas do cotidiano a constante de Planck pode ser tranquilamente aproximada a zero e a Incerteza desaparece!

Visto por isso, o argumento da autora nada tem a ver com Física.


6) Quanto aos Hologramas, não se deve confundir o processo de composição de imagens mentais com os hologramas formados por sobreposição de fótons, mesmo que em algum ponto seham análogos (o que não é sinônimo de iguais).

7) Quanto à comunicação entre partícula a velocidade aparentemente superlumiares, isso se chama Emaranhamento Quântico, e ainda é um assunto não resolvido dentro da Física. Por isso, até agora, tudo que for dito a esse respeito ainda é pura especulação.