Ouvido Absoluto

Tá parecendo Absoluto...

Parece mesmo...

Pra mim nota tem cor e cheiro tem gosto...

Sem falar que tem cara também! Cada timbre é uma cara diferente!!!

Galera, acho que não existe ouvido absoluto. As pessoas querem acreditar nisso e então acreditam. É uma fantasia, na minha opinião.
Todo ouvido é relativo. Uns melhores que outros, mas todos são relativos. Nada é absoluto. Falar-se em ouvido absoluto, dá a entender que duas pessoas com ouvido absoluto têm o mesmo ouvido. E isso é bem improvável de acontecer na minha opinião. Mas, se você admite que duas pessoas podem ter ouvido absoluto, mas uma pode ter ouvido melhor que o da outra, então estaremos falando de ouvido relativo e não absoluto.
E, provavelmente, Mozart teve o melhor ouvido relativo de todos os tempos.

Já dizia o Albert Einstein, que de absoluto, só o universo e a tolice dos homens... Tudo é relativo, logo, os ouvidos também são.

Essa coisa de "ver" notas em tudo, seja nas buzinas de caminhão, no estilhaçar dos vidros, no choro da criança, na campainha de casa, do telefone, do apito das fábricas e dos trens, no estourar dos chicletes, no arroto, no pum, no bater das palmas, nas explosões solares, nas ondas de rádio de júpiter, no panelaço em frente a prefeitura de São Paulo, etc etc. Isso aí não existe.

Ah, e o que vocês chamam de ouvido absoluto, eu chamo de ouvido treinado (Somente no que se trata de música, e não do que citei na minha mensagem anterior). Como o ouvido dos cegos.

Alucard,
Existe sim, todos esses sons têm frequências como as notas também têm, têm as mesmas propriedades: altura e timbre.

Acontece, Sombrio, que não considero notas musicais.

Diga-me, você tem "ouvido absoluto"?

Quanto a altura e timbre, tenho que concordar, pois cada um tem o seu "corpo do som".

Alucard,
Você está atrasado. Até Berlioz considerava isso notas musicais.

Não, meu ouvido não é absoluto e muito menos bem treinado. Tenho problemas para me afinar e só reconheço os modos e duas ou três tonalidades.

Sombrio,

Se Berlioz considerava, é a opinião dele. Pra mim não existe nota musical quando o cocô do pombo cai em nossas cabeças. (Se fosse uma nota, talvez fosse um SOL.)

Não estou atrasado, cada um tem sua opinião. O timbre existe, isso eu concordo. Minha voz é difente da sua. Isso já é uma prova de que o timbre muda... A intensidade idem.

Outro exemplo é uma bola de papel e outra de ferro caindo no chão. Timbres completamente diferentes.

Agora as notas, não entra na minha cabeça que sejam emitidas notas musicais quando eu roço uma chave de fenda na parede... isso pra mim é um ruído, um barulho... um desafino total.

Me diga uma coisa... que nota o TRIÂNGULO emite quando tocamos ele?

Triângulo isósceles, equilátero ou escaleno?



tipo... depende do tamanho do bixim...

Vocês são absurdos!!!

Alucard, não fale daquilo que você não sabe, não sente...

Flautista, quem te disse que eu não sei?

Ouvido absoluto não existe e nunca existirá.

Olá gente,
Juro que até um tempo atrás achava que ter ouvido absoluto era vantagem, mas hoje vejo quais são as limitações. Meu professor de percepção uma vez me disse que eu deveria treinar meu ouvido para adivinhar as relações intervalares, modos, sem pensar no nome da nota. Como ele falou, o ouvido absoluto é uma camisa de força, pois os nomes das notas gritam no nosso ouvido e a gente tem muita dificuldade de transpor, de cantar afinado sem pensar no nome da nota, de tocar instrumento transpositor, etc. Estou tendo muita dificuldade em reverter a situação, pois ter ouvido absoluto é muito cômodo, já que o nome das notas aparecem na mesma hora que as escutamos. Acho que tenho uns problemas parecidos com o do Arcano, pois não consigo ouvir disco de vinil em aparelho que faz a frequência original da música ficar maior ou menor, sempre me incomoda ir a concerto de música barroca com instrumentos de época já que a frequência sempre parece estar baixa, e também não consigo solfejar nada sem pensar no nome das notas.
SDS

É Arcano... qualquer coisa diferente disso tá errado, viu?

Alucard, você afirma isso com tanta certeza baseado em quê?

Baseado no seguinte: Não existe ouvido absoluto, existe ouvido treinado.

Falar nisso, alguém conhece algum programa que me ajudasse a treinar meu ouvido? Por favor, se souberam dá um toque! Valeusss

Caro Alucard,

Nunca treinei meu ouvido...

1° lugar: É fato: todo som tem frequência. Para um som ser nota musical, basta ele estar dentro dos limites das frequências musicais. Isso é fácil de comprovar (e eu já pude comprovar) em um laboratório de Física. Portanto, o cocô do pombo caindo não é nota musical, pois produz um som de frequência tão baixa que não chega nesses limites. Já um freio de trem pode ser sim; o ar condicionado vibrando também, basta a frequência ser suficientemente alta. Aquelas notas do piano lá na extrema esquerda tem a frequência bem baixa, mas ainda estão dentro dos limites (você pode perceber as vibrações com mais clareza que as agudas).
2° lugar: Se existem tantas pesquisas sobre o ouvido absoluto, tantas opiniões científicas favoráveis à existência dele, que tipo de pesquisa científica já fizeram certas pessoas para AFIRMAREM que não existe ouvido absoluto? Pretensão, pretensão...

Pois é... simplesmente gente que não tem esse tipo de ouvido. Saibam que quem tem esse tipo de ouvido tem mais trabalho de treinar o ouvido para transpor do que quem tem ouvido treinado. Somente pelo motivo de que quem tem ouvido relativo e/ou treinado ouve os sons e quem ouve as notas (o som = nome das notas nesses ouvidos) tem ouvido absoluto.

Flautista de Hamelin e Arcano, blz???

Não sei se o que vou perguntar é besteira, mas vocês que tem "o ouvido", o que aconteceria se vocês se criassem escutando música SEMPRE e somente naqueles toca-fitas antigos que sempre tocavam um pouco abaixo ou um pouco acima da frequência normal? (não sei se me expressei direito)... Será que hoje vcs seriam absolutos apenas com a antiga referência e quando escutassem na afinação padrão de hoje em dia vcs iriam se bater?
E se vocês se criassem ouvindo em diversos aparelhos, uns bons, outros ruins, será que teriam desenvolvido também ou desenvolveriam uma tremenda confusão? Pois aí vcs não teriam uma referência precisa e sim embaralhada.
Faço essa pergunta porque tu, Flautista, disse que aos 2 anos de idade ficava de cara com a sua mãe pela desafinação dela. Na época será que vc já tinha a referência atual, mesmo sem ter escutado ainda muita música?
Sei, por exemplo, que entre a frequência de duas notas há infinitas outras, e tu disse que começou a estudar música muito tarde o que me deixou muito na dúvida, pois que creio que vcs "absolutos" tenham tido mais facilidade de fixar as frequências musicais em suas mentes (apenas escutando música), é como se tivessem aberto suas cabeças e tivessem gravado definitivamente os sons lá dentro, como um chip de memória.

Sei lá se não perguntei um monte de besteiras pra vcs, quase todos profissionais. Entrei no fórum por acaso há alguns dias e achei interessante. Se puderem me responder...

Abraço!

Seja bem-vindo, Tom.

Fui eu que disse aquilo, não o Flautista.