Computadores Clássicos

TRS-80 / CP500 Clássico

     


Os grandes clássicos CP-500 da Prológica e outras máquinas da família de computadores TRS-80 que dominava bancos, escritórios privados e públicos no Brasil dos anos 80.

Projeto Ciranda - EMBRATEL São Paulo - 1983.

Nos inicio dos anos 80, a EMBRATEL, então uma estatal federal, implantou essa rede fantástica de micro-computadores PROLOGICA CP-500, interligados via rede telefônica (discada), por modem externo. Era uma REVOLUÇÃO, não havia nada igual na América do Sul. A empresa comprou um lote dos primeiros CP-500 (TRS-80) fabricados no Brasil, e repassou para funcionários interessados. Como a procura foi maior que a oferta, fiquei de fora... mas logo em seguida, comprei a máquina de um felizardo. Uns meses depois saiu uma evolução da máquina, para diferenciar, saiu na cor Petróleo. Comprei juntamente com uma impressora matricial, nunca tinha visto nada igual... Era fantástico. No ano de 1983, quebrei a mão e fiquei 9 meses sem trabalhar, ficava horas batendo papo e trocando programinhas com outros felizardos do resto do Brasil... Fantástico. (tenho foto com o micro ''novo''...)

Eu escrevi vários jogos em BASIC para CP-500 nos anos 80. Faz algum tempo eu descobri que existe um emulador para TRS-80, mas eu não tenho mais os meus jogos. Eles foram colocados em BBS e até vendidos em coleções de jogos. Um foi até publicado com listagem na revista da Prologica.

Saudoso tempo aquele...

Projeto Ciranda, eu faço parte dessa história...

Senhores,
Eu faço parte dessa história. Não pude comprar o meu no lançamento, pois era um ATL. Mas um amigo desistiu, pois não conseguia usar essa inovação tecnológica, então comprei dele, e fiz muito bom uso, de todas as formas.
Fiz curso de COBOL, SUPERSCRIPSIT, BASIC e até ASSEMBLER.
Trabalhei, diverti e tudo mais.

Putz, na época das redes Cirandão e VideoTexto, eu tinha um CP400 e modem externo de 1200BPS , mas nunca consegui conectar nestas redes, era muito guri! Só via de revistas e sempre tive curiosidade...

Pouco tempo depois, ainda anos 80, começaram a proliferar as BBS e aí sim, comecei a conectar já com meu MSX e um PC-XT !

Na verdade, nunca cheguei a trabalhar direto com o CP500, só "brincava" quando conseguia ter acesso a um...

Na época do meu CP400 color, era muito divertido com seus incríveis 64K de memória, com seus cartuchos, tinha um que vinha com o CP400 e era um jogo de dinossauro, muito ruim, ficava horas digitando rotinas em basic para rodar um programa ou jogo, tinha revistas importadas da época, chamava-se Raiwbom, que quando você acabava de digitar, sempre faltava algo e o programa não rodava, mas o que eu mais gostei foi um joguinho muito legal chamado ShockTroppers, era um cara com uma arma a laser, demais, e grandes saudades do meu gravador National, e dos celebres I/O Error.

Esse joguinho do laser era massa! Era jogo tipo plataforma, básico mas muito bom de jogar e com gráficos de matar a pau pra um CP400... no estilo deste tinha o tal TutsTomb (algo assim)... CP400, CP500... era um quadrinho aquele tempo... Digitava os basic da MicroSistemas e volta e meia não rodava por digitação errada ou erro da revista mesmo... tinha que revisar... corrigir tudo, depois desligava o micro e perdia tudo se não gravava direito na fita! o agudo e volume tinha que estar bem ajustado!

massa..

Meu modem tb era externo, e de 300BPS !! Incrível a velocidade, dava para ver cada letrinha chegando na tela...

A máquina um autêntico Radio Shack - TRS-80 Modelo 1 com expansão de memória e um drive de 5 1/4... Tremenda máquina, tenho saudades daquele tempo...

Ah, antes de ter meu próprio computador, frequentei muito uma loja onde tinha um Digit-Center (nem lembro mais se era esse o nome..) e os vendedores já me conheciam e deixavam eu ficar brincando nas máquinas... Era guri mesmo, devia ter algo com 12 anos

Foi aí que comecei aprendendo

10 print "Tudo a preço de banana "
20 goto 10

putz... o modem

o modem enorme com uma fonte externa também enorme eu também tenho! devo ter guardado na casa da minha mãe que naquele tempo não deixava eu usar o telefone em casa, ...tinha que fazer toda vez uma ligação passando o fio pelo quarto dela onde ficava a linha quando ela dormia ...

Muito legal lembrar que a ligação se fazia discando na mão mesmo (pulso e não tom) e quando ouvia a portadora apertava o botão no modem e... vamos navegar a 300 Bps!! (não era KBps era Bps mesmo!)

O projeto Ciranda (diferente do cirandão) era apenas pra funcionários da Embratel, ou algo assim? Estou enganado? Acho que o cirandão foi depois e foi aberto a todas as pessoas...

Até me lembro que tinha DOS, mas um pouco diferente do MSDOS dos PCs de hoje, eram vários sistemas no TRS-80, tinha o TRS-DOS, o NEWDOS/80 (esse o mais famoso e que eu usava direto), tinha o LDOS, e talvez algum outro que não me lembre..

Dia desses eu baixei da internet um emulador de TRS-80 e arrumei as imagens do NEWDOS, fiquei maravilhado ao ver a telinha preta com o "grafico" (aquilo era quase texto, mas era gráfico) dizendo NEWDOS/80 apparat inc. bla bla bla e depois o prompt NEWDOS/80 ready >

Muito maneiro lembrar isso...

Realmente se pararmos pra reparar e perceber a evolução que passamos é algo incrível...

Ah, tem como emular o TRS-80 no PC, e bootar a máquina virtual (emulador) e usar os discos de boot (NEWDOS / TRSDOS / LDOS / ...) e rodar os programas e jogos nele...

Dá até pra ler os disquetes de 5 1/4 gravados no seu CP500/TRS-80 no PC, embora isso eu não tenha tentado...

Acho muito legal isso, de vez em quando me transporto para o TRS-80 e brinco um pouco, jogo umas partidas de "Robot Attack" e scarfman

valeu!

Scarfman computer game on the TRS-80 Model 1

Adorava jogar Robot Attack, bem como Olympic Decathlon, Meteor Mission 2 e um dos fantasminhas (que me fugiu o nome agora) no CP-500.

Não cheguei a usar as fitas k7, mas aqueles disquetes que hoje parecem um LP!!

Grande lembrança!!!!

CP300 x CP500.

Algumas perguntas sobre esses caras:

- Tirando a obviedade da aparência/forma, possuem diferenças significativas ou ambos são mod. III?

- A interface de drive do CP500 funciona no CP300?


No caso, falo do CP500 bege, grandão (não compacto, sem CP/M).

Se não estou enganado, o CP-300 é compatível com o TRS-80 modelo 1. A interface de drive deve ser compatível, mas o conector traseiro é diferente. Alguém já viu o SM-300 que era o módulo de expansão que ficava atrás do CP-300???

Qualquer hora dessas eu vou desmontar um...

Pois é,

Andei pensando e a conclusão é que o CP300 tem coisas a menos que o CP500, além do óbvio visível, entre elas a falta do sistema de boot pelo disco, ou seja, não adianta conectar a interface de drive do CP500 no bus do CP300. Precisa de alguns hacks e/ou firmware extra, que seria a função do SM300.

A conclusão mais óbvia é que ele é mod. I ou alguma adaptação de nacional de nível intermediário, um mod. I com alguma coisa de mod. III ou vice-versa.

De qualquer forma, o negócio é eu dar uma pesquisada sobre ambos os modelos do TRS80 e ver as limitações do I e como adaptar uma interface de drive do III, se é que é possível.

Ué, e o CP-500 tinha?
Pelo que eu me lembro, você tinha uma sobre-placa que colocava no lugar das 3 eproms (na versão antiga da placa lógica) com 4 fios ligados à placa-mãe pra poder carregar o código de boot por disco.

Alquimista escreveu:
Adorava jogar Robot Attack, bem como Olympic Decathlon, Meteor Mission 2 e um dos fantasminhas (que me fugiu o nome agora) no CP-500.

É sempre possível jogar em emulador, mas imagino que mesmo que houvesse uma versão atual, não captaria o tipo de ambiente que tínhamos ao jogar um jogo. Eu costumo dizer que quanto mais perfeição gráfica, menos trabalho pra criatividade e pra mente viajar. Não é a toa que muita gente ainda se diverte jogando RPG com livros de papel e rolando dados.

Em termos de TRS, cheguei a jogar as primeiras versões dos adventures, sem gráfico, e realmente viajava na maionese (Black Sanctum, Calixto Island, Vortex, Shenanigans, Sea Search, Trekboer, etc). Quando vi as versões com gráficos, perdeu 90% da graça. Mas 10% ainda era bastante coisa! hehehe

Adorava Draconian, que tinha um ambiente bem nervoso. Quando liberava o dragãozão então, era pânico puro. A musiquinha da entrada posso cantarolar de cabeça a qualquer hora (e já não ouço há muitos anos). Tinha timbre de órgão com várias "vozes" de polifonia. Não sei como fizeram isso no TRS, se era digitalizado ou o quê.

Esse sonzinho de órgão sempre me intrigou.

Eu desconfio que era um tipo de som digitalizado. Havia um banco de samples e o TRS jogava na $FF20 (porta do conversor D/A).

Tanto o Música II, Draconian como o Shock Trooper, Popeye, Shamus, Tut's Tomb, etc tem esse som característico de órgão.

O MusicaII, assim como o Dragonfire não funcionam bem com emulador porque eles usam um recurso de batimento de frequências. Eles alternam dois modos de video numa frequência tal que ao interferir na frequência de varredura do video (60Hz) dá o efeito.

Quanto as músicas, as 4 vozes são feitas por um algorítmo "mágico" que emula 4 canais de áudio e cria as formas de onda na porta $FF20 (conversor D/A) do CP-400.

Eu desconfio que o Amiga (assim como o MSX) tem um chip dedicado à geração de tons. O problema é que o CP-400 tinha, unicamente, uma porta (a $FF20) que acessava o conversor D/A de 7 bits (ou 6, não lembro). Pra cada valor atribuído a essa porta, saía um nível de tensão na saída do áudio.

Engraçado, no Basic o Coco tinha um som bom também, via comando PLAY.

Som do Coco lembra muito o do Apple II. E os dois não tinham chip de som específico, era uma DAC com o processador mandando as infos para ele.

Mudando de assunto...

Meu primeiro micro foi um CP-400 II. Desde tenra idade eu já praticava eletrônica como hobby, o que me permitiu desenvolver um "modem" com o qual era possível conectar dois CP-400 e trocar dados entre eles. Era um circuitinho simples para injetar o áudio da porta de K7 na linha telefônica. O usuário de um lado da linha comandava "save" e ao mesmo tempo o outro comandava "load" do outro lado. Com esse modem eu trocava programas com um amigo que morava em outro bairro. Depois desenvolvi um programinha de bate-papo usando os comandos de acesso a arquivos sequenciais open, print# e get. Só que o chat era half-duplex: enquanto um usuário escrevia o outro tinha que esperar chegar a mensagem e só então podia escrever de volta.

Eu gostaria de saber se algum de vocês coco-maníacos inventou algum periférico ou se fez alguma alteração nos circuitos do micro para incrementar suas funcionalidades.

Mais algumas invenções minhas: Conversor de joystick

Não tinha como comprar os joysticks analógicos então fiz um adaptador para usar os joystick de Atari no CP-400. Funcionava bem (exceto nos jogos que precisavam mesmo de precisão - o que era raro).

Além dos joysticks padrão Atari eu também fazia canetas óticas. Desenvolvi jogos para a caneta ótica ser usada como pistola... Loucura... hehehe...

Eu tenho 3 Coco I, 1 Coco II e um TRS-80 Color com a extensão de cartuchos...