Panteão Bretão

Fim do dominio da dinastia de Lir
Cassivelawn, um dos filhos de Beli e Don, usando um manto da invisibilidade do pai [similar ao manto de Plutão?], mata todos os ministros de Caradoc e Bran só escapando: 1) um druida de Prideri, um dos vassalos de Bran que partiram com ele na expedição a Irlanda.2) o proprio Caradoc destronado, que também morre mais tarde deprimido [será?]. Uma das versoes fala que Bran tinha um filho chamado Owain ou Mabon, equivalente a Maponos gaules/ Mac Os Oengus irlandes].Maponos significa Filho Jovem e Mac Os =Grande Filho]. Tendo um filho caçula ou não o que importa é que este filhinho de Bran é aprisionado por anos em Gwent =Gloucester
Mas a autoridade de Cassivelawn não é reconhecida em toda a Britania só ao leste [onde os filhos de Don parecem brilhar mais]

Vou falar depois sobre uma dinastia vassala/aliada dos filhos de Lir: Os filhos de Pwyl

ERRATA
O apelido gaules Maponos significa Grande (no sentido de "grandioso") Filho.
O apelido irlandes Mac Os significa Filho Jovem. Ambos pra o deus caçula do deus dono do Caldeirão. O apelido entre bretoes ficou Mabon, filho de Bran e Modron

Dinastia de Pwyll
Aqui começa outro assunto espinhoso. O Mabinogion apesar de se referir ao panteão orginal pre-Arthur já está bem contaminado de valores cristãos. Os deuses britanicos só conseguiriam manter sua imortalidade doravante como herois ou santos bem humanos somente Gwin aparentaria algo mais proximo de um deus, mas na forma de um lider tampinha de capetas. Pwyll parece ser um humano que caiu nas graças de um lider do misterioso Outro Mundo. Tal Outro Mundo, o Anwn, na epoca deste mito parecia estar em guerra civil: Hafgan(=Verão branco) contra Arawn (=Lingua de Prata) [Klaus comenta: seriam Eurossuid e Lir de Lingua Estrangeira respectivamente?]. Outra questão que ou onde era o Anwn? Para os gaelicos da Irlanda o Anwn se chamava Alba e era a propria GraBritania ou alguma ilha perdida no Atlantico (Hybrazil), para os bretões era a Irlanda ou algum lugar mais a oeste ainda no mar. Mas ambos concordavam que haveriam postos avançados do Outro Mundo Neste Mundo: a ilha de Man por exemplo. Pra bretoes Dyfed (a Demetia dos romanos) remota povoada por preceltas semiceltizados, repleta de pantanos e montanhas também valia.

Arawn estava perdendo sua guerra civil e resolveu contar com auxilio de um rei deste mundo, Pwill de Dyfed. Aparentemente criou uma situação onde Pwyll ficou numa divida de descortesia envolvendo a caça de um cervo (animal originalmente acreditado vir do Outro Mundo) branco (cor do sagrado só reforçando a coisa). O favor exigido de Arawn era que ambos trocassem de aspecto e de reino por um ano e um dia (outro prazo considerado sagrado). No ano que Pwyll governou Anwn com a aparencia de Arawn, Pwill acabou com a guerra civil matando Havgan (ser que só poderia ser destruido com um golpe) ,mas não tocou sexualmente "sua" nova esposa (na verdade de Arawn). Pwill golpeou havgan seriamente ,mas o deixara ainda vivo, havgan ardilosamente lhe implorou um golpe de misericordia , que restabeleceria completamente sua saúde. Mas Pwill não o fez e provavelmente bacterias terminaram o trabalho de Pwill. Por sua vez, Arawn deu o melhor ano de governo que o povo de Dyfed já tinha tido. Desfeita a troca Arawn atacou com saudade sua esposa legitima [Penardun???] , que o estranhou. "Você não me tocou por um ano o que quer comigo agora?" Ele contou toda a verdade sem acreditar na lealdade de Pwyll. Desde então as familias de Lir e Pwill são aliadas e Pwyll (que significa Sábio)é conhecido tb como o Penanwn (senhor de Anwn) e Dyfed (sudoeste do atual país de Gales).

Pwyll e Rhianon
Pwyll tb consegiu sua propria esposa mais tarde: Rhianon (significa Rainha).Novamente Pwyll aprenta ser um humano sortudo que criaturas mais divinas que ele simpatizam.Pwyll é descrito como filho do Henved (o Velho, epiteto que serve pra Beli ou pra seu filho Ludd). Já Rhianon é filha de Cludd [outro nome de Ludd?]. [Como já disse Squire passa batido por incestos porque ele era vitoriano ,mas a mitlogia celta e de outros povos é recheada disto]. Rhianon aparece montada (como suas equivalente deusas -cavalo do Eire- Macha- e da Galia -Eponina), uma Godiva? , num cavalo enorme branco [vcs já sabem porque]Os melhores cavaleiros de Pwyll são humilhados por ela.Rhianon já era apaixonada por ele e queria fugir de um casamento poltico prefabricado com Gwawl (significando a Luz, que se não era seu proprio pai era seu meio-irmão, filho também de Ludd).Pwyll foi até o reino de Ludd que o tratou cortesmente e a principio concordou com o casamento do sabio e famoso Pwyll, já aliado do rei do Anwn e as vezes seu substituto, e Rhianon. Então entra um jovem alto,cabeludo, ruivo (certamente um deus solar) o cumprimentou e pediu a Pwyll um favor, na presença de inumeras testemunhas. O "sabio" Pwyll responde-lhe: Pede de mim o que quiser. O jovem não era outro que Gwawl, que dispara: "Quero de ti, tua mulher, Rhianon". Rhianon ironiza Pwyll: "Pwyll, jamais alguem fez pior uso da sabedoria, mas dê-me a Gwawl ,pois ele nunca me possuirá". Após um ano e um dia [por que será?], conforme combinado Pwyll pagou um banquete em honra dos noivos , Gwawl e Rhianon, mas Pwyll compareceu como um mendigo pedindo comida. Gwawl perguntou o que queria: "Carne suficiente pra encher este saco". Tal saco engolia muito mais volume que aparentava sua capacidade. Gwawl desconfiou : "Que feitiçaria é esta?" Pwyll respondeu disfarçado: " É um saco que só se satisfaz quando um poderoso e sabio senhor de terras empurra seus conteudo com os dois pes.". Rhianon impaciente respondeu: Gwawl querido, faça logo isto e livre-se deste mendigo. Gwawl assim o fez.

Prideri e Mananan
Pryderi cresceu casou -se com Cigfa ou Kicva. Tornou-se como pai rei de Dyfed e regente do Anwn. Certamente vassalo do rei do Anwn, já que parte com Bran na maldita expedição a Irlanda. É um dos 7 sobravivantes. Vê a cabeça do Abençoado (apelido cristão de Bran) ser decepada conversa com ela. Torna-se muito amigo de Mananan, que seria o novo rei supremo de Britania com a morte de Caradawc/Caractacus/Caradoc , mas Ludd toma o poder no leste. Pryderi fiel continua a frente de Dyfed ,mas a relação se inverte Mananan?Ele é seu vassalo? Rhianon era viuva, e Pryderi decide reforçar a aliança das duas dinastias. Rhianon ainda linda casa-se com Mananan. Um dia após um banquete em Narbeth, o forte capital de Pwyll e Pruderi , onde Rhianon foi conhecida por Pwyll, todos dormiram e o reino estava devastado ao acordarem!... continua

Dyfed está devastada e sem habitantes por alguma maldição que não compreendem. Então os 4 resolvem tentar a sorte em Loegyr (=Terra perdida). A Britania ao leste pode ser considerada perdida por três motivos:
Dentro deste mito porque Caratawc dos braços fortes=Gwrgunt = Gangartua do renascentista Rabelais, gigante filho de Bran foi deposto pelos filhos de Don pelo menos no leste. Londres Colcehester são cidades de Ludd 2) Perdida pra romanos de Claudius no sec IIdC que começam a conquista pelo leste 3) Perdida pros saxoes no seculo V dC que vem do leste e do norte ,talvez temporariamente e parcialmente reconquistada pelo Arthur historico

ERRATA
Os quatro são :1)Prideri , o cara de cavalo 2)sua esposa Cigfa 3) sua mãe Rhianon 4) Manawydan.

Manawydan é o nome bretão de Mananan ,mesmo deus como é conhecido na Irlanda. Vou usar Manawydan agora em diante.

Os quatro tentam a vida como pobres fabricantes de sapatos ,escudos e selas em Loegyr ,mas seus invejosos concorrentes tentam mata-los. Os 4 voltam a devastada Dyfed e vivem como caçadores. Até que durante uma caçada um javali (criatura originalmente do Anwn) branco (cor do Outro Mundo tb) surge atraindo os ca~es pra um forte que não existia antes em Dyfed. Pryderi e os cães desaparecem neste forte. Rhianon critica a moleza de Manawydan e some tb, tentando buscar o filho. Manawydan e esposa de Pryderi tentam polantar trigo na terra devastada. Quando vão colher um bando de ratos destoi tudo, mas Manawydan caputra uma rata. Surgem um filosofo, um monge e um arcebispo, cada um com uma proposta pra salvar a vida da rata [note como mesmo Mabinogion está contaminado de motivos cristãos]. Manawydan está decidido a enforca-la, quando o arcebispo confessa que ele e sua turma são agentes do humilhado Gwawl buscando vingança após tantos anos. Manwydan o força diplomaticamnete a restituir sua esposa e seu amigo e a condição normal da terra em Dyfed.
Ponto novamente pra dinastia Lyr-Pwill! Mas isso não ficará assim.

Math e Gwydion
Gwidion é amigo dos humanos e está sempre disposto a roubar riquezas do Anwn, isto é, da dinastia de Lyr e Pwyll. Ele na realidade é um espertalhão como Hermes ou Exu. Ele é versado em magia. Quem está governando então os filhos de Don do seu Olimpo - o forte Datyl, encarapitado no monte PeniGaer é Math filho de Mathonwy, irmão de Don.
Gwydion invade Anwn, mas Manawydan o prende lá por muito tempo e onde ele quase enlouquece. Ele não desiste e acompanhado de seu irmão Amaethon, e seu filho Llew montam um exercito de arvores que combate um exercito de monstros do Anwn ainda governado por Lyr/Arawn. Ele quer trazer pro mundo dos vivos, dos humanos, Este Mundo, o cão, o cervo e a codorna de crista negra.Ele vence inclusive o temivel Bran ao descobrir seu nome. Ele cita no verso : teu nome é "Arte" Bran! E Amaethon o golpeia. Esta crença que saber o nome de alguem é tem certo dominio sobre este alguem é crença em varios povos derivados dos indoeuropeus e outros (egipcios, nativos da America do Norte e Polinesia). Informação é poder e alguma intimidade é perda de medo.

Mas a guerra entre Gwydion e o Anwn não para aí. Math tem um estranho habito, se não está guerreando, "tem que ficar com os pes entre as coxas de uma virgem" [eufemismo pra copular? ou ele não quer ter filhos como Beli e faz copula interfemora pra não dividir seu conhecimento magico com ninguem?]. A virgem da ocasião, Gwen, é objeto do desejo de um irmão estimadissimo de Gwydion, o obscuro Gylfaeth. Gwydion tenta resolver dois problemas com uma só trapaça após morte de Bran e caradoc:1) Obter a gostosinha pro maninho querido debaixo das barbas do tio e 2) vingar-se de Pryderi e Manawydan (ou pelo menos do mais fraco dos dois, o novosenhor de Dyfed) .

Gwidion convence o tio a obter por qualquer meio os javalis mansos que Manawydan ou Bran ou Lyr deram a Pwyll (porcos) que não precisam ser caçados. Math autoriza. Gwydion parte disfarçado de bardo. Entretem todos em Dyfed, e reclama o preço de seu show em porcos. O rei Pryderi lamenta ,mas prometeu a seu suserano no Anwn que só venderia algum daqueles seus presentes após dobrarem seu numero.O bardo argumenta que trocar não é dar ou vender, e ofereca magnificos cavalos e caes, que são ilusoes feitas de fungos [não ha como não lembrar de Zeus oferecendo uma Hera de nuvem pra Ixion ou o simulacro de Helena e tb o efeito alucinogeno de fungos]. A ilusão duraria um dia. Tempo pra Gwidion alcançar Cymru=Norte de Gales já territorio de seu tio Math, de Math mobilizar um exercito pra emboscar a invasão que viria e pra o placio ficar vazio tempo suficente pra Gylfaet estuprar Gwen!!
Os exercitos de Pryderi e de Math se enfrentam em três batalhas campais com vitoria pros filhosde Don, Pryderi pede pra duelar com Gwydion, que o mata! Mas Math descobre a perda da virgindade de Gwen e amaldiçoa Gwydion e Gylfaet, tranformando-os em animais durante três anos. Math casa com Gwen. Math metamorfiza Gylfaet como femea em todo tempo do castigo porque não soube se portar como macho.Os irmãozinhos amaldiçoados copularam e geraram três filhotinhos que Math com pena transformou em humanos. Não se sabe mais sobre Gylfaet terminado o castigo. Gwydion ainda aprontaria mais. Math escolhe uma nova virgem, sua sobrinha Arianrod [ que é traçada pelo irmãozinho Gwydion embora Squire não fale]. Arianrod pariu gemeos no momento em que jurava ser virgem. O primeiro gemeo Dylan foge pro mar,nada como peixe , é um deus guerreiro e trevoso [talvez filho de Math? e não de Gwydion?] que é arpoado por seu tio Govanan(falaremos mais sobre Dylan)

Conclusões
1) Segundo se acreditava na epoca do Squire a Grabritania foi palco de três importantes invasões. A primeira ocupação humana [que ele não data] foi de população não-celta [construtores de Stonhenge]. Houve uma primeira migração de celtas de fala gaelica que os sobrepujou [na verdade houve mais adoção do padrão cultural que substituição fisica, além disso o druidismo pode ser isntituição pre-celta]. E finalmente o advento dos bretões. As substituições não foram completas permaneceram pre-celtas semiceltizados na atual Escocia [os pictos] e nos confins montanhosos e pantanosos de Dyfed [sul do atual pais de Gales] que os romanos chamavam de ordovicianos e silurios. Os gaelicos permaneceram como demetios e cornicos e mais tarde como escotos. Os verdadeiros bretoes vieram depois. Squire prossegue relacionando os pre-celtas a dinastia de Pwyll, gaelicos a dinastia de Lyr e bretoes a de Don. [a ambrosia dos deuses realmente é a fé dos humanos?]
2) Mesmo entre os bretoes não huve uniformidade, era um mundo de muitas unidades politicas independentes e as vezes rivais: clãs e fortificações (kaer ou opidos).Como a Grecia antes da unificação na marra pelos romanos [coisa que a Britania tb sofreu] ou o Egito antes dos faraos. Cada unidade com seu deus local. Gwin era Gwynnwas em Gales, Melwas na Cornualia, Avalach em Somerset.
3)Mas os druidas perpassavam essas diferenças e podiam atuar como o mantenedores de certa uniformidade cultural: assim havia um deus soberano do Anwn (Math, Urien, Bran ou Arawn), um deus do Ceu (Nwyvre, Ludd), um deus amigo dos humanos pronto a pilhar o Anwn (Gwydion) com ajuda de seu filho deus do Sol (Maponos, Llew, Gwinthur). O que explica os varios epitetos para um mesmo deus.
4) Alem do papel funcional e da diversidade regional, os varios epitetos dificultam analise linguistica qdo se procura identificar deuses com nomes diferentes. Havia o tabu. O mesmo deus que poderia ter o mesmo nome proibido em regioes diferentes era conhecido por diferentes apelidos.

...[supondo que o deus X de nome proibido nas regioes A e B fosse conhecido em A como Produtor de Viuvas e em B fosse chamado de Bom de Cama, porque X realmente tinha estes dois atributos. O pesquisador desconhecendo o nome unificador X de X fazendo apenas analise linguistica dos termos Bom de Cama e Produtor de Viuvas jamais imaginará que são o mesmo deus. As equivalencias funicionais devem ser procuradas tb e isto não é mole]
5)[Squire gosta de maniqueisticamente contrapor filhos de Don, como filhos da Luz aos filhos de Lyr e Pwyll, filhos da trevas. Mesmo sem igualar Trevas ao Mal e Luz ao Bem, isto é artificial. Tentar usar a classica divisão celestes X terrestres que funciona pra protoindoeuropeus não funciona, porque os celtas na Britania adotaram muito dos dospovos pre-celtas. Maponos ap Bran é um deus solar. Dylan ap Arianrod é trevoso e submarino. Ludd é o Ceu Luminoso mas é altamente ambiguo e o que dizer de Gwin?
Após a vitoria de final dos filhos Don sobre os filhos de Lyr e Pwyll, o Anwn continuará existindo só que com Gwin a sua testa pra sempre, inclusive após cristianização! Ele é reduzido a estatura de um gnomo ou fada, mas ainda é o rei do Mundo dos espiritos!
Na mitologia protoindoeuropeia, grega e germana os Deuses que vivem Neste Mundo são criadores de riquezas materiais e simpaticos ao Homem, embora as vezes sua aparencia seja menos antropomorfica que dos deuses celestes: Os Olimpicos vencem os Titãs, mas Prometeu é um titã punido por Zeus por ajudar duas vezes os humanos. Os Ases e os Vanes permanecem empatados, mas Odin so deseja os melhores humanos (os matadores).Na Britania os deuses do Anwn que não é o Ceu, mas algo submarino e no subsolo criam riquezas e os deuses "celestes" roubam tais riquezas e as transmitem aos humanos.
6) A divisão da dinastia não é estanque e há muitos casamentos divinos como ponte

Manawydan é mestiço de filhos de Don e de Lyr
Pryderi é mestiço de filhos de Don (se Rianon é realmente filha de Ludd) e de Pwyll
As ligações entre Pwyll e os filhos de Lyr chegam a vassalagem fiel.

Math (=moeda) e Beli (=brilhante ou batalha) podem estar ligados ao Anwn. Manawydan (um mestiço) se casa com Rhianon (da dinastia de Don) embora ambos se filiem de coração aos rivais da dinastia de Don.

Após vitoria definitiva dos filhos de Don: 1)Gwin é posto a testa do Anwn e se porta como um deus do Anwn. Na linguagem poscristianização: "Deus colocou Gwin sobre a ninhada de diabos do Anwn por temer que eles destruissem a Terra e os humanos"
2)Rhianon e Manwydan destroem (ou inativam) Math ou Ludd.

7) Os temas miticos são poucos e irão se repetir mesmo na era arturiana do panteão bretão:
1)O nascimento do deus-Sol e seu inicio de carreira dificil. Antes do Sol pp dito nascer porem já existe um Deus-ceu Luminoso que combate o Anwn e que se aposenta no fim (como o Sol se põe) no fim. Squire diz vitorianamente que as raças primitivas não distinguiam entre Ceu e Sol
2) As lutas se resumem: a) deuses anti-Anwn roubando riquezas do Anwn pra os humanos b) Triangulos amorosos onde um deus masculino "luminoso" disputa a posse de uma deusa ambigua com um deus masculino "trevoso" , estes tirnagulos podem ter relação com a guerra contra o Anwn ou não.

Alguns triangulos:
1)Don disputada por Math e Bilé?
2)Penardun disputada entre Lyr e Eurossuid
3)Arianrod disputada entre Math e Gwydion
4) Branwen disputada entre Matholhwc e Bran
5) Creurdilad disputada entre Gwin e Gwinthur
6) Rhianon disputada entre Pwill e Gwawl
7) Esposa de Arawn (Penardun? Iwerid?)disputada entre Arawn/Pwyll e Havgan
8 ) Bloduedd disputada por Gronw Pebyr e Llew
e triangulos posteriores se formarão na era arturiana!

Outros links fora de Squire
Tenho encontrado textos interessantes relacionando a dinastia de Don ao leste da britania e a uma vitoria "final" contra os "trevosos" do oeste, - os deuses de origem gaelica , dinastia de Pwyll e Lir. Camulodunum (dominio/assentamento permanente de Camil/ Ludd) teria sido Camelot (Camil e Lud) que segundo os romances estariam em Logres (Loegir, Terra perdida, no leste, pra romanos e depois pra saxoes) ? Claro que a capital de um Artur historico no meio do territorio saxao naõ faz sentido ,mas uma capital do deus Aartur no leste faz sim.

Tenho achado textos relacionando Artur não a Ursos ,mas a cosntelação da Ursa que também´era chamada na Galia (e na Britania) de constelação do Arado que também tem mais a ver com fonetica e semantica do nome do DEUS Artur, introdutor de conhecimentos uteis juntoi com seus irmãos , os deuses Amaeton e Govanon.

Ufa,terminei. Agora em outros posts falarei sobre o advento do deus Artur

Gostaria de ouvir comentarios dos amigos a respeito. ESpecialmente das perguntas que fiz no caminho que não são retoricas ,mas de incerteza mesmo.

Um tópico onde me sinto obrigado a opinar...

Olhando rapidamente, é fácil ver semelhança entre Don e Dana. Mas o problema surge quando pensamos: qual Dana? Ainda que tenhamos chegado à conclusão da existência de uma deusa Dana/Danu entre os Gaélicos, provavelmente derivando o nome do Danúbio, não há registros mitológicos dela. No geral, sua citação mais recente é ainda posterior ao Mabinogion, datando já do século XVIII, quando já haviam algo que chamaríamos de “celtistas”, e a teoria de uma deusa-mãe da terra entre os Celtas já tinha sido desenvolvida. Normalmente, a única evidência sobre uma Danu é topográfica, nas duas montanhas gêmeas na Irlanda “Os Seios de Anu”, mas não é certo se essa Anu é a tal Danu. O nome Tuatha Dé Danann, dado aos Deuses Gaélicos é melhor entendido como
“Tribos dos Deuses das Artes/Oficios” (dán). Também não há menção mitológica a ela ser esposa de Bile.
Beli Mawr pode ser traduzido realmente como Beli, o Maior, Beli, o Grande também estaria perfeitamente condizente com a língua Galesa, e pode gerar menos dúvidas sobre a existência de outros ou não.
No caso de Nudd/Ludd, nunca vi nenhum neo-pagão o comparar à Lugh, quando a semelhança muito maior com Nuada é clara, principalmente para os muitos que conhecem o epíteto completo (Ludd Llaw Ereint).

As traduções de Squire são reconhecidas como péssimas. Camulodunun de fato é Colchester, mas não é conhecida em Galês como Kaer Kolin. Colchester fica na área de influência Belgae na Bretanha, por isso o nome Camulodunum faz todo o sentido (Camulos = um deus bem atestado em inscrições; Dunum = Fortaleza, que é traduzido melhor em línguas Britônicas como Din/Dinas do que Kaer/Caer, que significa cidade), e o nome Colchester provavelmente deriva já da invasão Romana (chester=castra) quando o Britonico, pelo que podemos ver nas inscrições, ainda tinha muita semelhança com o Gaulês, ainda não próximo do que se tornaria Galês.
Nemon guarda semelhança também com um dos epítetos da Gaélica Morrighan, “nemhain”.
Já vi muitas explicações para o nome de Arthur derivar do nome de algum deus (ainda que a deusa Gaulesa “Artio” fosse feminina) mas não me lembro de ter visto explicações realmente evidenciadas de Caradoc e Cassivelaunos. Poderia, por favor, apontar as evidências ?
Acho que ficou faltando uma palavrinha sobre a semelhança Lleu Llaw Gyffes (o luminoso da mão certeira) com Lugh Lamhfhada (o luminoso do braço longo).
Há uma explicação interessante sobre as três pernas na bandeira da Ilha de Mann, que é realmente ligada à Manannán, mas acho que esse não é o tópico correto.

Demétia/Dyfed não é exatamente um Outro Mundo. É uma região litorânea de Gales de forte povoamento Gaélico (tem até inscrições em Ogham em alguns lugares, mas provavelmente apenas após o século V), logo ao sul de Glamorgan. E está lá com esse nome faz muuuito tempo. A história de Pwyll provavelmente representa o típico tema Celta do rei mortal (no caso, de Dyfed) do mundo físico que entra em contato com as entidades do Outro Mundo.
Algumas interpretações do papel da “portadora dos pés” de Math também dão conta de um possível ato ritual (não exatamente cópula, mas sem excluir também a possibilidade).
Creio que faltou uma tradução do nome de Rhiannon-Rigantona (Grande Rainha).