Armas
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Re: Armas
Império Romano
Posteriormente os veliti e hastati foram incorporados como ''tropas auxiliares'', ficando os principe e triiari para constituir o corpo de força legionária que era distribuídos em coortes e estas em centúrias.
Se antes o armamento era variado segundo a ´classe´ de guerreiro, entre legionários havia um kit de armas em comum composto de capacete, armadura, escudo (longo), gládio e punhal. Eis a força militar básica ao tempo do Império Romano.
De novo o escudo aqui ocupa importância para formação e ataque da infantaria romana, porém, mesmo com toda a alteração na sua estrutura continua tendo formação retangular. Quer dizer não houve abandono total da falange grega, apenas uma ´re-leitura´ do seu uso bem como também de sua aplicação no campo de batalha.
Posteriormente os veliti e hastati foram incorporados como ''tropas auxiliares'', ficando os principe e triiari para constituir o corpo de força legionária que era distribuídos em coortes e estas em centúrias.
Se antes o armamento era variado segundo a ´classe´ de guerreiro, entre legionários havia um kit de armas em comum composto de capacete, armadura, escudo (longo), gládio e punhal. Eis a força militar básica ao tempo do Império Romano.
De novo o escudo aqui ocupa importância para formação e ataque da infantaria romana, porém, mesmo com toda a alteração na sua estrutura continua tendo formação retangular. Quer dizer não houve abandono total da falange grega, apenas uma ´re-leitura´ do seu uso bem como também de sua aplicação no campo de batalha.
Legolas- Mensagens : 348
Re: Armas
Explicando melhor Gales I
Você pode encontrar menção ao uso do arco-longo em Odisséia de Homero (ele é o arco de Odisseu). Agora não era uma arma fácil de manuseio e nem fácil de fazer, preferindo em seu lugar o chamado ''arco-recurvo'' (que também exigia certo treinamento só que era mais fácil de carregar por ser menor bem qualquer madeira mais vagabunda podia faze-lo)
Realmente não chega-me mente agora o nome da árvore que servia para confeccionar o arco-longo, só que com certeza era uma espécie restrita a certas áreas do Mediterrâneo e cercanias. No caso era uma madeira resistente e ao mesmo tempo flexível, em troncos consideravelmente longos porque a peça era feita num só corte.
No caso chegando a Idade Média haviam poucos arqueiros na Europa que dominassem a técnica do manuseio do arco-longo ou mesmo tivessem a vaga ideia de que tipo de madeira podia ser usada para confeccionar a arma. Eis que para ´sorte´ da Inglaterra, Gales era um dos poucos lugares que a técnica sobreviveu sem que exista explicação plausível de COMO isto surgiu por aquelas bandas salvo imagine um contato atípico de culturas ibéricas e mediterrâneas entre os Galeses na formação de sua cultura.
Você pode encontrar menção ao uso do arco-longo em Odisséia de Homero (ele é o arco de Odisseu). Agora não era uma arma fácil de manuseio e nem fácil de fazer, preferindo em seu lugar o chamado ''arco-recurvo'' (que também exigia certo treinamento só que era mais fácil de carregar por ser menor bem qualquer madeira mais vagabunda podia faze-lo)
Realmente não chega-me mente agora o nome da árvore que servia para confeccionar o arco-longo, só que com certeza era uma espécie restrita a certas áreas do Mediterrâneo e cercanias. No caso era uma madeira resistente e ao mesmo tempo flexível, em troncos consideravelmente longos porque a peça era feita num só corte.
No caso chegando a Idade Média haviam poucos arqueiros na Europa que dominassem a técnica do manuseio do arco-longo ou mesmo tivessem a vaga ideia de que tipo de madeira podia ser usada para confeccionar a arma. Eis que para ´sorte´ da Inglaterra, Gales era um dos poucos lugares que a técnica sobreviveu sem que exista explicação plausível de COMO isto surgiu por aquelas bandas salvo imagine um contato atípico de culturas ibéricas e mediterrâneas entre os Galeses na formação de sua cultura.
Legolas- Mensagens : 348
Re: Armas
Explicando melhor Gales II
E os Galeses eram terríveis para defender seu território usando o arco-longo, pois ficavam na moita entrincheirados em suas colinas e lançavam do nada uma saraivada de flechas a uma distância considerável. Depois se escondiam, deixando suas vítimas aturdidas sem saber de onde vinha o ataque, para realizar um novo ataque de um outro ponto.
Quanto a sua origem, resta aduzir que o território por eles ocupado talvez não fosse desocupado. De resto, se eles são uma mistura de gaélicos ou bretões porquê não guardam similitude? Ou será que guardavam e esta foi porventura perdida por aculturamento das ´linhagens´ que não migraram para Gales?
Eu já li, confesso, tanto argumento em prol de sua ascendência bretã quanto gaélica (todas muito verossímeis). Ocorre que o ponto levanto é uma possível interação com uma cultura nativa anterior que parece ser ao meu ver ''ibérica'''.
E os Galeses eram terríveis para defender seu território usando o arco-longo, pois ficavam na moita entrincheirados em suas colinas e lançavam do nada uma saraivada de flechas a uma distância considerável. Depois se escondiam, deixando suas vítimas aturdidas sem saber de onde vinha o ataque, para realizar um novo ataque de um outro ponto.
Quanto a sua origem, resta aduzir que o território por eles ocupado talvez não fosse desocupado. De resto, se eles são uma mistura de gaélicos ou bretões porquê não guardam similitude? Ou será que guardavam e esta foi porventura perdida por aculturamento das ´linhagens´ que não migraram para Gales?
Eu já li, confesso, tanto argumento em prol de sua ascendência bretã quanto gaélica (todas muito verossímeis). Ocorre que o ponto levanto é uma possível interação com uma cultura nativa anterior que parece ser ao meu ver ''ibérica'''.
Legolas- Mensagens : 348
Re: Armas
Falando dos Cimérios
Pegando como base a narrativa de Homero em Odisséia, onde os cimérios são mencionados como habitantes de terras enevoadas e de trevas nos limites do mundo quase na entrada do Hades, muitos imaginam que ele esteja falando das ilhas britânicas. - Resta mesmo saber se há ou não veracidade na afirmativa à luz de um estudo etimológico que ''Cymru'' deriva originalmente de ´Ciméria´ ou isto foi inventado posteriormente. Merlin, de novo, socorro aqui.
Pelos registros arqueológicos é possível verificar que os cimérios viveram nas proximidades do Mar Negro por volta do século VIII a.C e depois por força de guerra com os citas foram migrar para regiões bem distantes do seu núcleo de povoamento originário dando a origem no meio do caminho a outras culturas a citar os Trácios.
No particular dos Trácios chegaram a viver nas proximidades do Danúbio a um tempo bem anterior ao surgimento dos celtas na mesma região. Quer dizer, poderia haver uma conexão celta-trácios-cimérios pelo na linhagem de uma tribo qualquer e justamente esta pode ter chegado migrar até as ilhas britânicas vindo a fixar-se onde é hoje Gales?
Pegando como base a narrativa de Homero em Odisséia, onde os cimérios são mencionados como habitantes de terras enevoadas e de trevas nos limites do mundo quase na entrada do Hades, muitos imaginam que ele esteja falando das ilhas britânicas. - Resta mesmo saber se há ou não veracidade na afirmativa à luz de um estudo etimológico que ''Cymru'' deriva originalmente de ´Ciméria´ ou isto foi inventado posteriormente. Merlin, de novo, socorro aqui.
Pelos registros arqueológicos é possível verificar que os cimérios viveram nas proximidades do Mar Negro por volta do século VIII a.C e depois por força de guerra com os citas foram migrar para regiões bem distantes do seu núcleo de povoamento originário dando a origem no meio do caminho a outras culturas a citar os Trácios.
No particular dos Trácios chegaram a viver nas proximidades do Danúbio a um tempo bem anterior ao surgimento dos celtas na mesma região. Quer dizer, poderia haver uma conexão celta-trácios-cimérios pelo na linhagem de uma tribo qualquer e justamente esta pode ter chegado migrar até as ilhas britânicas vindo a fixar-se onde é hoje Gales?
Legolas- Mensagens : 348
Re: Armas
Bom, após uma rápida pesquisa
O nome do País de Gales, Cymru, é dito como derivando de um termo medievo para "conterrâneo, compatriota". Na literatura Galesa medieval, o termo Cymry é usado tanto quanto Brithoniad (Bretão), assim, até onde se pode entender, eles se consideravam Bretões até a Idade Média, e chamavam uns aos outros por Cymry para se distinguir dos que não eram. Deve-se lembrar também que a maioria dos migrantes que colonizaram a Bretanha Francesa (Brittany, Bretanha Menor, Breizh) vinham de populações fortemente aparentadas aos Galeses e, principalmente, aos Cornicos, até onde se pode entender pela semelhança linguística. Assim sendo, é um tanto improvável a ideia do Cymru derivando de "Cimério".
Já quanto à ascendencia Gaélica dos Galeses, as evidências apontam principalmente para sua influência em Gwynedd e Dyfed, pontos de referência de influência Gaélica em cultura entre os Bretões, e também os pontos onde se pode encontrar com mais facilidade pedras com caracteres em Ogham, cuja origem é Gaélica. De qualquer forma, os Gaélicos que se fixaram ali logo foram Britonizados, assumindo a fala Britânica, e possivelmente, os modos Britânicos. Dada à discussão acima sobre as épocas de utilização do arco-longo, é improvável que ele tenha sido trazido da Irlanda, ao invés de desenvolvido no próprio Cymru (a fala dos Gael colonizadores já era Britânica no século V).
O nome do País de Gales, Cymru, é dito como derivando de um termo medievo para "conterrâneo, compatriota". Na literatura Galesa medieval, o termo Cymry é usado tanto quanto Brithoniad (Bretão), assim, até onde se pode entender, eles se consideravam Bretões até a Idade Média, e chamavam uns aos outros por Cymry para se distinguir dos que não eram. Deve-se lembrar também que a maioria dos migrantes que colonizaram a Bretanha Francesa (Brittany, Bretanha Menor, Breizh) vinham de populações fortemente aparentadas aos Galeses e, principalmente, aos Cornicos, até onde se pode entender pela semelhança linguística. Assim sendo, é um tanto improvável a ideia do Cymru derivando de "Cimério".
Já quanto à ascendencia Gaélica dos Galeses, as evidências apontam principalmente para sua influência em Gwynedd e Dyfed, pontos de referência de influência Gaélica em cultura entre os Bretões, e também os pontos onde se pode encontrar com mais facilidade pedras com caracteres em Ogham, cuja origem é Gaélica. De qualquer forma, os Gaélicos que se fixaram ali logo foram Britonizados, assumindo a fala Britânica, e possivelmente, os modos Britânicos. Dada à discussão acima sobre as épocas de utilização do arco-longo, é improvável que ele tenha sido trazido da Irlanda, ao invés de desenvolvido no próprio Cymru (a fala dos Gael colonizadores já era Britânica no século V).
Merlin- Mensagens : 200
Re: Armas
Falando das Bigas
Segue uma imagem que é uma reprodução de como seria o estilo de biga usado pelos bretões para dar combate a invasão romana as ilhas britânicas.
http://www.ospreypublishing.com/osp_img/specialfeatures/celtic.jpg
Lembrando que no caso a região era a periferia da periferia do chamado ''Mundo Civilizado'' da época, fato que explica o motivo do uso da biga em campo de batalha quando como recurso militar isto já estava em desuso.
Segue uma imagem que é uma reprodução de como seria o estilo de biga usado pelos bretões para dar combate a invasão romana as ilhas britânicas.
http://www.ospreypublishing.com/osp_img/specialfeatures/celtic.jpg
Lembrando que no caso a região era a periferia da periferia do chamado ''Mundo Civilizado'' da época, fato que explica o motivo do uso da biga em campo de batalha quando como recurso militar isto já estava em desuso.
Legolas- Mensagens : 348
Re: Armas
E as lanças?
A principio do que li apenas os gaesatae (e os fenianos?) eram chegados ao uso da lança. Mas como arremessando ou estocando? Fazendo formações coesas como os gregos? O deus Lugh parece ser um arremessador de lanças pelos seus apelidos (Mão longa etc.). O que a arqueologia fala delas?
A principio do que li apenas os gaesatae (e os fenianos?) eram chegados ao uso da lança. Mas como arremessando ou estocando? Fazendo formações coesas como os gregos? O deus Lugh parece ser um arremessador de lanças pelos seus apelidos (Mão longa etc.). O que a arqueologia fala delas?
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
tática grega X Tática da legião
Na falange a ideia era o combate corpo a corpo atingindo-se o inimigo principalmente com lança (a efetividade do sistema então era maior com inimigo a media distância). Com falanges mais tardias havia até a sobreposição de lanças (não só a primeira linha apontava as lanças para frente, mas tas três ou até as cinco primeiras, para ajudar a defender o corpo de quem tava na primeira linha). Se um celta de espadão pudesse cortar suas ponteiras e chegar a primeira linha ele tinha muita chance... A arma principal grega é a lança de estocada e a espada é secundaria.
Na legião a lógica é muito diferente. Primeiro chuva de pilum para amaciar o inimigo já de longe (gregos e celtas privilegiavam o corpo a corpo). Só então combate corpo a corpo próximo, muito próximo, mais que do grego, mais que do celta, apunhalando com gladio. A arma principal é a espada curta, mas houve um uso "obsceno e covardão" aos olhos gregos e celtas.
Os escudos só confirmamam isso, o escudo grego EXIGE coesão porque cada hoplon circular só defende metade do corpo de seu usuário. O escudo retangular ou elipitico, romano e celta, chega a se curvar nas laterais como para abraçar UM usuário, a ideia é realmente um corpo a corpo com legionários mais desgrudados um do outro. O design ainda permite uma formação tartaruga contra chuva de projeteis especialmente ao se aproximar de muralhas, mas na hora de enfrentar celtas o escudo não é usado assim.
O celta peladão mete menos medo que o celta coberto de cota de malha...
Como você se diz a evolução de falange para legião é gradual, mas os pontos iniciais e finais dessa evolução são produtos muito diferentes.Observando que além disto o escudo para os romanos na infantaria não tinha uma função apenas de proteção individual tal ocorria com os gregos, sendo eles retangulares e particularmente grandes justamente com a intenção de usa-los em formação cerrada o que protegia o avanço em todos os flancos. (com exceção dos veliti que eram protegidos por escudos redondos para fins de proteção individual)
Na falange a ideia era o combate corpo a corpo atingindo-se o inimigo principalmente com lança (a efetividade do sistema então era maior com inimigo a media distância). Com falanges mais tardias havia até a sobreposição de lanças (não só a primeira linha apontava as lanças para frente, mas tas três ou até as cinco primeiras, para ajudar a defender o corpo de quem tava na primeira linha). Se um celta de espadão pudesse cortar suas ponteiras e chegar a primeira linha ele tinha muita chance... A arma principal grega é a lança de estocada e a espada é secundaria.
Na legião a lógica é muito diferente. Primeiro chuva de pilum para amaciar o inimigo já de longe (gregos e celtas privilegiavam o corpo a corpo). Só então combate corpo a corpo próximo, muito próximo, mais que do grego, mais que do celta, apunhalando com gladio. A arma principal é a espada curta, mas houve um uso "obsceno e covardão" aos olhos gregos e celtas.
Os escudos só confirmamam isso, o escudo grego EXIGE coesão porque cada hoplon circular só defende metade do corpo de seu usuário. O escudo retangular ou elipitico, romano e celta, chega a se curvar nas laterais como para abraçar UM usuário, a ideia é realmente um corpo a corpo com legionários mais desgrudados um do outro. O design ainda permite uma formação tartaruga contra chuva de projeteis especialmente ao se aproximar de muralhas, mas na hora de enfrentar celtas o escudo não é usado assim.
O celta peladão mete menos medo que o celta coberto de cota de malha...
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
O celta foi o professor do romano na feitura das cotas de malha e o aluno NÃO superou o professor.
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Lanças e bigas
A Wikipedia pode não ser boa fonte. Mas lá se afirma que o mais comum nas bigas bretãs eram dois guerreiros, em carro leve de duas rodas e dois cavalos (que seriam relativamente pequenos, né?).
A coisa funcionava da seguinte forma: o cocheiro/auriga/piloto se aproximava um pouco do inimigo o suficiente para que o outro ocupante arremessasse suas lanças e o inimigo estivesse dentro do alcance. Se a formação inimiga estivesse amaciada (menor número ou dispersa), ou acabassem as lanças, o arremessador de lanças (belisarium) saltava da biga com furor tipico celta e espadão na mão para resolver a coisa com corpo a corpo. Se seu lado estivesse em situação promissora, até o auriga saltava da biga para correr e dar suas espadadas. Se o inimigo fugisse, o auriga avançava para atropelar quantos fujões pudesse. Se o inimigo estivesse engolindo o belisarium-espadachim, o auriga se aproximava do combate para resgatar o amigo belisarium-espadachim e sair do campo a todo vapor. Soldado que foge vive para lutar outro dia.
Esta descrição contrasta bastante com o uso das bigas no Oriente durante a era de ouro das bigas porque o arco substituía o dardo (logo mais alcance) e não havia a tática mista de arma de projetil sobre roda mais infantaria de corpo a corpo na mesma unidade.
Esta descrição me pareceu mais realista que uma biga com um celta que empunhasse uma espada numa mão e as rédeas em outra. Além do uso do recurso da retirada que me parece ter sido usada apesar dos épicos cantados pelos druidas. Se o lado que esta sendo derrotado insistisse em lutar até fim por questões culturais, as unificações politicas teriam sido mais fáceis.
Tais unificações não foram possíveis, entre outros fatores, porque os poderes candidatos a hegemonia eram quase iguais e ninguém partia para o tudo ou nada.
A Wikipedia pode não ser boa fonte. Mas lá se afirma que o mais comum nas bigas bretãs eram dois guerreiros, em carro leve de duas rodas e dois cavalos (que seriam relativamente pequenos, né?).
A coisa funcionava da seguinte forma: o cocheiro/auriga/piloto se aproximava um pouco do inimigo o suficiente para que o outro ocupante arremessasse suas lanças e o inimigo estivesse dentro do alcance. Se a formação inimiga estivesse amaciada (menor número ou dispersa), ou acabassem as lanças, o arremessador de lanças (belisarium) saltava da biga com furor tipico celta e espadão na mão para resolver a coisa com corpo a corpo. Se seu lado estivesse em situação promissora, até o auriga saltava da biga para correr e dar suas espadadas. Se o inimigo fugisse, o auriga avançava para atropelar quantos fujões pudesse. Se o inimigo estivesse engolindo o belisarium-espadachim, o auriga se aproximava do combate para resgatar o amigo belisarium-espadachim e sair do campo a todo vapor. Soldado que foge vive para lutar outro dia.
Esta descrição contrasta bastante com o uso das bigas no Oriente durante a era de ouro das bigas porque o arco substituía o dardo (logo mais alcance) e não havia a tática mista de arma de projetil sobre roda mais infantaria de corpo a corpo na mesma unidade.
Esta descrição me pareceu mais realista que uma biga com um celta que empunhasse uma espada numa mão e as rédeas em outra. Além do uso do recurso da retirada que me parece ter sido usada apesar dos épicos cantados pelos druidas. Se o lado que esta sendo derrotado insistisse em lutar até fim por questões culturais, as unificações politicas teriam sido mais fáceis.
Tais unificações não foram possíveis, entre outros fatores, porque os poderes candidatos a hegemonia eram quase iguais e ninguém partia para o tudo ou nada.
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Olha o trecho
Gallic chariot warfare
The Gallics also demonstrated a high level of tactical prowess in some areas. Gallic chariot warfare for example, showed a high degree of integration and coordination with infantry. The accounts of Polybius leading up to the Battle of Telamon and the later writings Greek historian Diodorus, mention such chariot warfare. The Gallic/Celtics apparently deployed chariots with a driver and an infantry fighter armed with javelins. During the clash, the chariots would drop off their warriors to attack the enemy and retire a short distance away, massed in reserve. From this position they could retrieve the assault troops if the engagement was going badly, or apparently pick them up and deploy elsewhere. Even at the Battle of Telamon, however, such tactics were ultimately unsuccessful. The Gauls met comprehensive defeat by the Roman legions under Papus and Regulus. It should be noted also that superb as the Gallic fighters were, chariots were already declining as an effective weapon of war in the ancient world with the rise of mounted cavalry.
Gallic chariot warfare
The Gallics also demonstrated a high level of tactical prowess in some areas. Gallic chariot warfare for example, showed a high degree of integration and coordination with infantry. The accounts of Polybius leading up to the Battle of Telamon and the later writings Greek historian Diodorus, mention such chariot warfare. The Gallic/Celtics apparently deployed chariots with a driver and an infantry fighter armed with javelins. During the clash, the chariots would drop off their warriors to attack the enemy and retire a short distance away, massed in reserve. From this position they could retrieve the assault troops if the engagement was going badly, or apparently pick them up and deploy elsewhere. Even at the Battle of Telamon, however, such tactics were ultimately unsuccessful. The Gauls met comprehensive defeat by the Roman legions under Papus and Regulus. It should be noted also that superb as the Gallic fighters were, chariots were already declining as an effective weapon of war in the ancient world with the rise of mounted cavalry.
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Táticas assemelhadas
Eu já entendo a falange grega como acima de tudo como uma tática de uso do corpo militar em formação cerrada e regular, o que contrastava com o estilo ''bárbaro'' de ataque que em geral era em ''meia-lua'' e em formação totalmente irregular. (era em ´levas´ de ataque ou defesa)
De toda forma está certo em dizer que não houve mesmo uma evolução linear da falange grega até a legião romana, pelo contrário houve uma radical alteração de enfoque só que em linhas gerais continua a tática romana do mesmo modo que a tática grega como uma forma de distribuir suas tropas em formação cerrada e regular.
De modo que os pontos iniciais e finais dessa evolução desta tática militar não geram produtos muito diferentes tal como diz, a questão é que você concentra atenção nas armas usadas e o tipo de utilização que era a elas dadas mais do que propriamente a estratégia em si mesma de buscar reunir o contingente militar de maneira coesa com ideia em mente de usa-lo em ´bloco´ para atacar ou defender de um inimigo no espaço dado de território.
No lugar daquela lógica insana de partir com tudo para cima do inimigo num combate corpo-a-corpo sem trégua que só cessa quando não há mais ninguém de pé, onde o sucesso de uma batalha fica a mercê total da maestria e gana pessoal do guerreiro no combate individual, figurava a tentativa de posicionar coletivamente o contingente militar que tinha-se em mãos para em bloco este servir de arma de ataque e defesa numa batalha.
Eu já entendo a falange grega como acima de tudo como uma tática de uso do corpo militar em formação cerrada e regular, o que contrastava com o estilo ''bárbaro'' de ataque que em geral era em ''meia-lua'' e em formação totalmente irregular. (era em ´levas´ de ataque ou defesa)
De toda forma está certo em dizer que não houve mesmo uma evolução linear da falange grega até a legião romana, pelo contrário houve uma radical alteração de enfoque só que em linhas gerais continua a tática romana do mesmo modo que a tática grega como uma forma de distribuir suas tropas em formação cerrada e regular.
De modo que os pontos iniciais e finais dessa evolução desta tática militar não geram produtos muito diferentes tal como diz, a questão é que você concentra atenção nas armas usadas e o tipo de utilização que era a elas dadas mais do que propriamente a estratégia em si mesma de buscar reunir o contingente militar de maneira coesa com ideia em mente de usa-lo em ´bloco´ para atacar ou defender de um inimigo no espaço dado de território.
No lugar daquela lógica insana de partir com tudo para cima do inimigo num combate corpo-a-corpo sem trégua que só cessa quando não há mais ninguém de pé, onde o sucesso de uma batalha fica a mercê total da maestria e gana pessoal do guerreiro no combate individual, figurava a tentativa de posicionar coletivamente o contingente militar que tinha-se em mãos para em bloco este servir de arma de ataque e defesa numa batalha.
Legolas- Mensagens : 348
Re: Armas
A tática romana: no que ela evoluiu
A tática romana evoluiu em relação a grega pelo fato que permitia fazer uso de um sujeito relativamente medíocre, mesmo fraco e até covarde no combate individual só que ele reunido aos seus como legionário se transformava em uma força militar insuperável que podia fazer frente ao mais audaz guerreiro que existisse.
Assim com Roma vemos na força legionária no lugar da coragem entra a disciplina tal como a ideia de cultivar honra cede espaço para a prática do ardil. Importava mesmo em resumo era sair vitorioso e não bem COMO ela ia ser ganha ou QUEM iria se destacar em bravura no front de batalha, mesmo valendo neste processo recuar em fuga de um inimigo mais forte quando fosse preciso, render em emboscada contingentes civis, enviar espiões no front inimigo e o escambau que fosse preciso.
Neste meio tempo ficavam os celtas envolvidos em discussões intermináveis para ver quem era o mais forte, valente e invencível guerreiro, preferindo muitas vezes recorrer ao suicídio do que render-se e sair em combate sem ter uma ideia clara de estratégia.
A este respeito com maiores detalhes, vale ler: ''A Legião de César'' - Stephen Dando-Collins / Editora Madras.
A tática romana evoluiu em relação a grega pelo fato que permitia fazer uso de um sujeito relativamente medíocre, mesmo fraco e até covarde no combate individual só que ele reunido aos seus como legionário se transformava em uma força militar insuperável que podia fazer frente ao mais audaz guerreiro que existisse.
Assim com Roma vemos na força legionária no lugar da coragem entra a disciplina tal como a ideia de cultivar honra cede espaço para a prática do ardil. Importava mesmo em resumo era sair vitorioso e não bem COMO ela ia ser ganha ou QUEM iria se destacar em bravura no front de batalha, mesmo valendo neste processo recuar em fuga de um inimigo mais forte quando fosse preciso, render em emboscada contingentes civis, enviar espiões no front inimigo e o escambau que fosse preciso.
Neste meio tempo ficavam os celtas envolvidos em discussões intermináveis para ver quem era o mais forte, valente e invencível guerreiro, preferindo muitas vezes recorrer ao suicídio do que render-se e sair em combate sem ter uma ideia clara de estratégia.
A este respeito com maiores detalhes, vale ler: ''A Legião de César'' - Stephen Dando-Collins / Editora Madras.
Legolas- Mensagens : 348
Re: Armas
O pilum
Não creio que dava para fazer uma chuva de pilum para amaciar o inimigo já de longe por virtude de ser esta uma arma de uso para combate de curta distância servindo mais para estocar do que arremesso (mal chegava a 10 metros de distancia se muito). O pilum era muito útil, por exemplo, para trespassar o escudo inimigo e atingi-lo em cheio ou bem gerar fortes ferimentos em montaria de cavalaria hostil.
Falando em Wikipédia em uma boa foto desta arma em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/2/2d/Pilum_lg.jpg
Ao meu ver o parente assemelhado do pilum é o dardo mais do que propriamente a lança, haja visto seu peso e empunhadura. A arma começou a ser usada pelos romanos ao final da República e adentrando já o Império.
Não creio que dava para fazer uma chuva de pilum para amaciar o inimigo já de longe por virtude de ser esta uma arma de uso para combate de curta distância servindo mais para estocar do que arremesso (mal chegava a 10 metros de distancia se muito). O pilum era muito útil, por exemplo, para trespassar o escudo inimigo e atingi-lo em cheio ou bem gerar fortes ferimentos em montaria de cavalaria hostil.
Falando em Wikipédia em uma boa foto desta arma em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/2/2d/Pilum_lg.jpg
Ao meu ver o parente assemelhado do pilum é o dardo mais do que propriamente a lança, haja visto seu peso e empunhadura. A arma começou a ser usada pelos romanos ao final da República e adentrando já o Império.
Legolas- Mensagens : 348
Re: Armas
Sobre bigas
Já li alhures a respeito desta referencia de Políbio a Batalha de Telamon, porém, confesso não li o que o mesmo teria dito e sim tão somente menções de terceiros a ele.
No caso Políbio fala de uma batalha travada entre os Romanos e invasores gauleses em 225 a. C, representa dizer principalmente tribos Ínsubres e os Bóios que viviam a longa data estabelecidas no Norte de Itália e eram oriundos da citada ''Gália Transalpina'' (remonta o primeiro conflito que resultou na invasão de Brennus a Roma) - Já sofrem estas tribos um forte processo de aculturamento que redunda em abandono de certos usos e costumes que abrangem mesmo táticas de batalha.
Em linhas gerais é o seguinte : Celtas do período Hallstatt são espadachins por excelência e não dão muita bola as demais tipos de armas, posteriormente no período La Téne vemos por etapas o domínio da arte da montaria para fins de batalha onde o uso da espada é aprimorada e ao longo disto adoção de outras tipos de armas de origem cultural diversa (celtibérios usam, por exemplo, em profusão lanças)
Ao final do Hallstatt vemos celtas conduzindo bigas sozinhos e nela armados basicamente de espada, posteriormente com aprimoramento e adoção de táticas de culturas alheias eles usam bigas em dupla (representa dizer cavalos mais fortes e bigas com ''designer'' de eixo de roda mais aprimorado) e mesmo até portando lanças como armas. (curiosamente arco e flecha é que surge como algo totalmente atípico)
De toda maneira geral já ao tempo da Batalha de Telamon o uso da biga se revelou um desastre o que leva a crer na minha modesta opinião que o uso dela como recurso de guerra foi tão breve quanto desastroso.
Já li alhures a respeito desta referencia de Políbio a Batalha de Telamon, porém, confesso não li o que o mesmo teria dito e sim tão somente menções de terceiros a ele.
No caso Políbio fala de uma batalha travada entre os Romanos e invasores gauleses em 225 a. C, representa dizer principalmente tribos Ínsubres e os Bóios que viviam a longa data estabelecidas no Norte de Itália e eram oriundos da citada ''Gália Transalpina'' (remonta o primeiro conflito que resultou na invasão de Brennus a Roma) - Já sofrem estas tribos um forte processo de aculturamento que redunda em abandono de certos usos e costumes que abrangem mesmo táticas de batalha.
Em linhas gerais é o seguinte : Celtas do período Hallstatt são espadachins por excelência e não dão muita bola as demais tipos de armas, posteriormente no período La Téne vemos por etapas o domínio da arte da montaria para fins de batalha onde o uso da espada é aprimorada e ao longo disto adoção de outras tipos de armas de origem cultural diversa (celtibérios usam, por exemplo, em profusão lanças)
Ao final do Hallstatt vemos celtas conduzindo bigas sozinhos e nela armados basicamente de espada, posteriormente com aprimoramento e adoção de táticas de culturas alheias eles usam bigas em dupla (representa dizer cavalos mais fortes e bigas com ''designer'' de eixo de roda mais aprimorado) e mesmo até portando lanças como armas. (curiosamente arco e flecha é que surge como algo totalmente atípico)
De toda maneira geral já ao tempo da Batalha de Telamon o uso da biga se revelou um desastre o que leva a crer na minha modesta opinião que o uso dela como recurso de guerra foi tão breve quanto desastroso.
Legolas- Mensagens : 348
Re: Armas
Pilum II
Ainda que concorde contigo que o alcance de um pilum fosse ridículo comparado ao arco e a funda, a logica do pilum é o arremesso, como vc mesmo diz. Nada a ver com as lanças gigantes dos gregos (sarissa macedonia e pike germana incluidas). Inclusive a logica do pilum era atrapalhar o oponente faze-lo se livrar do escudo, o que facilitaria sobremaneira colar nela e usar o gladio, este sim a principal arma do romano como o espadão era do celta. Com lança grega vc fura e retira do corpo do inimigo para fura de novo. O pilum vc arremessa, ele depois se dobre ou se parte para nao ser reutilizado. Não se estoca com um pilum.Não creio que dava para fazer uma chuva de pilum para amaciar o inimigo já de longe por virtude de ser esta uma arma de uso para combate de curta distância servindo mais para estocar do que arremesso (mal chegava a 10 metros de distancia se muito)
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Coesao II
O escudo do grego é circular e obriga as pessoas a se apinharem lado a lado. O escudo romano e o celta são mais altos que largos e abraçam seu único usuário.
Tais escudos obrigam um corpo a corpo diferente. No caso romano e celta a formação se abre e os inimigos momentaneamente se interpenetram escolhem seus pares para a dança da morte. O celta num roquinho dançante porque tem espadão e e romano num forro ou tango caliente porque tem espadinha.
O escudo do grego é circular e obriga as pessoas a se apinharem lado a lado. O escudo romano e o celta são mais altos que largos e abraçam seu único usuário.
Tais escudos obrigam um corpo a corpo diferente. No caso romano e celta a formação se abre e os inimigos momentaneamente se interpenetram escolhem seus pares para a dança da morte. O celta num roquinho dançante porque tem espadão e e romano num forro ou tango caliente porque tem espadinha.
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Coesão III
De longe as linhas gregas são isso mesmo LINHAS, os romanos se dispõem em tabuleiro com punhados de homens (daí a palavra manipulo com mais ou menos 250 homens cada) se dispondo em tabuleiro (daí a palavra quincux). Os celtas não romanizadas preferem ordem aberta (isto é ordem nenhuma) vem como um formigueiro para cima de ti.
De longe as linhas gregas são isso mesmo LINHAS, os romanos se dispõem em tabuleiro com punhados de homens (daí a palavra manipulo com mais ou menos 250 homens cada) se dispondo em tabuleiro (daí a palavra quincux). Os celtas não romanizadas preferem ordem aberta (isto é ordem nenhuma) vem como um formigueiro para cima de ti.
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Era de ouro das bigas
Foi mais ou menos de XVI aC até X aC no Oriente médio. Não usavam dardos e sim arcos. Mas foi só aparecer infantarias mais disciplinadas e cavalos maiores capazes de suportar um homem e a coisa foi declarada obsoleta e quem insistiu em continuar usando (persas e hindus) se ferraram.
Nas Ilhas britânicas não tendo raças maiores de cavalos (como vc mesmo me explicou) e continuando com infantarias sem formação definida as bigas continuaram não tão obsoletas e continuaram a ser usadas pelo menos até seculo IdC na Britânia. Não sei sobre Irlanda.
Foi mais ou menos de XVI aC até X aC no Oriente médio. Não usavam dardos e sim arcos. Mas foi só aparecer infantarias mais disciplinadas e cavalos maiores capazes de suportar um homem e a coisa foi declarada obsoleta e quem insistiu em continuar usando (persas e hindus) se ferraram.
Nas Ilhas britânicas não tendo raças maiores de cavalos (como vc mesmo me explicou) e continuando com infantarias sem formação definida as bigas continuaram não tão obsoletas e continuaram a ser usadas pelo menos até seculo IdC na Britânia. Não sei sobre Irlanda.
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
O nascimento da preferência por arcos no país de Gales atual eu não entendo mesmo.
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Vou caçar a descrição da batalha de Telamon pelo Polibio, concordo com você que celtas cisalpinos poderiam já ter táticas não tipicamente celtas.
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Por enquanto o que consegui:
Descrições clássicas:
História de Políbio [século II aC].
Observação. As três passagens a seguir descrevem a Batalha de Telamon na Etrúria (norte da Itália), que ocorreu em 225 AC.
Parágrafo 2.28.3-I0. OS CELTAS POSICIONARAM OS GAESATAE 'Lanceiros dos Alpes para enfrentar Aemilius na retaguarda, e atrás deles estavam os Insubres. Na sua frente colocaram os Taurisci e os CisaIpine Boii para enfrentar os romanos. Eles colocaram suas carroças e carruagens nas bordas de ambas as alas, com o saque em uma das colinas perto da estrada sob guarda. Assim, o exército celta tinha duas faces. Sua maneira de organizar suas forças foi eficaz e também projetada para inspirar medo em seus inimigos. Os Insubres e Boii estavam vestidos com calças e mantos leves, mas os Caesatae, por vaidade e ousadia, tiraram as roupas e saíram nus para a frente do exército, não tendo nada além de suas armas. Eles acreditavam que, como o chão estava coberto de arbustos que poderiam prender suas roupas e dificultar o uso de suas armas, seriam mais eficazes dessa forma.
Parágrafos 29.5-9. Mas os romanos, embora satisfeitos por terem encurralado o inimigo entre dois dos seus próprios exércitos, ficaram muito perturbados pelos ornamentos e pelo barulho da batalha dos celtas. Pois havia entre eles inúmeras buzinas e trombetas que eram tocadas simultaneamente por todas as partes do exército . O som era tão alto e penetrante que o clamor não parecia vir de trombetas e vozes humanas, mas de todo o campo ao mesmo tempo. Também aterrorizante foi o aparecimento e as rápidas manobras dos guerreiros nus à frente, homens no auge de sua força e magnificência. E todos os guerreiros da frente usavam torques e pulseiras. Todas essas visões aterrorizaram os romanos, mas a esperança de vitória os encorajou a se esforçarem ainda mais na batalha.
Diodoro Sículo [c. 60-30 AC]
¶ 28. Os gauleses são muito altos, com pele branca e cabelos loiros, não apenas loiros por natureza, mas ainda mais pelos meios artificiais que usam para clarear os cabelos. Pois lavam continuamente os cabelos numa solução de cal, penteando-os da testa até a nuca. Este processo faz com que se assemelhem a Sátiros e Panelas, já que este tratamento torna o cabelo espesso como a crina de um cavalo. Alguns raspam a barba enquanto outros permitem um crescimento curto, mas os nobres raspam as bochechas e permitem que o bigode cresça até cobrir a boca. O resultado é que seus bigodes se misturam à comida enquanto comem, mas servem como uma espécie de coador quando bebem. Eles não se sentam em cadeiras quando jantam, mas sentam-se no chão usando peles de lobo ou de corça. Durante as refeições são servidos por adolescentes, homens e mulheres. Perto estão lareiras acesas e caldeirões com espetos de carne. Eles homenageiam os bravos guerreiros com a porção mais seleta, assim como Homero diz que os chefes honraram Ajax quando ele retornou depois de derrotar Heitor em um combate individual. Eles também convidam estranhos para suas festas, perguntando sobre sua identidade e negócios somente após a refeição. Durante as festas, é costume deles serem provocados por comentários ociosos em disputas acaloradas, seguidas de desafios e combates individuais até a morte. Eles não temem a morte, mas subscrevem a doutrina de Pitágoras de que o espírito humano é imortal e entrará num novo corpo após um determinado número de anos. Por esta razão, alguns lançam cartas aos seus familiares em piras funerárias, acreditando que os mortos poderão lê-las.
¶ 29. Tanto nas viagens como nas batalhas, os gauleses usam carruagens de dois cavalos que transportam tanto o guerreiro como o cocheiro . Quando eles encontram a cavalaria em batalha, eles primeiro arremessam suas lanças e depois descem da carruagem para lutar com espadas. Alguns deles pensam tão pouco na morte que lutam vestindo apenas uma tanga , sem qualquer tipo de armadura. Eles usam homens livres das classes mais pobres como cocheiros e escudeiros em batalha. Quando dois exércitos são convocados para a batalha, é costume deles colocarem-se diante da linha de frente e desafiar o melhor de seus oponentes para um combate individual, enquanto brandem suas armas à sua frente para intimidar o inimigo. Quando um oponente aceita seu desafio, eles recitam os feitos corajosos de seus ancestrais e de si mesmos, ao mesmo tempo zombando do inimigo e tentando roubar-lhe seu espírito de luta. Eles decapitam seus inimigos mortos e prendem as cabeças no pescoço de seus cavalos. O espólio encharcado de sangue eles entregam aos seus assistentes, enquanto cantam uma canção de vitória. Os melhores despojos eles pregam nas paredes de suas casas, assim como troféus de caça de feras selvagens. Eles preservam as cabeças de seus inimigos mais ilustres em óleo de cedro e as guardam cuidadosamente em baús. Eles os exibem com orgulho aos visitantes, dizendo que por esse chefe um de seus ancestrais, ou seu pai, ou ele mesmo recusou uma grande oferta de dinheiro. Diz-se que alguns proprietários orgulhosos não aceitaram por cabeça um peso igual em ouro, uma espécie bárbara de magnanimidade. Pois vender a prova do próprio valor é ignóbil, mas continuar a hostilidade contra os mortos é bestial.
¶ 30. Os gauleses usam roupas deslumbrantes, camisas tingidas em várias cores e calças que chamam de bracae . Também usam mantos listrados com padrão xadrez , grossos no inverno e finos no verão, presos com fecho. Eles usam escudos exclusivamente decorados, da altura de um homem, em batalha, alguns com animais de bronze projetados de excelente acabamento. Estas figuras de animais servem tanto para fins defensivos como decorativos. Seus elmos apresentam grandes figuras no topo - chifres que formam uma única peça com o elmo , ou cabeças de pássaros e animais quadrúpedes - que dão uma aparência de maior altura ao guerreiro. Suas trombetas também são de um tipo peculiar e bárbaro, que produzem um som áspero e reverberante, adequado à confusão da batalha . Alguns usam couraças de ferro em batalha, enquanto outros lutam nus, confiando apenas na proteção que a natureza oferece. Eles não usam espadas curtas, mas preferem uma variedade mais longa, que são penduradas no lado direito por correntes de ferro ou bronze. Alguns usam cintos folheados a ouro ou prata em volta das túnicas. Suas lanças, chamadas lanciae , têm pontas de ferro com um côvado ou mais de comprimento e pouco menos de dois palmos de largura. Suas espadas são tão longas quanto as lanças de outros povos, e suas lanças têm pontas mais longas que as espadas de outros povos. Algumas das lanças têm pontas retas, mas outras são torcidas em todo o seu comprimento, de modo que um golpe não apenas corta, mas mutila a carne e a retirada abre a ferida.
Estrabão [64/63 aC - pelo menos 21 dC] Geografia
¶ 4.4.3 Destes dizem que os belgas são os melhores; eles estão divididos em 15 tribos e vivem ao longo do oceano entre o Reno e o Loire, de modo que só eles resistiram às incursões dos Germanos - os Cimbros e os Teutões. Entre os próprios belgas, diz-se que os melhores são os Bellovaci e, depois deles, os Suessiones. Da sua populosidade, o seguinte é uma indicação: dizem que o número de belgas de antigamente que podiam portar armas ascendia a cerca de trezentos mil. Já dei a população dos Elvettii [=Helvetii] e dos Arverni e seus aliados, destes factos fica claro o tamanho da população, bem como (como afirmei acima) a excelência das mulheres em gerar e criar filhos. Usam sagi , deixam os cabelos crescerem e usam calças justas, e em vez das túnicas normais usam fendas que têm mangas e se estendem até as partes íntimas e as nádegas. A lã com a qual tecem o grosso sagi (que chamam de lainai ) é grosseira e peluda, mas os romanos, nas regiões mais setentrionais, criam rebanhos de ovelhas, vestidas de peles, com lã bastante fina. O equipamento de guerra corresponde em tamanho ao tamanho de seus corpos: uma espada longa, pendurada no lado direito, e um escudo oblongo e lanças proporcionais, e um madaris , uma espécie de dardo leve. Alguns também usam arcos e fundas. Há também uma certa arma de madeira, como um grosphos , lançada à mão e não com uma tira, e que tem um alcance maior que as flechas; estes eles usam principalmente para caçar aves. Até hoje muitos deles dormem no chão e comem sentados em camas de palha. A maior parte de sua alimentação vem do leite e de todos os tipos de carnes, principalmente de porco, tanto frescas quanto salgadas. Seus porcos vivem ao ar livre, destacando-se em altura, força e velocidade; na verdade, é perigoso para uma pessoa inexperiente aproximar-se deles, como é para um lobo. Têm casas feitas de vigas e vime, grandes e com telhado cônico sobre o qual jogam muita palha. Seus rebanhos de ovelhas e suínos são tão abundantes que fornecem uma abundância de sageu e carne em conserva não apenas para Roma, mas também para a maior parte da Itália. A maioria das suas tribos eram aristocráticas, mas antigamente elegiam um líder por ano, tal como um general era escolhido pela população para a guerra. Agora, porém, eles obedecem às ordens dos romanos na maior parte do tempo. Nas assembleias eles têm uma prática peculiar: se alguém perturbar o interlocutor e interrompê-lo, um oficial, aproximando-se dele com a espada desembainhada, ordena-lhe que se cale com uma ameaça, e se ele não cessar, o faz por um segundo e uma terceira vez e finalmente corta o 'sagus' do homem o suficiente para torná-lo inútil para o futuro. No que diz respeito aos homens e às mulheres e ao facto de trocarem trabalho de forma oposta à nossa, isso também é comum entre muitos outros povos bárbaros.
Extratos são de The Celtic Heroic Age , de JT Koch e J. Carey, 1997
Descrições clássicas:
História de Políbio [século II aC].
Observação. As três passagens a seguir descrevem a Batalha de Telamon na Etrúria (norte da Itália), que ocorreu em 225 AC.
Parágrafo 2.28.3-I0. OS CELTAS POSICIONARAM OS GAESATAE 'Lanceiros dos Alpes para enfrentar Aemilius na retaguarda, e atrás deles estavam os Insubres. Na sua frente colocaram os Taurisci e os CisaIpine Boii para enfrentar os romanos. Eles colocaram suas carroças e carruagens nas bordas de ambas as alas, com o saque em uma das colinas perto da estrada sob guarda. Assim, o exército celta tinha duas faces. Sua maneira de organizar suas forças foi eficaz e também projetada para inspirar medo em seus inimigos. Os Insubres e Boii estavam vestidos com calças e mantos leves, mas os Caesatae, por vaidade e ousadia, tiraram as roupas e saíram nus para a frente do exército, não tendo nada além de suas armas. Eles acreditavam que, como o chão estava coberto de arbustos que poderiam prender suas roupas e dificultar o uso de suas armas, seriam mais eficazes dessa forma.
Parágrafos 29.5-9. Mas os romanos, embora satisfeitos por terem encurralado o inimigo entre dois dos seus próprios exércitos, ficaram muito perturbados pelos ornamentos e pelo barulho da batalha dos celtas. Pois havia entre eles inúmeras buzinas e trombetas que eram tocadas simultaneamente por todas as partes do exército . O som era tão alto e penetrante que o clamor não parecia vir de trombetas e vozes humanas, mas de todo o campo ao mesmo tempo. Também aterrorizante foi o aparecimento e as rápidas manobras dos guerreiros nus à frente, homens no auge de sua força e magnificência. E todos os guerreiros da frente usavam torques e pulseiras. Todas essas visões aterrorizaram os romanos, mas a esperança de vitória os encorajou a se esforçarem ainda mais na batalha.
Diodoro Sículo [c. 60-30 AC]
¶ 28. Os gauleses são muito altos, com pele branca e cabelos loiros, não apenas loiros por natureza, mas ainda mais pelos meios artificiais que usam para clarear os cabelos. Pois lavam continuamente os cabelos numa solução de cal, penteando-os da testa até a nuca. Este processo faz com que se assemelhem a Sátiros e Panelas, já que este tratamento torna o cabelo espesso como a crina de um cavalo. Alguns raspam a barba enquanto outros permitem um crescimento curto, mas os nobres raspam as bochechas e permitem que o bigode cresça até cobrir a boca. O resultado é que seus bigodes se misturam à comida enquanto comem, mas servem como uma espécie de coador quando bebem. Eles não se sentam em cadeiras quando jantam, mas sentam-se no chão usando peles de lobo ou de corça. Durante as refeições são servidos por adolescentes, homens e mulheres. Perto estão lareiras acesas e caldeirões com espetos de carne. Eles homenageiam os bravos guerreiros com a porção mais seleta, assim como Homero diz que os chefes honraram Ajax quando ele retornou depois de derrotar Heitor em um combate individual. Eles também convidam estranhos para suas festas, perguntando sobre sua identidade e negócios somente após a refeição. Durante as festas, é costume deles serem provocados por comentários ociosos em disputas acaloradas, seguidas de desafios e combates individuais até a morte. Eles não temem a morte, mas subscrevem a doutrina de Pitágoras de que o espírito humano é imortal e entrará num novo corpo após um determinado número de anos. Por esta razão, alguns lançam cartas aos seus familiares em piras funerárias, acreditando que os mortos poderão lê-las.
¶ 29. Tanto nas viagens como nas batalhas, os gauleses usam carruagens de dois cavalos que transportam tanto o guerreiro como o cocheiro . Quando eles encontram a cavalaria em batalha, eles primeiro arremessam suas lanças e depois descem da carruagem para lutar com espadas. Alguns deles pensam tão pouco na morte que lutam vestindo apenas uma tanga , sem qualquer tipo de armadura. Eles usam homens livres das classes mais pobres como cocheiros e escudeiros em batalha. Quando dois exércitos são convocados para a batalha, é costume deles colocarem-se diante da linha de frente e desafiar o melhor de seus oponentes para um combate individual, enquanto brandem suas armas à sua frente para intimidar o inimigo. Quando um oponente aceita seu desafio, eles recitam os feitos corajosos de seus ancestrais e de si mesmos, ao mesmo tempo zombando do inimigo e tentando roubar-lhe seu espírito de luta. Eles decapitam seus inimigos mortos e prendem as cabeças no pescoço de seus cavalos. O espólio encharcado de sangue eles entregam aos seus assistentes, enquanto cantam uma canção de vitória. Os melhores despojos eles pregam nas paredes de suas casas, assim como troféus de caça de feras selvagens. Eles preservam as cabeças de seus inimigos mais ilustres em óleo de cedro e as guardam cuidadosamente em baús. Eles os exibem com orgulho aos visitantes, dizendo que por esse chefe um de seus ancestrais, ou seu pai, ou ele mesmo recusou uma grande oferta de dinheiro. Diz-se que alguns proprietários orgulhosos não aceitaram por cabeça um peso igual em ouro, uma espécie bárbara de magnanimidade. Pois vender a prova do próprio valor é ignóbil, mas continuar a hostilidade contra os mortos é bestial.
¶ 30. Os gauleses usam roupas deslumbrantes, camisas tingidas em várias cores e calças que chamam de bracae . Também usam mantos listrados com padrão xadrez , grossos no inverno e finos no verão, presos com fecho. Eles usam escudos exclusivamente decorados, da altura de um homem, em batalha, alguns com animais de bronze projetados de excelente acabamento. Estas figuras de animais servem tanto para fins defensivos como decorativos. Seus elmos apresentam grandes figuras no topo - chifres que formam uma única peça com o elmo , ou cabeças de pássaros e animais quadrúpedes - que dão uma aparência de maior altura ao guerreiro. Suas trombetas também são de um tipo peculiar e bárbaro, que produzem um som áspero e reverberante, adequado à confusão da batalha . Alguns usam couraças de ferro em batalha, enquanto outros lutam nus, confiando apenas na proteção que a natureza oferece. Eles não usam espadas curtas, mas preferem uma variedade mais longa, que são penduradas no lado direito por correntes de ferro ou bronze. Alguns usam cintos folheados a ouro ou prata em volta das túnicas. Suas lanças, chamadas lanciae , têm pontas de ferro com um côvado ou mais de comprimento e pouco menos de dois palmos de largura. Suas espadas são tão longas quanto as lanças de outros povos, e suas lanças têm pontas mais longas que as espadas de outros povos. Algumas das lanças têm pontas retas, mas outras são torcidas em todo o seu comprimento, de modo que um golpe não apenas corta, mas mutila a carne e a retirada abre a ferida.
Estrabão [64/63 aC - pelo menos 21 dC] Geografia
¶ 4.4.3 Destes dizem que os belgas são os melhores; eles estão divididos em 15 tribos e vivem ao longo do oceano entre o Reno e o Loire, de modo que só eles resistiram às incursões dos Germanos - os Cimbros e os Teutões. Entre os próprios belgas, diz-se que os melhores são os Bellovaci e, depois deles, os Suessiones. Da sua populosidade, o seguinte é uma indicação: dizem que o número de belgas de antigamente que podiam portar armas ascendia a cerca de trezentos mil. Já dei a população dos Elvettii [=Helvetii] e dos Arverni e seus aliados, destes factos fica claro o tamanho da população, bem como (como afirmei acima) a excelência das mulheres em gerar e criar filhos. Usam sagi , deixam os cabelos crescerem e usam calças justas, e em vez das túnicas normais usam fendas que têm mangas e se estendem até as partes íntimas e as nádegas. A lã com a qual tecem o grosso sagi (que chamam de lainai ) é grosseira e peluda, mas os romanos, nas regiões mais setentrionais, criam rebanhos de ovelhas, vestidas de peles, com lã bastante fina. O equipamento de guerra corresponde em tamanho ao tamanho de seus corpos: uma espada longa, pendurada no lado direito, e um escudo oblongo e lanças proporcionais, e um madaris , uma espécie de dardo leve. Alguns também usam arcos e fundas. Há também uma certa arma de madeira, como um grosphos , lançada à mão e não com uma tira, e que tem um alcance maior que as flechas; estes eles usam principalmente para caçar aves. Até hoje muitos deles dormem no chão e comem sentados em camas de palha. A maior parte de sua alimentação vem do leite e de todos os tipos de carnes, principalmente de porco, tanto frescas quanto salgadas. Seus porcos vivem ao ar livre, destacando-se em altura, força e velocidade; na verdade, é perigoso para uma pessoa inexperiente aproximar-se deles, como é para um lobo. Têm casas feitas de vigas e vime, grandes e com telhado cônico sobre o qual jogam muita palha. Seus rebanhos de ovelhas e suínos são tão abundantes que fornecem uma abundância de sageu e carne em conserva não apenas para Roma, mas também para a maior parte da Itália. A maioria das suas tribos eram aristocráticas, mas antigamente elegiam um líder por ano, tal como um general era escolhido pela população para a guerra. Agora, porém, eles obedecem às ordens dos romanos na maior parte do tempo. Nas assembleias eles têm uma prática peculiar: se alguém perturbar o interlocutor e interrompê-lo, um oficial, aproximando-se dele com a espada desembainhada, ordena-lhe que se cale com uma ameaça, e se ele não cessar, o faz por um segundo e uma terceira vez e finalmente corta o 'sagus' do homem o suficiente para torná-lo inútil para o futuro. No que diz respeito aos homens e às mulheres e ao facto de trocarem trabalho de forma oposta à nossa, isso também é comum entre muitos outros povos bárbaros.
Extratos são de The Celtic Heroic Age , de JT Koch e J. Carey, 1997
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Mas menos cerrada que a grega, o desenho do escudo romano abraça o seu único usuário, o hoplon grego protege dois semicorpos de dois gregos. O hoplon obriga coesão, o scutum não.sempre lutando em formação bastante cerrada
Sir Galahad- Mensagens : 513
Re: Armas
Os celtas em batalha não eram uma turba, mas se organizavam em regimentos, tanto que portavam estandartes, o que seria incompatível com um bando lutando de forma desordenada
Os regimentos eram chamados de kaer, mesmo nomes do acampamento fortificado que albergava cada regimento separadamente. Daí Karduel, KarKolim etc
Os regimentos eram chamados de kaer, mesmo nomes do acampamento fortificado que albergava cada regimento separadamente. Daí Karduel, KarKolim etc
Sir Galahad- Mensagens : 513
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