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Como se tornar um Médium Espírita, PASSO A PASSO!!!

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Mensagem por Alquimista 16/2/2017, 01:07

Desmascarando categoricamente o grande CIRCO das cartas psicografadas, PASSO A PASSO:

Fonte consultada: Livro Por Tras do Veu de Isis de Marcel Souto Maior.
http://bvespirita.com/Por%20Tras%20do%20Veu%20de%20Isis%20(Marcel%20Souto%20Maior).pdf
(Selecionei apenas os trechos mais importantes!)

(Fiquem bem atento aos detalhes para entenderem como funciona a TRAMÓIA!!!!)

Noite de sexta-feira, 19 de março de 2004. Centro Espírita Aurélio Agostinho, Uberaba. O médium Celso de Almeida Afonso, 63 anos, pai de três filhos, avô de oito netos, vai passar para o papel mensagens dos mortos para suas famílias.
Durante o dia, ele trabalha como ourives numa loja acanhada no centro da cidade. A bancada de madeira onde estão as lupas, alicates e outros apetrechos de trabalho é como a de outras oficinas do ramo a não ser por um detalhe: a profusão de fotos de jovens e crianças e as imagens de Chico Xavier e de Jesus Cristo penduradas numa das paredes ao fundo.

Hoje, 21 anos depois de sua “iniciação”, mais de 150 pessoas aguardam o momento em que Celso vai tomar seu lugar na cabeceira da mesa do centro espírita. O ritual, que acontece nas noites de segunda e sexta-feira, vai se repetir mais uma vez: como Chico, Celso vai fechar os olhos, equilibrar o lápis sobre o papel e preencher páginas e mais páginas em branco, em velocidade vertiginosa, com cartas vindas de outras dimensões.
Ao meu lado, num banco nos fundos do salão, está Juraci Cristina Quirino Chaves, dona de casa, 49 anos. Mãe de dois meninos, ela hoje não tem filho nenhum. O primeiro, Felipe, morreu de câncer aos dezesseis anos em 1998. O segundo, Daniel, 25 anos, foi sequestrado e morto a tiros há dezoito dias em São Paulo.

A sessão começa às 19h25 com um Pai-Nosso coletivo. Em cada banco, histórias de perda e de sofrimento. De Campina Grande, interior de São Paulo, veio um casal de jovens pais atormentados pela mesma dor: a morte das duas filhas — uma menina de catorze anos e outra de oito — num acidente de carro há sete meses. O pai, Nelson, estava ao volante.
Ao lado deles está Sueli Ranieri, outra mãe movida pela tragédia: a morte do filho de dezenove anos, Roberto Ranieri Costa, o Beto, em acidente de carro no condomínio de luxo no litoral de São Paulo onde á família tinha acabado de construir uma casa.

Enquanto os primeiros palestrantes discursam, Celso vive — numa saleta nos fundos do salão, à esquerda — o que considera o momento mais difícil da noite. Ao seu lado, está a mulher Silvinha, com quem é casado há quarenta anos, e um dos netos, Gustavo, de quinze anos. Diante deles, uma pilha de fichas, mais de cinquenta, preenchidas pelos parentes em busca das mensagens dos entes queridos.
As fichas seguem um modelo padrão. São quatro as informações solicitadas: nome de quem busca a mensagem e nome do morto, as datas de seu nascimento e de sua morte.
Estas informações, segundo Celso, são fundamentais para que os espíritos sejam localizados no plano espiritual pela equipe de mentores.
— Espírito não tem varinha mágica — ele explica.

E é ali, na saleta dos fundos, que, segundo o médium, a “espiritualidade” o conecta.
— Os mentores vão fazendo a ligação dos espíritos comigo.
Naquele instante, durante as “ligações”, o ambiente é tomado por fragrâncias de perfume, odores nauseantes. Um clima de tristeza e de mal-estar às vezes invade o lugar.
“Conectado”, Celso passa, então, a separar as fichas (em média, seis por noite) escolhidas pela “espiritualidade”. Às vezes são cem pedidos empilhados numa sessão.
Com a mão esquerda — movida por uma “força invisível” —, ele retira do maço as fichas descartadas. A mão direita separa as fichas dos poucos escolhidos da noite para a comunicação.
A seleção, Celso diz, não depende dele.
Às mães desesperadas por uma mensagem do além, ele costuma pedir:
— Reza, porque prece de mãe arromba a porta do céu e a minha não vai até o telhado.
Ao meu lado, no salão, Juraci consulta o relógio.
Já são quase oito da noite quando Celso toma seu lugar à mesa, tira os óculos e fecha os olhos. Vai começar.

A mão de Celso desliza sobre o papel e Juraci continua a falar.
— Eu preciso desta mensagem muito mais do que admito para mim mesma.
Agora ela negocia com Deus — ou com Daniel.
Em hipótese alguma vou duvidar do teor destas mensagens.
Já são mais de nove da noite e Celso continua a psicografar sem pausas, a jato com a mão esquerda sobre os olhos e o conforto de um apoio de espuma sob o cotovelo. Cada maço de páginas preenchidas a lápis corresponde a um remetente.
Já são quatro as pilhas dispostas lado a lado sobre a mesa.

Uma regra básica (além do preenchimento das fichas antes da sessão) deve ser seguida pelos interessados em receber notícias do além: os pais (ou algum parente próximo) precisam estar presentes à sessão.

Agora já são seis as pilhas de mensagens sobre a mesa.
— A comunicação dos nossos famíliares é a voz das trombetas — ele define.
Juraci, ao meu lado, se lembra de uma conversa que teve na casa de Celso de Almeida Afonso. Ela e as amigas estiveram lá e na oficina onde Celso e Cezar trabalham, de segunda a sexta-feira, em horário comercial.
No último encontro com as mães, pela manhã, Cezar anunciou entusiasmado: “Hoje tem marmelada, hoje tem goiabada...”.
A noite, segundo ele, traria belas surpresas para todas.
Foi o terceiro encontro destas mães com o médium antes da sessão daquela noite. As longas conversas foram marcadas por saudade e lembranças dos filhos.
— Só de chegar em Uberaba e ser recebida por ele, eu já tô muito mais serena — Juraci afirma.

Juraci continua em silêncio, atenta à leitura. E vem a quarta mensagem.
Desta vez a destinatária é Sueli Ranieri Costa, a mãe do jovem acidentado no condomínio de São Paulo. Foi ela — amiga de Celso e Cezar — quem levou ao centro Juraci e os pais das meninas mortas no acidente de carro.
Na carta, a terceira do filho para a mãe psicografada por Celso, o jovem faz uma revelação sobre o seu dia-a-dia na “esfera espiritual”: está namorando uma jovem chamada Stephanie e está muito feliz.
Sueli chora... Esta já é a décima sétima comunicação do jovem desde o dia de sua morte.
Juraci acompanha o ritual em absoluto silêncio. E chegou a hora.
As mensagens, a seguir, foram transcritas na íntegra, sem correções.

''Mãezinha Juraci,
Sou eu, o Felipe. Tenho aqui em uma das mãos algumas flores que desejo colocar em seu coração pedindo a Deus para que sejam elas a paz que eu e o Daniel desejamos entregar a você.
Dificilmente esqueceremos os dias difíceis em que lutamos para conseguir evitar a morte do meu corpo doente. A cada dia admirava mais a minha mãe e penso que, se sou merecedor do anjo que Deus me permitiu estar junto a ele, recebendo o amparo que recebi o que não me entregou a tanto sofrimento, tudo que você me ofereceu e me oferece eu sei é amor.
O que pode valer um rim doado pela vontade de alguém esperando algum retorno, mas aquilo que você me ofereceu com seu amor de mãe tem valor interminável, não me cobrando nada, não me pedindo nada, não sei o que posso fazer para responder a esse seu amor de mãe, mas tô aqui tal qual o pássaro que não sabe trinar, dando as notas de alegria em sua vida se não retoma ao ninho em que se vê protegido. Quero que você aceite com a máxima fidelidade que faço entregando a você e ao papai Brames a certeza de que o Daniel está bem, mesmo recebendo sedativos que muito tem auxiliado. Vejo no semblante do Daniel a certeza de que ele se vê amparado e pode me escutar pedindo para que ele se mantenha em calma e sem revolta. Se a criatura pode ser tão má, não podemos nos esquecer da bondade de Deus, o que ele oferece para suas criaturas.
Tantas balas penetraram o corpo do Daniel trazendo cada uma a notícia de revolta e ódio, mas não estaremos atirando pedra contra pedra. Deus sabe do que nos é necessário e não nos deixará sem o que nós precisamos da maneira que não deixará a quem cometeu o ato infeliz sem a proteção de pai, que Deus oferece a quem é agredido e a quem agride.
Não se prenda a tantos pensamentos a procura do tipo de dor que o Daniel possa ter passado naquele momento, volto a dizer que ele está bem, digo ainda que estive a pouco junto a ele e o Daniel estava entregue ao sono de paz que ele merece.
Mãe, o vovô José envia benção à filha que ele tanto ama e parabeniza você pela sua coragem.
Nossos beijos à vovó Maria e em todos os nossos.
Assim que puder estarei novamente em nossa casa e quem sabe o Daniel possa me acompanhar. Meu abraço ao papai Brames, com a certeza do meu amor de filho. E a nossa Branca Maria, não esqueça da nossa cachorrinha, nossa amiga.
Beijos e não esqueça dos nossos assuntos de mãe com esse filho que desejo receber todos os dias. Com a certeza de estar recebendo seu amor sempre. Deixo meu coração no seu, para que eu possa permanecer neste céu que pertence a você, mas que nele seu filho tem lugar assegurado.
Felipe Gustavo Quirino Pena Teixeira.''

Já não estou mais ao lado de Juraci para conversar sobre a emoção dela. Acompanho a leitura das mensagens a dois metros da mesa. Celso começa a ler a sexta mensagem da noite e um choro desesperado toma conta dos pais da quinta fila.

''Papai Nelson, Mamãe Vilma...
Para que vocês estejam certos de que estamos bem, antes do início desta escrita eu e a Vanessa disputávamos quem escreveria para vocês. A Vanessa me pedia Carol deixa eu escrever você não vai dar o recado certo [...] e eu insistia: Ora, Vanessa, então você me ajuda, mas é eu que vou escrever, não deu outra: só ouvi de minha irmã, Teimosa, Carol, você é muito teimosa.''

São elas, as meninas mortas no acidente de carro: Vanessa e Caroline.

Quatro dias depois, marco um encontro com Juraci no aeroporto de Congonhas. Estou a caminho de Brasília — para uma sessão de psicografia privada—, mas gostaria de tirar algumas dúvidas com ela sobre a mensagem de sexta-feira.
Pelo telefone, adianto o assunto. Preciso saber quais as evidências sobre a identidade de Felipe encontradas por ela na mensagem psicografada por Celso. Alguns detalhes me impressionaram: o nome da cadela, por exemplo, e as referências aos avós. Estas informações não deveriam constar das fichas de identificação.

A primeira pergunta foi sobre o cachorro citado na mensagem.
— Você falou sobre a Branca Maria com o Celso?
Falei.
Celso também tem um cachorro e, no encontro em sua casa, antes da sessão, ele e Juraci conversaram sobre a paixão pelos animais. Nessa conversa, Juraci falou sobre Branca Maria.
Não tem nada na mensagem que identifique, sem dúvida nenhuma, o Felipe na mensagem do Celso — ela diz.
Depois de um breve silêncio, alisa a mensagem sobre o colo e afirma:
— Mas eu sinto a presença do Felipe aqui. É isto que importa. Esta mensagem é uma pomada, sabe? Uma pomada para aliviar um pouco esta dor.

Pergunto sobre as referências aos avós na mensagem psicografada por Celso. A resposta:
Eu também mencionei estes nomes na conversa. Num dos nossos encontros, Celso me chamou de Juraci Conceição e eu corrigi: “Não tem Conceição no meu nome”. Celso perguntou, então, se minha mãe se chamava Conceição e eu disse: “Não, minha mãe se chama Maria e meu pai se chamava José”.
Juraci toma fôlego e continua.
— Felipe nunca chamou a avó de “avó Maria”. Eles só a chamavam de vó Filhinha, era este o apelido dela.
Depois de urna breve pausa, ela resume sua viagem a Uberaba.
Nós fomos passar o fim-de-semana com o Celso. Esta é a verdade.

Maria Regina Angeiras não tem dúvidas. O filho dela, Luiz Alberto Barbosa Gomes Angeiras, o Beto, assassinado por policiais militares ao lado do melhor amigo, há dez anos, está vivo e feliz.

Ao lado da cama de Maria Regina, uma caixa de madeira guarda lembranças de Beto, fã do poeta Paulo Leminsky e autor de belos poemas, reunidos pelos amigos e pela família em livro póstumo intitulado Idos gemidos, publicado nove meses depois de sua morte — ou, como prefere Maria Regina, de “seu retorno à pátria espiritual”.

''Entre duas pegadas
Há um espaço
Que chamamos passo
Há um espaço
Que pisando em falso
ChamamosQ
               U
               E
               D
               A''

O poema preferido da mãe é outro:

''Tua falta, metade fita
É metade lenda,
Distinta farsa
Tua falta é quase nada
É metade linda
Metade faca
Tua falta, quase tudo
Vento que espalha
Gota, migalha
Impossibilidade''

Quando a saudade fica insuportável, Maria Regina embarca num ônibus no Rio de Janeiro e cruza as estradas rumo a Uberaba. São doze horas de viagem, madrugada adentro, pontuadas por lem branças do filho e por uma enxurrada de lágrimas.
Maria Regina chega de manhã e volta à noite para retomar o trabalho no dia seguinte.
— De dois em dois meses, três meses no máximo, faço esta viagem.

Seis meses depois de “devolver” Beto, Maria Regina e a filha, Arminda, desembarcaram em Uberaba pela primeira vez após o crime. A dor era insuportável. Filha de pais espíritas, Maria Regina precisava receber uma carta do filho. Precisava saber se ele estava bem e em paz.

Estava chegando o momento da sessão.
Maria Regina preencheu a ficha padrão do centro e tomou seu lugar no auditório para viver a mesma ansiedade vivida por centenas de mães a cada semana. Em momento algum, antes da sessão, ela teve qualquer contato com Celso de Almeida Afonso.

A certeza se materializou numa longa mensagem psicografada durante 22 minutos por Celso. Foi a terceira carta da noite. Um marco na vida de Maria Regina.

''Não posso ser Deus, mas gostaria de passar a quem amo a alegria do céu, o direito sobre as fontes...''

A mensagem começou com poesia — mais modesta e bem menos ousada do que a poesia do Beto de carne e osso — e continuou ao longo de 54 páginas, embaladas por detalhes e informações definidas por Maria Regina como evidências.

Este era o Beto de Idos gemidos:

''Morte
Fêmea urgente
Aguarda tua hora,
Inevitável beijo
Acontece
[...]
Morte
Bem-vinda à flor
Que se recusa a viver
Em um copo d’água''

Este é o Beto das mensagens de Celso:

''Esconde o sol nas colinas
Parece ele un garoto fazendo gracinhas
Na tentativa de nos alegrar
[...]
A lua resplandece em beleza
Em meio às estrelas.
Parece ela “mãe”
A olhar por todos os filhos
estrelas queridas do seu amor.''

Beto talvez tenha mudado nos últimos dez anos.
Não importa.
A mãe não tem dúvidas...

Continua...
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Mensagem por Alquimista 16/2/2017, 01:15

Juraci, a mãe de Felipe e Daniel, precisa acreditar. A maior preocupação dela agora é saber onde e como Daniel está. Faz quarenta dias que ele foi assassinado.
Não quero uma mensagem. Quero uma prova.
Passados 26 dias do nosso primeiro encontro, estamos juntos de novo, lado a lado, num avião rumo a Uberaba.
Desta vez, Juraci vai recorrer a Carlos Baccelli e seguir uma estratégia diferente; nada de informações detalhadas sobre as circunstâncias das mortes dos filhos.
Sigilo — este é o nosso acordo
.
O combinado é fornecer a Baccelli apenas os dados básicos: nome e sobrenome do “desencarnado”, datas de nascimento e morte, nome e sobrenome dos pais.
Juraci precisa ter certeza. E a certeza, ela só vai garantir se receber uma mensagem com detalhes nunca revelados ao médium, por ela ou por outra pessoa qualquer.
A sessão no Centro Pedro e Paulo, de Carlos Baccelli, acontece sempre aos sábados e domingos de madrugada. O ideal é chegar às quatro da manhã para garantir um bom lugar na fila de candidatos a receber uma mensagem.
Chegamos à cidade numa sexta-feira, dia de sessão no centro de Celso de Almeida Afonso, e é para lá que vamos juntos à noite. Juraci quer rever o médium, mas não alimenta expectativas em relação a uma mensagem psicografada por ele.
O movimento no centro é intenso. Carros com placas de Goiânia, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo e Sacramento estão estacionados do lado de fora.
O médium está de pé no fim de um corredor externo à direita do salão onde vai psicografar as mensagens. É ali — não percebi na primeira visita — que ele atende, a partir das seis da tarde, as mães e pais em busca de consolo e de notícias dos filhos.

Em pedaços de papel tirados do bolso da camisa. Celso anota, de pé mesmo, algumas informações levantadas durante as conversas. Entro na fila e, em segundos, já estou às voltas com o drama das mães à minha frente.


(Agora prestem atenção como as mães facilmente CONTAM TUDINHO até para estranhos na fila!!!!!!!!!)


Uma delas retira fotos do fundo da bolsa e me mostra imagens de um jovem de cabelos lisos, montado num cavalo com um laço na mão, prestes a capturar um bezerro.
— Este é meu filho.
Era veterinário.
— Foi de repente, ele estava trabalhando, sentiu uma vertigem e caiu. Coração. Ia fazer 25 anos
.

Juraci, que não está ali em busca de mensagens, não resiste à tentação e entra na fila do outro lado do salão.

Juraci senta a meu lado no banco e não consegue disfarçar
— Quem sabe não recebo uma prova hoje?
Quem sabe?
Peço autorização a Celso para participar do momento mais tenso e mais secreto da sessão: a preparação para a psicografia na saleta dos fundos, quando ele — com a ajuda dos “benfeitores” — seleciona as fichas dos espíritos aprovados para a comunicação da noite.
Celso autoriza minha presença — uma honra para poucos no centro. Em geral, ele fica a sós na saleta com a mulher, Silvinha, e o neto Gustavo, as duas únicas testemunhas do processo.
Hoje ficarei no lugar de Silvinha, recém-operada.

Sobre a mesa de madeira, em frente a Celso, está uma pilha com mais de cinquenta fichas preenchidas à mão. Leio uma delas:
NOME: Denise Malta. PEDE NOTÍCIA DO: seu filho Rafael Malta. Data de nascimento: 12/4/1968. Data de óbito: 25/7/1999.
Pais, mães, filhos, viúvos, órfãos — todos pedem mensagens de seus entes queridos. Mais do que mensagens, muitos ali, como Juraci, buscam uma prova irrefutável da sobrevivência do espírito — e do bem-estar dele no outro plano.
Celso fecha os olhos e massageia, com as duas mãos, as laterais da própria testa, os chamados “lobos frontais”.
A seleção dos “remetentes” do além está prestes a começar e eu não consigo evitai uma torcida silenciosa por Juraci.
Quem sabe a prova não vem?
Quem sabe?
De olhos abertos mesmo, Celso inicia a avaliação de cada ficha. No bolso de sua camisa, estão as anotações feitas na fila do corredor lateral. A mão direita parece pesar mais do que o normal enquanto manipula os papéis. Apenas as fichas movidas para o lado direito do maço serão “aprovadas” para comunicação.
Uma ficha, duas, três, quatro — estas são as escolhidas.
— Só quatro — Celso lamenta. — Mas eu acho que vou psicograr umas cinco ou seis esta noite — diz, sem conseguir explicar sua intuição.

— A Juraci não foi selecionada, né? — comento, com a esperança de que ela seja beneficiada durante a sessão.
— Pois é, uma pena. Também fiquei com pena da mãe de um veterinário [a mesma com com quem conversei na fila]. Ela está precisando demais de uma mensagem e não foi escolhida.
Quem sabe elas não estão entre as mensagens extras previstas por Celso, independente das fichas?

Em instantes, Celso já está sentado na cabeceira da mesa, no salão principal. As fichas ficaram na saleta.
São oito da noite em ponto quando ele fecha os olhos e começa a preencher, rapidamente, as páginas em branco.
Eu me sento ao lado de Juraci num banco nos fundos do salão e aviso:
— Sua ficha não foi selecionada.
A decepção é inevitável.
— Mas ele deve psicografar duas outras mensagens além das fichas aprovadas — afirmo.
Quem sabe?

E chega a hora da leitura das mensagens e da enxurrada de nomes e sobrenomes.
Papai Sebastião, Patrícia, Ana Paula, vovô Epaminondas, Pedro, Guilherme, Jomar Dutra de Castro. Estes são os nomes listados apenas na primeira mensagem, endereçada à mamãe Denise. “Mãe, te amo muito, muito, muito, muito.”
Uma das mensagens impressiona pela riqueza de detalhes.
“Mamãe Lucinda”, a noiva Roberta, o irmão Marcelo, a cunhada Cristina, a sobrinha Mariana, o pai Joaquim... Estão todos ali na página lida por Celso, entre trechos emocionantes e misteriosos:

''Eu me vi em festa naquela despedida de solteiro. [...] Não entregaria a eles um sorriso nem diria que consegui perdoá-los.''

Juraci fica impressionada com o texto. Eu concordo com ela: é preciso conversar com a mãe, mais tarde, para saber mais detalhes sobre a comunicação.
Os outros destinatários da noite são quase previsíveis: “mamãe Isis”, “papai Jair Granero” — eles mesmos, os velhos conhecidos de Celso...

E a mensagem destinada a Lucinda e assinada pelo espírito Marcos Paiva? De onde vieram tantos detalhes? Festa de solteiro, noivo saudoso...
Dona Lucinda está cercada de amigas. Ela veio de Santos numa das caravanas, acompanhada pela mãe do veterinário e outras companheiras de luto e de dor.
Nem preciso fazer muitas perguntas para receber todas as respostas possíveis. Como a maior parte dos pais atormentados pela perda de filhos, o que ela quer é falar, contar sua história, lembrar o que não consegue esquecer, dividir com os outros o que não tem forças para suportar sozinha, em silêncio.
Com sotaque português, dona Lucinda conta que o filho, Marcos de Paiva, 27 anos, foi assassinado, após um sequestro-relâmpago, na véspera do casamento, logo depois de participar da festa de despedida de solteiro.
— Os convidados da festa de casamento foram para o velório — ela começa a falar e quase cai no chão atormentada por uma vertigem.
As amigas amparam a mãe.
Parece que foi ontem, mas foi há três anos.
Esta foi a primeira mensagem recebida por ela no centro de Celso de Almeida Afonso. Faço as mesmas perguntas feitas, quarenta anos antes, pela equipe de Paulo Rossi Severino.
Sim. Ela conversou com o médium antes da sessão e deu a ele todas as informações citadas na mensagem daquela noite. Nomes da noiva, do irmão, do avô, estava tudo lá.
Dona Lucinda anotou todos esses dados numa ficha entregue aos médiuns antes das sessões. Segue uma receita recomendada por uma das mães veteranas, frequentadora de Uberaba: o melhor é fornecer aos médiuns o maior número de dados possível para facilitar a comunicação com o espírito.

— Chico Xavier era um só — a mãe explica.

Poucas horas depois, eu e Juraci estaremos juntos de novo no centro de Carlos Baccelli.

Continua...
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Mensagem por Alquimista 16/2/2017, 01:21

Chegamos ao Centro Pedro e Paulo às cinco da manhã em ponto.

No saguão principal do Pedro e Paulo, logo na entrada, está a principal fonte de renda da instituição: o livro. Uma mesa comprida reúne clássicos de Chico e Kardec e obras psicograf por Baccelli, muitas delas polêmicas.
Os visitantes, quase sempre, levam algum exemplar para casa. Muitos vão embora com sacolas repletas de livros.

Filho de pai marceneiro e mãe dona de casa, Baccelli nasceu em Uberaba em 1952, sete anos antes de Chico Xavier se transferir para a cidade. Com dezenove anos, já trabalhava como voluntário no primeiro centro fundado por Chico na cidade, a Comunhão Espírita Cristã. Começou em 1971 a convivência de quase 25 anos entre o então estudante de odontologia e o médium mais respeitado do país. Uma relação que gerou dez livros em parceria.

Quem sabe a prova para Juraci não chega através de Baccelli?
Suas esperanças se reduzem diante da longa fila no centro naquela madrugada. Pais e mães vindos de todo o país esperam a vez de conversar com Baccelli, antes da sessão, numa saleta miúda localizada ao lado do hall de entrada.
É ali, atrás de uma mesa de madeira, que Baccelli atende os candidatos a receber uma mensagem do além
. Estes encontros se sucedem a partir das cinco da manhã, uma hora e meia antes do início da psicografia.
Durante as conversas, quase sempre ligeiras, Baccelli pede mais detalhes aos visitantes sobre seus entes queridos e as circunstâncias da morte. Informações como nomes de avôs e avós são anotadas por ele, muitas vezes, em pequenos pedaços de papel, levados mais tarde até a mesa do salão principal, o palco da psicografia.
Quem organiza a fila é um carteiro aposentado de Uberaba, o seu Paulo, sempre simpático e dedicado. Ele se posiciona em frente à porta da saleta, que se fecha assim que cada visitante entra.
Neste sábado, ele está preocupado com a família que veio de carro de Florianópolis em busca de uma mensagem do filho morto. Foram dezenove horas de viagem.
O pai do jovem está na fila e recebe instruções solidárias do seu Paulo:
— Capricha, hein? Conta tudo pro médium pra você receber sua mensagem
.
O pai entra sozinho na saleta e, para alivio do seu Paulo, fica quase três minutos lá dentro.
Este deve receber a cartinha — prevê o ex-carteiro, agora encarregado da correspondência entre vivos e mortos.
O seu Paulo quase nunca erra.
Juraci está no final da fila, decidida a revelar o menor número de informações possível a Baccelli. Ela quer voltar para São Paulo com uma “prova”.
Mas hoje a decepção é garantida. Às 6h16 em ponto, o seu Paulo avisa:
— Acabou.
Quem está na fila deve voltar no dia seguinte — de preferência mais cedo.

Vai começar a sessão. Os mortos vão falar... e Juraci, mais uma vez, alimenta esperanças.
— Me disseram que, às vezes, nem é preciso conversar com o Baccelli para receber a mensagem. Quem sabe?
Ela entregou ao seu Paulo um papel com os nomes dos filhos e as datas de nascimento e morte deles.
Quem sabe?

Juraci sai do salão para fumar um cigarro — desde a morte do segundo filho, ela retomou o habito abandonado seis anos antes. Meia hora depois, está de volta com uma história para contar.
Conversou com um dos idosos do asilo e ouviu dele um desabafo nada espírita:
— Que reencarnação, que nada. Se eu voltar pra esta vida, eu não aguento não. Deus me livre.

lol! lol!  lol!

Vai começar a leitura das mensagens da manhã.
Nenhuma delas é endereçada a Juraci.
Uma das cartas chama atenção especial pela crise de choro provocada na plateia. Um choro profundo, desesperado, que começa com lágrimas e soluços e termina com berros, gritos de dor e de saudade.

''Querido papai Manoel João, querida mamãe Maria Therezinha,
Esqueçamos o acidente de que fui vítima. Imaturidade aos 23 anos de idade...''

Os avós são citados, com nomes e sobrenomes, entre detalhes sobre as circunstâncias da morte: um acidente de carro.
Quando a sessão termina, aproximo-me da mãe, ainda aos prantos, ao lado do marido contido e tenso.
Demoro a reconhecê-lo.
É o pai de Florianópolis, instruído pelo solidário seu Paulo.
Dona Maria Therezinha não tem nenhuma dúvida: o filho dela está vivo.
O seu Manoel João responde antes que eu tenha tempo de perguntar:
Tudo o que está na mensagem eu contei para o médium lá na sala — ele diz.
Dona Maria Therezinha enxuga as lágrimas.
O filho dela está bem. E é isto que interessa.

— Por que o senhor... digamos... “entrevista”, antes da sessão, os visitantes que vêm aqui em busca de mensagens? Por que são necessárias tantas informações?
Baccelli tem uma resposta pronta:
— O trabalho de psicografia não é só dos espíritos. É do médium também. O médium é parte integrante da equipe espiritual e deve ser o guardião da autenticidade de cada mensagem.
A coleta de informações antes da sessão teria, segundo o médium, as seguintes funções: facilitar a sintonia com os espíritos e preservar o trabalho de qualquer “fraude maledicente”.

lol! lol! lol! lol!
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Como se tornar um Médium Espírita, PASSO A PASSO!!! Empty Re: Como se tornar um Médium Espírita, PASSO A PASSO!!!

Mensagem por Alquimista 16/2/2017, 01:24

— As tias vão nos dar uma carona — avisa Juraci.
Demoro um pouco a identificar nossas guias. As tias são Marlene e Cilene. As sobrinhas, Vanessa e Caroline. As meninas mortas no acidente de carro e psicografadas por Celso de Almeida Afonso na noite em que Juraci e eu nos conhecemos.

Entramos no carro dirigido por Marlene rumo ao próximo destino da nossa viagem: Centro Perseverança, Vila Invernada, São Paulo, capital.
Neste centro, as tias e os pais de Vanessa e Caroline já receberam notícias assinadas pelas meninas. A primeira mensagem surgiu no dia 20 de dezembro de 2003, quase quatro meses depois do acidente, através de uma das médiuns do grupo, Tetê.

Hoje, a caminho do Perseverança, as tias levam as fichas cadastrais das meninas, consultadas nas sessões de psicografia realizadas no centro todas as noites, de segunda a segunda, por uma equipe de médiuns.
Cada ficha exibe a foto do “desencarnado” e reúne as seguintes informações básicas: data de nascimento, data de falecimento, causa da morte, nomes de parentes (Marlene e Cilene estão lá com os devidos sobrenomes) e nomes dos solicitantes (Vilma e Nelson).
Para solicitar uma mensagem é preciso entregar a ficha aos assistentes e esperar pelo fim da sessão conduzida, quase sempre, pela fundadora da instituição, dona Guiomar.

O Centro Perseverança é um complexo gigantesco, bem diferente dos endereços kardecistas — simples e discretos — espalhados pelo Brasil. Ocupa dois quarteirões inteiros e abriga, no salão principal, mais de 4 mil pessoas sentadas, É uma espécie de “Igreja Universal” do Espiritismo, mantida por mais de 5 mil trabalhadores — quase todos uniformizados —, que se reúnem em 62 grupos de oração e ajudam a administrar onze creches para mais de 2 mil crianças da periferia.
Dona Guiomar, 76 anos, velha amiga de Chico Xavier, é a dirigente desse conglomerado e nos recebe, a mim e Juraci, para uma conversa pouco antes da sessão da noite começar.
O guia espiritual da casa, ela diz, é o doutor Bezerra de Menezes, conhecido, quando vivo, como o “médico dos pobres”. Quem estabeleceu a parceria entre o “mentor‟ e ela foi Chico, num encontro em Uberaba em 1964.

Segundo Chico, o psicógrafo deveria praticar muito, intensamente, para se tornar um intermediário fiel e preciso entre os espíritos e o homem. No Perseverança, médiuns se revezam para atender a mães e pais vindos de todo o Brasil.
No terceiro sábado do mês — o “Sábado das Mães” — o trabalho se intensifica e, numa noite, chegam a ser produzidas e distribuídas mais de vinte mensagens, escritas por um grupo de cinco a seis psicógrafos. É uma linha de montagem.

Dois médiuns, Miguel Formiga, o Miguelzinho, e o irmão, Kito, supervisionam o trabalho e seguem uma instrução básica de dona Guiomar: a de não ter o compromisso de comprovar a autenticidade dos textos com informações exibidas como evidências.
Nas mensagens de Caroline e Vanessa, constam apenas os nomes preenchidos nas fichas.

As sessões de psicografia no Perseverança são menos convincentes. Os cadastros sobre os “desencarnados” preenchidos pelas famílias ficam à disposição dos médiuns durante as sessões públicas realizadas no salão principal do Perseverança, e durante as palestras da noite, quase sempre conduzidas por dona Guiomar.
Mais do que palestras, a fundadora do Perseverança apresenta um espetáculo de fé, embalado por música ao vivo e muita cantoria.
Estamos mesmo na Igreja Universal do Espiritismo e eu tenho a certeza disto quando me despeço de dona Guiomar, vou para o salão principal do centro com as “tias” e Juraci e passo a acompanhar a sessão no auditório lotado.
Um dos voluntários uniformizados do centro assume o microfone e convoca, antes da entrada triunfal de dona Guiomar:
— Quem tem a senha para o abraço pode se aproximar.
Que senha para o abraço? Eu e Juraci nos entreolhamos. A explicação vem em seguida:
— Quem tem a senha para o abraço da dona Guiomar pode vir até aqui.
O palco da celebração é um púlpito elevado no centro do salão, sob uma cúpula azulada pintada com a imagem de Cristo. Nesse palco iluminado, está um cartaz gigantesco com a imagem ampliada do até então discreto doutor Bezerra de Menezes, o “médico dos pobres”. Uma imagem que quase desaparece quando dona Guiomar entra em cena, às oito da noite em ponto, assume o microfone e exorta todos a ter fé e força.
— Pai Nosso, que estais no céu — ela puxa a prece e o salão a acompanha em coro.
— Não estamos aqui a passeio não — discursa em seguida.
— A maior pregação não é a palavra. É a atitude.
— Na casa do meu pai há muitas moradas.
— Nós temos em nós o tribunal da nossa consciência.
Estas frases reverberam no salão, multiplicadas pela profusão de caixas de som, enquanto dona Guiomar se dirige a todos como “gente minha”, “minha gente”, “gente nossa”.
— A minha paz eu vos dou. A minha paz, eu vos deixo — ela diz, pouco antes de descer do púlpito e sair escoltada pelos trabalhadores do centro.
Eu não tinha a senha para o abraço, as tias das meninas não conseguiram entregar as fichas para psicografia a tempo e Juraci sai sem entender o que aconteceu.
— O que foi isto?
— É o espetáculo da fé, Juraci.
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Mensagem por Alquimista 16/2/2017, 01:42

Alguns estudos de caso seguido pela explicação:

O médium participante fornece informações precisas de nomes e dados, vou colocar aqui uma das cartas a qual presenciei e a família tinha decidido ir ao evento junto com uma tia. O caso presenciado foi escolhido pois as chances que médium teria seriam mínimas, uma vez que a família não tinha divulgado sua ida ao evento. Detalhe: foram cerca de 800 pessoas ao evento ocorrido em abril em Porto Alegre:

A carta dará uma idéia da capacidade a ser investigada.


Papai teu guri aqui também joga a bola.
Papai Tiago, mamãe Letícia, que Papai do Céu, Nosso Senhor Deus nos dê a força necessária para que vocês possam ter forças e serem fortes também.
Mamãe as manchinhas do meu corpo sumiram. A meningite foi apenas uma desculpa que precisava para me levar embora da Terra. Não culpe a doutora, era minha hora.
Mamãe, fiquei muito feliz em saber da tatuagem que vocês fizeram para mim.
Vó Rosa, minha vovó Vera, minha vovó, que alegria em te ver neste momento. Não caiam em tristezas, não caiam em lágrimas, eu to vivo, brincando muito…
Papai, to fazendo aqui as nossas brincadeiras, a mamãe precisa e necessita da sua força..
Papai tenha mais paciência, nada vai ser como antes.
Mamãe não fala que quer ir embora também comigo.
Lucas e Taci um beijo a vocês, eu te amo!
Vovó Vera eu te amo muito!
Papai e mamãe, vocês sempre serão para mim os meus melhores anjos, não sinto mais nada… sinto só a tristeza que nos invade.
Eu te amo papai, volte a vida mamãe…

do teu menino Matheus MXXXXXXX


Sobre o caso:

O menino Matheus faleceu aos 8 anos de idade devido a uma meningite. O garoto acordou de manha com febre, foi levado até um serviço médico mas a médica não o examinou, apenas prescreveu panos na cabeça e receitou um antitérmico.
A tarde o quadro do menino piorou. No fim do dia começaram a surgir manchas no corpo dele, levaram novamente mas as 22horas do mesmo dia ele faleceu.

Todo os nomes citados na carta conferem perfeitamente, inclusive o apelido da irmã (Taci) que era como ele a chamava.

Essa carta veio a surgir cerca de 8 meses após sua morte, onde a mãe ja tinha tentado suicídio duas vezes.

Em entrevista com a família a carta gerou uma mudança radical na vida deles. A mãe alega não ter dito nem programado a ida a sessão e por isso acredita no teor da mesma. Isso mudou a vida dela, sendo o próprio relato, abandonando a idéia do suicídio e culpabilidade da médica envolvida no caso. Eu cheguei e era uma médica mesmo e não um médico.

Então ''as chances que médium teria seriam mínimas, uma vez que a família não tinha divulgado sua ida ao evento''?????

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK... Isso é irrelevante!!!!!
Mas onde então podemos encontrar a PISTA ESCANCARADA que resolve o caso em questão?????? Ahhhhh, vejam isso:

Essa carta veio a surgir cerca de 8 meses após sua morte, onde a mãe ja tinha tentado suicídio duas vezes.
onde a mãe ja tinha tentado suicídio duas vezes.

ISSO MESMO!!!!!!!!!!
Que familiar gostaria de ver uma mãe que tinha acabado de perder um filho sofrer desse modo, agonizando e não aceitando em hipótese alguma o óbito do filho, chegando inclusive ao ponto de... tentar se matar duas vezes????!!!!!!!!!!
Não!!!!! Nenhum familiar aguentaria ver isso. Essa é a natureza humana, e ela nunca falha!!!
É incomensuravelmente evidente (e colossalmente mais simples) raciocinar que um parente (pode ser um tio(a), irmão(ã), primo(a), marido... ou mais de um em conluio), possivelmente a tal tia que acompanhou, para por um fim no sofrimento (onde todos ganham com isso!), enviou a carta para o médium com TODAS AS INFORMAÇÕES JÁ MASTIGADAS, incluindo o apelido da irmã, causa mortis e até o sexo da médica (que o outro inclusive chegou a visitar o hospital para conferir... hahahahahahahahahaha), tudo para ficar CONVINCENTE!!!! E todas essas informações citadas na carta, é claro, eram de conhecimento dos familiares. Isso é inquestionável!!!
Esse tipo de TRUQUE é conhecido no meio como CARTAS MARCADAS, muito comum nas ''psicografias'' até hoje.

CONCLUSÃO:

''Em entrevista com a família a carta gerou uma mudança radical na vida deles.''
Exatamente!!! Esse era o objetivo da CARTA MARCADA!!!

A mãe alega não ter dito nem programado a ida a sessão e por isso acredita no teor da mesma.
Perfeito!!! Taí uma fortíssima evidência, pois a mão não pretendia ir. Com certeza foi por... INDICAÇÃO, não é mesmo?!

Isso mudou a vida dela, sendo o próprio relato, abandonando a idéia do suicídio e culpabilidade da médica envolvida no caso.''
E a promotoria encerra o caso!!!!

O "aumento das chances de comunicação" vem da crença espirita que os mentores espirituais priorizam ou ajudam os casos mais graves, permitindo um intermédio na comunicação. Um exemplo disso foi o caso que citei, onde a mãe (sem q eu soubesse) ja tinha tentado suicídio. Não sabemos o motivo exato, mas a historia e experiência do nosso dia-a-dia demonstra que casos mais traumáticos tem mais chances de "ser permitido" algum tipo de comunicação.

BULLSHIT no último grau!!!! Os médiuns trabalham com CARTAS MARCADAS. Daí os INGÊNUOS concluírem que os ''espíritos'' priorizam os CASOS MAIS GRAVES. Sacou a lógica incontestável aí????!!!!!!


Como você viu, não tem como um médium obter por leitura fria o tipo de carta citado. Qual a explicação? Não buscamos isso ainda, mas buscamos a certeza de que não há meios normais de obtenção de tal informação.

É INGENUIDADE demais. Por isso esse experimento fajuto não vai dar em nada. Vocês ignoram que, além dos médiuns, conhecidos e familiares (geralmente aquele que acompanha) deveriam também ser investigados!!!!!!!!!!!


Na referida sessão com o menino Matheus, as famílias colocavam o nome do falecido e quem pedia a carta.. No caso a mãe. Surgiu o nome do pai, avó, irmão e irmã.

Tudo MASTIGADO e enviado por algum(ns) familiar(es) que pretendia(m) por um fim logo no sofrimento da mãe do Matheus!!!! C.Q.D.


Um detalhe importante: Os bilhetes somente foram entregues a ele na hora da sessão, mas antes mesmo ele ja tinha perguntando quem seria "vó Vera", dai em seguida falou que o Matheus estava lá.. deu as características dele etc.. Fez isso em outros momentos com outras pessoas e eu não me afastei dele em nenhum momento.

...mas antes mesmo ele ja tinha perguntando quem seria "vó Vera",
HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHA... Acabou de entregar o jogo!!! Mais um caso fajuto resolvido!!!!
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Mensagem por Alquimista 16/2/2017, 01:45

Alguns estudos de caso seguido pela explicação:

Uma informação relevante. O referido médium começou a ser investigado por nós após eu ver o relato de um ateu que recebeu carta da namorada. A carta era muito rica em detalhes e o ateu (hj ex ateu ou pelo menos acredita na sobrevivência da alma) quando foi a sessão apenas pensava: "para eu acreditar que você vai se comunicar, então você vai ter q usar a forma como me tratava".. Na carta ela começou o chamando de "vida", forma como ele o tratava.. Ela forneceu detalhes cruciais, inclusive a lata de coca-cola que ela segurava na mão no momento do acidente. Foi um acidente de moto na ultima copa do mundo.

Esse é mais fácil ainda!!!!!!

Mas primeiro todos aqui devem saber (e concordar) que ninguém gosta de ateus. Ateus são mal vistos na sociedade. São julgados como seres perdidos, infelizes, com um ''vazio na alma''.  hahahahahahahahahaha...
Não é difícil imaginar o sofrimento dos pais (cuja maioria são religiosos) vendo que o filho é ateu. Pior ateu do que ser atoa, não é mesmo?!
Claro que, sejam os pais ou um AMIGO ÍNTIMO RELIGIOSO, o desejo MOR é que um ''milagre'' aconteça afim de ''iluminar'' a vida do ateu, lhe restituindo a ''alegria'' perdida de viver.  Essa é a natureza humana, e (novamente) ela nunca falha!!!!!

Voltando ao caso, onde está a PISTA ÓBVIA????
Ora, no próprio fato de rapaz se dizer um... ateu.  Agora o ALQUIMISTA lhes pergunta??? Por que cargas d`água um ATEU iria atrás da ''alma'' da namorada num centro espírita???????  EVIDENTE que aqui temos uma nova INDICAÇÃO, ou, para os íntimos, uma nova CARTA MARCADA, não é mesmo?!!!!  kkkkkkkkkkkkkkkkk...

Mas nesse caso, a indicação (CARTA MARCADA) veio de quem?????
Já analisamos que o maior desejo do círculo íntimo de um ateu (que na sua  maioria é religiosa) é que aconteça um ''milagre'' forte o bastante que consiga CONVERTER o pobre infeliz.
Mas nesse caso em questão, poderiam ser os pais??? Poderia sim, já que é bastante provável que eles se sentissem incomodados com a falta de crenças do rapaz.
Mas a maior APOSTA do ALQUIMISTA, levando em consideração todos os detalhes mastigados da CARTA MARCADA, como o jeito íntimo que o namorado tratava a falecida, podem estar certos que quem enviou foi a MELHOR AMIGA dela.
A natureza humana nunca falha, e é bem simples imaginar que a rapariga, quando viva, não via com bons olhos a atitude ''ateísta'' do rapaz, ao que deve ter reclamado bastante para a melhor amiga naquele PAPO MARISA (de mulher pra mulher...). A melhor amiga, então, pegando as dores da falecida, teve a ideia ÓBVIA de enviar uma CARTA MARCADA cheia de detalhes íntimos para o médium (claro que ela sabia da latinha de Coca, inclusive). Evidências???

"para eu acreditar que você vai se comunicar, então você vai ter q usar a forma como me tratava"

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA... É muito simples!!!!!  Tava tudo combinado!!! Basta saber ler nas entrelinhas. Claro que ''Q''u''I''lates mentais de sobra são de grande valia.

CONCLUSÃO: a amiga enviou a carta mastigada na esperança de ver o rapaz ''ateu'' abrir seu coração. kkkkkkkkkk...  Possivelmente porque havia pego as dores da falecida, realizando então o último desejo póstumo dela (isso que é amiga!!!!).
E o rapaz, pra ter caído nessa picaretagem toda, nem ateu de verdade era, senão mais um entre os... crentinhos camufladinhos!!!!!!!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...
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Mensagem por Alquimista 16/2/2017, 01:50

Essa quem enviou foi o forista Criaturo:

https://religiaodeuslivre.wordpress.com/2014/07/19/evidencias-anedoticas/

Criaturo escreveu:neste post possui um relato de um amigo meu, que aconteceu em um centro espirita, caso verídico!

Possuo um amigo de descendência oriental o Takita, pois bem o cara era ateu até que um dia sua sobrinha brincava em cima de um laje , caiu e morreu. Sua irmã sentia-se culpada por ter descuidado da criança  e pediu que ele a levasse até Uberaba-MG para consultar o Chico Xavier. Mesmo sem nenhuma fé espírita, resolveu atender ao pedido da irmã, saíram discretamente para evitar especulações ,não revelaram a ninguém onde iam , após longa viagem  chegaram  a noite em Minas Gerais no centro espirita do Chico que ja encontrava-se cheio, ao manifestarem o desejo de conversar com o médium, foram informados que todas as pessoas ali presentes desejavam o mesmo e foram convidados a sentar e aguardar junto com outros, pois  caso fossem chamados, ai sim  poderiam falar com o Chico. Quando ja avançava a madrugada se surpreendeu ao ver la na mesa alguém se levantar e chamar em voz alta: “tem alguém aqui querendo falar com a Sra. Takita “, pois não haviam fornecido nomes nem o motivo porque estavam lá, assim espantou-se ao  ver sua  irmã ser chamada pelo nome e sobre nome. Disse o médium Chico Xavier está aqui uma senhora de nome ….. Takita  vó da menina ……Takita ela diz que a menina manda avisar a mãe que não se culpe , pelo acidente que ela brincava e caiu. De volta eles foram consultar a arvore da família e encontraram mesmo  uma tatataravó com aquele nome, assim o meu amigo Takita de ateu passou a ser espirita.

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...

Ah, Criaturo!!! Mas essa estorinha aí do Takita ''Tekome'' (kkkkkkkkk...) é a mais fácil de explicar de todas!!!!  Tánakara!!!!!!  HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

O médium ALQUIMISTA nem precisava tekontá que o Takita era um ateu amante da BOA VIDA E DA BEBIDA, pois essa informação (que não consta no seu texto) você já sabia. (Como podemos ver, o ALQUIMISTA tá-ki-tá!!!! quaquaquaquaquaquaquaquaqua...)

Pois bem... Então aconteceu o acidente e os Takitas deixaram São Paulo com destino a Minas.
Ahhhhhhhh, mas quando eles chegaram ao centro espíRRita (afim de ''chamar o Chico''), eles tiveram que esperar, e por um BOOOOOOOM TEMPO.
Daí o ALQUIMISTA (e só ELE pode!) vai te passar uma informação aqui sobre o que realmente acontecia nessas sessões lá em Beraba (um dos três ''B''s de Minas).      
Entonces, os pobres incautinhos pensavam assim que não tinham dado nenhum nomezinho a que o Shiku Panaka pudesse descobrir...  Isso não faz a MENOR DIFERENÇA!!!!!!!!!

O GRANDE TRUQUE aí da estória, a SHIKU SAKADA (que ninguém percebia!), é que o Xavier contava com uma ótima equipe À PAISANA profissionalizada em ''pegar emprestada'' as informações pessoais das vítimas.
Em outras palavras, os ingênuozinhos ficavam lá, enfadados na sala da looooooonga espera, trocando prosa com uma pessoa À PAISANA, que se passava também por um aspirante a receber notícias do ''além'' de um parente falecido, e nem se davam conta de que, nessa conversa vai, conversa vem, o espião já tinha ''pescado'' tudo o que precisava!!!  
Mas também era prática comum que os ''abelhudos'' se infiltravam na turba e obtinham os dados pessoais simplesmente ouvindo os parentes conversando uns com os outros. Tanto faz... o resultado sempre era o mesmo!!!!  O importante era levar as informações MASTIGADAS para o SHIKU PIKARETA!!!!! E os Takitas nem desconfiavam que lá dentro existia uma verdadeira YAKUZA especializada em recolher informações íntimas.  KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...
RESULTADO: só eram chamadas as famílias que, sem ver, tinham passado informações pessoais (fora os casos em que o Chico apelava para as CARTAS MARCADAS!).
Tal técnica é conhecida no meio da malandragem como HOT READING!!!!!

Agora a parte mais ANIMEada aí do relatim do Takita foi a tal da VÓ TAKITA!!!!!  hahahahahahahahahahahahahaha...
E aí temos que admitir que o Chico errou feio!!!!!!!  Pois ele tentou jogar uma LEITURA FRIA fajuta, mas que no fim foi INACREDITAVELMENTE eficaz.  E qual foi o biscoito da sorte do SHIKU KARATÊ-PAU??????  É que ele não contava (mas é mais provável que contasse sim!!!!) que o Takita ia ser um PANAKA de carteirinha que, não se dando por satisfeito de não existir a tal da avó, chegou ao fundo do poço ponto de ir pesquisar na CEREJEIRA genealógica até encontrar uma tatatatatatatatatatatatatatatatatatatataravó (que perdeu o marido na Batalha de Sekigahara) cujo nome batia com a psicografia do Xavier!!!!!!!!!!!!!!!!!
Moral da EStória: Se o Takita tivesse ”aberto mais” os zóim, ele não teria caído nessa!!!!!  QUAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUA...

Agora, conta outra, vai!!!!!!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...


Última edição por Alquimista em 16/2/2017, 17:45, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Alquimista 16/2/2017, 01:56

D. D. Home - O Primeiro Paranormal
Daniel Dunglas Home (1833-1886) foi um espiritualista escocês, famoso por seus alegados poderes como médium e por sua relatada habilidade de levitar em várias alturas, esticar-se e manipular fogo e carvões em brasa sem se machucar. Ele conduziu centenas de sessões durante um período de 35 anos — às quais compareceram muitos dos mais conhecidos nomes da Era vitoriana.
Harry Houdini descreveu Home como "Um dos mais notáveis e louvados do seu tipo e geração" (o cético Houdini talvez tenha sido o maior expositor de fraudes de todos os tempos, sendo comparado apenas por Jamis Randi). Já Robert Browning escreveu: "Porcaria de médium". Sir Arthur Conan Doyle, que diz ter testemunhado a mediunidade de Home, detalhou os quatro tipos de mediunidade que Home possuia (ele acreditava que seu amigo Harry Houdini tinha realmente poderes mágicos, e escreveu um livro chamado "A Vinda das Fadas", em que atestava a autenticidade fotografias de Yorkshire... mas isso é outro post). Home tinha como arqui-inimigo John Henry (o primeiro mágico a tirar um coelho da cartola). Seu padrinho de casamento não era ninguém menos que Alexandre Dumas.
Home se envolveu em diversas situações controversas em sua vida pessoal e como médium, como tendo seduzido uma viúva de 75 anos, a Sra. Lyon, a o adotar e dar a ele dinheiro. Por isso foi preso e condenado pela justiça a devolver parte da soma que havia recebido.
Houve muitas especulações, e o relato de uma testemunha ocular, F. Merrifield, no Journal of Psychical Research, onde descreveram métodos de mágicos e fraude que Home pode ter empregado.

http://magicaemcena.blogspot.com.br/2012/04/d-d-home-o-primeiro-paranormal.html

O início das sessões espirituais
O espiritualismo moderno começou nos Estados Unidos em meados do séc. XIX. Especificamente, ele surgiu no oeste do estado de Nova York, em uma região conhecida por historiadores sociais pelo seu fervor religioso, que fez dele um terreno fértil para muitas seitas religiosas. Os historiadores sociais se referem a ele como "distrito infectado" ou o "distrito mais que queimado". O espiritualismo nasceu no fértil fervor religioso de imigrantes swedenborgs, mesmeristas e outras religiões: um clima receptivo às idéias espiritualistas.
Grandes religiões prometeram vida eterna, mas em uma era de uma ciência emergindo com exigências de provas físicas verificáveis; muitos religiosos desejavam evidências tangíveis dos clamores da religião, particularmente dos clamores de uma vida após a morte.
Tal evidência aparente surgiu em Hydesville, Nova York, em 1848, eu uma casa modesta que tinha uma reputação de ser assombrada. Ali ocorreu o evento que lançou o movimento conhecido como "espiritualismo moderno", para distingui-lo de antigas crenças históricas sobre a vida após a morte.
A família tinha 3 filhas adolescentes que afirmavam ouvir ruídos estranhos de estalos à noite. As meninas pensaram que um fantasma poderia estar produzindo os ruídos, então elas tentaram responder batendo palmas. Elas logo desenvolveram um código para se comunicar com o fantasma de um mascate, que há muito tempo tinha visitado a casa e tinha sido assassinado lá. Um esqueleto encontrado mais tarde no porão parecia confirmar isso. Naturalmente, isso atraiu muita atenção para o local.
As irmãs Fox se tornaram celebridades instantâneas. Elas demonstraram a sua comunicação com o espírito usando batidas, escrita automática e mais tarde a comunicação de voz, quando o espírito tomou o controle de uma das meninas.
Logo outros, agora conhecidos como médiuns, imitando o modo, começaram a se comunicar com os mortos, cobrando por seus serviços ou aceitando doações. Sessões foram conduzidas em salas escuras ou semi-escuras com os participantes sentados ao redor de uma mesa. Às vezes, a mesa era balançada ou inclinada, os participantes (sentados) podiam sentir uma brisa fria em ser rostos, flores frescas (mesmo fora de época) se materializavam do nada em cima da mesa. Instrumentos musicais tocavam misteriosamente. O médium, algumas vezes, sobre o controle do espírito, falava retransmitindo mensagens de um morto querido. Outros métodos de comunicação espiritual incluíam a escrita em recipientes lacrados e imagens que apareciam gradualmente em telas que estavam previamente em branco.
Céticos suspeitavam de que isso nada mais era que engano e fraude. No entanto, a crença na capacidade de se comunicar com os mortos cresceu rapidamente, tornando-se uma religião organizada chamada Espiritualismo. O Espiritualismo floresceu até o século 20, e ainda existe nos dias de hoje.
Suspeitas de que os fenômenos das sessões espiritualistas eram fraudulentas foram reforçadas quando Margaret Fox confessou a fraude. Em 21 de outubro de 1888, Margaret apareceu diante de uma platéia de 2.000 pessoas para demonstrar como ela tinha, fraudulentamente, produzido as batidas do "espírito". Havia uma pequena pinha em forma de plataforma há seis centímetros acima do chão, Margaret produziu estalos audíveis em todo o teatro dobrando a junta dos pés! Doutores da audiência subiram ao palco para verificar a fonte do som.
Margaret confessou que ela e sua irmã usaram esse e outros métodos para produzir as batidas. Às vezes, elas usavam uma maçã em um fio, arrastando-a no chão atrás dos móveis. Sua confissão mostrou que todo o movimento espiritualista foi fundada em eventos fraudulentos.
As revelações de Margaret indignaram os espiritualistas. Eles simplesmente se recusaram a aceitar a validade de sua confissão. Henry J. Newton, presidente da The First Spiritual Society of New York, disse:
"A idéia de afirmar que 'batidas', não vistas, podem ser produzidas com as articulações dos pés! Se ela diz isso, mesmo em relação a suas próprias manifestações, ela está mentindo! Eu e muitos outros homens, da verdade e da posição, testemunhamos por nós mesmos e por nossas irmãs, circunstâncias em que era absolutamente impossível ser a menor fraude."
Margaret escreveu uma história assinada, que foi publicada no The New York World em 21 de outubro de 1888. Ela disse:
"O espiritualismo é uma fraude e um engano. É um ramo da prestidigitação, mas tem que ser estudado minuciosamente para alcançar a perfeição."
Texto traduzido do pesquisador Donald Simanek. Livro: "Science Askew"

http://magicaemcena.blogspot.com.br/2011/07/o-inicio-das-sessoes-espirituais.html

O que é Mentalismo?
Fiquei surpreso ao descobrir ontem que alguns "cientistas holísticos" e "terapeutas" estão fazendo uso dos termos mentalista e mentalismo.
Mentalismo é a arte performática, cujos seus praticantes, conhecidos como mentalistas, parecem demonstrar alto desenvolvimento mental ou habilidades intuitivas. As apresentações podem incluir telepatia, clarividência, adivinhação, precognição, psicocinese, mediunidade, controle mental, memória incrível e matemática rápida. Hipnose pode ser usada como ferramenta de palco. Os mentalistas algumas vezes são chamados de paranormais de entretenimento.
O Mentalismo apareceu com os conman (vigaristas - sim, eu sei, o termo em Inglês tem um certo charme que é intraduzível). Eram pessoas que falavam com espíritos, davam conselhos, receitavam remédios milagrosos na virada do século passado. Mentalistas famosos do século XIX fizeram fortunas com pessoas desesperadas.
É interessante notar também que uma ferramenta famosa entre este tipo de mágico na época era as mesas que levitam. Foi o que motivou Allan Kardec a iniciar suas pesquisas, como ele mesmo escreveu em O Livro dos Espíritos.
No famoso seriado, The Mentalist, o ator Simon Baker interpreta Patrick Jane, um conman que tem um lucrativo negócio na televisão em que fala com os espíritos de entes queridos. Depois que um serial killer mata sua mulher e filha por ele ter brincado com o assassino na televisão, Patrick passa a ajudar a polícia a encontrar esse serial killer.
Praticamente em todo episódio, Patrick Jane afirma não acreditar em poderes paranormais. O seriado tem a consultoria de mentalistas (mágicos famosos de Las Vegas). Inclusive, o personagem do seriado usa sempre um colete que era um marca registrada desses vigaristas.
O termo mentalista é usado para designar um mágico que faz jogos mentais. Ao contrário do Ilusionista que trabalha com a ilusão, o Mentalista trabalha com as mentes das pessoas. Ele é um mágico que entretêm as pessoas.

http://magicaemcena.blogspot.com.br/2012/08/o-que-e-mentalismo.html

J. Randall Brown - Mentalista da Era Vitoriana
Randall J. Brown era um mentalista americano da Era Vitoriana, e foi um dos primeiros mentalistas populares dos EUA. Nascido em Minneapolis, Minnesota, Brown era um artista de palco e um dos primeiros defensores da muscle reading (leitura muscular), às vezes chamado de "leitura da mente por contato" ou "Cumberlandism" Stuart Cumberland (embora o ato de Brown seja predecessor de Cumberland). O próprio termo "muscle readind" foi cunhado por uma série de artigos sobre as habilidades de Brown.
Brown combinou elementos de jogos e sessões espiritualistas tradicionais (séances). Um dos atos que era sua marca registrada era instruir a platéia a escolher, enquanto ele estava fora da sala, um assassino, uma vítima e algo na sala para ser a arma do crime. Brown retornava, pegava um membro da platéia pelo pulso, e o fazia levar fisicamente aos 3 enigmas "lendo" a resistência muscular (ou falta dela) do membro da audiência enquanto conduzía-o pelo salão. Muito de seus atos consistiam em variações sobre encontrar coisas que ele não poderia saber a localização. Embora um especialista em leitura muscular, Brown descrevia seus truque para sua audiência como "leitura da mente".
Brown foi muito famoso na década de 1870, atraindo a atenção nacional americana com seus feitos. Ele foi descrito em um artigo como manter o povo americano "pela nuca, controlando a imprensa absolutamente, como um Napoleão ou um Czar". Entre as pessoas que viveram através do progresso e das maravilhas da Segunda Revolução Industrial, Brown ajudou a criar a impressão popular de que a telepatia era uma habilidade real que estava próxima do desenvolvimento.
Ele foi objecto de muitas investigações e jornalismo pela neurologista americano George M. Beard. Em 1874, Beard - irritado que as habilidades de Brown causavam tanta excitação e atenção na comunidade científica - testou e examinou as afirmações de Brown no New Haven music hall, e (corretamente) deduziu que as habilidades de Brown eram, de facto, devido à leitura muscular e não "transmissão de pensamento", como afirmava Brown. Beard também escreveu uma série de artigos jornalísticos sobre esse efeito, mas estes foram ignorados tanto pelo público popular como por seus pares científicos. Vários assistentes de palco de Brown (como Washington Irving Bishop) levaram o conhecimento que adquiriram trabalhando com Brown e construíram rentáveis carreiras solo com sua arte.

http://magicaemcena.blogspot.com.br/2012/05/j-randall-brown-mentalista-da-era.html
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Mensagem por Alquimista 16/2/2017, 01:58

O Terror dos Espiritualistas
Pesquisando a vida de famosos mentalistas (ilusionistas) do passado encontrei mais um que prestou valiosos serviços a favor da verdade, ajudando a desbancar os médiuns e espiritualistas que se aproveitavam da boba fé, quer dizer, boa fé do povo.
Joseph Dunninger, nasceu nos EUA em 28 de abril de 1892. Aos sete anos, seu pai o levou para assistir ao espetáculo do ilusionista Harry Kellar e ele ficou encantado.
Aos 16 anos de idade, Dunninger fez sua estréia como prestidigitador e alguns anos depois já se apresentava como o "Incrível Dunninger" em seu show com produções de objetos, levitações, transposições de assistentes, manipulações com cartas, moedas, bolas, bem como algumas "mistificações espíritas" (seu mentalismo foi influenciado por Washington Irwing Bishop).
Em 1929, J.Dunninger (com 37 anos) estreou a série "Ghost Hours" (Horas Fantasmas) em uma Rádio de Nova Iorque, porém sem grandes índices de audiência. Quando estava com 51 anos de idade (1943) ele faz uma nova tentativa em uma Rádio da Filadélfia, só que desta fez com grande sucesso, tornando-se em pouco tempo uma celebridade nacional.
Pessoas que assistiam o programa ficavam assombradas quando ele "adivinhava" seus nomes, endereços e números de documentos. Era um espanto vê-lo revelar a sequência de um maço de cartas que acabara de ser embaralhado ou observá-lo dizendo o conteúdo de bilhetes guardados nos bolsos dos respectivos redatores. Suas memoráveis performances foram exibidas em programas especiais pelas três maiores redes de televisão: NBC, CBS e ABC.
A revista Life dedicou oito páginas ilustradas ao novo "fenômeno". O mestre do mentalismo radiofônico era um artista elegante, inovador e audacioso. Foi o primeiro mentalista a trabalhar sozinho nos palcos, sem a ajuda de assistentes ou informantes, e orgulhava-se tanto disso que chegou a oferecer um prêmio de 10 mil dólares a qualquer pessoa que pudesse provar que ele fazia uso de informantes secretos.
Apesar de nunca ter alegado ser paranormal, seu mentalismo era tão extraordinário que muitos espectadores suspeitavam que ele tivesse autênticos poderes parapsicológicos. Sua eloquência aumentava o mistério ao redor de sua personalidade intrigante. Ele dizia, por exemplo: "Não sou um leitor de mentes; Sou um leitor de pensamentos." (quem conhece as técnicas do mentalismo sabe que ele estava falando a verdade).
Dunninger teve acesso aos segredos da falecida "médium" Anna Eva Fay que por muitos anos encheu auditórios com suas demonstrações de "poderes sobrenaturais". A exemplo de Harry Houdini, de quem era amigo pessoal, Dunninger sentia-se terrivelmente aborrecido com as mentiras destes médiuns e espiritualistas vigaristas, e os perseguiu implacavelmente expondo os seus embustes.
Ele explicava: "Existe uma regra primária na enganação da mediunidade espírita: concentrar-se em pessoas que tenham sofrido alguma perda" (elas são muito mais vulneráveis).

Através da revista Scientific American e do Conselho Universal de Investigação Psíquica, Dunninger lançou um desafio aos médiuns e paranormais para que produzissem qualquer fenômeno físico mediante poderes psíquicos ou sobrenaturais, que ele não pudesse reproduzir por meios naturais ou explicar convincentemente de forma materialista (chegou também a oferecer um prêmio de 10 mil dólares).
Joseph Dunninger é considerado por muitos como o maior mentalista que existiu. Ele inspirou Kreskin, James Randi e vários outros mentalistas famosos que o sucederam. Alguns de seus feitos jamais foram reproduzidos.
A última série de programas televisivos foi gravada para a rede ABC em 1971, mas não chegou a ir ao ar. Vitimado pelo Mal de Parkinsons, Dunninger passou seus últimos tempos numa cadeira de rodas. Faleceu em 1975.
Concluo esta postagem com uma das frases mais memoráveis de Joseph Dunninger:
"Para aqueles que acreditam, nenhuma explicação é necessária, para aqueles que não crêem, nenhuma explicação será suficiente."

http://saudesabervirtude.blogspot.com.br/2009/06/ilusionistas-o-terror-dos.html
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Mensagem por Alquimista 18/2/2017, 21:18

Como foi desmascarado o célebre médium Carancini:

Veremos, a seguir como foi desmascarado o famoso médium, que durante bastante tempo conseguiu enganar o público da capital Francesa.
Depois de uma série de experiências de repercussão estrondosa, Carancini, o célebre Carancini, foi enfim, desmascarado, sendo, assim, apresentado como um simples charlatão.
O sr. M. Durville, diretor do ''Journal du magnètisme et du psychisme espèrimental'', assim relata o que se passou na célebre sessão, que se realizou na sua residência da rua Pétrarque:

''Seis sessões se sucederam durante um mês.
Carancini estava encerrado em uma vasta cabine, onde se encontrava à vontade. Sentado numa cadeira, livre de movimentos, mas as pernas e as mãos vigiadas por assistentes, devia Carancini exercer a sua ação mediúnica sobre ''bibelots'' existentes no teto da cabine.
Desde a primeira sessão, os srs. Barklay Raymand, o dr. Vergnes e eu tivemos muito perfeitamente a impressão de que Carancini substituía uma mão pela outra e desta maneira vinha dar nos a ilusão do contato permanente.
Foi então que pedimos o concurso de dois amadores de prestidigitação, meus conhecidos, e, de comum acordo, prestamo-nos à fraude.
Carancini costumava ficar amarrado a uma cadeira, dentro da jaula porém com os braços para fora os quais apoiava sobre uma mesa que se colocava encostada a cabine. Dois espectadores colocavam-se em cada lado da mesa, cada um pousava a sua mão sobre a mesa. Carancini encostava a sua mão esquerda na mão do espectador da esquerda e a mão direita no da direita.
Na ocasião das manifestações espíritas (que de costume se produziam as escuras) Carancini, desprende a sua mão da do assistente colocado à esquerda. Com a extremidade dos dedos da mão direita exerce contato sobre a do mesmo assistente, afim de lhe dar sempre ilusão de que esses contatos são produzidos pela que tinha presa. É neste momento que o experimentador passa a operar no teto da cabine com o braço livre, sendo certo de que a impressão do contato não cessa.
Na sexta sessão, porém, uma explosão oportuna de magnésio surpreende Carancini em flagrante delito de fraude.
Com o pulso direito preso, deixava livre jogo à mão que, escorregando sobre a mesa da experiência, continuava o contato com o segundo assistente. Com o braço esquerdo levantado, imprimia ao teto da cabine ligeiras sacudidelas, produtora dos fenômenos misteriosos!
Como se vê, era terminante.
A confusão de Carancini nos penalizou e nós lhe propusemos resgatar-se. Ele aceitou. Depois achou-se, segundo nos escreveu, gravemente indisposto, pelo que deixamos de o tornar a ver.'
'

Fonte: Boletim Mágico, João Peixoto, páginas 155/116.

Uma incursão pelo Google revela que o médium Francesco Carancini não é tido como charlatão pelos espíritas, muito pelo contrário... Os espíritas ainda o tem em alta conta.
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Mensagem por Alquimista 18/2/2017, 21:28

Como um vidente engana as suas vítimas??? Uma das técnicas usadas por eles se chama Leitura Fria. Vai aqui uma breve explicação (apenas uma palhinha) de como isso funciona:

Vidente: _estou vendo uma pessoa idosa de mãos dadas com o seu (falecido) marido... (quem não conhece uma pessoa idosa falecida?)
Vítima (aos prantos): _Sim... sim, é a irmã dele (falecida também). Ele era muito apegado a ela...

Após a ''consulta'', a vítima categoricamente contará assim para os conhecidos: ''a vidente viu a irmã dele!!! Como poderia saber que a irmã dele havia morrido também?'' (Peraí, em que momento a vidente falou que a pessoa idosa sem gênero definido era a irmã???)

É assim que se pesca informações para iludir os incautos. O resto se encarregam os bugs da memória, o wishful thinking e a cumplicidade da vítima também. HAHAHAHAHAHAHAHAHA...
O sucesso é garantido, se fizerem tudo bem direitinho. (Uma dica: joguem o 171 da pessoa idosa falecida... É tiro certo... KKKKKKKKKKKKKKK...)
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Mensagem por Alquimista 19/2/2017, 05:46

Um pouco mais sobre LEITURA FRIA e suas técnicas:

Relato de Alberto Dell'Isola extraído do seu livro Mentes Fantásticas:
Alberto Dell'Isola escreveu:Após alguns dias, decidi incorporar um novo elemento de mentalismo a meus shows: o tempo atmosférico no momento exato do nascimento.
Assim, após responder o dia da semana em que a pessoa nasceu, eu perguntava: ''A que horas você nasceu?"
Independentemente da resposta, eu dizia: ''pancadas de chuva.''
A resposta funcionava por dois motivos. O primeiro é bem simples: a maioria das pessoas não faz ideia do tempo atmosférico no momento do seu nascimento. Assim, qualquer resposta a impressionaria.
O segundo motivo é mais interessante. Apesar de ter sido selecionada por mim previamente, a escolha por essa resposta não foi aleatória. Na verdade, ''pancadas de chuva'' era uma resposta tautológica. Ou seja, era uma resposta que seria aceita como verdadeira sempre, independentemente de ter chovido ou não. Caso a pessoa tivesse certeza de que o clima era de sol, eu poderia argumentar: ''Claro que houve sol após as pancadas de chuva.'' Em contrapartida, se a pessoa tivesse certeza de que houve chuva no dia do seu nascimento, ela também ficaria impressionada. lembra-se do efeito Fox Mulder? As pessoas querem acreditar, ainda que você seja impreciso.

Em 2010, tive a oportunidade de realizar um espetáculo de memória para mil pessoas na cidade de Imperatriz (MA). Durante a apresentação do calendário, decidi realizar mais uma vez a adivinhação meteorológica. Após apresentar duas datas, uma jovem se aproximou do palco e me desafiou:
_Eu tenho certeza do tempo no dia do meu nascimento.
Admito: não esperava que aquilo acontecesse. No entanto, era a chance que eu tinha para consolidar minha carreira como mentalista. Assim, me direcionei à menina e respondi:
_Sem problemas, pode vir até o palco. Falarei o dia da semana da sua data de nascimento e o tempo atmosférico.
Nesse momento, a plateia ficou apreensiva: afinal, seria mesmo verdade a adivinhação? Rapidamente, a garota subiu no palco e disse:
_Nasci no dia 10 de março de 1979.
_Você nasceu em um sábado - respondi. *
_Sim, eu nasci em um sábado. No entanto, quero saber: como estava o tempo na data do meu nascimento?
Fechei meus olhos e, fazendo ar de compenetrado, respondi:
_No dia de seu nascimento, a cidade de Imperatriz teve uma chuva fortíssima. Aliás, muito me admira que sua mãe tenha conseguido chegar a tempo no hospital.    
Após ouvir minha resposta, a jovem começou a chorar e disse:
_Minha mãe me disse que eu quase nasci dentro do carro, devido à inundação.
O público foi ao delírio! Aproveitei o momento e perguntei:
_Mais algum cético deseja testar minha habilidade?
Obviamente, ninguém se manifestou, e pude continuar meu show de mentalismo e memória.

Você deve estar se perguntando, como eu sabia da chuva? Ora, não é comum as pessoas terem tanta certeza acerca do tempo no momento exato de seu nascimento. Dessa maneira, essa certeza viria de alguma história inusitada envolvendo o dia do nascimento da garota. Assim, imaginei que teria chovido muito: a chuva costuma ser protagonista de imprevistos.

*Existe um algoritmo algébrico para executar tal façanha.



Isso me remete ao Efeito Forer, muito usado na Leitura Fria, que são aquelas afirmações vagas e genéricas que servem para qualquer pessoa, mas que aplicadas num contexto soam como se fossem exclusivamente pessoais.
Lembro de um Mentalista que uma vez se apresentou num programa dominical do SBT (O Alquimista viu isso pelo youtube; não pensem que ELE perde tempo com programas bestas da TV). Na época, fazia pouco que a Hebe havia falecido. Então, o Mentalista selecionou um espectador para propor um efeito de ''leitura de pensamento'' e propôs um contexto (correto!) que era a de que o espectador pensasse numa pessoa famosa que havia falecido recentemente. Ora, estando eles no SBT, quem você acha que o espectador logo de cara pensaria??? Na Hebe, é claro!!! (Na verdade, a maioria esmagadora ali pensou na Hebe, só não pensam no ''porquê'' de terem pensado nela!) Quando o Mentalista revelou que ''sabia'' a todo momento que a pessoa pensaria na Hebe (através de um gimmick, ou algo assim), o espectador ficou embasbacado e aterrorizado, para dizer o mínimo. Isso aí é Leitura Fria!
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Mensagem por Alquimista 3/3/2017, 02:58

Rosemary Brown é uma médium e pianista que alega ter psicografado ''partituras do além'' de compositores como Liszt, Chopin, Rachmaninoff, Brahms, Beethoven e outros inúmeros gênios do repertório pianístico. Se bem que, apesar de algumas peças até lembrarem remotamente (como um mero pastiche, pra ser sincero!) o estilo de um Chopin e Liszt, o que fica óbvio é que estes Mestres parecem ter perdido toda a virtuosidade, complexidade e criatividade ao teclado, uma vez que as peças são bem simples e fáceis de se executar (Os Mestres parecem ter perdido também o talento para compor obras de câmara e sinfônicas!). Ahhh, mas o que parece mesmo ser evidente é que os espíritos se emburrecem com o tempo lá no ''além''... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...

Confiram a (mal)dita Rosemary (Oda Mae) Brown no programa do Incrível Kreskin:



Realmente fica evidente na ''polonaise'' da Sra. Brown que o ''espírito'' de Chopin BAIXOU SIM... baixou a qualidade musical!!!!!

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

(Já tô até começando a achar que os sertanejos universitários são fruto de váááááárias e várias reencarnações que foram regredindo desde gênios como Beethoven e Wagner... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...)
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Mensagem por Alquimista 8/3/2017, 16:27

O espírita Sandro Fontana Me desafiou:

SandroF escreveu:Sö não fuja de demonstrar como você faria para fraudar.. Estou a espera de apenas o nome completo do meu avô materno.
http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=29913.msg915673#msg915673

SandroF escreveu:Detalhe 2 (e mega importante): Já que não dispoe de mais tempo (ainda bem) para usar TODA sua inteligência (?), fato que agradeco, vamos terminar nessa conversa inutil.. e se é tao bom assim como diz, para reabrimos um papo, sinta-se o médium fajuto e traga aqui o nome completo do meu avô materno, o único que tive contato e já faleceu.. Como você disse.. ja dei varias dicas (vazamentos) aqui... agora vai la e acha o nome completo do meu avô.
http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=29913.msg915485#msg915485

E O ALQUIMISTA o derrotou:

Alquimista escreveu:CARTA PSICOGRAFADA DE FELIX CENTENARO PELO MÉDIUM (OSTENSIVO) ALQUIMISTA:

''Meu pequeno guri Sandro...
Como vovô fica feliz em ver que tu ficas bem...
Saudades tenho aqui nestas paragens...
De tua infância em Paim Filho...
Dos sons da gaita de meu filho Walter...
A minha Olma...
Estou sempre orando muito por todos vós aí...
Fiquei deveras preocupado com sua Epididimite Crônica...
Muitas orações pedi para que melhorasses...
Ahhhhh, meu piloto corajoso...
Mande lembranças para todos queridos...
Para a Fernanda, mãe maravilhosa...
Para teus guris, Isadora e Fernando... Queria ter estado aí em 2007 quando ele nasceu...
Bisnetos queridos e inteligentes que enchem vovô Felix de orgulho pela precocidade...
E também pra Verani, Solano e Franciele...
Saudades de todos vocês... Vovô ama vocês...

Ah! Antes que vovô Felix esqueça...
Por favor, caro netinho, não prossigas com essa bobagem de testar médiuns...
Teu método é muito fajuto...
Faça isso pelo vovô Felix! Ciao!''

http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=29913.msg915675#msg915675

Querem saber como psicografei a mensagem????  É o coisim mais facim deste (i)mundim...

Primeiro fiz uma pesquisinha básica sobre a família do Sandro pelo facebook até que encontrei sua cidade natal.
Daí, liguei para o cartório dessa cidade e joguei um lero na atendente de que estava fazendo uma pesquisa sobre imigração italiana. A atendente, sem titubear nem um pouquinho, ME passou os nomes completos não só dos AVÓS MATERNOS do Sandro, como também dos PATERNOS, e na maior tranquilidade!!!!  

É impressionante como é fácil levantar nomes e sobrenomes dos antepassados simplesmente ligando num cartório, mas pode-se obter isso também indo numa delegacia (se o antepassado alvo for da sua cidade, melhor ainda!) e jogar aquele lero gostoso no policial!

Numa ocasião pretérita, descobri os dados pessoais de uma rapariga que morava numa cidade do interior, em outro estado, sendo que travei contato com a mesma somente numa única noite. Nunca a tinha visto e não sabia nada sobre ela!
Tendo em posse apenas do seu primeiro nome e dia do aniversário, liguei para o cartório da sua cidade e fiz o maior drama com a atendente, que ME passou endereço e nome completos da moça, bem como o telefone e até o nome completo dos pais!!!!
Nem precisa dizer que a rapariga pensou que EU fosse um bruxo quando liguei para ela!!!!!

Enfim... É muito fácil ser um médium espírita! Basta apenas ser cara de pau!!!

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...


Última edição por Alquimista em 8/3/2017, 17:16, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Alquimista 8/3/2017, 17:01

Vale ressaltar que o método mais empregado pelos médiuns a fim de se obter informações de falecidos é o das mães que simplesmente contam tudinho nas sessões de psicografia. Óbvio assim!!!!

Como é o caso citado no livro Por Tras do Veu de Isis, de Marcel Souto Maior, referente a Dona Célia, que foi considerada a maior médium tupiniquim, quiçá do mundo, segundo as palavras do próprio Chico Xavier (e uma das mais obscuras também). Ela afirmava que tinha a glândula pineal hiperestimulada!!!!!!  KKKKKKKKKKKK...

O livro narra a ida de uma mãe em busca de provas da sobrevivência dos seus filhos falecidos, acompanha pelo autor Marcel Souto Maior, a uma sessão de psicografia da Dona Célia, realizada no centro Obreiros de Jesus.
Numa passagem, enquanto esta mãe tinha ido buscar água, relatou para Souto Maior, ao retornar, que já sabia tudo sobre os filhos falecidos de, pelo menos, CINCO MÃES, que haviam lhe contado todos os detalhes da morte, bem como as profissões e nomes dos falecidos. E não é incomum que essas mães sejam flagradas mostrando para todos fotografias, identidades e as caligrafias dos filhos mortos, tudo na esperança de conseguirem uma cartinha!

Vocês acham que tais informações não chegam aos ouvidos da equipe do médium e/ou do próprio???!!!!!!!!!

(A Dona Célia também era vascaína roxa, salgueirense aficionada por escolas de samba e sabe se lá mais o quê!!!!!
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...)
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Mensagem por Alquimista 8/3/2017, 17:58

Sobre o caso da famosa médium Leonora Piper e James Hyslop:

Foi uma jogada genial da Sra. Piper. A charlatã havia pedido informações pessoais sobre a vida pregressa de Robert (ao que James citou o caso do Samuga), e, de uma tacada só, ela psicografou o cara ''errado'', ou seja, o outro Cooper. E aqui vale o critério do constrangimento. O professor James, pra lá de ingênuo, por esse ''erro'' acabou a dar mais credibilidade quanto à mediunidade de Piper, já que ela não foi na cara dura citando a treta do Samuga com o defunto.
Resumindo, James deve ter pensado desse modo: ''Piper não iria se confundir tão descaradamente assim, ainda mais depois que lhe contei sobre Samuel Cooper. Logo, esse caso do tal do Joseph Cooper só pode mesmo ser real. Bora conferir!!!''  Taí o critério do constrangimento, muito eficaz para fazer as lendas soarem um tanto mais convincentes.    
Quanto ao resto da ''história'', que tem mais ares de estória, a mãe de Jim pode ter se confundido ao ratificar o troca-troca entre J. Cooper e Robert. Vai que ela era uma viúva dada à imaginação, ou mesmo pela idade avançada não andava às tantas, com suas faculdades mentais às mil maravilhas.  

E mais! Por acaso alguém conseguiria provar que o tal de Joseph Cooper existiu de fato??? Ou tudo não passou de mais um conto de fadas da Sra. (Pied) Piper (of Hamelin)??? Como Cooper foi tido como um filósofo, ele deve ter produzido algo de interessante, não?! Então não deve ser difícil confirmar sua ''existência''. E as cartas que ele escreveu para o Sr. Hyslop? Onde estão?!
Por falar nisso, não é um tanto contraditório o fato de Robert, que era tido pelo filho como um homem de inteligência limitada (tratava-se de um ser obtuso, de hábitos rígidos, que havia levado uma vida presa a uma granja, além de ser muito religioso e homem de dotes intelectuais escassos), ter feito troca-troca com alguém deveras mais culto e ainda por cima um filósofo????? Estória mui mal contada essa (olha aí o princípio do constrangimento, de novo! Piper foi mesmo uma maestrina do engodo!!!).  

Mas e se realmente Joseph Cooper tiver sido mais uma invenção de Piper para ludibriar o incauto James Hyslop?

Vejam só isso!!!

A psicóloga Amy Tanner publicou em 1910 um livro em que descreve as sessões espíritas que realizou com Piper, concluindo que as supostas "personalidades" eram criações fictícias de sua própria mente e não espíritos desencarnados.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leonora_Piper

Em 1907 Tanner se tornou uma "Honorary University Fellow" da Clark University, posição que ela manteve até 1916. Nesta universidade, ela investigou a mediunidade junto com o também psicólogo G. Stanley Hall. Ela escreveu o livro Studies in Spiritism (1910), no qual descreve os teste que ela e Hall desenvolveram em sessões espíritas com a médium Leonora Piper. Os testes de Hall e Tanner provaram que as supostas "personalidades" de Piper eram criações fictícias, não espíritos desencarnados.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amy_Tanner
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Mensagem por Alquimista 8/3/2017, 18:19

Estórias de assombrações, fantasmas, espectros, almas penadas, materialização de seres sobrenaturais, invocações de entidades maléficas, etc., sempre acompanharam os passos do Homo (nada) sapiens. Tudo isso é bem antigo e esteve presente no ocultismo e também em alguns ritos da Maçonaria. As lojas maçônicas sob o jugo do ''mago'' Cagliostro trabalhavam neste aspecto.

Já essas lorotas de mediunidade, mesas que falam, escrita automática, esse papo-aranha de espíritos e psicografia de mortos, abobrinhas essas que tanto ludibriaram o Allan(brado), enfim, é um delírio mais moderno surgido em 1848 com as irmãs Fox e se tornou uma doutrina religiosa com o (M)Allan(dro) Kardec.
Leiam (percam o tempo lendo) o livro Mansões da Alma, de Spencer Lewis. Ali se constatará que a filo(mena)sofia da AMORC destoa consideravelmente do kardecismo. Lewis, inclusive, faz críticas severas quanto às alegações da DE.
Eliphas Levi também não poupa ataques em relação aos médiuns, já que os consideravam um bando de doentes sonambúlicos, portadores de uma a (in)capacidade de materializar ''incubus e sucubus'' (que nada tem a ver com almas penadas) através do éter luminífero (luz astral), mas, como não possuem vontade para controlá-lo e se deixam inebriar pela PRIMAMATÉRIA dos filósofos alquímicos, eles são tragados, engolidos e levados á loucura pelo ''poder'' da ''espada flamejante dos querubins celestiais que guardam o acesso ao paraíso''.
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Mensagem por Alquimista 8/3/2017, 18:49

Como Daniel Dunglas Home passou a perna no William Crookes:

No caso do ''experimento'' do acordeão de D. D. Home, que ficava suspenso dentro de uma gaiola de madeira e arame, pretendia-se que as teclas fossem acionadas por uma suposta mão invisível, ao que Crookes TESTOU, ACREDITOU E... APROVOU (HAHAHAHAHAHAHAHAHA...)!!!
Mal sabia o pobre ingênuo cientista que o Home ocultava uma diminuta gaitinha, a que era capaz de fazer soar (Pasmem!!!), em seu considerável bigode!!!!
Depois que D. D. Home morreu, encontraram entre seus pertences a tal gaitinha.

Conclusão: D. D. Home era mesmo um para(A)normal!!!!!!!!!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...
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Mensagem por Alquimista 18/5/2017, 07:33

E sobre o Parnaso de Além Túmulo?

Chico Xavier bem que poderia ter continuado a ser um pastichador de sucesso, se não tivesse sido desmascarado por diversas vezes, e se não fosse pelo programa Pinga-Fogo, em 1971, da extinta TV Tupi, Chico hoje seria apenas uma nota de rodapé no Brasil.
Mas o Chico não era bobo. Aproveitou a nova onda de fama que angariou e decidiu mudar de estratégia: ao invés de psicografar celebridades, por que não ''telegrafar'' mensagens espirituais de gente simples, entes queridos que se foram, filhos falecidos de mães inconformadas? Deu certo! A nova fórmula de Chico foi tão bem sucedida, que basta perguntar a alguém (que não seja um erudito em matéria de espiritismo e suas vertentes) porque considera sua figura relevante que a resposta será: ''porque ele ajudou muitas mães e foi um verdadeiro exemplo de caridade!'', mas nunca é lembrado pela gente simples como o autor de ''Parnaso''.

Assim é a gente simples! O Brasil pode até ser o país do roustainguismo espiritismo, porém a maioria das pessoas sequer faz ideia do que postula a DE. Um dia mesmo estive conversando com uma pessoa que acredita que o espírito reencarna numa borboleta (metempsicose reversa).

E sobre as cartinhas que Chico psicografou?

Nada há de incrível nelas, não sei porque tanta gente se impressiona com isso.

Quem de fato contava todo o conteúdo presente nas cartas eram as próprias mães, que eram orientadas discretamente a agirem de tal modo, pois foram levadas a acreditar que só assim receberiam uma mensagem, e no vale-tudo para receber uma cartinha, elas contavam tudo.
Quando chegavam na sessão de psicografia, todas eram obrigadas a preencher uma ficha. Em seguida, esperavam horas, mesmo semanas, em várias idas e vindas, até que nesse interim já tivessem soltado informações suficientes para que o Chico elaborasse uma boa carta. Era assim que ele trabalhava. As mães acreditavam que se não contassem tudo, não receberiam uma carta. Observe que, de todas as milhares de mães que iam a Uberaba, somente umas cinco eram selecionadas em cada sessão. Não é difícil perceber como funcionava o truque. As mães selecionadas eram sempre as mais desesperadas por receber uma cartinha, as mais inconformadas com a perda dos filhos. Em suma, as que contavam tudo o que o médium precisava saber.
Basta observar o teor das cartas, eram todas iguais, como se no mundo espiritual os espíritos compartilhassem de um único estilo literário. Mesmo crianças ditavam mensagens como se fossem adultas, não relutando em ostentar um linguajar deveras complexo para sua idade. Sem dúvida, meu caro, era a mão de Chico Xavier nestas cartas todas.

Chico aprendeu o truque, com isso ganhou muita fama, e no fim acabou virando um mito nacional. É o Brasil!

Mas sobre a reencarnação, por que nenhum espírito superior ditou tal revelação para os médiuns anglo-saxões? Mesmo um médium do cacife de D.D. Home nunca recebeu tal informação. Muito pelo contrário, Home desdenhava completamente o reencarnacionismo franco. Por que só os médiuns de Kardec falaram disso?


Conclusão: o Parnaso? Não, não é trabalho do ''além túmulo''.
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Mensagem por Gigaview 19/6/2017, 14:13


Minha primeira experiência com fantasmas foi extremamente gratificante pois foi através dela que pude descobrir aos 10 anos de idade que era míope e passei a usar óculos. O meu fantasma era apenas um lençol pendurado num varal. Minha segunda experiência, aos 12 anos foi mais complicada, pois mesmo de óculos, via aquela figura branca parada na porta do meu quarto num hotel sombrio de uma cidade de interior. Foi preciso coragem para pular da cama e desafiar um quadro de avisos parcialmente iluminado, cujo jogo de sombras construia uma figura realmente fantasmagórica.

Hoje penso que os mistérios insondáveis do Espiritismo vão muito além dos chamados fenômenos físicos. Acredito eu que a verdadeira mensagem que os Espíritos Superiores quiseram nos passar é: a Caridade.

Por isso mesmo não me preocupo mais com as manifestações no plano físico.
Veja, o que importa se tal médium é ou não um charlatão quando percebemos que tanto consolo uma mãe desesperada recebe numa Casa Espírita?

Para mim essa é a principal lição que o Espiritismo nos deixou: Amor, Caridade e levar o Bem para o próximo.

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Mensagem por Alquimista 19/6/2017, 17:41

Gigaview escreveu:
Minha primeira experiência com fantasmas foi extremamente gratificante pois foi através dela que pude descobrir aos 10 anos de idade que era míope e passei a usar óculos. O meu fantasma era apenas um lençol pendurado num varal. Minha segunda experiência, aos 12 anos foi mais complicada, pois mesmo de óculos, via aquela figura branca parada na porta do meu quarto num hotel sombrio de uma cidade de interior. Foi preciso coragem para pular da cama e desafiar um quadro de avisos parcialmente iluminado, cujo jogo de sombras construia uma figura realmente fantasmagórica.

Hoje penso que os mistérios insondáveis do Espiritismo vão muito além dos chamados fenômenos físicos. Acredito eu que a verdadeira mensagem que os Espíritos Superiores quiseram nos passar é: a Caridade.

Por isso mesmo não me preocupo mais com as manifestações no plano físico.
Veja, o que importa se tal médium é ou não um charlatão quando percebemos que tanto consolo uma mãe desesperada recebe numa Casa Espírita?

Para mim essa é a principal lição que o Espiritismo nos deixou: Amor, Caridade e levar o Bem para o próximo.

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Mensagem por Alquimista 1/7/2017, 14:16


Gostaria agora de publicar esta crônica chamada ''Pecoraro'' escrita por Medeiros e Albuquerque da Academia Brasileira de Letras que ratifica tudo o que aqui foi dito até então:

PECORARO

Os espiritistas tiveram um grande desafogo com a morte do prestidigitador norte-americano Houdini. De fato, este declarou estar pronto a reproduzir toda e qualquer manifestação dado como sobrenatural de qualquer médium.
Disse e cumpriu. Aceitando exatamente os mesmos processos de fiscalização, que se empregam para os médiuns, ele fez tudo o que eles fazem, inclusive os movimentos à distância e as materializações de corpos.
Várias vezes foi chamado para assistir a sessões de alto espiritismo. Em algumas apanhou em flagrante os “truques” dos médiuns. Em outras não se produziu nada. Tornou-se evidente que sua presença paralizava os dons sobrenaturais de que os médiuns se dizem dotados...
Compreende-se, diante disto, que a morte de Houdini tenha sido um alívio para os espiritistas. Caiu-lhes, porém, agora, em cima, um desastre terrível. Um médium célebre, Nino Pecoraro, resolveu deixar a profissão.
Deixou-a com espalhafato. Veio a público declarar que estava farto de ser explorado por pessoas que se serviam dele para ganhar dinheiro, com as sessões que ele dava e de que recebia, entretanto, uma porcentagem mínima. E confessou que todos os fenômenos por ele obtidos, eram pura e simplesmente “truques” de prestidigitação.
Ora, com esse Pecoraro aconteceu um fato importantíssimo. Ele foi um dos médiuns que trabalharam diante de Conan Doyle e impressionaram profundamente o criador de Sherlock Holmes.
Este escreveu, de fato, um livro “Nossa aventura norte-americana”, em que narra as experiências feitas nos Estados Unidos. Entre elas estão as que ele fez com Pecoraro.
Referindo-se a uma das sessões com este, Conan Doyle a conta minuciosamente e diz que em dado momento “houve uma certa brisa fria, um sinal seguro do verdadeiro poder psíquico”. E comenta esse fato, perguntando “se essas vibrações psíquicas do ar não explicam porque os espíritos pedem constantemente que se esteja cantando, para assim manter as ondas em movimento”.
Ora, precisamente essa sessão, cuja gélida brisa pareceu a Conan Doyle um sinal certo de psiquismo incontestável, foi das falsificações. A brisa? Mera auto-sugestão.
Conan Doyle provou mais uma vez que é muito menos difícil inventar DETETIVES sagacíssimos do que descobrir realmente maquinações bem organizadas.
Ultimamente se tem visto que na organização de sessões de espiritismo o essencial é a presença de algum prestidigitador perito. É um erro chamar apenas para elas sábios, homens doutos e sérios.
Doutos, sérios e sábios em ciências diversas – pouco importa. O essencial é o testemunho de psicólogos e de prestidigitadores.
Charles Richet fez na Algeria experiências memoráveis, que lhe pareceram decisivas. Com ele estavam sábios eminentíssimos. Não se podia duvidar da boa fé e do alto valor de nenhum deles. No entanto, pouco tempo depois, o médium que produzira os fenômenos extraordinários do mais puro psiquismo, confessou que tinham sido “truques”. Os sábios foram facilmente enganados.
Mais um para a lista dos médiuns falsos! Nino Pecoraro
.

MEDEIROS E ALBUQUERQUE
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