Música Clássica é uma arte em decadência?

Amigos, nem a música erudita é atrelada à educação na Europa, nem lá as salas de concerto vivem cheias. Já vi concertos em Viena, Paris, Milão ou Induno Olona com as salas vazias. A juventude das escolas tolera a música clássica como coisa de velho. Meu filho estudou na Europa 7 anos, e seus colegas não demonstravam o menor interesse por Verdi ou Beethoven. Imaginem por Cage ou Ligeti... Música clássica é arte em decadência em todo o mundo?

Não creio nisto. Na Holanda os ingressos são disputados no tapa. O fenômeno é o mesmo nos Estados Unidos. Quase todas as salas lotadas. Apenas quando a programação é de música moderna, a coisa muda um pouco. Mas mesmo assim fico surpreendido com o interesse dos mais velhos, acho que eles estão começando a ultrapassar a barreira do preconceito. Sobre os jovens tenho que concordar. Há uma burrice epidêmica, devido a uma pobreza da educação (isso em qualquer nível social). Neste caso não há apenas um desinteresse pela música clássica, mas pela literatura, Artes ou qualquer coisa bela. Espero que eles saiam desta letargia. Parecem zumbis.

A música clássica vive seu melhor momento e espero que melhore ainda mais. Finalmente virou coisa séria, não é mais um ponto de encontro para aristocracia ou alta sociedade (se deram conta que desfile de escola de samba ou o Oscar é mais divertido), cada vez mais a música clássica atinge um público merecedor.

Caríssimos...

Eu creio que o Sr. Trovador está, no mínimo, equivocado.
Vou frequentemente a Europa e sempre observo, mesmo nos países pobres do leste Europeu, uma riqueza e orgulho de suas culturas, que são únicas. E isso se aplica à música erudita, pois mesmo quem não a aprecia, sabe do seu valor para memória de um país.

E tenho notado um aumento no número de jovens espectadores nas óperas de Berlim.

Morei doze anos na Europa (França e Itália, 1989 a 2002), minhas filhas moram lá, trabalhei lá, tenho imóvel lá, escrevi para jornais e revistas de lá, e cansei de ouvir bobagens como essa de que a música erudita lá "faz parte da educação nas escolas", ou coisas de semelhante jaez.

Minha posição é decisivamente contrária a brasileiros que descrevem a Europa como uma Shangrilá de sonho, principalmente em matéria de música. É evidente que lá há coisas muito boas, que o nível é mais alto que aqui no Patropi, que o nível cultural e educacional na França ou na Alemanha é mais alto (na Bulgária ou na Grécia não é) , mas daí a encher a boca para falar de Angers, Carcassone, Kaiserswerth, Induno Olona, Buggugiate ou Freixo de Espada à Cinta vai muita distância. Vi e ouvi muita porcaria na Europa.

Caríssimo...

Me desculpe discordar novamente da tua posição e isso não quer dizer que afirmo que a Europa é uma Shangri-lá Musical...

Agora, no que tange a Bulgária, posso tranquilamente mencionar (morei e estudei lá) que o nível cultural é alto, juntamente com Romênia, República Tcheca e Hungria.

Favor não confundir com riqueza material, pois se trata de países muito pobres, de economia refugada que tentam desesperadamente sobreviver no contexto globalizado neo-liberal.
Entretanto, eles tem cultura de sobra, 95% da população fala inglês, e por mais que existam pessoas que não gostam de música e artes eruditas, a grande maioria sabe da sua importância.

Se isso não é cultura, eu não sei o que é...

Freud, trabalhei anos com orquestra, coro e solistas búlgaros, gente de teatro e de música, e nenhum deles falava inglês nem língua nenhuma. Às vezes arranhavam o francês. Claro que havia um ou outro que arranhava o inglês. Eram quase todos de índole camponesa, meio sem educação, rudes. Na hora de tocar seus instrumentos, muitos eram bons, na hora de cantar idem, mas isso não bastava para lhes diminuir a pouca ilustração. Olha, países avançados na Europa são França, Alemanha, Itália e Inglaterra. O resto vem muito abaixo, como Suíça, Portugal, Espanha, Polônia, Escócia, Irlanda, Grécia, Bulgária, Romênia, Rússia, Croácia, e outros. A Rep. Tcheca fica no meio, e mesmo assim só uma parte dela. A Áustria é decadentíssima. E a Bélgica é o segundo país mais chato do mundo, só perdendo para a Suíça.

PS: cantei lá em coro em mais de 100 cidades diferentes. Na França trabalhei no teatro de Angers que é coisa de categoria ínfima na relação de teatros da França. Já cantei lá em coro, a cidade é interessante, às margens do Loire, e o teatro é joli com suas colunas. Na França, os teatros importantes são, fora os de Paris, Marselha, Nice, Lyon, Montpellier, Toulouse, Bordeaux, Lille. Depois, Dijon, Metz, Besançon, Reims, Toulon, Saint Etienne, Brest. Angers é como, no Brasil, a ópera de Cornélio Procópio.

Caríssimo Trovador...

Não tenho a intenção de novamente discordar de você, mas através das tuas declarações só posso concluir que talvez eu tenha tido infinitamente mais sorte.

Concluí um masterclass em Sófia com a New Bulgarian Symphony Orchestra, e a orientação do Sr. Rossen Milanov, e posso dizer que o nível cultural de seus músicos é bastante alto, principalmente no que diz respeito à reflexão e às opiniões em relação aos assuntos pertinentes às artes e a situação do seu país em geral. O nível de concentração e seriedade em relação ao trabalho era absurdo.
Voltei lá como convidado, e, honestamente, nenhum deles tinha índole "camponesa (??!?)" e, também poucas vezes vi tanta educação e cordialidade em músicos de orquestra.
Talvez seja porque adoraram tocar Villa-Lobos e música contemporânea Brasileira... quem sabe seja por isso.

Agora, generalizar tanto quanto nível de país, é, no mínimo, perigoso. Já ví muita porcaria nos teus citados "países avançados"...
Meu argumento está no nível de comprometimento e engajamento social, político, cultural e principalmente reflexivo de seus habitantes.

Olha, também já vi porcaria nos países por mim citados, o que não vem ao caso no assunto. Porcaria há em todo lugar, até no céu. Além do mais, meu conceito de "camponesismo" pode ser diferente do seu. A Bulgária é camponesa e atrasada em relação às Alemanhas da vida, sua população é tosca e rude (como os russos das estepes e romenos), o que não quer dizer que não haja grandes cantores ou instrumentistas búlgaros, todos eles educados artísticamente fora da Bulgária. Vai ver você deu mais sorte que eu, e conheceu um grupo melhor que o meu. Fiz turnês com a Nova Ópera da Bulgária, fui regido por Notev, Matakiev, cantei com Stanchev, Mineva, fui dirigido por Lalov, fui a Sofia, percorri toda a Europa com eles, e minha impressão é a que relato agora. Fiz Alemanha, França, Espanha e Portugal com eles, como corista e comprimario contratado, e nunca consegui entrever neles um pouco de refinamento intelectual. Azar?? Casualidade negativa? Nâo sei...

Sim, possivelmente nossos conceitos diferem.
A Bulgária realmente é pobre, e Romênia também.
Mas novamente eu tenho que te dizer que não acho as pessoas nem toscas em rudes. Estive na Romência no ano passado e o motorista de taxi que me levou do aeroporto ao hotel me mostrou o teatro de ópera, narrando os nomes dos cantores que lá estavam na temporada em questão.
Isso sem falar nos músicos da Filarmônica Brasov, muitos deles muito jovens, mas também estudiosos, competentes, trabalhadores, educados e disciplinados.
Sorte? Talvez...

Claro que o nível da orquestra não chega nem perto do Ocidente, mas na minha opinião a pobreza de espírito que possuímos de sobra aqui na América Latina é mil vezes pior, e é a isso que me refiro.

É, realmente o que você narra é diferente da minha experiência, entretanto não é a primeira pessoa que me diz isso, já ouvi dizer que lá que existem companhias de ópera e regentes péssimos. Eu somente conheço um par deles que considero excelentes, dentre eles o Sr. Milanov.
Mesmo assim eu gostei de ouvir a tua experiência, gostaria de ouvir mais.
Abraços...

É muito triste quando uma pessoa que, tendo uma vida abastada e podendo viajar pelo mundo, volta para o Brasil arrotando soberba, dizendo "isso é bom, aquilo não é....", com ares de dono da verdade... Isso mostra que ela nada aprendeu na sua estadia sobre as culturas com a qual conviveu.

E, francamente, nada mais pequeno-burguês, nada mais típico das elites e socialites do nosso Brasil, nada mais mesquinho, nada mais novo-rico.
Pessoas que, dos países visitados, só conhecem o tal hotel ***** com Spa e depois saem e dizem que conhecem "profundamente" tal país.
Depois voltam ao Brasil com frases definitivas, discriminatórias e redutoras sobre as culturas que conheceram.

Na Suíça a música clássica é o pão de cada dia de todo mundo. Os teatros, óperas e salas de concertos estão sempre lotados.

Realmente faltam jovens nesse público, mas isso é normal. Passada a época da aborrescência, eles vêm como cordeirinhos aos teatros assistir a tal Rapto do Serralho ou sinfonia de Brahms...
Eu também, na minha adolescência, só queria saber de besteiras que poluem a mente... a mudança veio aos poucos.

A escritora Agatha Christie conta na sua autobiografia que, adolescente, estando em Florença com uma tia, esta lhe levava à Galleria degli Uffizi... e que ela detestava ficar olhando as madonnas de Rafael, que pareciam tão satisfeitas consigo mesmas!
A única coisa que ela queria, na idade em que estava, era correr para a gelateria mais próxima e se entupir com os famosos sorvetes florentinos...

A idade para os museus (e óperas) vem depois.

Sombrio, o conhecimento de outras terras dá ao conhecedor uma visão mais ampla das coisas. É verdade que muita gente vai passar uma semana na Inglaterra e volta falando com sotaque, arrotando superioridade, mas esses não contam. Contam os que adquirem uma visão crítica maior, os que não se envergonham de afirmar, os que tem cabeça pra pensar, os que sabem ver as diferenças. Os relatos de viagem são famosos desde Julio Cesar, desde Marco Polo. Você acha que esses voltaram arrotando soberba ao falarem da Galia ou da China? Você já ouviu falar no Preste João? Você acha que Amundsen arrotou soberba ao contar o que ocorreu no Polo?

Outras terras tem outros costumes e outras paisagens, e isso muitas vezes dá a quem as conhece oportunidade de amar a terra natal com mais amor e discernimento. E capacidade para dizer o que é melhor, sim senhor. Dá mais amplitude, maior horizonte intelectual. No meu caso, faz gostar mais ainda deste Brasilzinho, entre outras mil terra adorada salve, salve, mas que infelizmente não tem um macarrão melhor que o da Emilia Romagna...

Trovador, não quis te ofender. Apenas não gostei do que disse sobre a Suíça. Com todos seus defeitos, o país é maravilhoso.
Chato é um país cheio de corrupção, de gente faminta e doente, de falta de segurança...
Lá eu posso ir comprar o meu pão sem medo de ser esfaqueado na esquina (como aconteceu com um amigo meu em Sampa). Só por isso, esse país vale ouro.

Sombrio, não me senti ofendido. A Suíça é segura (em termos...), mas Nova Iorque e Paris não são e eu as prefiro a Saint Gallen ou mesmo Basel ou Zurich. Acho a Suíça chata, sem graça, o país do dedo-duro, do executivo besta. Herança de Calvino... Eu jamais aceitaria viver na Suíça, só se fosse em Lugano ou Loccarno, vizinhas à Itália e um pouco chegadas a uma macarronada. Mesmo assim só para passar três dias na semana, e nos outros quatro descer o Ticino e passear em Milão ou Novara. Morei em Varese, na Itália, e na minha esquina se podia pegar um ônibus urbano para a Suíça. Em quinze minutos estávamos na terra de Guilherme Tell. Só fui uma vez...
Não sinta nesses sentimentos (eta!!) nenhuma antipatia gratuita. Não sou chegado a culturas nacionais transplantadas, e a Suíça é alemã, francesa e italiana. De suíço mesmo, alguns queijos (medíocres perto dos franceses e italianos), a viande de grison, as fondues, a bolsa de Zurich, e o maravilhoso Klee.

Não gosto de Lichtensteins, San Marinos, Monte-Carlos, Andorras e Albanias. A Suíça é como essas terras sem expressão, ou com uma expressão que some perto das Alemanhas ou Franças da vida.

O requinte ou a cultura não é popular em nenhum país. A única diferença é que na Alemanha ou França, fica mais fácil encontrar cultura sem ter que vender as calças para isso. No resto tanto o povo alemão, francês e o brasileiro são grosseiros; vantagem para nós, já que não somos tão fedorentos.

Porcaria tem em todo lugar do mundo.

E como dizia o Tom Jobim (e me perdoem pela transcrição literal):

"Morar em New York é bom, mas é uma merda. Morar no Brasil é uma merda, mas é bom"...

Frederico Mercúrio escreveu:
A música clássica vive seu melhor momento e espero que melhore ainda mais. Finalmente virou coisa séria, não é mais um ponto de encontro para aristocracia ou alta sociedade (se deram conta que desfile de escola de samba ou o Oscar é mais divertido), cada vez mais a música clássica atinge um público merecedor.

Pois estava muito melhor quando era entretenimento só de aristocratas. Veja o que aconteceu quando deixaram o populacho fazer parte:

Trovador, estou de acordo com relação à viande des Grisons, mas, os queijos?!........... Você nunca provou o autêntico Gruyère? E o Sbrintz, num risotto Tessinois?

E o Vacherin Mont-d’Or suíço, verdadeiro regalo dos deuses???

Oi pessoal, sem querer insultar ninguém, mas eu acho que argumentos do gênero "lá fora também tem coisas ruins" de uma simplicidade que beira o ridículo.

Sejamos realistas. Só assim o Brasil terá um dia nível comparável ao dos países europeus. Notem que muita coisa já progrediu. A ciência brasileira, por exemplo, tem dado passos de gigante, e em algumas áreas já joga de igual para igual com os europeus. Isso ocorreu na base de muito trabalho duro e sem essa de ficar dizendo "lá também tem cientista ruim" para se consolar.

Infelizmente, com respeito à música erudita ainda tem muito chão pela frente, mas ninguém tem que se sentir inferiorizado por isso. O negocio é encarar a realidade, assumir que as orquestras brasileiras são realmente péssimas e que há muito a ser feito. Se começarmos a nos enganar dizendo que as nossas orquestras não são tão ruins assim, que lá fora também tem orquestra ruim, etc., a gente acaba assumindo uma postura descansada e não progride. Não temos que ficar pensando no que tem de ruim na Europa e nos EUA, **mas sim no que tem de bom**. E então tentar, com muitíssimo trabalho, chegar ao mesmo nível ou até mesmo ultrapassa-los (e por que não?).

Para resumir: tem muito francês ignorante? Tem muito! Mas lá a porcentagem da população que é culta é muito mais alta do que no Brasil. E é esse porcentual que nós temos que olhar, não no porcentual de imbecis. Para mim a quantidade de idiotas de um pais não interessa nem um pouco, mas sim a quantidade de pessoas inteligentes!

Brésiliens, encore un effort si vous voulez être cultivés!

Alucard,

Você está certo. Devemos sempre olhar o lado positivo das coisas. Tive um professor que falou uma grande verdade: "o aluno que fracassa na vida é aquele que, em vez de ficar prestando atenção nos ensinamentos, espera o professor tropeçar". Não podemos negar que o fator geográfico, misturado com um pouco de história, tem um peso grande na cultura de um povo. Os méritos de uma conquista não estão relacionados a uma determinada população; o povo brasileiro não é inferior ao francês, ou vice-versa. Isto está bem claro. Às vezes quando a balança pende para um lado, eu coloco uma forcinha para o outro.

O interesse pela cultura ainda é um problema muito grave, mas acho que vivemos na melhor época. A internet e a mídia em geral, apesar do monte de baboseiras, levam também a possibilidade de conhecer o que há de belo nos países (a música, pintura, literatura,...). E cada vez que um povo começa a respirar um pouco de cultura, o interesse para que ela se aproxime aumenta. Num país escravizado pela corrupção e pisoteado por uma elite mesquinha e mal-educada, infelizmente sempre existirão os ratos (os alunos fracassados) que preferem exaltar mais os defeitos que os acertos.

Pois é Frederico, podem até dizer que eu sou excessivamente otimista, mas eu acho que com muito trabalho o Brasil poderá chegar lá. Alguns dirão que é um problema de verba, mas temos também que tomar cuidado com esse argumento. Usando mais uma vez o exemplo da física (que é o mundo que eu conheço melhor), ganha verba quem trabalha. Se as orquestras brasileiras fizerem um bom trabalho, vão ter argumentos mais fortes para pedir um aumento de verba. É claro que as ciências tem uma vantagem junto ao meio politico, que é o famoso argumento do desenvolvimento do país pelo desenvolvimento científico e tecnológico. Mas cultura também é desenvolvimento! É essa ideia de que povo desenvolvido é povo culto que tem que ser vendida aos políticos.

Caro Alucard,

Esse exemplo da ciência é válido. Trabalhei na Eindhoven University of Technology e lá o dinheiro produz ótimos resultados. Mas o nível do departamento de física de minha cidade (onde fiz meu doutorado) é tão bom quanto o de lá, pois no Brasil há recursos para pesquisas (apesar de ser bem menor) como também um grupo de pesquisadores que se uniram para isto acontecer (apesar dos revanchimos e invejas, comum em qualquer profissão). Na música, com os péssimos salários e a falta de união entre os músicos, fica muito difícil. Mesmo assim acho que estão conseguindo milagres.

Amigos, há várias opiniões quanto ao modo de ajudar o país usando essa arma poderosa que é a opinião pública, formada por indivíduos. Muitos desses indivíduos acham que é sendo otimista, alegre, dando injeção de ânimo, estimulando. Esse pessoal é o do lema "pra frente Brasil".
Outros acham que a linha correta é a de não dizer nada, e trabalhar em silêncio, sem externar ideias. Outros adotam o lema "ame-o ou deixe-o". E daí em diante.

Mas outros acham que é apontando os problemas e defeitos que se ajuda a terra natal. Essa linha, muito debatida nos parlamentos europeus no século XIX, foi adotada por muitos ilustres pensadores e escritores, principalmente após o surgimento do Realismo na literatura.

Penso que é essa última linha a mais útil no atual estado de nosso país, a mais direta e efetiva. Ela tem sempre encontrado oposição cerrada nos nacionalistas intransigentes, para os quais está tudo bem porque nosso céu é mais azul e nossa terra tem mais flores, e tenho até sido chamado de "comunista", de "entreguista", por irados discutidores do assunto. A reação piora quando os opositores se defrontam com um Trovador que escreve muito bem e que sabe expor e defender suas ideias. Aí, certas observações de suburbana acidez surgem, filhas da impotência dos argumentos. Paciência. Per aspera ad astra...