Mitos sobre o Paraíso Cósmico

Graças ao telescópio, Galileu descobriu os satélites jovianos (os 4 maiores satélites de Júpiter) e percebeu que eles orbitavam em volta desse planeta.

Isso foi o primeiro indício contra o geocentrismo, que todos os corpos celestes orbitavam somente em volta da Terra.

MacGyver, tens razão...

enquanto todos olhavam na horizontal, o horizonte!, ele levantou o rústico telescópio para o espaço sideral, e tudo mudou!...
Até a Lua, polida e brilhosa, apareceu diante de seus olhos, toda cheia de imperfeições.

Ad Rosam per Crucem!

Maçom, nem são mais os treze bilhões e meio de anos, porque essa medida além de depender da antiga Relatividade, ele ainda parece estar acelerando.

Sobre haver um centro, só poderíamos saber se a radiação de fundo fosse mais próxima vista em alguma direção, mas parece que os observadores esqueceram de informar esse detalhe. Mas caso fosse uma explosão, haveria um centro sim referente à partícula que não se mexe.

Sobre Universo, estamos muito mais na Idade Média do que você imagina.

Conceitualmente e por motivos óbvios não pode ser finito e nem infinito.

O Universo não cabe na imaginação.

Antes do Universo se organizar como tal, certamente não havia centro do Universo. Se concebermos o Universo como a interseção de dois objetos anteriormente isolados, no exato instante da grande colisão, houve um centro. Um centro que se espalha enquanto os objetos se interpenetram.

O centro do Universo está no passado. Passado que está em toda parte e em todas as direções.

O meu passado é mais organizado!

Caro Marley,

" O Universo não cabe na imaginação."
O que é isso? Além do infinito?...rs

Me diz uma coisa, o limite do universo não fica ao limite de nosso conhecimento?
Se 13 bilhões, ou 15 bilhões... não será esse o universo conhecido e, por isso, é o Universo?

(pedido de esclarecimento!)

Universo quer dizer uma versão.

Os caras apontaram o telescópio para o ponto mais escuro do universo, e levaram uma semana para lentamente, pixel por pixel formar a imagem de uma galáxia, e deduziram que está a uns 12 ou 13 bilhões de anos luz, de tão esparsos que estão esses fótons. Mas isso depende de muitas outras possibilidades, como por exemplo, a quantidade disponível deles no momento da emissão, dispersão pelo caminho, ou se a luz não muda de velocidade durante a incursão pelos campos do caminho, etc. Veja que ela teria que sair a 300 mil por segundo referentes ao ponto de partida que está se afastando de nós, de modo que teria que acelerar ao entrar em nosso campo para satisfazer Realtividade.

Sobre o tempo suposto ou estimado de 15 ou 20 bilhões de anos para a idade pós Big-Bang, é apenas um cálculo de uma turma, que baseado na antiga percepção de velocidade de expansão, montando de marcha a ré, a coisa estaria talvez unida nesse período, mas novas medições indicaram que está acelerando, e não sabemos por enquanto mais coisa alguma nesse sentido.

Mas infinita é seguramente a nossa ignorância, se comparada ao que parece o universo. Nem sabemos se ele existe além de dentro de nós.

"Infinito" quer dizer "sem fim conhecido", e diferente de "eterno", que significa "ostensivamente para sempre".

Não sabemos se estamos sonhando e se nossa consciência é a única coisa que existe, uma vez que "a sua", você conhece, mas não pode provar para ninguém, nesse caso não pode ser científica.

Ainda assim me parece intuitivo saber que não pode ter fim, porque teria que acabar em alguma coisa, e se fosse no nada, então continuaria existindo para além do nada com radiação e campo, como também seria notado a qualquer distância a partir desse nada, onde supostamente a luz pode ser lançada a qualquer velocidade.

Mas por outro lado, como alguma coisa pode ser sem fim?

A minha intuição não aceita nenhuma das duas premissas.

A palavra Universo é semelhante à palavra átomo. Nenhuma delas significa o que quer dizer.

Ambas representam contextos, ao mesmo tempo, divisíveis e multiplicáveis.

Maçom,

considerando que a palavra é o fundamento do pensar...

Não poderíamos considerar que, tanto o átomo quanto o Universo seriam limitados pelo conhecimento que temos deles?
Se microcosmo ou macrocosmo e até onde conhecemos deles, o que não conhecemos, não tem realidade física... é nada!
É o conhecimento e a existência dessa realidade física que me amparam a refletir e a explicar o átomo e o Universo.
Não seria assim?

(só para me ajudar a entender...)

É isso. Os nomes dos objetos continuam os mesmos, enquanto os conhecimentos dos mesmos, mudam. Ocorre que, o átomo é divisível, enquanto o Universo é multiplicável. Algo, a princípio, incoerente com os significados originais destas palavras.

Para tentar resgatar o significado do verdadeiro átomo, podemos usar o termo partícula fundamental.

Para tentar resgatar o significado do verdadeiro Universo, podemos usar Todo ou Multiverso.

A palavra moderna que iniciados têm utilizado para o universo é "a coisa". Estudamos a coisa.
Multiverso, adverso, isso tudo para mim são jogos de palavras, porque o importante seria entender mesmo a coisa.
Um cara brilhante concluiu um dia que as leis da física de fato não existiam antes de nós as interpretarmos, ou inventarmos.
Estudar a coisa, a palavra sugere que de fato nem sabemos se é real, mas ainda assim estudamos como se fosse o que de fato parece.

E qual a relação de átomo, universo e infinito na teoria de Copérnico e o heliocentrismo?

Não creio que pensassem diferente do que pensamos hoje, uma vez que somos os descendentes físicos da teoria deles que vingou. Olharam mais longe tentando entender, e nós com as mesmas ferramentas, mais longe ainda, e igual sem entender.

A conexão é a ideia da localização de um centro. O átomo, a Terra, o Sistema Solar, a Via Láctea... Todos apresentam um centro ou uma região mais central quando procuramos atribuir uma figura geométrica a estes objetos. Certamente, nenhum destes objetos é o centro do Universo, ou o centro do infinito. Para haver centro, é preciso haver periferia.

Na ausência de periferia, conclui-se que não há centro do universo, mas nos estudos de cosmologia, astronomia e astrofísica consideram que a borda do universo dista uns 12, 13 bilhões de anos luz!
O querem dizer com isso? Não é reconhecer que exista um centro?

Dante, acho que tem um buraco nessa teoria, porque teríamos que estar no centro para haver essa "borda" para qualquer direção. Falam em radiação de fundo e fica por isso.

A ideia dos 15 a 20 bilhões de anos não foi baseada em qualquer limite, mas montando a velocidade aparente da expansão de marcha à ré. Mas últimas medições indicaram que a aparente expansão está acelerada, de modo que esses 15 a 20 bilhões de anos já eram, e isso é oficial.

É que eles estão tentando medir de novo, repensando telescópios, aguardando lançamentos, e enquanto isso a turma está perdida e calada.

A NASA está com experimentos gravitacionais utilizando giroscópios em órbita, e isso tem a ver com relatividade. Ou seja, estão tentando experimentar de alguma forma também relatividade, e por enquanto parece inconclusivo.

De tudo, o mais importante é que algo que não havia, passou a haver.

Metaforicamente, em algum momento, aquela pedra encontrou a superfície daquele lago tranquilo. A partir daquele centro uma onda circular se formou.

Se o Universo é como uma onda em um lago, o seu centro já deve ter voltado à tranquilidade que havia antes da "pedra". A onda, no entanto, continua a se propagar e a se expandir no lago infinito.

Maçom, não existe qualquer prova que tenha começado, e em termos de causa e efeito, nem é possível haver o começo de algo, porque qualquer começo é uma consequência.

Sobre as ondas se alargarem, a água no centro não fica calma depois disso; ela sobe e desce em movimentos decrescentes indefinidamente (pelo menos até quem sabe atingir algum momento quântico onde não exista determinada frequência). ???!!

O melhor exemplo (ou o menos ruim) para explicar a expansão do Universo seria um balão que é enchido. Nesse exemplo, o Universo é representado somente pela superfície do balão. Cada ponto do balão se afasta em relação aos outros pontos (como as galáxias se afastam uma das outras) e para um observador situado em um dos pontos do balão, fica impossível determinar qual a origem do centro primitivo.

Eu digo que esse exemplo é o menos ruim pois nele há somente duas dimensões, ao contrário das quatro dimensões conhecidas no Universo.

Marley,

Também creio que nada começa, ou acaba, em um ambiente que não seja propício às coisas começarem ou acabarem. Assim, o Universo pode ser uma consequência de um ambiente adequado ao aparecimento de universos. O ambiente fundamental, este sim, não precisaria de limites de tempo ou de espaço.

Geômetra,

Esse exemplo do balão implica numa borda externa do balão, coisa que não parece conhecida, uma vez que não está claro se a irradiação de fundo é mais próxima em alguma direção.

O número de dimensões também é relativo, porque pode ser visto como "espaço-tempo-observador", ou muitas mais, como "altura-largura-comprimento-passado-presente-futuro-observador-..."