A Mente Inconsciente e seus mistérios

A palavra Consciência é muito abrangente, existem vários tipos...
Mas, ao meu ver, é simplesmente a capacidade de você reconhecer e interagir com o meio ao seu redor.

Existem pelo menos dois significados para a palavra consciência:
1) Uma entidade imaterial (ou estrutura) que junto com outras estruturas mentais governam o nosso comportamento. Esse conceito é muito utilizado pela Psicanálise.

2) Consciência como estar consciente de algo. Ou melhor, estar ciente de algo, saber que ele existe, estar atento a ele. Nesse sentido a consciência sempre vai ser consciência de algo, como afirmou Husserl.

Eu não costumo usar o termo consciência. Concordo muito mais com o sentido (2). Trato consciência como um comportamento. Se conscientizar de algo é uma ação do sujeito, mesmo que essa ação seja privada, ou seja, somente ele tenha acesso.

Consciência não é o maior problema...

O maior problema está nas sensações reais da consciência.

Consciência não é o maior problema.

O problema é: quem é o sujeito consciente?

Vocês estão afirmando que consciência é algo que a gente "tem". Se ela é uma coisa que possuímos então onde ela está? De que é feita? Como uma coisa imaterial pode alterar uma coisa material que é nosso comportamento?

Esse conceito é apenas uma INFERÊNCIA que fazemos através de nossos comportamentos, e que sinceramente produz mais confusão do que explicação para o entendimento do comportamento humano.

Nesse sentido concordo com os budistas que consciência é apenas uma ilusão.

Ninguém aqui afirmou que consciência é um problema. Acho que o autor da pergunta (Joker) quer saber qual o conceito de consciência.

Zardoz, o Mágico escreveu:
"A consciência é consciência de algo", diria Husserl, ou seja, é preciso que exista algo, para se ter consciência daquele algo. Esta é a base da fenomenologia, que defende que a consciência se faz a partir das impressões (sensações) que se tem de um fenômeno.

Você conhece a meditação?

A meditação é basicamente colocar a sua própria consciência no NADA, no ''vazio''. Portanto, não parece que é necessário existir um objeto para que se tenha consciência dele.

É que você está falando apenas de objetos. Mas podemos "ter consciência" de fenômenos (ocorrências). E o vazio que você falou, que na verdade é um estado de corpo, pode ser o objeto da "consciência".

Se a meditação é a consciência (atenção) no "vazio", então o "vazio" é o objeto do qual se tem consciência, logo Husserl teria acertado.

Se estar consciente do "vazio" significa a ausência de consciência, Husserl também também teria acertado.

Se o "vazio" é a ausência de qualquer coisa, como parece ter sido sugerido, então o próprio "vazio" inexistiria e resultaria na ausência de consciência. Sem objeto, sem consciência.

A falta absoluta de alguma impressão é a consciência em potencial.

Sem impressão (sensação) a consciência se torna uma possibilidade latente.

Consciência não é você, é o que você acha que você é.

Consciência não é você e muito menos o que você acha que é.

Consciência é o achar.

Mas se alguém acha, quem acha esse é. Se consciência é o achar, logo, é achar para quem o acha... Se é achar para quem o acha, é o que você acha que você é.

Pra mim a consciência é um processo fruto de interações do cérebro.

A consciência é a prova para você mesmo, que você existe, ao mesmo tempo que é a ilusão do que você é, para você mesmo?

Consciência é uma relação entre sujeito e objeto.

Se suponho ser algo, correspondo ao sujeito que supõe. O algo que suponho ser corresponde ao objeto.

Nesse caso, consciência é a ato de supor, ou seja, a relação entre o sujeito e o objeto.

Eu não preciso provar minha existência para mim mesmo, já que para provar algo, necessito existir a priori.

Consciência não pode ser uma ilusão. Pode sim ser o ato de se iludir.

O sujeito é quem se ilude e a ilusão é o objeto.

A consciência é uma lanterna na infinitude da escuridão.

Consciência é a sombra da criação.

Freud, se consciência é o ato de supor sobre o objeto pelo sujeito, é o verbo do sujeito e, logo, faz parte dele, e se refere ao objeto consciência, que supõe ser o próprio sujeito, mas que não necessariamente o é.

Existe a consciência inata, e aquela na qual desenvolvemos a partir de uma vida com sensações e memes, geradas por um decodificador (cérebro).

Uma está dentro da outra. Essa minha consciência que escreve nesse tópico descende de uma consciência anterior à minha que não está desvinculada, mas sim, não-decodificada.

A consciência só aparece quando é provocada.

Em uma hipotética hiper-explosão demográfica, seriam provocadas tantos trilhões de consciências quantos fossem os trilhões de seres conscientes.

Freud, de qualquer forma, se não somos o sujeito e sim somente o verbo, ainda somos... e se somos, tambem somos sujeito, e se somos sujeito e não estamos sozinhos, também somos objeto. E se temos uma projeção de nós mesmos sobre nós, fazemos de nós mesmos uma projeção do objeto que realmente somos.

Não estamos sozinhos, portanto somos sujeitos em ação e objetos em potência.

Não somos verbo, acho que me compreendestes mal. Quem supõe, percebe a suposição. Quem se ilude, percebe a ilusão.

O sujeito é quem. O objeto é o que é percebido. A consciência é o ato de perceber.