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Navios Históricos

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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:13

Minas Gerais foi encomendado aos estaleiros da Armstrong Whitworth, Grã-Bretanha. Teve a quilha batida em 17.04.1907 e foi lançado em 10.09.1908. A construção findou-se em 06.01.1910.
Quando entrou em serviço constituía, juntamente com o seu irmão gêmeo São Paulo, uma das belonaves mais poderosas do mundo : montava doze canhões de 12 polegadas em seis torres, bem como artilharia secundária composta por vinte e dois canhões de 4.7 polegadas, além de oito outras peças de 3 libras.
Tornou-se motivo de orgulho nacional, tanto que a valsa "Oh! Minas Gerais", com a melodia italiana Vieni sul mar , foi composta em sua homenagem, e não ao Estado da Federação brasileira.
A nova belonave exigia grande equipagem, principalmente de foguistas, de maneira que para suprir a carência de pessoal foram contratados até mesmo marinheiros estrangeiros (ingleses, portugueses, gregos, americanos e barbadenses).
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:14

Na noite de 22.11.1910 eclodiu a bordo do Minas Gerais, quando este se encontrava fundeado na Baía da Guanabara, o motim que passou à história como a "Revolta dos Marinheiros" ou a "Revolta da Chibata".
Diversas são as causas apontadas para o motim : recrutamento forçado que importava em 10 ou 15 anos de serviço militar obrigatório, punições corporais (açoites), excesso de trabalho, péssima alimentação e salários irrisórios; porém, nas palavras do historiador Pedro Calmon, "o pretexto era o inumano regime de castigos de bordo, vergonhoso, mas subsistente, nessa armada que se renovava."
No dia 16 de novembro, o marinheiro Marcelino Rodrigues Menezes fora chicoteado, recebendo duzentos e cinquenta golpes do próprio comandante do "Minas".
Apontam os historiadores, também, que um dos motivos de irritação dos marinheiros era o tratamento dispensado aos ingleses que foram contratados para suprir as deficiências de pessoal e que se encontravam a bordo do Minas Gerais : enquanto a ração dos marujos brasileiros era péssima e escassa, os ingleses recebiam alimentos em abundância e de melhor qualidade.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:14

Na indigitada noite, quando o Comandante Batista das Neves retornava de um jantar oferecido a bordo do navio francês Duguay-Trouin, os marinheiros cercaram-no e, depois de breve luta, o mataram a tiros e coronhadas. Na seqüência, os demais oficiais foram mortos, conforme acordavam e saíam dos camarotes para verificar o que ocorria.
No entanto, o 2º Tenente Álvaro Alberto, embora gravemente ferido, pois fora atingido por golpes de baioneta ao defender o Comandante Batista das Neves, alcançou o São Paulo com um escaler e conseguiu notificar os demais oficiais da frota, que escaparam para a terra.
Os vasos São Paulo, Deodoro e Bahia, privados de seus oficiais, aderiram ao motim no decorrer da noite.
Na manhã seguinte, comandados pelos marinheiros de primeira classe João Cândido Felisberto e Francisco Dias Martins, os amotinados bombardearam a Cidade do Rio de Janeiro, atingindo a Ilha de Villegaignon e adjacências. Alguns disparos, efetuados sem muita precisão, foram direcionados contra o Palácio do Catete, sede do Governo Federal.
Declarações da equipagem do Duguay-Trouin dão conta que os revoltosos manobraram os navios com perícia.
Também no dia 23 de novembro, pela manhã, o deputado e capitão-de-mar-e-guerra José Carlos de Carvalho esteve a bordo do Minas Gerais e do São Paulo, para dar início às negociações com os marinheiros.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:14

Nos dias subseqüentes, os navios que não aderiram à revolta, na maioria contratorpedeiros, entraram em prontidão para torpedear as belonaves amotinadas.
Em 25 de novembro, o Ministro e Almirante Batista Leão emitiu a ordem de afundar a "Esquadra Branca" : "hostilize com a máxima energia, metendo-os a pique sem medir sacrifícios."
Entretanto, depois da anistia votada pelo Congresso Nacional em 25 de novembro, as negociações obtiveram êxito, de modo que os revoltosos se entregaram no dia 26 de dezembro.

A Primeira Guerra

Com a entrada do Brasil na guerra, em 26 de outubro de 1917, planejou-se enviar o Minas Gerais e o São Paulo à Europa, para que se juntassem à Royal Navy em Scapa Flow.
Contudo, as belenonaves que em 1910 eram os encouraçados mais modernos do mundo, em 1917 já necessitavam de séria atualização dos equipamentos para fazer frente às exigências da guerra naval que se desenvolvia na Europa.
Desse modo, a inadequação tecnológica e a impossibilidade de atualizá-lo em tempo hábil impediu que o Minas Gerais integrasse a Divisão Naval enviada para participar da I Guerra.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:15

A Modernização de 1935/1939

A exemplo do que já ocorrera com os "dreadnoughts" ingleses, americanos, italianos e japoneses, o Minas Gerais foi submetido a uma reforma no quadriênio 1935/1939 : as caldeiras a carvão foram substituídas por máquinas a óleo que passaram a lhe proporcionar a potência de 30.000 Hp, enquanto que a superestrutura foi completamente reformulada.
Por sua vez, as duas chaminés de descarga, em virtude da substituição dos propulsores, foram extraídas e trocadas por uma única nova.
O armamento sofreu modificações também, pois parte da artilharia secundária foi removida para dar espaço às novas peças de defesa antiaérea : quatro de três polegadas e quatro de 40mm (Bofors) montadas em torres gêmeas.
O "novo perfil" do Minas Gerais lhe deu sobrevida de dezesseis anos.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:15

A Segunda Guerra

No decorrer do ano de 1942, o Brasil foi levado à guerra em razão dos ataques de submarinos alemães e italianos aos seus navios mercantes.
Havia necessidade premente de defesa da marinha mercante contra a ameaça do Eixo, sendo certo que muitas das operações de torpedeamento ocorreram próximas à costa.
No entanto, o velho encouraçado não se mostrava apropriado para as missões de escolta dos comboios de navios mercantes e, por outro lado, mesmo depois da reforma da década de 30, não tinha condições de participar de operações de superfície, porque não fora suficientemente modernizado.
Coube-lhe, porém, durante a II Guerra, a designação para servir de bateria flutuante em defesa do porto de Salvador.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:16

Características do Minas Gerais

............Construção/estaleiro ..........Armstrong Whitworth, Elswick (Grã-Bretanha)
............Lançamento ..........10/09/1908
............Comissionado ..........06/01/1910
............Deslocamento (toneladas) ..........19.200 (padrão) / 23.243 (máximo)
............Velocidade ..........21/22 nós
............Dimensões (metros) ..........164,59 (comprimento) x 25,29 (boca) x 7,77 (calado)
............Propulsão .......
............eixos ..........dois
............turbinas ....... ..dois grupos de expansão tripla
............Até 1935 ..........dezoito caldeiras a carvão : 23,400 Hp
............Depois de 1935/1937 ..........seis Thornycraft (óleo ) : 30.000 Hp
............Blindagem
............Cinturão principal ..........15,24 cm(extremidades) a 22,86 cm (centro)
............Torres ..........20,32cm
............Convés ..........5,08cm
............Superestrutura ..........7,63cm a 20,32cm

....................................................................Armamento
......................................................................Até 1935
...........Principal doze canhões de 12 polegadas (305mm) em seis torres gêmeas
..........Secundário - vinte e dois canhões de 4.7 polegadas (120mm)
- oito canhões de 3 libras
- oito metralhadoras cal. 0.50
............................................................Depois de 1935/1939
............Principal doze canhões de 12 polegadas (305mm) em seis torres gêmeas
............Secundário quatorze canhões de 4.7 polegadas (120mm)
............Antiaéreo - quatro canhões AAe de 3 polegadas
- quatro canhões de 40mm (Bofors) em duas torres gêmeas
- oito metralhadoras cal. 0.50
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:17

Li que o Minas Gerais foi descomissionado e vendido como sucata para um estaleiro italiano, mas que por um tempo, lá na Itália, serviu como navio-frigorífico estático.

Ele terminou os seus dias como navio-carniceiro e a fonte é a Warship International.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:22

Bismarck "o terror dos mares".

Bismarck foi um couraçado alemão da classe Bismarck construído e operado durante a Segunda Guerra Mundial. Baptizado com este nome em homenagem a Otto von Bismarck, tornou-se famoso por ser o responsável pelo afundamento do cruzador-de-batalha e orgulho da Marinha Real Britânica, o HMS Hood, durante a batalha do Estreito da Dinamarca, em 1941, e pela subsequente perseguição que culminou na sua destruição, apenas três dias depois. Isso só foi possível após ter sido torpedeado no leme por aviões "Swordfish" lançados do porta-aviões Ark Royal, sendo este o primeiro ataque realizado por aviões lançados a partir de um navio. Apenas com o leme avariado, pôde ser alcançado pela esquadra inglesa e afundado após um terrível bombardeamento, tendo perdido mais de 2.000 homens. Em tal batalha, os ingleses alegam ter liquidado o navio alemão com seus torpedos, mas tal fato não é verídico, posto que expedições sub-aquáticas confirmaram que o casco interno está intacto. A verdadeira causa do afundamento foi porque os alemães, vendo os britânicos se aproximarem cada vez mais, com o navio indefeso após quase duas horas de batalha desigual, abriram buracos no casco, para impedir uma tentativa inglesa de tomar a belonave germânica. O couraçado alemão somente foi afundado devido ao grande número de aviões e navios que o cercaram. Além disso, com o leme avariado devido ao ataque de aeronaves Swordfish, o Bismark só conseguia navegar em círculos, sendo impossível escapar do cerco britânico, que atacou sem piedade o navio e sua tripulação.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:22

A concepção deste navio iniciou-se em 1934. A construção do segundo couraçado francês da classe Dunquerque obrigou a um redesenho do Bismarck, que alterou a tonelagem para 42 000 toneladas, embora oficialmente fosse apenas de 35 000 toneladas, segundo o Tratado Naval de Washington. Teria sido projetado para se tornar um explorador comercial, dotado de depósitos de combustível tão grandes quanto os dos navios de guerra fabricados para operar no Pacífico, embora também fosse capaz de fazer frente a navios inimigos.
Sua construção foi iniciada nos estaleiros da Blohm & Voss em Hamburgo a 1 de Julho de 1936, foi lançado ao mar a 14 de Fevereiro de 1939. Após um treinamento rigoroso no Mar Báltico, partiu para o Atlântico em busca de navios mercantes e comboios aliados. Seria afundado em Maio de 1941 sob o comando do capitão de mar Ernst Lindemann. O Bismarck era considerado a jóia da marinha alemã, e sua prematura perda em combate, alterou totalmente a visão da marinha alemã sobre uso de couraçados. Os submarinos ganharam, então, destaque total na marinha alemã até o fim da guerra.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:23

Comprimento: 251 m (total) / 241,5 m (linha d’água)

Boca (largura): 36 m

Calado: 10,2 m

Deslocamento: 41.700 ton. (padrão) / 50.900 ton. (plena carga)

Propulsão: Turbinas a vapor, 3 eixos (138.000 shp)

Velocidade Máxima: 30,12 nós

Blindagem: 320-220mm (lateral), 50 + 80-120mm (convés), 360-180mm (torres) e 340-220mm (barbetas)

Armamento Principal: 8 canhões de 380mm/L45 (4 torres duplas)

Armamento Secundário: 12 canhões de 150mm/L55 (6 torres duplas)

Armamento Antiaéreo: 16 canhões de 105mm/L65 (8 torrres duplas),16 de 37mm/L83 (8 montagens duplas) e 18 simples de 20mm

Aviões: 4 hidroaviões arado Ar 196

Tripulação: 2.340
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:23

Sobreviventes,

Na realidade, do total dos tripulantes do Bismarck sobreviveram cerca de 116 homens. Recolhidos tanto por embarcações inglesas quanto por alemãs.
http://en.wikipedia.org/wiki/German_battleship_Bismarck

Do HMS Hood afundado antes pelo Bismarck é que só sobreviveram 3 marinheiros, de uma tripulação de 1.418 homens.
http://en.wikipedia.org/wiki/HMS_Hood_%2851%29#World_War_II
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:26

NAUFRÁGIO UTRECHT, 1648

Em meados do século XVII, Portugal e Holanda estavam em guerra e o Império Luso tentava expulsar os holandeses de Pernambuco, porém a superioridade marítima da Holanda era indiscutível. Assim, os portugueses permaneciam ancorados em segurança na Baía de Todos os Santos protegidos pelas fortalezas da costa.
Em março de 1648, a esquadra de nove embarcações do Almirante holandês Witte Corneliszoon De With, invade a Baía de Todos os Santos; entre os navios armados estão o Gysseling, Huys Van Nassau, Utrecht e o Overyssel.
A frota holandesa ataca a esquadra de Luís da Silva Teles, que trazia do reino, o novo Governador Geral do Brasil, D. Antônio Teles de Meneses, Conde de Vila Pouca de Aguiar, a forta portuguesa em pânico se dispersa.
Os navios holandeses "Utrecht e Huys Van Nassau flanquearam o galeão português Nossa Senhora do Rosário, preparando a abordagem. Sem saída, e temendo perder o navio, o capitão português ateia fogo ao paiol de pólvora, que voa pelos ares, carregando consigo toda a tripulação e as duas embarcações Holandesas.
Quando a fumaça se dissipou restavam em chamas o Huys Van Nassau e 26 sobreviventes do Utrecht agarrados a destroços flutuantes.
O Huys Van Nassau encalhou em Itaparica, BA. foi posteriormente recuperado e rebatizado de Fortuna pelos portugueses. O N.S. do Rosario desapareceu por completo.
Em 1981 os restos do Utrecht foram encontrados perto de Itaparica, BA. e durante os trabalhos de recuperação, encontraram-se muitos objetos de estanho que hoje constituem uma das coleções do período mais completas no mundo. Diversas peças identificadas foram restauradas e replicadas pela empresa John Somers Estanhos e hoje fazem parte de sua coleção.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:27

DADOS BÁSICOS

Nome do navio: Utrecht

Data do afundamento: 26.03.1648

LOCALIZAÇÃO

Local: Salvador


UF: BA.


País:Brasil

Posição: Barra leste da Baía de todos os Santos, Ao largo de Itaparica.

Latitude: 13° 07' 51" Sul


Longitude: 038° 39' 13" West

Profund. mínima: 15 metros
Profund. máxima:19 metros

DADOS TÉCNICOS
Nacionalidade: Holandesa - Companhia das Índias Ocidentais
Tipo de embarcação: galeão
Material do casco: madeira Propulsão: vela

Carga: Estanho, bronze, ouro e latão.
CONDIÇÕES ATUAIS: desmantelado
MOTIVO DO AFUNDAMENTO: explosão
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:27

Descrição do naufrágio:

Os destroços encontram-se espalhados por um raio de aproximadamente 100 metros, nitidamente marcado por um fundo formado de pequenas pedras de lastro. No centro da área encontra-se uma grande âncora; em volta dela, três canhões e mais uma pequena âncora quebrada.
Duas grandes fileiras de lastro estão alinhadas quase paralelamente, atingindo um metro acima do fundo. Não sabemos se foram alojadas novamente ou se estão em sua posição de naufrágio. Entre elas, um novo aglomerado de quatro canhões e mais uma âncora em pé no fundo.
Em torno destes destroços, são encontradas ainda três âncoras, todas deitadas no fundo.
Apenas um canhão e uma âncora encontram-se afastados do conjunto dos destroços.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:27

O estanho achado no Utrecht constitui neste momento a maior coleção de estanho no mundo, com data tão precoce e específica.
O estado dos objetos achados, variavam entre quase perfeitos (como o clyster uretral, ainda em estado para uso) e completamente carcomidos. No catálogo da John Somers também existem fotografias das peças no seu estado original, antes da limpeza e restauração pela empresa.
John Somers dedicou quase 5 anos a um trabalho de pesquisa visando à identificação, restauração e reprodução desta coleção. O catálogo da empresa mostra o produto deste trabalho.
O achado estão divididos em duas partes distintas: Utensílios de uso diário dos oficiais e utensílios do cirurgião.
A primeira contém utensílios de mesa, de comida e de bebida; por exemplo o pichel Jan Steen com bico longo, as colheres, saleiros e a bacia grande são provas da maneira de comer e do tipo de comida da época, a maior parte da qual era ensopado.
.Outros utensílios de uso diário como pinicos, castiçais de latão, compasso e tinteiro.
O segundo grupo é constituído pelos objetos de uso do médico. Os clysteres uretral, espátulas, comadre, tesouras, balanças e a caixa de ungüentos.
Todas as peças oferecidas pela John Somers estanho são carimbadas com o nome do navio, a data do seu afundamento e o lugar. Além disso, cada item das peças do cirurgião é carimbado com o seu número individual da edição.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:28

NAUFRÁGIO DO GALEÃO SÃO RAFAEL 1638

“Vossa Majestade me mandou do Porto de Terno à Costa da Bahia, com a minha Companhia no Navio São Rafael. Cidade da Bahia, agosto de 1638.” Este é o trecho principal da carta de 1638.
Os últimos instantes do navio: O Galeão São Rafael foi atacado em Agosto de 1638 pela frota do General Holandês Dick Von Nassau, primo de Mauricio de Nassau e comandante da esquadra que saqueava a Bahia. Abordado ao largo da atual praia de Ondina, fez uma manobra espetacular. Guinou todo a bombordo e com o vento sul do mês de agosto meteu a proa em direção à praia de Amaralina, última faixa de areia à vista. Mas a tarde escureceu!
Perseguido e fustigado partiu largando seus canhões e todas as cargas que poderiam ser lançadas ao mar. Apesar dos imensos rombos, conseguia se manter flutuando. E o seu último rastro foi à fila indiana, de mais de um quilômetro, formada por milhares de telhas. Uma gigantesca pedra submersa selou o seu destino.
Quebrado em quatro pedaços o Galeão São Rafael viaja até hoje, quando imensas ondas balançam e carregam o que dele sobrou. Resquícios do naufrágio estão espalhados desde o Rio Vermelho e provavelmente ultrapassa os limites de Amaralina.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:28

Descritivo de peças encontradas: Entre as coisas exóticas, repousa acomodada entre duas pedras uma carga de milhares de búzios fatiados em forma de moeda. O ferro (âncora) principal impressiona pela sua forma. São duas barras oitavadas de seis polegadas e unidas por uma argola. Todas as quatro pás estão encravadas no arrecife. A visualização só é possível com água limpa, pela sutileza do traço remanescente. O outro ferro, em forma de “U” se encontra a cerca de 30 metros de distância, também sem as pás visíveis claramente.
Centenas de lastros, geometricamente bem definidos, se estendem por todos os lados, formando diversas trilhas. Oito garatéias (um tipo de âncora) compõem o sítio da proa de bombordo.
Por estar em uma profundidade média de 14 metros, o Galeão São Rafael foi saqueado logo após o seu naufrágio e por volta de 1950 por ex-combatentes da segunda guerra mundial. A dispersão dos destroços em todas as direções dificultou a pilhagem. Até hoje é possível encontrar coisas do navio.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:30

Naufrágio do Galeão São Pantaleão (1651)

O São Pantaleão era um galeão de 800 toneladas que armava 36 canhões, estando dotado de uma tripulação de 358 homens. Entre 1640, ano em que foi anexado à armada da Coroa Portuguesa aquando da Restauração e 1651, ano em que se perdeu, o São Pantaleão desempenhou essencialmente ações de patrulha costeira, correndo a costa em 1642, 1643 e 1647. Entre 1644 e 1646, o São Pantaleão fez uma comissão de serviço nos Açores e no Brasil, desempenhando missões de comboio às frotas mercantes.
No último dia da sua existência, a 3 de Janeiro de 1651, o São Pantaleão, com um carregamento de madeira de jacarandá a bordo, fez naufrágio na ilha de São Miguel, na paragem da ponta da galle junto a villa dagoa do pao, dando à costa em tão Roim Lugar e Costa brava que da gente que trazia morerão afogados mais de trezentos homens e Somente esCaparão Com vida trinta e tantos em que se encontravão o mestre de Campo Dom fernando telles de faro. Entre os sobreviventes encontravam-se também o sargento mor Dom António de Azevedo e o capitão Luiz Francisco de Sampayo.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:30

Perante a tragédia, Luís Mendes de Vasconcelos Governador Geral da ilha de São Miguel notificou de imediato o Provedor das Armadas e Naus da Índia, Mina e Guiné, João do Canto de Castro, residente na ilha Terceira. Como primeira medida humanitária, o Provedor das Armadas, mandou fornecer a todos os que se encontravam sem do que vestir roupetas, calças, jubões, meias, sapatos e duas camisas.
O Provedor determinou igualmente a recuperação imediata da artilharia do São Pantaleão recorrendo para tal aos serviços do mergulhador João da Cruz, que se encontrava num dos navios da frota. As peças de fogo recuperadas foram inventariadas pelo Provedor da Fazenda, António Diniz Barbosa, que assentou igualmente o seu número e respectivo calibre.
A carga de madeira de jacarandá ficou à guarda de Duarte Borges da Câmara, juiz da Alfândega de São Miguel e entregou-se aos respectivos donos, pagando estes os direitos devidos à Coroa Portuguesa. Para que o transporte da madeira se fizesse sem embaraços de ordem económica, o feitor Francisco Soares de Melo providenciou o dinheiro necessário por conta da Fazenda Real. O Provedor pediu a especial atenção de André de Ponte de Souza, contador da Fazenda Real para as ilhas de São Miguel e Santa Maria, para que as justiças ordinárias cumprissem com o disposto sob pena de perderem as mercês dos seus ofícios.
Como em São Miguel não se encontraram embarcações disponíveis para a recuperação da artilharia e da madeira de jacarandá, fez-se construir por conta da Fazenda Real uma barcaça, dotada de molinete e gaviete e mais apetrechos de recuperação, para o salvamento do galeão. Como houve falta de materiais de construção os carpinteiros navais utilizaram o madeirame do galeão naufragado de maneira a que a barcaça se encontrasse operacional o mais rapidamente possível. A madeira e o ferro recuperados do São Pantaleão foram leiloados e vendidos a quem mais ofereceu.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:32

Esquadra que combateu na Batalha de Chaul em 1509
Esquadra Portuguesa

Cinco grandes naus: Flor do Mar (Navio do vice-rei), Espírito Santo (capitão Nuno Vaz Pereira), Belém (Jorge de Melo Pereira), Grande Rei (Francisco de Távora), e Grande Taforea (Fernão de Magalhães)
Quatro naus mais pequenas: Pequena Taforea (Garcia de Sousa), São António (Martim Coelho), Pequeno King (Manuel Teles Barreto) e Andorinho (D. António de Noronha)
Quatro caravelas redondas: (capitães António do Campo, Pêro Cão, Filipe Rodrigues e Rui Soares)
Duas caravelas Latinas: (Capitães Álvaro Paçanha e Luís Preto)
Duas galés: (capitães Paio Rodrigues de Sousa e Diogo Pires de Miranda)
Um bergantim: (capitão Simão Martins)
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:33

Algumas Naus e Galeões portugueses de 1602 a 1639

Cinco Chagas - Capturado por corsários ingleses em 1594
Santiago - Capturado pelos Holandeses em 1602
Santo Amaro - Danificado em 1620
Santa Teresa de Jesus - Danificado em 1622
São Carlos - Danificado em 1622
São José - Danificado em 1622
São Simão - Perdido numa tempestade em 1624
Santa Isabel - Perdido numa tempestade em 1624
Nossa Senhora da Conceição - Incendiado em 1624
Nossa Senhora da Guia - Danificado em 1624
São Francisco Xavier - Danificado 1625
Santo André
São João
Santa Catarina do Monte Sinai
Nossa Senhora da Conceição (1620) - Incendiado em 1621
São João Baptista (c. 1621) - Afundado em 1622
Cinco Chagas (c. 1623)
Nossa Senhora dos Remédios
Bom Jesus (1636)
Nossa Senhora de Belém - Afundado em 1635
Santa Teresa (c. 1637) - Incendiado em 1639 durante a Batalha dos Downs
São Sebastião - Incendiado em 1639
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:35

A Batalha da Jutlandia 1916.
Link da matéria sobre esta grande batalha na Primeira guerra mundial.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_da_Jutl%C3%A2ndia
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Navios Históricos - Página 2 Empty Re: Navios Históricos

Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:36

História do Vasa

Vasa (ou Wasa) foi um navio de guerra, construído para o Rei Gustavo Adolfo da Suécia de 1626 a 1628. O navio afundou e naufragou após velejar menos de uma milha náutica (cerca 1.8 km) em sua viagem inaugural, em 10 de agosto de 1628. O Vasa foi inicialmente esquecido após tentativas de recuperar seus preciosos canhões no século 17, sendo localizado novamente no final da década de 1950, na saída da baía de Estocolmo. O navio foi recuperado com o casco quase intacto em 24 de abril de 1961, sendo alojado em um museu temporário chamado Wasavarvet ( ou "O Estaleiro Wasa") até 1987, quando foi transferido para o Museu do Vasa em Estocolmo. O navio é uma das mais populares atrações turísticas da Suécia e, em 2007, atraiu mais de 25 milhões de visitantes.
Vasa foi construído com a parte superior muito pesada e com insuficiente lastro. Apesar da evidente falta de estabilidade no porto, foi autorizada a zarpar e naufragou poucos minutos depois, quando encontrou um vento mais forte do que a brisa predominante.
O impulso em fazê-lo navegar foi resultado de uma combinação de fatores. O rei Gustavo Adolfo, que estava no exterior na data da viagem inaugural, estava impaciente em que o Vasa se unisse à Frota do Báltico, na Guerra dos Trinta Anos. Ao mesmo tempo, os subordinados do rei não tiveram a coragem política de discutir os problemas estruturais do navio ou adiar a viagem inaugural. Um inquérito foi organizado para encontrar o responsável pelo desastre, mas não ninguém foi condenado.
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Mensagem por Navegante 20/1/2024, 22:37

Durante o resgate de 1961, milhares de artefatos e os restos mortais de pelo menos 15 pessoas foram encontrados dentro e ao redor do casco do Vasa pelos arqueólogos marinhos. Entre os muitos itens encontrados estavam roupas, armas, canhões, ferramentas, moedas, talheres, comida, bebida e seis das dez velas. Os artefatos e o próprio navio têm provido um olhar sobre detalhes da guerra naval, técnicas de construção naval e da vida quotidiana, no início do século 17 na Suécia. Quando o Vasa foi construído destinava-se a mostrar a transformação da Suécia em uma grande potência e suas aspirações expansionistas e nenhuma despesa foi poupada na sua decoração e apetrechamento. Foi um dos maiores e mais fortemente armados navios de guerra do seu tempo, sendo decorado com centenas de esculturas, todas pintadas em cores vivas.
Durante o século 17, a Suécia passou de um pequeno e pobre reino periférico do norte da Europa a um dos principais atores da política continental e, entre 1611 e 1718, um dos mais poderosos estados do Mar Báltico. Esta posição de proeminência nos assuntos internacionais e aumento do orgulho militar, chamada stormaktstiden (que pode ser traduzido como a "idade de grandeza" ou a "período de grande potência"), foi possível graças a uma sucessão de monarcas capazes e da criação de um poderoso Estado centralizado com uma eficiente máquina militar. Historiadores suecos têm muitas vezes descrito isto como um dos exemplos mais extremos de como um país concentra quase todos os seus recursos disponíveis na máquina de guerra. O pequeno reino do norte transformou-se em um estado fiscal militar.
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