Música Renascentista e Barroca

Lilith,

se você levar em consideração o que tem sido apresentado em salas de concertos locais, acho que muitos compositores terão que ser jogados no lixo, segundo essa sua filosofia....

Palestrina foi um gênio sim, e só lamento por aqueles que não apreciam seu legado musical....Se não há corais dispostos à executá-lo, deve ser somente por pura incompetência técnica, má direção e falta de conhecimento....

Saudações TuEsPetrusianas

Palestrina é simplesmente um dos grandes pais da música...

Eu sou suspeito, pois adoro a música antiga.

Já tive oportunidade de fazer algumas peças desse grande músico, tais como Superflumina Babilonis e Sicut Cervus.

E creio que o fato dele não ser tão executado, seja pelo fato de ser realmente um repertório de contraponto e polifonias dificílimas - Não é qualquer grupo que pode interpretá-lo...

Concordo em parte com os dois pontos de vista.
Há sim interpretações em salas de concerto de algumas missas e motetos palestrinianos. Porém, vocês não sentem estar isso um pouco, digamos... deslocado?
É um tema polêmico, tradição, hehe, mas no mínimo interessante. Palestrina é um grande compositor, sou fã de sua música, mas mesmo assim penso ser seu ambiente praticamente exclusivo das representações em igreja.

Sds. polifônicas

Pessoal:

Aí vai uma ajudinha pro debate...

Compositor italiano, Giovanni Pierluigi da Palestrina nasceu na cidade de Palestrina, não sabendo-se exatamente a data de seu nascimento (alguns afirmam ser no dia 03 de Fevereiro de 1525, outros dizem ser no dia 17 de Dezembro de 1525 e ainda outros no dia 02 de Fevereiro de 1526). Giovanni Pierluigi era o nome de batismo de Palestrina, que adotou este sobrenome em homenagem à aldeia onde nascera, nas proximidades de Roma.
Homem de campo, de simples e concreta humanidade, soube adaptar-se perfeitamente à vida de uma Roma dominada pelo refinamento e à cultura. Em 1537 fazia parte do coro infantil da basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, onde se formou em música e órgão. Sua primeira ocupação foi a direção da escola de música da catedral de Palestrina. Ocupou o cargo até 1551, quando o papa Júlio III o chamou de volta à capital de São Pedro. Casou-se em 1547 com Lucrezia Gori e perdeu o cargo depois que Paulo IV proibiu aos homens casados servir nos coros pontifícios. Palestrina passou então a dirigir o coro da igreja de São João de Latrão, onde seus esforços foram frustrados pela limitação dos cantores, tanto em número quanto em qualidade. Abandonou o trabalho e aceitou novo cargo na igreja de Santa Maria Maggiore. Muitos concordam que Palestrina teria salvo a música sacra polifônica quando, em 1566, os bispos e prelados reunidos no Concílio de Trento pretenderam banir a música polifônica das igrejas, nas quais seria apenas permitido o cantochão, pois apresentou-lhes a missa dedicada ao papa Marcelo II ( Missa Papae Marcelli ) e teve o sucesso desejado. Palestrina é um dos representantes máximos do estilo polifônico a capella. Na arte musical da igreja católica, sua obra permanece como símbolo do espírito da pureza e da objetividade expressiva que foram o ideal supremo da Contra-Reforma.
Desempenhou importante papel na simplificação da polifonia, de modo a tornar compreensíveis as palavras do texto da liturgia. Isto ficou conhecido como "Estilo Palestrina", também caracterizado pelo ritmo sempre elevado, às vezes monótono, e pela sublimidade das melodias; também se nota certa tendência para preferir a harmonia vertical ao horizontal da linha melódica. Foi o mais católico dos compositores numa época de grandes revoltas e todas as suas composições estão voltadas à igreja.
Em 1571 voltou ao seu antigo lugar de diretor da capela Giulia e conheceu Felipo Neri, fundador da congregação do Oratório. Sua fama de compositor já se achava então firmemente reconhecida por todos os papas e muitos príncipes italianos ou estrangeiros, aos quais Palestrina dedicava missas e motetes. Em 1575 publicou o 3º livro de motetes a 5, 6 e 8 vozes. Em 1576, o papa Gregório XIII solicitou a Palestrina que fizesse uma revisão completa da música que era cantada durante a missa.
Já o mais famoso músico de Roma nessa época, Palestrina foi nomeado em 1578 chefe de música da basílica de São Pedro. A enorme produção musical de Palestrina mantém-se sempre no mesmo nível de alta qualidade. De sua autoria são 105 missas, para 4 a 8 vozes, e, em alguns casos, 12, escritas com temas gregorianos ou populares. Dentre elas destacam-se a historicamente famosa Papae Marcelli, Alma redemploris, Beatus Laurentius, Ecce Johannes, Super voces, O admirabile commercium, O magnum mysterium, Quem dicunt homines, Tu es pastor, Tu es petrus, Viri Galilae, Hodie Christus natus est (hoje nasceu cristo), para a noite de Natal, e a serena Pro difuntis. Sua obra prima é a missa Assumpta est Maria (Maria subiu aos céus), em seis partes, seguindo de perto o princípio do cantochão gregoriano. Compôs 375 motetos, 68 ofertórios, 65 hinos, 35 magnificats, cinco lamentações, 56 madrigais espirituais e nove ricercari, para órgão. No gênero da música profana, deixou três coletâneas de madrigais publicadas em 1555, 1581 e 1586. Seu moteto mais famoso é talvez o menos típico: Stabat Mater, romântico avant la lettre. Importantes pelo seu conteúdo altamente dramático, são as Lamentationes e os Improperia, recitados durante a Sexta-feira da Paixão.
Durante as epidemias de 1570, Palestrina perdeu a esposa e os dois filhos mais velhos, ambos de promissor talento musical. Anunciou, na época, a intenção de se tornar padre, mas em 1581 se casou com Virginia Dormoli, rica dama romana. Em seus últimos anos, por encargo de Gregório XII e em conjunto com o compositor Annibale Zoilo, se dedicou à reestruturação do cantochão. Palestrina morreu em Roma, em 02 de Fevereiro de 1594.

Lilith,

A música de Palestrina não se preza muito para ouvir em uma sala de concerto (talvez por questões acústicas), nesse fato ela quase que é, realmente, uma órfã da Liturgia. Mas, com base em que você afirma que ela está ausente? Nesse sentido, todos, menos o "estreito mundo entre Bach e Mahler" está ausente...

Existe a infame ópera do Pfitzner com o título Palestrina, o argumento é interessante, mas a música... maneirismo passadista, no pior estilo óperas róseas do Strauss (Ariadne auf Naxos e Der Rosenkavalier).

Há também muitos mitos em torno de Palestrina, como o da Missa Papa Marceli, que, segundo reza a lenda, salvou a música no Concílio de Trento.

Super Flumina Babilonis... poderia sozinha simbolizar a musica de toda uma era, passada e futura...

Será que por que um compositor não é muito representado ele deva perder a sua importância para a música?

O mesmo ocorre com Josquin, Machaut, Janecquin, Perotinus, Dufay...

Sem falar nos brasileiros...

Bem, posso falar de cátedra, pois tive um professor e maestro que sabia tudo sobre Palestrina. Tenho o orgulho dele ter cantado a Missa Papae Marcelli, o Super Flumina Babilonis e um monte de outros motetos com o Madrigal Vocale do Pe. José Penalva. Eu tenho um vídeo deles apenas com o Kyrie da Papae Marcelli (infelizmente o Pe. Penalva não era muito amigo de gravações - ele achava que a obra nunca estava pronta para gravar), uma das delícias de Palestrina.
Realmente, não é uma obra para se cantar em sala de concerto. É uma coisa difícil de explicar, mas ela é feita, acredito, para ser cantada e ouvida numa igreja, não só pelo simples significado religioso, mas pelo ambiente sonoro em si, pela acústica. O padre Penalva sempre falava dos "arcos da arquitetura das igrejas góticas" e os "arcos" que existiam na música de Palestrina. Ele sempre fazia pensar em arcos góticos quando cantavam, havia aquele começo de frase, um crescendo, um forte, um diminuendo e fechava o arco, sempre fazendo uma frase muito expressiva. E havia muita interpretação de texto também. Padre Penalva fazia interpretar cada momento da missa, por exemplo, os cantores sofriam no "padeceu sob Poncius Pilatus" e no "crucifixus", e choravam junto com a crucificação de Cristo e quando chegava no "ressurexit" havia uma explosão de júbilo. É uma música com muito sentimento, não pode ser cantada quadradinha, fria, como vejo às vezes em alguns coros europeus, principalmente ingleses.
Lembro-me que certa vez, em São Paulo, no Mosteiro de São Bento, quando cantaram a Missa Papae Marcelli durante uma missa (tinham ido para um concerto e resolveram "dar uma canja" a pedido da grande gregorianista Mère Marie du Rédempteur). Foi uma coisa muito emocionante porque as beatas e fiéis (era um domingo pela manhã) começaram a chorar e a se emocionar muito. É uma música muito religiosa e muito expressiva. O papel dela, acredito, é para o serviço religioso. Pelo menos é onde ela atinge seu objetivo final.

Um abraço a todos.

Frederico Mercúrio, alquimista medieval

PS: é lógico que ela pode ser cantada em teatro, mas eu acho que perde muito de sua expressividade e efeito.
Há muitos conjuntos vocais que apresentam Palestrina pela mundo afora em salas de concerto. O Tallis Scholars é um deles.

Belas palavras, Frederico.

Uma prova de que a grande arte pode ter origem e destino de caráter nitidamente funcional, e não uma mera abstração desligada de tudo e de todos como muitos acreditam.

Ouçam Jacobus de Kerle! Compositor renascentista... Acho que ele foi o Pai de Palestrina! O Réquiem dele é uma obra de encher os olhos! Nunca me emocionei tanto. Um bom concorrente para o Réquiem de Mozart. Altíssimo nível de contraponto!

Olá, pessoal !

Aprecio bastante as obras de Johann Hieronymus Kapsberger e de Barbara Strozzi, mas quero sugestões de vocês sobre um mimo:

. Um pouco sobre a vida de Kapsberger faz bem: onde acho a biografia (tão rarefeita)? Digam-me de que álbuns dele vocês gostam (título, intérprete(s), selo).

Gosto muito do Renascimento e do período Barroco. Ainda não aprendi a ouvir Música Clássica, mas o Tempo ensina.

Um abraço a todos!

Não acredito, um cara legal!

Amigo (pode me considerar um... frequentamos a mesma praia...) gosto de Kapsberger e Barbara Strozzi, mas confesso que não tenho muito material deles. Da Strozzi tenho 2 álbuns, "Diporti di Euterpe" e o "To the Unknow Godess" e ADORO os dois.

O Diporti é com a Ensemble Galilei e Emanuela Gali (Dulcimer) e O "To the"... me lembro agora de cabeça que a cantora é Catherine Bott (Carlton Classics). Ambos são de obras vocais que a compositora escreveu e recomendo muito o primeiro. É soberbo... seu lirismo, sua beleza (ouça "Lagrime Mie"...) cara, dá vontade de chorar!

Quase não se ouve falar da Barbara, e ela foi tão importante...

E "Tradimento" então?! Não vou comentar mais nada...

Agora o Kapsberger o caso é mais grave. Realmente não conheço muita coisa dele, mas sei que ele está para Weiss em qualidade e inventividade. Tenho alguns álbuns dele, o "La Vilanella" (com o La Arpegiatta se não me engano o selo é o Alpha alguma coisa, não lembro assim "de cabeça") e o "Il Tedesco de la Thiorba" (com o Paul O'dette) e outros dois de música para alaúde solo em que me foge à memoria o nome e o intérprete, mas se você ouvir umas tocattas que tem lá, vai ficar se perguntando se aquilo é a primeira metade do barroco mesmo... .

Com certeza o cara era um visionário...

Esse Vilanella é o melhor de todas as Vilanellas que já ouvi (mas são poucas que conheço). São músicas populares italianas do século XVI, e nesse disco estão muito bem estilizadas. Parabéns para o Kapsberger (e para o grupo, que é bem sortido em matéria de instrumentos)

Passe no www.allmusic.com, sempre consigo alguma informação sobre compositores quando quero começar e me informar sobre algum em especial.

Espero poder ter ajudado em alguma coisa. Me empolguei, já fiz o "upgrade" de algumas coisas antes de dormir...

Sds. antigas

sombriobyte escreveu:
Não acredito, um cara legal!

Opa ! E eu pensava que ninguém iria me responder! Que beleza!!!

Amigo (pode me considerar um... frequentamos a mesma praia...) gosto de Kapsberger e Barbara Strozzi, mas confesso que não tenho muito material deles. Da Strozzi tenho 2 álbuns, "Diporti di Euterpe" e o "To the Unknow Godess" e ADORO os dois.

É com grata satisfação que leio sua resposta! Não conheço nenhum destes álbuns de La Virtuosissima! Vou pesquisar!

O Diporti é com a Ensemble Galilei e Emanuela Gali (Dulcimer) e O "To the"... me lembro agora de cabeça que a cantora é Catherine Bott (Carlton Classics). Ambos são de obras vocais que a compositora escreveu e recomendo muito o primeiro. É soberbo... seu lirismo, sua beleza (ouça "Lagrime Mie"...) cara, dá vontade de chorar!

Este tipo de emoção eu sei muito bem como é: mais parece que você viveu naquela época e está aqui perdido no século XXI em meio ao Carnaval... Não só a gente sente vontade de chorar, como realmente as lágrimas descem mesmo, numa catarse de felicidade, de privilégio, de nobreza de alma! Já chorei muito ao ouvir árias de Monteverdi, como por exemplo, Voglio Di Vita ´Uscir e Ohimé Ch´Io Cado. E Canario, de Kapsberger, é outra que mexe comigo! A Toccata Arpeggiata é outra que... sem comentários...você já sabe como é !!!

e o "Il Tedesco de la Thiorba" (com o Paul O'dette) e outros dois de música para alaúde solo em que me foge à memoria o nome e o intérprete, mas se você ouvir umas tocattas que tem lá, vai ficar se perguntando se aquilo é a primeira metade do barroco mesmo...   .

Tenho este último é acho excepcional!!! Paul O´Dette dispensa apresentações, não é mesmo ? Tenho um outro chamado Splendore di Roma, com o Fred Jacobs (tiorba) e Johannette Zomer (soprano). Altíssimo nível! Tem algumas de Kapsberger. A Passacaglia (faixa 17) é o resumo de tudo que ouvi de Deep Purple... Blackmore bebeu até afogar-se nessa fonte, eu acho. Agora, Colascione (do Il Tedesco) é a mãe de todos os riffs de hard rock que conhecemos hoje... Ah, se aqueles mortais guitarristas ao menos tivessem um infinitésimo da criatividade do Kapsberger, talvez eu ainda ouviria algum deles com mais atenção...

Com certeza o cara era um visionário...

Colascione... É isso. O rock nasceu com Kapsberger. Ele é o pai de tudo isso que a gente conhece!

Esse Vilanella é o melhor de todas as Vilanellas que já ouvi (mas são poucas que conheço). São músicas populares italianas do século XVI, e nesse disco estão muito bem estilizadas. Parabéns para o Kapsberger (e para o grupo, que é bem sortido em matéria de instrumentos)

Pois é, o Vilanella tem a Johannette Zomer e acho que tem o Jacobs também. Pauleira!!!

Espero poder ter ajudado em alguma coisa. Me empolguei, já fiz o "upgrade" de algumas coisas antes de dormir...

Sds. antigas

Temos muita conversa pela frente !

Eu gosto muito de violão clássico, amo alaúde e, quanto a tiorba, acho que é algo transcendente mesmo. Ouço todos os dias de minha vida, desde que conheci. Não há como enjoar deste tipo de música porque está associado a emoções muito elaboradas, refinadas, sutis. Não se trata do óbvio, mas de algo ainda mais complexo que é o simples. Fazer o óbvio é tranquilo. Agora, o cara pegar acordes como os de Bergamasca e transformar naquela beleza toda, não é pra qualquer um...

Vamos conversar mais !

Um grande abraço e muito grato por sua presença!

Incógnito, você está tendo aulas de alaúde ?

Tenho um lautenguitar, mas está sem cordas.

Vou adquirir um Giovanni Hieber ainda este ano, se tudo der certo, e terei de conseguir aulas.

Mas a palavra alaúde aqui na minha cidade é desconhecida. Pouca gente sabe o que é isso e o pessoal do departamento de Música tá mais ligado é em piano, flauta, etc...

Tiorba e alaúde? Não.

Um grande abraço

Lembrei dos discos que tenho do Kapsberger:
um é com o Hopkinson Smith e o outro é com Rolf Lislevand, ambos gravados pela Astrée Auvidis. Maravilhosos!!!!!

O disco com peças da Barbara Strozzi cantadas pela soprano argentina Maria Cristina Kiehr também é belíssimo. (distribuído pela Harmonia Mundi)

Tava pesquisando e o estilo de Kapsberger chama-se Stylus Phantasticus.

Segundo Ton Koopman:
''é um estilo retórico, cheio de improvisações (ou imitações de livre improvisação) sem relações de tempo, com muitas mudanças inesperadas de humor, tempo, cor, pausas súbitas, etc.''

Athanasius Kircher (1601-1680), em seu Musurgia Universalis chegou a declarar que Kapsberger era um ''gênio soberbo que com seu engenho e auxílio de outras habilidades científicas as quais era conhecedor, penetrou com êxito nos segredos da música''.

COLASCIONE:



Parece que o intuito de Kapsberger foi imitar o jeito que se toca um colascione (instrumento da época com o corpo em forma de alaúde, de braço longo, com três cordas, derivado de um instrumento do oriente médio - o Tanbur – que foi absorvido pela cultura popular italiana no séc. XVI), mas você tem razão, soa muito como os riffs do Iron Maiden.

Alucard escreveu:
Incógnito, você está tendo aulas de alaúde ?

Tenho um lautenguitar, mas está sem cordas.

Vou adquirir um Giovanni Hieber ainda este ano, se tudo der certo, e terei de conseguir aulas.

Mas a palavra alaúde aqui na minha cidade é desconhecida. Pouca gente sabe o que é isso e o pessoal do departamento de Música tá mais ligado é em piano, flauta, etc...

Tiorba e alaúde? Não.

Um grande abraço

Te mandei uma mensagem pra você me adicionar. Precisamos trocar algumas figurinhas.

sombriobyte escreveu:
Lembrei dos discos que tenho do Kapsberger:
um é com o Hopkinson Smith e o outro é com Rolf Lislevand, ambos gravados pela Astrée Auvidis. Maravilhosos!!!!!

O disco com peças da Barbara Strozzi cantadas pela soprano argentina Maria Cristina Kiehr também é belíssimo. (distribuído pela Harmonia Mundi)

Legal! Vou ver se consigo eles pra baixar.

sombriobyte escreveu:
Tava pesquisando e o estilo de Kapsberger chama-se Stylus Phantasticus.

Segundo Ton Koopman:
''é um estilo retórico, cheio de improvisações (ou imitações de livre improvisação) sem relações de tempo, com muitas mudanças inesperadas de humor, tempo, cor, pausas súbitas, etc.''

Athanasius Kircher (1601-1680), em seu Musurgia Universalis chegou a declarar que Kapsberger era um ''gênio soberbo que com seu engenho e auxílio de outras habilidades científicas as quais era conhecedor, penetrou com êxito nos segredos da música''.

Muito obrigado, Sombriobyte! Valeu mesmo!

De nada!

Incógnito escreveu:

sombriobyte escreveu:
Lembrei dos discos que tenho do Kapsberger:
um é com o Hopkinson Smith e o outro é com Rolf Lislevand, ambos gravados pela Astrée Auvidis. Maravilhosos!!!!!

O disco com peças da Barbara Strozzi cantadas pela soprano argentina Maria Cristina Kiehr também é belíssimo. (distribuído pela Harmonia Mundi)

Legal! Vou ver se consigo eles pra baixar.

Consegui!

Incógnito escreveu:

Alucard escreveu:
Incógnito, você está tendo aulas de alaúde ?

Tenho um lautenguitar, mas está sem cordas.

Vou adquirir um Giovanni Hieber ainda este ano, se tudo der certo, e terei de conseguir aulas.

Mas a palavra alaúde aqui na minha cidade é desconhecida. Pouca gente sabe o que é isso e o pessoal do departamento de Música tá mais ligado é em piano, flauta, etc...

Tiorba e alaúde? Não.

Um grande abraço

Te mandei uma mensagem pra você me adicionar. Precisamos trocar algumas figurinhas.

Feito! Desculpe pela demora, tava viajando.