O Egito Antigo

Meu caro ''Infinito'',

A massa cinzenta que a evolução lhe proporcionou lhe será extremamente grata se começares a praticar o saudável e benéfico exercício da dúvida... que ousa sempre ir além.

Ao balançarmos a cabeça para certas teorias, sem provas concretas, não somos mais que meros porquinhos da índia!

Duvide sempre... ou então seja apenas mais uma Maria que vai com outras!

Você decide!

E já que você postou um doc amigo, me permita postar um contra-doc pra você ver que minha tese cabe sim e muito bem neste debate:

Proselitismo à parte...

Hermes Trismegistus escreveu:Meu caro ''Infinito'',

A massa cinzenta que a evolução lhe proporcionou lhe será extremamente grata se começares a praticar o saudável e benéfico exercício da dúvida... que ousa sempre ir além.

Ir além com cuidados para distinguir a especulação do fato.

Ao balançarmos a cabeça para certas teorias, sem provas concretas, não somos mais que meros porquinhos da índia!

Se os porquinhos da índia balançam a cabeça à falácias. Adivinha?

Duvide sempre... ou então seja apenas mais uma Maria que vai com outras!

A dúvida é um importante preceito cético que ensina "alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias."

''Infinito'',

Parece que agora concordamos em quase tudo.

Onde é que divergimos então??? Imagino que seja no que você ''subentende'' como proselitismo de minha parte. No que, garanto, estás caolhamente equivocado.

Talvez seja por isso que o Batman raramente confia no Robin guiando o batmóvel. O sujeito deve ser um tanto caolho... Só enxerga o mundo por um lado.

Sobre o documentário que o Hermes postou...

A Arqueologia chamada bíblica é financiada por igrejas que querem provar que o que está na Bíblia é o que realmente aconteceu.

Mas pouca coisa até agora foi encontrado que possa dar veracidade a grande parte do que está na Bíblia.

Para que um fato possa ser considerado verídico, temos que ter dois ou mais testemunhos dele. Quando somente uma fonte conta tal fato, até se encontrar mais outra ou outras que a validem, ela não é considerada histórica.

Arqueologicamente falando, as notícias sobre o Êxodo só existem na Bíblia. Nunca foi encontrado traço, vestígio, nadinha mesmo que comprove que o que a Bíblia diz é verdadeiro. Assim como, também, não existe no Egito inteiro nenhuma inscrição com o nome Moisés.

Um dia, quem sabe, os arqueólogos podem encontrar alguma prova, mas até lá, a única fonte de informação é a Bíblia e, para a ciência, tem que haver pelo menos duas fontes de informação, ambas falando a mesma coisa, para que qualquer fato histórico seja considerado verdadeiro.

Nada impede, no entanto, que todas as pessoas que acreditam na Bíblia de terem sua fé. Mas não podemos confundir fé com ciência. A ciência pode comprovar a fé, mas esta é particular de cada um e não há explicação lógica para a fé...

Convenhamos, se houve o Êxodo como descrito na Bíblia, deveria também ter havido as famosas 10 Pragas, e não existe UMA citação disso em nenhum texto ou inscrição no Egito. E mesmo que tal fato tivesse sido "decretado" a ser omitido por ele, pelo menos ALGUM outro povo deveria ter relatado isso (além dos antigos hebreus). Afinal, foram pragas monumentais!

Concluindo, em se tratando especificadamente do Êxodo, o livro do Finkelstein trata bem sobre a falta de evidências para o êxodo. Alguns outros estudiosos e teólogos também concluem através de evidências bíblicas a não grandiosidade do êxodo. Ou seja, é possível que tenha havido um êxodo do Egito, mas em proporções muito menores, onde alguns soldados egípcios teriam no máximo atolado seus carros.

Howard Carter e Tut – o Faraó menino

Em 1922, um achado excepcional abalou não só o mundo da arqueologia, mas a própria opinião pública mundial. Em novembro daquele ano, Howard Carter encontra a tumba intacta de um faraó semidesconhecido: Tutancâmon.

Carter havia nascido em Kensington, Grã-Bretanha, em 1874, no seio de uma família de condição social muito modesta. Seguia o ofício de seu pai, que era desenhista, quando, em 1891, passou a trabalhar com o egiptólogo Newberry para concluir uma série de desenhos e gravuras que este último havia realizado no Egito.

Posteriormente, passa a fazer parte da Egyptian Exploration Found, associação que havia sido criada para promover as escavações no Egito, e logo se torna ajudante do célebre arqueólogo Flinders Petrie. Carter trabalha durante oito anos nas inscrições das gravuras do templo de Hatshepsut, Deir el-Bahari, transcrevendo os textos e realizando numerosos desenhos e aquarelas. Mesmo não tendo qualquer instrução nem possuindo qualquer título acadêmico, seu trabalho foi muito apreciado por outros pesquisadores.

Em 1899, é oferecido a Carter o cargo de inspetor dos monumentos do Alto Egito, com sede em Luxor. Carter ocupa o cargo até 1904, quando apresenta sua demissão devido a desavenças com seu superior.

Em 1907, entra em contato com Lord Carnavon, nobre inglês apaixonado por arqueologia, que lhe propõe que trabalhe para ele. Assim, Carter e Carnavon realizarão numerosas escavações, sem grandes resultados.

Em 1914, o Service des Antiquités Egyptienes concede-lhes os direitos de escavação no Vale dos Reis, onde até o ano anterior havia trabalhado o norte-americano Theodoro Davis, que considerou que aquela região estava “esgotada” do ponto de vista arqueológico.

Carter, após examinar uma série de indícios, convencera-se da existência no Vale dos Reis de uma tumba desconhecida que devia pertencer ao faraó Tutancâmon, nome encontrado em uma estela descoberta no templo de Karnak e em outros achados de Davis, no mesmo vale.

A eclosão da Primeira Guerra Mundial impede que Carter inicie suas pesquisas, interrompidas até 1917. A área a ser explorada está compreendida entre as tumbas de Ramsés II e a de Ramsés VI, em cujas proximidades são descobertas as ruínas de um povoado utilizado pelos operários que trabalharam na construção do sepulcro.

Carter não persevera na escavação destas estruturas e decide estender sua prospecção até as áreas imediatamente circundantes. Estes trabalhos, até 1921, não conduzem a nenhuma descoberta. Lorde Carnavon havia investido nas pesquisas uma considerável soma de dinheiro e estava a ponto de desistir da empreitada e suspender o financiamento quando concedeu a Carter a chance de uma última expedição.

Esta, iniciada no outono de 1922, tem como objetivo a prospecção da área do povoado operário descoberto durante a primeira expedição. Em 4 de novembro, um dos operários encontra um degrau de pedra, o primeiro de uma escadaria que entra pela rocha. Carter, pressentindo talvez a tão esperada descoberta, volta a esconder o achado e envia um telegrama à Grã-Bretanha, para lorde Carnavon, no qual lhe informa o ocorrido e lhe pede que se reúna a ele imediatamente.

Em 24 de novembro, começam os trabalhos, a escada é liberada dos detritos que a cobrem e Carter e Carnavon se encontram diante da primeira porta, seguida por outra no interior. Ambas trazem o selo da necrópole real e o nome esperado há tanto tempo: Tutancâmon.

Em 26 de novembro, Carter, Carnavon, que estava acompanhado por sua filha, Evelyn, e o arqueólogo Callender, que pouco antes havia se incorporado aos trabalhos, conseguem abrir um orifício na segunda porta e observar o interior da tumba e os tesouros que abriga. Ao contemplar o interior, Carter apenas murmura: “Vejo coisas maravilhosas”.

É a primeira e até hoje a única tumba real achada praticamente intacta na história da egiptologia, mesmo que seu estudo permita constatar que, na Antiguidade, sofreu duas tentativas de roubo, felizmente sem graves consequências.

Foram recuperados cerca de 3 mil e quinhentos objetos, confirmando que se tratava da descoberta mais extraordinária efetuada no Egito.

Quem foi Flinders Petrie?

Nascido na Inglaterra e trabalhando no Egito e também na Palestina por quase 60 anos, ele revolucionou o método arqueológico para datação de cerâmica que depois viria a ser chamada de ''sequência tipológica'', ordenando as cerâmicas encontradas em tumbas do Egito pré-dinástico lá em Naqada de acordo com a decoração, forma e uso das mesmas. Seu trabalho, juntamente com o de outros pioneiros de uma arqueologia mais sistemática e profissional para a época, o século XIX, teve grande relevância para uma arqueologia mais científica, revolucionando-a. Das suas escavações e de todo o trabalho desenvolvido, ele publicou sua descoberta em 1901 e desde então, até o advento do teste de carbono-14, foi um dos métodos de datação mais utilizados. Ele tinha uma rotina bem dura, comendo comida enlatada fria e distribuindo-a para toda sua equipe e até mesmo era visto em roupa de baixo escavando em Gizé. Kkkkk... O que mais podemos dizer sobre esse pioneiro da moderna arqueologia, científica e metódica e além da sua herança? Alguém?

Após a ida de Napoleão para o Egito, a Europa acordou quanto às riquezas e monumentos egípcios. Foi o início de uma verdadeira avalanche de pessoas interessadas em levarem embora do Egito todo o imenso e maravilhoso patrimônio histórico de lá.
E durante muito tempo, o governo do Egito daquela época pouco se interessou em defender seu patrimônio. E a pesquisa também era tratada mais como uma forma de se apropriar de tesouros...
Petrie foi o um dos primeiros estudiosos que trataram a Egiptologia como uma ciência. E por isso, deve ser muito celebrado.
Infelizmente, quando ele começou seu trabalho, muita coisa já tinha sido levada do Egito e muito da história já havia se perdido...

II e III dinastias por favor me ajudem!

Alguém poderia me passar alguma informação sobre a transição da segunda para a terceira dinastia?
Pergunto isso pois pelo que li até agora, o Faraó Kasemkemuy era pai de Nebka (ou por outros livros Sanakte) e de Djoser e mesmo eles tendo laços sanguíneos, o primeiro é tido como pertencente a II dinastia e os outros são tidos como da III dinastia.
Essa mudança teve algo a ver com as mudanças políticas que provavelmente se desenrolaram após a queda de Seth Peribsen?
E se não for incômodo, o que os estudiosos pensam que levou a este Faraó a ser o único a adotar o nome de Seth ao invés do nome de Hórus. Eu sei que Kasekemuy adotou o nome de Seth e Hórus juntos. Mas eu precisava de informações mais seguras pois estou escrevendo uma dissertação e em alguns momentos entro um pouco no aspecto histórico e não quero falar muita besteira.
Vocês poderiam me ajudar?

A maioria dos egiptólogos acredita que a Grande Esfinge do platô de Giza tem cerca de 4.500 anos de idade. Mas esse número é só isso – uma crença, uma teoria, não um fato. Como Robert Bauval diz em “The Age of the Sphinx” (A Idade da Esfinge), “não há nenhuma inscrição – nem ao menos uma – seja entalhada em uma parede ou pilar ou escrito nos amontoados de papiros” que associe a Esfinge a esse período de tempo. Então, quando ela foi construída? John Anthony West desafiou a idade aceita do monumento quando notou a erosão vertical em sua base, que somente poderia ter sido causada por uma longa exposição a água em forma de chuvas fortes. No meio do deserto? De onde a água vinha? O que acontece é que esta área do mundo já experienciou tais chuvas – cerca de 10.500 anos atrás! Isso faria com que a Esfinge tivesse o dobro da atual idade aceita. Bauval e Graham Hancock calcularam que a Grande Pirâmide igualmente data de cerca de 10.500 a.C. – antecedendo a Civilização Egípcia. Isso aumenta as perguntas: quem as construiu e porque?

Eu somente irei ressaltar que o formato geral da esfinge é uma formação natural naquela parte do mundo, devido aos ventos + areia. Os egiptologistas salientaram que os egípcios teriam notado aquele formato de gato, e então só entalhado os detalhes.

http://blog.indianamystery.com.br/2010/08/1-parte-top-10-misterios-do-mundo.html

No livro que eu estou lendo, "Fractais da História", de Homero Pimentel e Paulo Urban, livro que fala de algumas peculiaridades da história, tem uma parte que fala sobre a construção da esfinge de Gize por uma sociedade pré-egipcia:

"A imponente estrutura teria sido possivelmente edificada por alguma misteriosa civilização que vivera entre as margens do Nilo, entre o décimo e o sexto milênio antes de Cristo. Quem afirma é o arqueólogo norte-americano John West, que defendeu a tese no Congresso de Geologia da Califórnia, em 1991. West concluiu, para a surpresa geral, que as alterações encontradas nas rochas da Esfinge só poderiam ter sido provocadas por uma exposição aos ventos e as chuvas milenarmente mais velhas do que a idade presumida do monumento."

Outra parte interessante:

"Outro Egiptólogo, o alemão Schwaller de Lubicz, acreditava que a erosão sofrida pela Esfinge tenha sido provocada mais pelas águas e menos pelos ventos e areias, provavelmente datando de época em que o Egito tenha sofrido sérias inundações, algo entre 15.000 e 10.000 a.c coincidindo com a fusão do gelo do ultimo período glacial..."

Existem mais peculiaridades sobre a esfinge citadas no livro:

"O arqueólogo norte-americano, Mark Lehner, na última década do séc XX, localizou uma passagem, camuflada na base do monumento."

etc...

Na wiki tem mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Esfinge_de_Giz%C3%A9

"A Grande Esfinge de Guizé é uma enorme esfinge (estátua composta do corpo de um leão e uma cabeça humana) situada no norte do Egipto no planalto de Guizé na margem oeste do rio Nilo, nas cercanias da actual metrópole do Cairo. A grande esfinge é uma das maiores estátuas lavradas numa única pedra em todo o planeta e foi construída pelo antigos egípcios no terceiro milênio a.C.. Porém, existe um grupo de pesquisadores que afirma que a esfinge seria muito mais antiga, dantando de, no mínimo, 10.000 a.C. , baseando-se na análise do calcário e sinais de erosão provocados por água."

Hermes Trismegistus escreveu:Bauval e Graham Hancock calcularam que a Grande Pirâmide igualmente data de cerca de 10.500 a.C.

Saberia me citar uma fonte confiável (por favor, nada de sites estilo "New age") que confirme esta data (mesmo que aproximada) para a construção das Pirâmides?

Como é que se mede a idade de uma pirâmide?

Então a datação da pirâmide deve ser de 500 milhões de anos...

As datações até que podem medir a idade da pedra, mas como estipular a idade de uma construção, já que a pedra não foi "fabricada" na mesma idade da construção?
O que entendo é a busca de restos de plantas misturados à argamassa de junção para, assim, usar a datação do carbono 14.

Ou seja, desgaste erosivo, pluvial, etc.
Desta forma é possível chegar a datas relativamente precisas, não?

Agora, se os sinais que a esfinge possui, não são de água de chuva, a explicação ainda fica faltando.

Não estou afirmando nada, só que pra mim estes são mistérios que ainda devem ser solucionados.

O interessante é que a cabeça de faraó foi feita depois do corpo de leão. Dá pra ver isso se comparar o desgaste das duas partes. O tamanho da cabeça e do corpo são desproporcionais também.

A história que se conta é que havia uma cabeça original mas foi substituída pela cabeça de um faraó (de Quéfren, filho de Quéops).