Darwin

Bom paradoxo da rainha de copas.

Eu acho que as espécies estão sempre se alterando. Um dos principais postulados da Teoria darwinista era que todos descendentes são ligeiramente diferentes entre si. Portanto, tudo está em mutação. Agora existem modificações que são mais de natureza fisiológica e logicamente não percebidas externamente e existem modificações morfológicas (aumento ou diminuição de estrutura, surgimento de novas formas) que são percebidas.

Esta foi a ideia central do meu argumento.

Quando me referi a tubarões e a samambaias não foi a todos tubarões e todas samambaias. O que eu quis dizer foi que mudaram muito pouco externamente proporcionalmente ao seu tempo de existência.


Quando nos referimos à evolução naturalmente que nos referimos a uma população e não um indivíduo . A evolução é um conjunto de transformações em mosaico, em paralelo, em convergência.

Na média geral, os seres vivos sempre estão em constante mudanças.

Por outro lado, devemos entender que o DNA é muito vulnerável a mutações pois é a toda hora bombardeado, por exemplo, por partículas de raios cósmicos capazes de alterar o pareamento de bases. Alguns DNAs, por sorte escaparão dos eventuais choques de partículas outros se modificarão.

Além das mutações na região codificante de proteínas, há também a regulação gênica que produz pelo sistema liga/desliga genes sempre muitas combinações novas de genes pré-existentes... bem são muitas formas que induzem variabilidade genética devido a inevitável interação dos seres vivos com seu meio-ambiente.

Gostaria de lembrar que em nenhum momento disse que tubarões não adoeciam; o que eu disse é que demonstravam ter um sistema de defesa orgânico muito eficiente... já li isto de várias fontes

Então, mantenho a posição de um mundo em constante mudança, mesmo que muita vezes de forma imperceptível.

"Nenhum homem entra duas vezes num mesmo rio; quando entrar pela segunda vez já será um novo homem, já haverá um novo rio" Heráclito de Éfeso, filósofo grego.

Claro que não quis dizer também que seres vivos são invulneráveis a patógenos. Ao contrário a evolução de patógenos leva à evolução dos sistema de defesa dos organismos. Quanto mais um sistema imunológico for eficiente, mas servirá também de pressão seletiva para que bactérias, vírus também evoluam. Uma evolução induz a outra.
Mais ou menos por aí...

Em termos simples, o que a "Rainha de Copas" de Van Valen propõe é que o ambiente habitado pelos seres vivos está em constante alteração, forçando as espécies a um infindável esforço para se manterem adaptadas, sempre mudando. Assim, uma espécie que tem sua capacidade de mudança, seu "fitness", diminuído ou abalado, poderá chegar muito perto da extinção ou se extinguirá.

É bom lembrar que existe duas formas de uma espécie se extinguir: uma é, naturalmente, chegando ao fim da sua existência e a outra é se transformando em outra espécie.

Eu acho interessante a hipótese da "Rainha de Copas". Mas, devemos lembrar que o Planeta Terra passou durante bilhões de anos por grandes fases de vulcanismos e portanto de grandes alterações geológicas, atmosféricas etc; passou também por enormes glaciações, tectonismos, quedas de asteróide... portanto, inevitavelmente a única defesa da vida foi sua inesgotável capacidade de produzir variedade. Hoje a biologia vive sua fase de ouro justamente por saber explicar, em grande parte, os mecanismos de mudanças que os organismos vivos são capazes.
Então acho que a boa explicação para evolução é mostrar como se dão estes mecanismos de mudanças. A seleção natural todos nós sabemos como ela atua. agora é preciso detalhar mais como surge a matéria-prima para a seleção natural. sem oferta genética, o que faria a seleção natural?

Bem, a vida já existe há quase 4 bilhões de anos; se existe há tanto tempo foi porque teve, no mínimo, três grandes fatores:

1. Altíssima capacidade de replicação e portanto de propagação
2. Engenhosos mecanismos de produção de variedade.
3. Atuação do meio ambiente seletor das melhores variedades

Na soma total, a produção de variedades foi muito maior que as perturbantes e constantes adversidades naturais.

Este é o mundo real. Não é um mundo maravilhoso, ideal, mas, pelo menos, é funcional.

agora é preciso detalhar mais como surge a matéria-prima para a seleção natural. sem oferta genética, o que faria a seleção natural?

Desde que a estrutura da molécula de DNA foi elucidada, esse tem sido um dos campos mais promissores da biologia. O surgimento da "matéria-prima" para a seleção natural é bem conhecido atualmente, e está - principalmente - na alçada da genética molecular. Para mim, é uma área tão complexa e cheia de informações, conceitos, que fica difícil explicá-la em uma postagem. Em um curso de biologia, ela rende, no mínimo, uma cadeira (matéria). Infelizmente, bons livros de divulgação científica sobre este assunto são escassos na língua portuguesa.

É bom lembrar que existe duas formas de uma espécie se extinguir: uma é, naturalmente, chegando ao fim da sua existência e a outra é se transformando em outra espécie.

Extinção é um assunto complexo e, na grande maioria dos casos, há uma série de fatores envolvidos. Não existem apenas duas formas de uma espécie se tornar extinta, e sim, muitas mais. Na verdade, uma espécie não chega, realmente, naturalmente ao fim de sua existência. Quando nos referimos à extinção natural, são aquelas onde a espécie humana não apresenta influência. Sabemos que um dos fatores primordiais para uma espécie entrar em processo de extinção ou se extinguir é a perda ou diminuição de seu fitness, sua capacidade de sobrevivência e reprodução, de se adaptar às alterações ambientais. Isso ocorre devido à perda de variabilidade genética, causada pela diminuição drástica de sua população. Tal diminuição na população pode ser ocasionada por grandes catástrofes ambientais (como nas extinções em massa, por exemplo), competição com outras espécies ou interferência humana. Lembrando que, em muitos casos, há a ocorrência de mais de um fator durante o processo de extinção.
É conhecido que determinadas espécies atualmente em perigo de extinção devido às ações humanas passaram pelo que chamamos de efeito gargalo, uma redução drástica no pool genético da espécie, durante algum momento em sua história. Dois exemplos famosos são a baleia-franca-do-Atlântico-norte (Eubalaena glacialis) e o guepardo (Acinonyx jubatus), que passaram por "gargalos" ao final da última era glacial.
Infelizmente, também são escassos bons livros de divulgação científica em português sobre o assunto. Um que o aborda e relaciona com outros temas da ecologia é O canto do dodô, escrito pelo jornalista David Quammen e lançado no Brasil pela Companhia das Letras. Tim Flannery e Peter Schouten realizaram uma investigação sobre diversas extinções recentes e a publicaram em um livro, A gap in nature, que ainda não foi traduzido para nosso idioma.

É verdade, fica muito difícil expor tantos detalhes biológicos em comentários.
Agora, a incrível biodiversidade da natureza mostra que ela tem muitos mecanismos de variação; conhecemos alguns deles e talvez ainda faltem mais a conhecer.

Agora que devemos evitar é dar superpoderes á seleção natural. Darwinismo ultimamente virou sinônimo de "seleção natural". Alguns cientistas até admitem que seria mais correto termos Darwin como autor da teoria da seleção natural de como autor da evolução. Na verdade a ideia de evolução já era levada em conta desde muito antes de Darwin.

Mas, o problema de Darwin é que ele não tinha como à época explicar como surgia as modificações e como elas eram transmitidas hereditariamente. Então, desprovido deste conhecimento ele centralizou à sua explicação no conceito de seleção natural, até porque é um conceito simples, objetivo e funcional.

Muito diferente é a natureza dos mecanismos de hereditariedade que necessita realmente de muita pesquisa e leitura. Mas, a biologia moderna fica com esta missão: explicar como a natureza é tão diversa, ou seja, como ela produz tanta matéria-prima para a seleção natural.
Claro que a resposta geral vai estar na relação entres os genes, a embriologia (no caso de animais e plantas) e evolução.

Então quais são os principais genes que controlam o desenvolvimento embrionário? Quais genes são mais responsáveis pelas mudanças fisiológicas? Os genes mais diretamente envolvidos nas transformações morfológicas? Quais são os genes que efeito mais localizado e específico; quais os que tem grande atuação em estruturas inteiras do corpo e cuja ativação envolve a simultânea ativação de cascatas de genes, como um efeito dominó. Quais mudanças precisam de novos genes? Quais mudanças não necessitam de novos genes, mas apenas de infindáveis maneiras de utilizar genes pré-existentes etc...

Enfim, como os organismos se auto-constroem? A atuação da seleção natural é óbvia.

A verdade é que, entre a opinião pública, o darwinismo sempre foi sinônimo de seleção natural. As idéias sobre evolução, ou melhor, transmutação das espécies (como era mais conhecida na época), são realmente anteriores a Darwin. Isso é bem conhecido dentro da comunidade científica. O avô de Charles, Erasmus Darwin, por exemplo, escreveu uma obra "evolucionista" chamada Zoonomia. A originalidade de Darwin está em constatar que todos os seres vivos estão relacionados em uma grande árvore da vida, e em descrever (e demonstrar por experimentos) mecanismos através dos quais a evolução ocorre.
Atualmente, a biologia tem explicado a origem e o porquê da diversidade na natureza. Os processos ligados à replicação, transcrição e tradução do DNA nos oferecem grandes respostas para essas questões. Infelizmente, uma enorme quantidade destas descobertas e informações demora ou não chega ao conhecimento do público, ficando restrita ao linguajar técnico, e muitas vezes "seco", dos periódicos da comunidade científica.

Seleção Natural

A seleção natural é um mecanismo de conservação ou de criação?

A seleção natural conserva as melhores mutações. A conservação da melhores mutações cria melhores adaptações. Portanto, a criação é ato secundário da seleção natural. O efeito cumulativo das melhores mutações durante longos tempos geológicos, inevitavelmente refina a adaptação da espécie ao meio ambiente.

Mas, atenção: a seleção natural é apenas uma "peneira". O agente criador da diversidade é o código genético , ou seja a ação do DNA, RNA e Proteínas. A interação destas moléculas numa ordem precisa cria genomas variados e a seleção peneira os melhores.

Portanto seleção natural sempre age em simultaneidade com a produção de genomas do código genético. Ela nunca age sozinha. Ela precisa da replicação e do processamento da informação genética, tarefa realizada pelo Código genético.

Esqueci de falar de um ingrediente importante: a mutação genética. O DNA sofre mutações aleatórias; estas mutações modificam as proteínas o que pode provocar o surgimento de proteínas tanto menos funcionais como mais funcionais. A seleção conserva as mais funcionais.

Há também o importante mecanismo do controle da posição, do momento e da quantidade de vezes que um gene é ativado ou desativado. Tal ação não depende do DNA codificador das proteínas, mas de trechos de DNA regulam aonde, quando e quantas vezes um gene é usado.

Tudo gera diversidade genômica e a seleção natural atua como peneira.

Claro que também temos que adicionar ainda a recombinação genética proveniente da reprodução sexual, a deriva gênica, a epigenética...

Enfim, pela ação de vários mecanismos a diversidade biológica vai sendo gerada, continuamente selecionada e refinada pela seleção natural.

A seleção natural maximiza o potencial gênico das espécies?

Todas as mutações são boas? Todas são conservadas? O que significa melhores mutações? Para você o que significa conservar? Há mutações que não são boas e mesmo assim são conservadas?

Estão no código genético as informações para a criação?

O que significa uma proteína menos funcional e uma mais funcional?

Velha Ordem Mundial escreveu:A seleção natural maximiza o potencial gênico das espécies?

A seleção natural não é perfeccionista, ou seja ela não torna o organismo maximizado. Ela o torna o suficiente apto o bastante para sobreviver.
Por exemplo, o olho humano poderia ter sido mais maximizado pela seleção natural. No entanto, mesmo com seus limites, deu para o homem sobreviver.
Isto é válido para todas espécies.
Dando para sobreviver é as contas.

Velha Ordem Mundial escreveu:Todas as mutações são boas? Todas são conservadas? O que significa melhores mutações? Para você o que significa conservar? Há mutações que não são boas e mesmo assim são conservadas?

O DNA não sofre mutações nem para melhorar nem para piorar o organismo. Ele sofre mutações porque é vulnerável a agentes mutagênicos, como radiação, aumento de temperatura, acidez etc.

Como ele sofre várias alterações, algumas delas terminam ajudando as funções vitais de um determinado organismo. Este organismo poderá viver mais tempo até a idade reprodutiva, reproduzi as mutações. Então, o que conserva as mutações é o sucesso reprodutivo de uma espécie que transmite a mutação sofrida para um grande número de gerações.

Imagine uma população que tenha zebras que atinjam velocidade X. Uma delas sofreu uma mutação que aumentou sua velocidade. Ela será mais difícil de ser caçada pelos predadores. irá viver mais que a média, reproduzir mais e assim a seleção natural conservará e disseminará mais a mutação pela espécie.

O mesmo exemplo vale para outras características e para outras espécies.

Velha Ordem Mundial escreveu:Estão no código genético as informações para a criação?

Veja bem:
O código genético produz variabilidade de genomas da seguinte forma:
1. O DNA é autoduplicado.
2. DNA é transcrito para RNA
3. RNA é traduzido para proteínas
4. As proteínas constroem os organismos seguindo as informações do DNA
___________________________________
Se houver mutações no DNA, portanto isto mudará o RNA e este Mudará as proteínas.
Há também no DNA mecanismos que regulam a quantidade, posição e o momento que genes são ativados no organismo o que também influi muito nas inovações morfológicas.
Então, o Código Genético é uma máquina que produz diversidade. Só que ele produz diversidade para todos os lados. produz bons e maus genomas.
Aí entra o papel da seleção natural. O meio ambiente selecionará os genomas mais funcionais e descartará os menos funcionais.
Portanto, é um processo automático e inconsciente.
Eu não diria que há criação neste processo. O que há é uma interação de fatores genéticos e ambientais com bons e maus resultados.
Você pode até indagar, mas como foi criado o Código Genético?
A resposta é que ninguém sabe.
Sabemos como ele funciona, mas não como surgiu.
Lembre-se que a teoria da evolução NÃO foi elaborada para explicar a ORIGEM da VIDA, mas como uma espécie pré-existente pode, ao longo do tempo, ir sofrendo mutações cumulativas, que vão sendo conservadas pela seleção natural até se transformar em uma outra espécie.
A Origem da Vida é um tema contemporâneo e ainda sem solução científica.

Velha Ordem Mundial escreveu:O que significa uma proteína menos funcional e uma mais funcional?

As proteínas executam funções vitais para a conservação da vida dos organismos; tem proteínas que atuam como anticorpos, outras que facilitam a digestão, outras que atuam no cérebro etc.

Todas proteínas foram codificadas pelo DNA. As mutações no DNA podem melhorar a função das proteínas. Neste caso, as proteínas serão mais funcionais.

As mutações no DNA podem minimizar ou até mesmo anular a função de uma proteína e ela se tornar menos funcional, ou até mesmo ter consequências fatais para o organismo.

Você pode perguntar. Mas, porque o DNA produz mutações capazes de tornar uma proteína defeituosa.
Porque o DNA, como já disse, está vulnerável a sofrer mutações; ele não tem como se defender de raios cósmicos, por exemplo.. E algumas delas podem piorar algumas proteínas.

Imagine você assistindo um jogo pelo rádio. Digamos que a frequência do rádio esteja captando bem o jogo. De repente surge interferências e diminuem a nitidez da transmissão. Por que a transmissão ficou menos funcional? Porque o rádio é vulnerável às interferências.

O mesmo ocorre com o DNA. Ele é vulnerável ao meio e por isto pode mudar para melhor como para pior.

Espero ter contribuído.

Então as mutações não trazem benefício ou malefício? Se não trazem benefício ou malefício, por que você diz que algumas delas terminam ajudando? Por que você faz citação de bons e maus genomas em consequência das mutações, bons e maus resultados em consequência das mutações, que mutações podem melhorar, minimizar ou até mesmo anular a ação das proteínas, que existem consequências fatais devido as mesmas, na existência de proteínas defeituosas devido as mesmas e que o DNA pode mudar para melhor como para pior em consequência das mutações?

Você afirmou em um lugar que criação é o ato secundário da seleção natural e em outro que não diria que há criação nesse processo. Como conciliar estas informações?

Todas são boas ou não? Todas são conservadas ou não? O que significa melhores mutações? As melhores são aquelas que não trazem malefício e sim benefício? Para você o que significa conservar? Há mutações que não são boas e mesmo assim são conservadas?

A seleção natural ocorre devido a existência do potencial gênico ou não? Caso ocorra, dessa forma estará a mesma conservando? Se não, como a mesma se processa? Os casos em que mutações são mantidas, mesmo tendo debilitado o organismo, tudo isso não será devido ao fato da seleção natural maximizar o potencial gênico?

Que relação há entre perfeccionismo e a maximização do potencial gênico?

Não terá Charles Darwin interpretado equivocadamente a seleção natural?

Você fez muitas perguntas. Todas elas foram muito importantes. Vou tentar esclarecer do meu ponto de vista. Espero que os colegas me ajudem.

Esqueça um pouco Darwin, pois à época dele nada se conhecia a respeito do DNA.

Vamos partir do DNA
1. O DNA armazena a receita genética pela qual cada ser é construído.
2. Se houver modificações na receita genética do DNA haverá alterações em um organismo.

A primeira questão é por quê o DNA muda? A resposta é porque o DNA é vulnerável a agentes mutagênicos do meio externo como, por exemplo, as partículas dos raios solares que bombardeiam constantemente à Terra.

Então o DNA não muda com o objetivo de melhorar ou piorar uma espécie. Muda porque não tem forças suficientes para manter sua estrutura devido a ação de agentes mutagênicos.

Ocorre que:
1. Algumas mutações terminam por melhorar o organismo.
2. Outras causam pioras em um organismo.

Seleção natural

As mutações que melhorem um organismo fazem com que este organismo cresça, chegue a idade reprodutiva e reproduza mais. Então, a seleção natural automaticamente conserva as mutações produtivas.

As mutações que piorem um organismo fazem com que ele na esmagadora maioria das vezes morra antes da idade de se reproduzir. Portanto, tais mutações serão eliminadas pela seleção natural.

A seleção natural é destruidora quando elimina as mutações nocivas.
A seleção natural é criadora, quando CONSERVA a cada geração as mutações úteis.

A seleção natural é criadora não no sentido que ela projete, que ela crie, mas por ela conservar, a cada geração, os melhores mutantes. Por acumular nos organismos as melhores mutações a seleção ajuda indiretamente a criar organismos mais adaptados.

Veja que a acumulação das melhores mutações não se dá no sentido conceitual, mas no sentido da reprodução em maior escala. A seleção não analisa. Ela apenas atua como elemento cumulador das melhores mutações que DNA INVOLUNTARIAMENTE sofre.

Agora, veja bem: a matéria-prima com a qual a seleção natural vai atuar é a produção de variedade genéticas.
Como se dá a produção de variedade genética?

Pelas mutações no DNA.

Há também vários mecanismos como atuação de alguns trechos do DNA que determinam a quantidade de vezes que genes são ativados e desativados em organismos.


Variedade genética não é produzida diretamente pela seleção natural. A seleção atua sobre a variedade genética. Como ela conserva as mais adaptativas ela também é cúmplice neste processo todo.

Reprodução + mutações + seleção natural = descendência modificada.

Todas as vezes que houver reprodução e mutações haverá DIFERENTES organismos e a seleção vai conservar os mais adaptados. Portanto os mais adaptados são descendentes modificados.

Agora lembre bem: modificados não intencionalmente. Modificados porque o DNA é vulnerável a agentes mutagênicos.

Portanto, não há um projeto deliberado na natureza. Há uma interdependência de fenômenos e interação entre corpos que produz variedade, com as melhores sendo sempre selecionadas. Se as melhores são sempre selecionadas é claro que com o passar do do tempo as espécies vão ficando mais adaptadas e portanto ocorre a evolução.

Espero ter contribuído.

O fato de o DNA armazenar a receita genética isso também não é conservação? Isto é, o DNA não envolve conservação? Ou ainda, mediante a atuação do DNA existem ou não mecanismos e processos que envolvam a conservação?

O fato da ocorrência de alterações espontâneas do DNA demonstra ou não que a conservação é tão somente temporária?

O fato da ocorrência de tais alterações demonstra ou não que naturalmente nem tudo está sob total controle dos sistemas? Não será por isso que existem tais alterações?

O fato de algumas mutações permanecerem demonstra ou não a atuação da seleção natural maximizando o potêncial gênico tornando assim possível a conservação temporária dos sistemas?

Não será por tudo isso que naturalmente não existe criação não deliberada?