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Música Renascentista e Barroca

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Mensagem por Alucard 11/5/2019, 23:35


Uma de minhas maiores inspirações para tocar guitarra, o Yngwie Malmsteen também é muito fã de Vivaldi, tanto que até batizou o seu filho como Antônio, em homenagem a ele.

Malmsteen sempre coloca nos créditos dos seus discos agradecimentos a Vivaldi e Bach.
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Mensagem por Alquimista 12/5/2019, 04:55


Música muito linda:

William Cornysh (1465 - 1523), Ah Robin



Ah, Robin, gentle, Robin,
Tell me how thy leman doth
and thou shalt know of mine. My lady is unkind I wis, Alack why is she so? She lov'th another better than me, and yet she will say no.

Ah, Robin, gentle, Robin,
Tell me how thy leman doth
and thou shalt know of mine. I cannot think such doubleness for I find women true, In faith my lady lov'th me well she will change for no new.

Ah, Robin, gentle, Robin,
Tell me how thy leman doth
and thou shalt know of mine.
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Mensagem por Frederico Mercúrio 12/5/2019, 14:21


Olá, colegas!

Desculpem o atraso mas, como disse, ando muito ocupado ultimamente. Parei agora para respirar e me dedicar àquilo que me dá mais prazer: a música! Se bem que, religiosamente, sempre ouço nem que seja apenas um movimento de concerto por dia! È veramente sacro, siete d’accordo? sorriso
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Mensagem por Frederico Mercúrio 12/5/2019, 14:29


Siegfried,

Pelo que você mencionou, acredito que se refira ao segundo Gloria de Vivaldi (RV 589). O primeiro Gloria (RV 588) também é em ré maior mas o destino não lhe reservou tanta fama.

Jamais a popularidade de uma obra é necessariamente vinculada à sua qualidade. Para compositores tão produtivos como Vivaldi e Bach é perfeitamente comum (e em nada desabona) a repetição de linhas melódicas em suas vastas obras. Acredito até mesmo que essas características dissolvidas ao longo das obras desses grandes gênios criam identidades particulares que singularizam seus legados. Essa constatação nada mais é do que uma manifestação da integridade e coerência musical presente em Bach, Vivaldi, Mozart, Haydn, Beethoven, Rossini e outros imortais. Assim como também acontece na literatura. No colégio, todos nós estudamos as características de cada autor em suas obras e mais ainda: as características de cada fase literária! O mesmo se aplica à musica. Em suma, são os elementos característicos que também imortalizam os gênios...

Agora, voltando aos Glórias de Don Antonio, concordo com você ao ressaltar o fator ''boa interpretação''. É exatamente neste ponto onde ocorrem as maiores discrepâncias e equívocos musicais! Repito sempre: vamos nos esforçar para selecionar cada vez melhor as interpretações que ouviremos! As obras devem ter interpretações dignas! Esse aspecto é capaz também, Siegfried, de cravar eternamente (não apenas por semanas) uma ou mais obras (e não apenas trechos) em nossas mentes! Agora, imagine a música divina emanada por Margaret Marshall, Ann Murray e Brigit Finnilä regidas por Vittorio Negri (com o celestial John Alldis Choir e a English Chamber Orchestra) nos Glórias (Philips)! É tanta qualidade que transborda em um extremo salto de qualidade! Destaco também a excelente versão de Michel Corboz (Erato). Isso sem se falar nas Introduções para cada Gloria compostas por Vivaldi. A do RV 589 é distinta do Gloria em si. Ambas são belos motetos que referem-se em sua letra à obra que estar por vir e são interpretadas por soprano ou contralto em três movimentos. A do RV 588, entretanto, inova pois o terceiro movimento da Introduzione ''Sonoro modulamine'' é conjugado através de uma magnífica ponte ao ''Gloria in excelsis Deo'' causando um jubilante impacto! Neste último Gloria, suaves e dramáticos diálogos dos coros masculino e feminino marcam o ''Et in terra pax''. Mas vamos ao que você conhece bem: o RV 589. Este Gloria tem uma estrutura elaborada em 11 movimentos sempre diferenciados entre si quanto aos estilos, instrumentação e tonalidade. Uma das seções mais incisivas é o ''Et in terra pax'' em si menor, em cujo andamento constante e inexorável e a complexidade harmônica conferem à palavra ''pax'' um sentido profundamente trágico. A pureza do solo de violino com a suavidade do soprano no ''Domine Deus'' nos fazem flutuar. O empolgante ''Domine Fili'' é um verdadeiro tratado da perfeita polifonia. Como você bem mencionou, Siegfried, o ''Qui sedes'' nos traz uma belíssima escrita para mezzo-soprano. Finalmente, o genial ''Cum Sancto Spiritu'' coroa a obra em rica escrita coral!

Apenas uma dica: gostaria de ver sua reação diante do indescritível e enigmático ''Excelsus super omnes'' do Laudate pueri RV 602... Imagine: os divinos sopranos Felicity Lott e Margaret Marshall juntos nessa seção em andante... Meu amigo, somente uma curiosidade: meu primeiro contato com esse diamante musical foi por acaso em 1992, quando, de férias do colégio na casa de um amigo em janeiro, numa sugestiva noite fria, estávamos assistindo a um Globo Repórter sobre a existência de vida fora da Terra. Logo no seu início, entrou de repente aquela música arrepiante acompanhando a imagem caminhando entre planetas e galáxias... E o repórter simultaneamente a questionar o tema... Naquele clima de alto suspense! Meu amigo e eu ficamos extasiados! Meu Deus, de quem seria aquela preciosidade que acabáramos de ter a felicidade de conhecer? Isso ficou marcado na minha mente e sem saber que se tratava de Vivaldi... Até que depois de 7 anos, ao voltar de Veneza, de onde eu trouxe uma coleção das obras sacras de Vivaldi, me deparei com a própria! Que surpresa soberba! Imagine as duas sopranos flutuando pelo Universo a dentro... Esse mundo dá muitas voltas...
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Mensagem por Frederico Mercúrio 12/5/2019, 14:34


Necromante,

Obrigado pelo elogio. Quisera eu ser capaz de dar alguma aula sobre Vivaldi... Haja conhecimento para começar! Esta é apenas uma troca de experiências, uma conversa entre amigos sorriso Que bom contar contigo entre os admiradores de Vivaldi! Comprova-se que o grande Padre Ruivo reúne bem mais discípulos aqui do que eu imaginava! Contamos contigo.
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Mensagem por Frederico Mercúrio 12/5/2019, 14:40


Flautista de Hamelin,

Bom saber que você também admira Vivaldi. Exceto Sombriobyte, que ainda precisa melhorar nesse ponto, todos nós respeitamos seu gosto musical. Mas te peço para reformular o modo como você menciona os compositores. Não convém empregar os termos ''o melhor'' ou ''o maior'' desacompanhados da expressão ''na minha opinião'' ou algo assim (somente para manter certo grau de boa convivência no fórum  piscada  )

Quanto ao magnífico Estro Armonico, em minha primeira mensagem, eu destaquei esta série de concertos na obra de Vivaldi. Os doze concertos para diversas combinações de cordas (RV 549, 578, 310, 550, 519, 356, 567, 522, 230, 580, 565 e 265) integrantes do Opus III constituem o Estro Armonico. ''Estro'' quer dizer ''inspiração, gênio criador'' e ''Armonico'', obviamente, significa ''harmônico'', no sentido de conforme às regras da harmonia e da composição. Em 1710, ao reunir os referidos concertos para publicação em Amsterdã, onde existiam os maiores editores, Vivaldi se encarregou também da sua difusão em Veneza e, daí, para toda a Europa, que ficou profundamente impressionada com as novas possibilidades concertantes. O padre veneziano dedicou o Opus III ao Príncipe Ferdinando III da minha amada Toscana (região da Itália cuja capital é Florença). A revolução do Estro Armonico é ainda mais notável se considerarmos que o famoso Opus VIII de Torelli (1709) e, mais do que este, o Opus VI de Corelli (1714) permaneceram, apesar do seu interesse histórico e artístico, fiéis à tradição. Vivaldi, ao contrário, só utiliza as formas tradicionais para mostrar como a inspiração, o ''estro'', pode dominá-las e transformá-las. Bach reconheceu o excepcional interesse de que transcreveu seis concertos. De fato, o Estro Armonico representa a maior revolução da música de concerto do Barroco, juntamente com La Stravaganza (Opus IV), La Cetra (Opus IX) e Il Cimento dell’Armonia e dell’Invenzione (Opus VIII). Recomendo as suas interpretações pelo I Musici (Philips) ou Marriner (Decca).

Quanto a ser fã ou não de Bach, depende de cada pessoa. Logicamente, quem admira o Barroco gosta de Bach, porém a intensidade de apreciação da obra bachiana varia de um para outro. Mesmo não admirando o Barroco, é imprescindível, no mínimo, o reconhecimento e o respeito a Bach, Vivaldi, Haendel e outros gênios deste período musical. Dentro da obra de cada mestre, é natural também direcionarmos o nosso gosto, segundo nossa EXPERIÊNCIA, a certo gênero musical. Aqui no Brasil, dificilmente há concerto público, ao contrário da Europa. Em Veneza, muitas igrejas têm Vivaldi diariamente. Por isso, acredito que seja uma questão de hábito. Como você já admira o Magnificat BWV 242, seguramente o Oratório de Natal futuramente também será apreciado. Daí, há poucos passos para as Paixões. De fato, a primeira impressão passada é de que estas últimas são grandes, pesadas e escuras catedrais musicais. Esse equívoco se deve, acredito, a algumas interpretações pesadas como a de Rilling (Sony). Mas, experimente uma com instrumentos de época como a de Gardiner (Archiv). É como se o céu deixasse de ficar nublado. Tudo fica leve, transparente, ensolarado e, sobretudo, delicioso de se ouvir.
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Mensagem por Frederico Mercúrio 12/5/2019, 14:44


Spmbriobyte,

Calma, colega. Ao invés de aconselhar aos companheiros do fórum, você se comporta da mesma forma, ué? Não se pode corrigir um erro errando da mesma forma! Concordo que a hierarquia de compositores na música é algo extremamente pessoal e quando tratamos desse aspecto devemos deixar bem claro que se trata APENAS de uma visão e preferência pessoal! Tudo bem que Flautista precisa melhorar um pouquinho quanto a isso, mas não vai ser com imposição, apedrejando ou menosprezando os compositores que se vai resolver nada. Claro que Bach foi importantíssimo para a música, mas Hildegard, Monteverdi, Vivaldi, Haendel, Haydn, Mozart, Beethoven e outros gênios também foram igualmente importantes. A hierarquia entre eles varia APENAS de pessoa para pessoa. Vamos parar com essas agressões e pensarmos em trocar experiências, opiniões, orientações e CRESCERMOS JUNTOS na música, ok? Abomino em absoluto esses temas que tratam de ''o melhor compositor'' e ''a melhor música''. Isso é muito pessoal e não vale a pena perder dedo digitando e tempo querendo impor ao outro que isso ou aquilo é melhor! Creio que agimos corretamente quando, através de bons argumentos, damos a liberdade para que cada um formule saudavelmente seus conceitos e preferências pessoais.
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Mensagem por Frederico Mercúrio 12/5/2019, 14:49


Trovador,

Certamente, Bach foi um grande admirador de Vivaldi. Todavia, os dois músicos jamais se conheceram pessoalmente. Segundo Roland de Candé, é provável que Vivaldi ignorasse por completo a obra bachiana. Afirma Hobbins-Landon que mesmo na Viena de 1781 quase toda obra de Bach era desconhecida! Este, porém, teve acesso em Weimar (1708-1717) às cópias espalhadas por toda Europa dos famosos concertos de Vivaldi. Pessoalmente, porém, discordo de você na afirmação ''a transcrição de Bach é INFINITAMENTE superior ao original [de Vivaldi]''. Mais uma vez se trata de gosto pessoal. Tenho ótimas interpretações de concertos de Vivaldi transcritos para 1, 2, 3 ou 4 cravos por Bach mas, embora confesse que de fato estão belíssimos, ainda prefiro os originais de Vivaldi por três motivos básicos: 1. respeito ao gênio criador da obra; 2. Vivaldi, em seus concertos, utiliza, da forma mais perfeita e bela, o baixo-contínuo (o que pode ser percebido nas excelentes interpretações) de tal modo a não se precisar dar espaço a um cravo como solista principal em um concerto para que ele apareça, tanto que Vivaldi não compôs concerto para cravo solo pois o cravo sempre ocupou um espaço especial em sua obra com grande status – ele se destaca sempre e inevitavelmente a tal ponto de não precisar ser solista (este espaço é ocupado por um instrumento que normalmente não se destaca da massa orquestral, claro que há exceções nessa regra, como o bandolim), ou seja, em interpretações de qualidade, evidencia-se soberbamente o papel do cravo diante da orquestra e do(s) solista(s), por exemplo, no L’Estro Armonico (espero ter sido claro); e, finalmente, 3. pessoalmente, considero que houve excesso por parte de Bach, por exemplo, no concerto transcrito para quatro cravos em lá menor BWV 1065 pois percebe-se que este concerto de fato nasceu exclusivamente para ter EQUILÍBRIO com quatro violinos e um excelente cravo como baixo-contínuo. Na transcrição, nosso ouvidos recebem violentos golpes dos quatro cravos abafando sobremaneira a orquestra ao longo de toda a obra! Temos a sensação de que estamos numa bolsa de valores onde os cravos são os corretores riso 2 Haja cravo!

Nossa, dessa vez fui longe! Um forte abraço a todos,

Frederico Mercúrio, alquimista medieval
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Mensagem por Frederico Mercúrio 12/5/2019, 15:01


Vivaldi foi o primeiro compositor a usar regularmente a forma ritornello em movimentos rápidos, prática que se tornou modelo; o mesmo vale para o seu plano de três movimentos (rápido-lento-rápido). Seus métodos para garantir maior unidade temática, algo que me fascina bastante no mestre, foram amplamente copiados, especialmente a integração de material solo e de ritornello; seus padrões rítmicos contagiantes e vigorosos, a ''figuração violinística'' e a utilização de sequência também foram muito imitados.

Embora ausente fisicamente há tanto tempo, o Padre Ruivo se eternizou definitivamente, não somente no ar mágico de Veneza que tive a felicidade de respirar, mas também por gerações e gerações. Sua música ganha cada vez mais amantes, de início atraídos, naturalmente, pelas universais Quatro Estações, mas logo sedentos e surpresos por se depararem gradativamente com um mundo de mais de 230 concertos para violino e 120 para outros instrumentos solistas, 40 concertos duplos, concertos para conjuntos, concertos e sinfonias para ripieno, 4 concertos para orquestra dupla, 40 sonatas para violino, 9 para violoncelo e 10 para flauta, 27 sonatas-trio, 22 concertos de câmara, densa música sacra, como os Gloriae, Magnificat em sol menor, salmos, hinos, motetos, oratórios etc., 50 óperas, 3 serenatas e 40 cantatas solo.

A importância de Vivaldi para a música é facilmente constatada e exemplificada na conhecida obra ''História da Música Ocidental'' dos Massin, como na ''formação musical de Bach'', em que os autores colocam num dos quadros em torno de Bach ''Em Weimar, transcreve para cravo ou órgão os concertos de Vivaldi e Marcello (1709-1710)''... Bach transcreveu integralmente o L’Estro Armonico muito antes de ser publicado em 1711!

Dizem ainda os sábios Massin sobre Vivaldi, entre tantos elogios, em sua obra:

''... a existência de um artista necessitado e mal pago, sempre batalhando, dotado de uma vivacidade e de uma exuberância extraordinárias, virtuose, regente de orquestra, compositor de teatro, correndo do violino à ópera, do escritório de empresário ao Ospedale, onde ensinava sua arte às jovens internas, em viagens intermitentes; e, de vez em quando, procurando a perspectiva e concentração necessárias para escolher e publicar, com meticuloso cuidado, aquelas que considerava as melhores da profusão de obras que jorrava diariamente de sua pena...''

Como confirmam ainda os Massin, a vida de Vivaldi orientava-se entre dois pólos:

- o famoso Ospedalle della Pietà, tomando para si a função de diretor, mesmo mal pago, para tirar 40 anos de vantagens por tudo estar à disposição de sua iniciativa, dispondo em caráter permanente de uma ampla equipe de moças musicistas de elite – orquestra, coro e solistas, com cerca de 75 executantes. Todas as experiências eram permitidas no domínio da escrita e do campo do timbre instrumental. Nenhum entrave material ou orçamentário contrariavam seus projetos musicais. A Pietà facultava a Vivaldi segurança (não só material, mas sobretudo moral e estética) e continuidade;
- o Teatro Sant’Angelo de Veneza, onde se via uma outra face de Vivaldi: mesmo sem título de diretor, era o verdadeiro animador e responsável pelo que se fazia no teatro, vivia em clima verdadeiramente febril: assinava contratos, enfrentava os vedetismos do palco, dirimia conflitos, resolvia situações escabrosas, realizava com êxito operações financeiras, organizava ensaios e turnês, enfim, tinha que pensar em tudo dentro dos tormentos de um mundo caprichoso, extravagante e irresponsável...

A facilidade para compor era desconcertante: compunha óperas completas em cinco dias, dez concertos em três dias, orgulhava-se de compor concerto com todas as partes em menos tempo do que um copista levaria para copiá-lo! Afirmam os Massin: ''a rapidez e a abundância de Vivaldi são traços que o ligam profundamente ao Barroco, não apenas veneziano mas europeu.''

O final da vida de Vivaldi é um mistério. Continuam os Massin: ''esse músico adulado, conhecido e tocado na Europa inteira [afinal vinham convites para concertos, encomendas e virtuosi famosos de todo o continente para receber os ensinamentos do padre veneziano], que falava com imperadores e correspondia-se com altezas reais, e que certamente foi rico, morreu esquecido, na miséria, completamente só em Viena.'' Acredita-se que foi exilado pelo governo da República de Veneza por intrigas políticas, suas ligações, seu temperamento nervoso, sua vivacidade ansiosa, emotiva, agitada sempre mediram limites...

Desde criança fanático pelo gênio italiano, atualmente, conto com mais de 170 obras instrumentais completas de Vivaldi (a grande maioria liderada pelo lendário I Musici - Philips), 37 obras sacras integrais (praticamente todas com Vittorio Negri e equipe pela Philips) e alguns motetos, as óperas Tito Manlio com Negri/Philips e Orlando Furioso com Horne, algumas seleções de outras óperas e o oratório Juditha Triumphans com Robert King/Hyperion. Mas ainda há uma longa estrada para caminhar... Disposição e extrema curiosidade é o que não me falta! Pelo contrário: quanto mais se conhece, mais sede se sente... A obra instrumental vivaldiana é, antes de tudo, saborosa e surpreendente a cada audição, como as ousadas e inéditas combinações de instrumentos solistas; isso sem contar com as emocionantes obras sacras, de conteúdo religioso com dramática profundidade e solenidade, contando-se verdadeiras jóias da polifonia barroca!

Bom, fica aqui minha homenagem especial ao eterno Vivaldi, agradecendo-lhe pelo inestimável tesouro presenteado à humanidade (bastante presente entre nós).

E encerrando com mais uma sábia citação dos Massin:

''a ‘furia’ de Vivaldi [exaltada por Goldoni] era uma paixão, mas uma paixão pela arte. Esse homem passou quarenta anos como professor do Ospedale della Pietà recebendo um salário que não ia além daquele de um principiante, evidentemente por amor desinteressado à arte, pois era lá que ele tinha as melhores condições para criar... A arte de Vivaldi está dividida entre duas tendências. De um lado, a impetuosidade do violinista virtuose, a exuberância, um vigor rítmico, uma vitalidade maravilhosa. De outro uma ciência que não se exibe, mas que é real. Vivaldi nada ignora da técnica do violino, sua ciência do contraponto, digam o que quiserem, é segura e impecável; simplesmente, não está em seu temperamento ostentá-la. Escreve fugas sérias e densas, mas só quando acha necessário.''

Saudações vivaldianas a todos,

Frederico Mercúrio, alquimista medieval
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Mensagem por Siegfried 12/5/2019, 16:04


Olá meu caro, seu entusiasmo por Vivaldi acabou me contagiando. Conheço muito pouco dele, e por esse pouco acabo generalizando toda sua obra de forma negativa. Será que não ouvi as obras certas? Sendo você um apreciador da obra de Vivaldi, gostaria de saber algumas indicações que possam mudar esta minha visão?
Um abraço,

p.s.:Quero deixar, no entanto, minha opinião muito favorável a Glória de Vivaldi (essa mesma que você falou), uma obra belíssima e emocionante.
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Mensagem por Flautista de Hamelin 12/5/2019, 16:18


Caro Siegfried,

Sou extremamente suspeito para dar opinião, uma vez que sou fã incondicional de Vivaldi (minha discoteca teve por muito tempo, mais Vivaldi do que Bach!)... Mas tenho a opinião de que só não gosta dele quem realmente não o conhece... No meio de uma produção vastíssima como a que nos foi deixada, é fácil se perder...

Também não sou bom conselheiro....Mas algumas dicas acho que não podem fazer mal.

Concertos p/ violino solo: Os Opus 3 (L'Estro Armonico), 4 (La Stavaganza) e 8 (Il Cimento del armonia e dell'inventione) são fundamentais. Recomendo 3 e 4 com Pinnock e 8 com Giardino Armonico.

Concertos p/ fagote: tenho um cd fantástico com Klaus Thunemann/ I Musici

Concertos duplos e triplos p/ cordas (incluindo "Il Proteo ò sia Il Mondo al rovescio RV544)/ Giardino Armonico / Gramophone Award 1996

Concerti con Molti Strumenti Vol. 1 e 2 / Ensemble Matheus/Jean-Christophe Spinosi

Concertos p/ alaúdes e bandolins: Giardino Armonico

Música Sacra:

Sacred Music Vols. 1 a 5 / King / King's Consort. Dá uma englobada nas principais obras dele, com execuções magistrais. O vol.4 é o oratório Juditha Triumphans, magnífico....

O melhor Gloria RV589 e Dixit Dominus RV594 é com o Vitorio Negri/English Chamber Orch.

Também tem uma coleção fantástica com o Negri/Concertgebouw : Sacred Music for solo voices and orchestra. 3 cd's

Bem, com isso em mãos, dá pra fazer um bom julgamento do Prete Rosso....

Se quiser outras indicações, me avise.
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Mensagem por Siegfried 12/5/2019, 20:25


Flautista, obrigado pelas indicações, algumas já estão na minha lista de prioridades.
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Mensagem por Alquimista 12/5/2019, 21:24


Não poderia perder a oportunidade para expressar mais uma vez minha admiração pela música de Vivaldi. E também gostaria de citar novamente um grande intérprete: Trevor Pinnock. Suas execuções de Vivaldi presentes no álbum duplo dedicado ao compositor na série DG Panorama são uma maravilha. Interpretações magníficas, virtuosísticas, inteligentes e de muitíssimo bom gosto - condições essenciais, ao meu ver, para um bom Vivaldi. Está aí a minha dica!
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Mensagem por Flautista de Hamelin 12/5/2019, 21:35


Alquimista,
como eu disse na minha mensagem anterior, os Op. 3 e 4 com o Pinnock são fantásticos... tenho alguns outros álbuns de Vivaldi com ele, e seu nível é sempre elevadíssimo. Ainda não encontrei uma gravação, de qualquer compositor que seja, com o Pinnock/The English Concert, que pudesse dizer "Não Gostei"!
(A Missa Lord Nelson e os Brandemburgos/Suites Orquestrais com ele são meus preferidos...)
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Mensagem por Trovador 12/5/2019, 23:27


Tambem sou grande fã do Vivaldi, o mais importante compositor italiano entre Monteverdi e Rossini, e que é uma das glorias do barroco.

Pergunta a voces:

O que acham do Vivaldi do Giardino Armonico? Já ouviram?

Acho que é meio ame-o ou deixe-o.
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Mensagem por Trovador 12/5/2019, 23:29


Sombriobyte,

Queria saber porque você citou Dallapicolla, Berio e Nono junto a Monteverdi - os outros (Harnoncourt, Gardiner etc eu entendi, são intérpretes). Mas esses outros não são compositores, e modernos? E então?
Estou ouvindo a Poppea e estou muito espantado e impressionado para comentar já. Vou formular um pouco melhor minhas impressões para poder conversar a respeito.
Encontrei uma gravação com excertos da La Calisto (de Cavalli, com a Glimmerglass Opera) e comprei logo - me parece uma ópera mais usual, com árias mais convencionais. Será que para ela há uma partitura mais completa do que para Poppea?
Sabe alguém onde posso encontrar um libreto da Calisto?
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Mensagem por sombriobyte 13/5/2019, 00:13


Coube a Vivaldi um dos papéis mais importantes: o firmamento Eu na música. Seus concertos são em grande parte conflitos entre uma massa e um (ou mais) solistas, mas olha que curisoso (os Massin falam isso): mesmo nos concertos para múltiplos instrumentos, como o magnífico concerto para quatro violinos RV 580, cada instrumentista mantém sua individualidade, não se trata de mais de concertino-ripieno. Vivaldi é pioneiro na história da música, se não foi o primeiro a fazer isso foi o primeiro a fazê-lo de forma consistente. A música de Vivaldi, especialmente no campo para música concertante é incrivelmente rica em material (tão rica que veio a ser o embrião da sinfonia) e em clima. O que acho mais pobre em Vivaldi são algumas peças características, nas quais se inserem obras que representam animais ou, me perdoem, estações do ano.

Vivaldi foi também mestre na música sacra e nas óperas, mas neste campo, acho que ele não se destaca tanto, a despeito de seu fantástico Gloria RV 589; mas nestes campos, acho que Vivaldi é apenas um compositor acima da média, mas muito menos ousado do que nos concertos. Não consigo achar em Vivaldi uma obra sacra tão arrasadora como o Stabat Mater de Pergolesi, uma das obras mais arrebatadoras que conheço.

sombriobyte

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Mensagem por sombriobyte 13/5/2019, 00:17


Flautista de Hamelin,
Acho a Suítes de Bach fracas com o Pinnock, sou mais o Helmut Müller-Bruhl. Mas, realmente, a Nelsonmesse com ele é fantástica!

sombriobyte

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Mensagem por sombriobyte 13/5/2019, 00:19


Trovador,
Sim, Dallapicolla, Nono e Berio são outros compositores (E modernos), mas também responsáveis por uma revalorização de Monteverdi, editando suas partituras e divulgando sua música.

Recomendo as outras óperas (Orfeo e Ritorno) também recomendo fortemente o Combatimmento de Tancredi e Clorinda, obra que considero a mais original do primeiro barroco.

Sds. Monteverdianas

sombriobyte

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Mensagem por sombriobyte 13/5/2019, 00:23


Trovador,
Eu tenho Monteverdi como compositor favorito. Qualquer coisa que quiseres discutir sobre ópera barroca, estou a disposição. Modéstias à parte, conheço muito Monteverdi, Purcell e Lully e bastante Handel, Vivaldi e Rameau, e um pouco de A. Scarlatti. E acredito que conheça todas as gravações já feitas de Poppea.

E também conheço La Calisto.

Mas Calisto é bem diferente de Monteverdi. É mais rápida, menos reflexiva. Baseia-se em melodias mais marcantes e cantáveis. E em Monteverdi as frases em recitativo apenas sugerem os estados, em Cavalli estas são menos sutis e mais grosseiras. Em um clima que se aproxima um pouco da farsa. Mas não é a pior ópera que já ouvi.

Sds. Monteverdianas

sombriobyte

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Música Renascentista e Barroca - Página 3 Empty Re: Música Renascentista e Barroca

Mensagem por Trovador 13/5/2019, 14:11


Amigos,
Meu interesse por opera barroca é recente e sou apenas um diletante, não músico. Estou surpreso com as óperas de Monteverdi e de Cavalli, me parecem muito diferentes da ópera posterior como as de Handel - das quais conheço apenas árias, coisa praticamente inexistente nesses mais antigos.
Pelo que entendi lendo um livro (Rough Guide de Opera) a ópera começou de forma bem artificial, buscando resgatar o que se imaginava ter sido a tragédia grega cantada (monodia ao invés da polifonia da música religiosa de então). Isso explica a estranheza que sinto. Mas não deixo de me impressionar com sua beleza.
Tenho curiosidade de saber como ela evoluiu para incluir canções (arias). Arioso parece já haver na Calisto.
Teria sido uma evolução natural dentro dos princípios da ópera, ou a incorporação do cancioneiro popular à medida que a ópera começa a se transformar em diversão mais aberta?
Minha curiosidade aumenta ao sentir, ouvindo Poppea, que a melodia parece composta de trechos truncados de canções, impressão reforçada pela audição de um disco de canções populares de Monteverdi que me bateu nas mãos.
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Música Renascentista e Barroca - Página 3 Empty Re: Música Renascentista e Barroca

Mensagem por Trovador 13/5/2019, 14:14


Pergunta aos conhecedores da ópera barroca:

Um amigo vai a Paris e pode trazer para mim uma ou duas coleções de CDs.
Possuo apenas a L´Incoronazione de Poppea e trechos de La Calisto. Na opinião dos colegas, que deveria eu encomendar agora?
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Mensagem por Trovador 13/5/2019, 14:16


Sobre Vivaldi, gostaria de um comentário sobre o Dixit Dominus e qual gravação me recomendariam.
Obrigado.
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Mensagem por Alquimista 13/5/2019, 14:43


Beatus Vir, outra bela obra vocal do Mestre Vivaldi.

Eu tenho uma gravação em vinil do Salmo 111 (Beatus Vir), de 1984, feita em Mariana, por ocasião da restauração do famosíssimo órgão Arp Schnitger daquela cidade. A parte coral é de uma simplicidade cativante!!!

Link para conhecerem e baixarem essa pérola da música:

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Orquestra Brasileira de Câmara
Coro de Belo Horizonte
Maestro Michel Corboz (Suíça)

Helle Hinz (Dinamarca) – soprano
Brigitte Balleys (Suíça) – contralto
Marcus Tadeu (Brasil) – tenor
Jaques Bona (França) – baixo
François Chapelet (França) – órgão
Maria Vischna (Brasil) – violino
Manfred Clement (Alemanha) – oboé

No início do século XVIII, nos primórdios da mineração do ouro, a pequena capela erguida na Vila do Ribeirão do Carmo, em Minas Gerais, deu lugar à nova igreja maior e matriz, elevada a Sé Episcopal, em 1745. A vila, por sua vez, havia sido transformada na Cidade de Mariana, em homenagem à Mariana de Austria, rainha de Portugal, esposa de D. João V.

Surgiu, pois, a Catedral de Mariana que, em novembro de 1752, por vontade do soberano D. José 1, sucessor de D. João V, recebeu seu majestoso órgão, construído por volta de 1700 na Alemanha, fruto provável do génio criativo do mestre organeiro Arp Schnitger (1648 – 1719) ou de sua escola. Semelhanças inconfundíveis com certas características técnicas e artísticas de um órgão construído por Schnitger na mesma época, instalado na cidade de Faro, em Portugal, fazem supor que o instrumento de Mariana tenha a mesma origem.

Definitivamente instalado na nova catedral em 1753, abrilhantou, pela primeira vez, a festa da Assunção da Nossa Senhora, padroeira da diocese, pelas mãos – ao que tudo leva a crer – do organista Padre Manoel da Costa Dantas.

Obra prima do barroco alemão, o órgão da Catedral de Mariana, um dos poucos ainda existentes no mundo, é de importância histórica imensa, pois sua sonoridade incomparável acompanhou, durante quase dois séculos, a evolução da música sacra no Brasil, que tem nas terras alterosas das “Gerais” seu berço e nos artistas e compositores mineiros seus cultores por excelência. Até que, desgastado pelo tempo e pelo descaso que tanto penaliza os maiores monumentos da cultura nacional, aquele instrumento precioso foi ouvido, pela última vez, em 8 de dezembro de 1937.

47 anos depois, no dia 8 de dezembro de 1984, dia glorioso da Conceição de Nossa Senhora, ergueu-se novamente a voz jubilante do órgão de Mariana, sob os acordes da Missa em Fá Maior, de José Emerico Lobo de Mesquita – um dos mestres do barroco mineiro – e do Concerto Nº 4 em Fá para Órgão e Orquestra de Haendel, executadas por um grande intérprete da França, François Chapelet.

Este memorável acontecimento teve sua origem em 1978, quando por iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Brasil – Alemanha, de São Paulo, um grupo de empresas alemãs estabelecidas no Brasil assumiu a responsabilidade pela completa restauração do órgão. Ainda no mesmo ano voltou para a Alemanha toda a máquina do instrumento, que dali saíra quase 300 anos antes, onde foi restaurado, em Hamburgo, pela Casa “Rudolph von Beckerath Orgelbau GmbH”, um dos mais renomados e tradicionais estabelecimentos do gênero em todo o mundo.

A organização Siemens, que além do seu engajamento econômico, sempre compreendeu sua existência no Brasil igualmente como um compromisso do estreitamento das relações culturais e artísticas entre os países, orgulha-se de ter contribuído decisivamente para a recuperação desta raridade histórica e, assim, para o fortalecimento dos laços humanísticos entre o Brasil e a Alemanha. (extraído da contra-capa do LP)

http://pqpbach.sul21.com.br/2017/05/18/concerto-de-mariana-1984-lobo-de-mesquita-missa-em-fa-maior-ladainha-in-honorem-beatae-mariae-virginis-haendel-concerto-no-4-em-fa-maior-vivaldi-beatus-vir-j-s-bach-concerto-duplo-em/
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Mensagem por Siegfried 13/5/2019, 17:11

Trovador escreveu:
Pergunta aos conhecedores da ópera barroca:

Um amigo vai a Paris e pode trazer para mim uma ou duas coleções de CDs.
Possuo apenas a L´Incoronazione de Poppea e trechos de La Calisto. Na opinião dos colegas, que deveria eu encomendar agora?

Trovador,
Giulio Cesar (Handel), Orfeo (Monteverdi), Dido et Aeneas (Purcell) e Acis et Galatée (Lully). Sem ordem de prioridade, são tipos diferentes, não concorrentes, de ópera. A italiana (Handel), a de Monteverdi, a inglesa (Purcell), e a francesa (Lully), cada uma com suas peculiaridades.
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