Tocata e Fuga em Ré Menor

Esta obra popular foi transcrita várias vezes. Por volta do final do século 19, ocorreu uma “segunda onda” de ressurgimento de Bach (a primeira foi lançada no início do século 19 por Felix Mendelssohn, entre outros). Na segunda onda, grande parte da música instrumental de Bach foi adaptada a recursos disponíveis em ambientes de salão (por exemplo, piano solo ou conjuntos de câmara). O compositor e pianista Ferruccio Busoni foi um líder desse movimento e escreveu muitas transcrições para piano de composições de Bach, que muitas vezes alteram radicalmente o original. Entre eles estava uma versão virtuosística da Tocata e Fuga, que tenta replicar o espírito do som do órgão original. Uma transcrição de piano virtuose anterior, também muito em voga, foi por Carl Tausig; a pianista Marie Novello o escolheu para o que uma fonte afirma ser a primeira gravação da Tocata e Fuga. Entre outros arranjos que apareceram no registro estão os de Percy Grainger, Ignaz Friedman e Louis Brassin.

O primeiro disco 78rpm de Stokowski de 1927 foi um best-seller internacional que apresentou a música a muitos colecionadores de discos. Ele gravou várias outras vezes nos anos subsequentes. Outros que transcreveram a Toccata e a Fuga para orquestra incluem Lucien Cailliet, René Leibowitz, Leonidas Leonardi, Alois Melichar, Eugene Ormandy, Fabien Sevitzky, Stanisław Skrowaczewski e Henry Wood (pseudonimamente, como “Paul Klenovsky”).

Em meados da década de 1990, a Canadian Brass criou uma adaptação para quinteto que se tornou o trabalho padrão “obrigatório” para conjuntos de metais em todo o mundo. Mais de vinte mil cópias da adaptação do ex-membro Fred Mills foram vendidas até agora através da Hal Leonard Publishing Corporation, e o trabalho está gravado em vários de seus CDs, o mais recente sendo Takes Flight lançado em 2012. Em 1993, Salvatore Sciarrino fez um arranjo para flauta solo, gravado por Mario Caroli. Uma versão para trompa solo foi feita por Zsolt Nagy e executada por Frank Lloyd.

A Toccata tem sido usado em uma variedade de mídias populares, desde filmes, videogames, música rock e ringtones.

É usado para os créditos de abertura do filme de 1931 Dr. Jekyll and Mr. Hyde.

Em 1960, Federico Fellini apresentou a faixa em seu filme La Dolce Vita, interpretada por um personagem em um órgão de igreja.

A adaptação para o cinema de 1962 de O Fantasma da Ópera da Hammer Productions apresentou a peça e, desde então, o filme ajudou a associar a música aos filmes de terror, Halloween e similares na cultura popular.

O grupo de jazz / R&B Brass Fever apresentou um arranjo da composição em seu álbum autointitulado de 1975 como “Bach Bone”.

Jon Lord do Deep Purple gravou uma composição chamada “Bach on this”, que é baseada no BWV 565. Aparece em seu álbum de 1982, Before I Forget.

A banda inglesa de rock progressivo Egg cobriu a peça para seu álbum de estreia de 1970.

A banda holandesa de rock progressivo / sinfônico Ekseption fez a cobertura do álbum de 1973, Trinity.

A banda inglesa de classic fusion / rock Sky (com o guitarrista clássico John Williams e o percussionista clássico Tristan Fry) alcançou o Top 10 do pop pop com seu arranjo de 1980 da seção Toccata do BWV 565. Esta versão passou para a Billboard Hot 100. em # 83.

Vanessa-Mae gravou um cover desta peça. Alcançou a posição 24 nas paradas da Billboard.

A faixa é usada para os créditos de abertura e o freeze-frame final do filme Rollerball, de 1975.

Em 1978, Walter Murphy lançou o álbum Phantom of the Opera que apresentava um rearranjo de Tocata e Fuga, intitulado Tocata e Funk em Ré Menor. O resto do álbum mostra a pontuação pesadamente.

No filme de 1940 da Disney, Fantasia, é usado como a primeira peça do filme. Os animadores da Disney receberam um tema abstrato para criar a imagem da música.

Em outro filme da Disney, 20.000 Léguas Submarinas, o Capitão Nemo (interpretado por James Mason) executa a peça em um órgão.

Gostaria de saber qual é essa fantasia de Pachelbel em que um trecho da fuga de BWV 565 é uma cópia exata.

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Na verdade a frase foi usada por Bach exatamente na Toccata e Fuga em Ré Menor, e Bach também a transformou em menor relativa e a expandiu para o dobro de seu comprimento e se tornou o tema básico de toda a peça.

Vamos lembrar que Bach foi fortemente influenciado por Palchelbel, Buxtehude etc, especialmente em suas composições organísticas.

Muito interessante... mas pra mim isso só reforça o que todos já sabíamos, que Bach é mesmo o autor da BWV 565, pois sabe-se que ele gostava de se exercitar tocando obras de Pachelbel.

Johann Wolfgang escreveu:pois sabe-se que ele (Bach) gostava de se exercitar tocando obras de Pachelbel.

Mesmo assim isso ainda não conclui nada. Muitos organistas alemães da época de Bach se deixaram influenciar por Pachelbel.

Mas concordo com você... Todas as evidências sugerem mesmo a autoria de Bach.

Mesmo Kellner, se por um lado é o candidato mais provável à atribuição, por outro nunca atingiu em suas obras a dramaticidade da BWV 565, além disso ele esteve muito próximo de Bach (possivelmente foi seu aluno) e copiou mais de 60 obras do Kantor de Lípsia.

E também vale lembrar que a cópia de Johannes Ringk, cuja fonte original pode ter sido oferecida a ele pelo próprio Kellner, que era seu professor, continha o nome completo de Bach na partitura.

A conclusão é uma só...

O que era óbvio... A mais assombrosa obra já escrita pra órgão só poderia mesmo ter sido composta pelo mais assombroso compositor de todos os tempos.

Escutem a Fuga BWV 544.

Ela contém vários elementos presentes na fuga BWV 565, inclusive aquela frase de Pachelbel mais desenvolvida.

Pra mim está encerrada a questão sobre a real autoria de Bach.

Do repertório organístico bachiano eu destacaria também o Orgelbüchlein.

Orgelbüchlein - Pequeno livro para o Órgão é uma coleção de corais luteranos trabalhados na forma de Prelúdios e Fantasias, compostos, segundo J S Bach a Deus para louvar e ao próximo para ensinar.

A coleção é formada por 45 peças destinadas às principais celebrações do ano litúrgico e foi composta no período que Bach serviu como organista da corte ducal em Weimar - 1708 e 1717. São obras curtas, tocadas como prelúdios ao canto congregacional durante o culto luterano, com a finalidade de apresentar e sugerir o caráter do tema musical.

O Orgelbüchlein se apresenta como um dicionário de símbolos e desenhos musicais. A partir do estudo desses corais se pode chegar à compreensão de obras mais complexas como as Cantatas e as Paixões de Bach.