Alquimia e seus mistérios

Apesar de saber que a atual ciência Química é derivada da Alquimia, no que se resume de fato a Alquimia? Ou seja, como ela sobrevive enquanto ciência? E as suas divisões? O que é a Alquimia anímica e física? Qual delas se destina à síntese de novas substâncias? Químicos são também alquimistas? Enfim, espero que este tópico rende.

No Brasil, o estudioso em qualquer campo de conhecimento defronta-se com uma surpreendente indigência bibliográfica. Mesmo as chamadas Bibliografias Especializadas, tem lacunas e erros gritantes. Obviamente, não seria a Alquimia uma exceção, pelo contrário, inexistem repertórios bibliográficos exclusivamente dedicados a Alquimia.

Entre meus discípulos tenho sido muito questionado sobre livros de alquimia, como a maioria sempre deseja que o livro de alquimia seja em português, temos aqui uma questão. Em minha humilde visão, os livros devem ser estudados, o mais perto existente do original, pois lhes digo que nem só de palavras vive o homem, mais de símbolos, métrica, e segredos, que somente será desvendado pelos dignos, que se aventuram de corpo e alma, muitas vezes com estudos fúteis de principio, como geometria, inglês, matemática, steganographia, latim, árabe, filosofias antigas, história e assim vai...
Eu relacionei alguns livros de meu acervo em português que acredito ser realizadores, e, desta forma, que cada um encontre o seu livro.

1. Mutus Líber – Jose Jorge de Carvalho – Attar Editorial
2. As Moradas dos Filósofos – Fulcanelli – Madras
3. Corpus Hermeticum – Editora Hemus
4. Triunfo Hermético – Limojon de Saint-Didier
5. As Doze Chaves da Filosofia – Dom Basilio Valentin
6. Giordano Bruno e a tradição hermética – Frances A. Yates – Cultrix
7. Alquimia & Misticismo – Alexander Roob – Taschen do Brasil
8. Ouro dos Alquimistas, Jacques Sadoul, Edições 70 (Portugal)
9. Entrada Aberta ao palácio do Rei. Editora Global
10. Ennoea , Anselmo Caetano (Diga-se de passagem o único reconhecido tratado de alquimia antigo existente em português) (Portugal)
11. História da alquimia, Serge Hutin, Edições M M.
12. A grande obra alquímica, Rubellus Petrinus, Hugin Edições (Portugal)

Acredito, em minha humilde ignorância, que seja um começo.
Mais tarde colocarei as 3 vias principais alquímicas e alguns livros. Muitos ainda ficam de fora, cabe a vocês buscarem e compartilharem.
Boa caminhada a todos.

O Grande Tratado de Alquimia

Anônimo

"O Grande Tratado de Alquimia ou a Natureza Desvendada"

"Aurea Catena Homeri"
"Neste Livro se demonstra como e de que as coisas nascem, conservam-se, destroem-se e reduzem-se de novo à Essência Primordial"

1ª edição brasileira.

Tradução: Ivone C. Benedetti.

São Paulo - Editora Martins Fontes - 2006 - + 306 págs.

Coleção "Arcanum".

Comentário: Trata-se do famoso "Aurea Catena Homeri", um Clássico da Alquimia, impresso originalmente na Alemanha, no século XVII, e que ainda não tinha versão para o Português, salvo por algumas passagens, sem indicação da Fonte, publicadas na Revista Gnose (da Fraternidade Rosa+Cruz Antiga - FRA).

       
Mutus Liber.

"O Livro Mudo da Alquimia"

"Um estudo da simbologia alquímica nas imagens do Mutus Liber incluindo reprodução integral das pranchas de La Rochelle, 1677".

Ensaio Introdutório, Comentários e Notas de José Jorge de Carvalho.

São Paulo - Attar Editorial - 1995 - 137 págs. - il.

Comentário: Certamente, um dos mais famosos Livros Clássicos da Alquimia. Sua Autoria é atribuída a Jacob Salut (anagramaticamente "Altus" na Primeira Prancha), mas, isso é matéria de controvérsia. Essa edição tem a particularidade de trazer as pranchas das edições de 1677 e 1702.

Algumas dessas obras o autor é desconhecido:

O Arcano Hermético
Aurora Consurgens (de São Tomás de Aquino)
A Aurora dos Filósofos (de Paracelso)
A Carruagem Triunfal do Antimônio (de Basilio Valentim)
As Seis Chaves (de Eudoxus)
Coelum Philosophorum (de Paracelso)
A Fabricação de Ouro (de Francis Bacon)
Museu Hermético
Rosarium Philosophorum
Tábua da Esmeralda (de Hermes Trismegistus)
O Tratado Dourado (de Hermes Trismegistus)
Mutus Liber (editado por Eugene Canseliet)

Princípios alquímicos ou herméticos:

- Os hermetistas admitiam três princípios, que, segundo eles, eram encontrados em todos os corpos: o enxofre, princípio macho, o mercúrio, princípio fêmea, o sal, princípio neutro. Assim, queimando-se lenha verde, por exemplo, o vapor dágua era o Mercúrio; o óleo inflamável, o Enxofre; as cinzas, o Sal. No ovo, o Mercúrio era a clara; o Enxofre a gema e o Sal, a casca. Em um metal, o Enxofre era a alma, o "fixo", e o Mercúrio, o corpo, o "volátil".

O Enxofre dava ao metal as suas propriedades químicas e o Mercúrio as suas propriedades físicas.

Os filósofos hermetistas davam a seguinte chave da Natureza: "De todas as coisas materiais se faz a cinza: da cinza se faz o sal; do sal são separados a água e o mercúrio; do mercúrio é composto um elixir, uma quinta-essência.''

Em sua obra De la Maçonnerie Occulte et de L'Initiation hermétique - Éditions des Cahiers Astrologiques- Nice - 1.947, página 138, diz RAGON:

"O corpo, portanto, é posto em cinzas para limpá-lo de suas partes combustíveis; em sal, para ser separado de suas terrestridades; em água, para putrificar-se, e em espírito para ser quintessenciado.

O conhecimento dos sais, eis a chave da arte, por meio da qual imita a Natureza em suas operações, O adepto deve conhecer a sua simpatia e sua antipatia com os metais.

Não há propriamente mais que um sal; mas ele se divide em três espécies para formar o princípio dos corpos: nitro, tártaro e vitríolo (estilos antigos); todos os outros são com ele compostos.

Do nitro e do tártaro (que é o próprio nitro mais cozido) se formam os vegetais. O vitríolo é o próprio sal nitro que, tendo passado pela natureza do tártaro, torna-se sal mineral por um cozimento mais demorado com fogo mais ardente. É abundante nas concavidades da terra, onde se reúne com um fluido viscoso que o torna metálico."

O significado dos três princípios alquímicos são os seguintes: Enxofre, centro original da ação; Mercúrio, ação; Sal, resultado da ação, equilíbrio.

Abaixo segue o nome dos alquimistas mais renomeados que conheço:

Alberto, O Grande
Albert Poisson
Basilio Valentim
Francis Bacon
Raimundo Llulio
Isaac Newton
John Dee
Maria, a Judia
Michael Maier
Nicolas Flamel
Nostradamus
Paracelso
Roger Bacon
Tomás de Aquino
Fulcanelli
Eugene Canseliet
Geber
Michael Sendivogius

Opa, faltou EU aí nesta listinha!

Uma dica para quem quer ser um alquimista:

Comece por dentro. Os movimentos periféricos sempre tem um núcleo. A origem é interna, toda origem é interna e vai à periferia, e o que está fora se torna dentro, eis que começa o segredo.

Comece por dentro!

Ignis Natura Solve Anima Nostrum

É... mas alquimista com ''A'' maiúsculo só pode haver um!!!

Há muito tenho tentado estabelecer paralelos entre a alquimia e a química aceita pela "ciência oficial". Ambas em verdade trabalham com a compreensão das transformações da matéria-energia, embora a primeira interprete essas transmutações como extensões ou ações em conjunto com a própria metamorfose do alquimista, tendo este capacidade plena de direcionar a organização dos sistemas externos de acordo com a maneira como organiza e re-cria seu interior.
Porém, a Química atualmente, ao contrário de outras ciências "ortodoxas" (não todas, é óbvio), tem trabalhado muito com parâmetros altamente transcendentais, chegando, em conjunto com a Física (especialmente a Quântica), a conceitos quase metafísicos a respeito do universo.
Vós, admiradores da Grande Obra, que pensais sobre tal tema?
A dificuldade de acesso aos processos experimentais utilizados pelos alquimistas complica um bocado o estabelecimento desse paralelo, uma vez que é preciso explicar os fenômenos num campo comum ao das duas ciências, o experimental, para poder partir rumo a uma interpretação do filosófico-transcendental.

Sendo mais sucinto, não há oposição... São como linhas contínuas de um mesmo pensamento, complementando-se e fundindo-se em verdade numa única ciência.
E em verdade o paralelo que estou a tentar estabelecer não é com certeza uma oposição, mas sim um conjunto de relações que possam ser explicitadas numa linguagem comum!
A divisão das ciências ou campos de conhecimento foi, talvez, necessária para que se pudesse organizar a tamanha gama (embora ainda ínfima) de informações que a humanidade adquiriu nos últimos séculos.
Porem, há hoje um grande impulso rumo à re-integração do pensamento cientifico, em oposição a essa visão cartesiana e mecanicista do universo como algo que pode ser desmembrado e compreendido aos pedaços, para que se chegue ao todo.
Pois que já pudemos perceber que isso nem é sempre possível, especialmente nesses campos onde a tangência entre o físico/provável e o imaterial/transcendental é sutil demais para que se possa separá-los!
Cá onde estudei, por exemplo, há uma corrente muito forte rumo a essa re-integração. Há inclusive um curso, ainda relativamente novo, intitulado Ciências Moleculares, cujo currículo engloba todas as ciências exatas e biológicas e proporciona grande liberdade de trânsito entre todas as áreas de pesquisa e todos os institutos da universidade.
Pois eis a questão (a que provavelmente hei de dedicar-me ainda muito): é possível expressar a alquimia através da linguagem da química? Estuda-la, testa-la, ao menos tentar traduzir parte de seu simbolismo e seu transcendentalismo em palavras que podem ser ouvidas por aqueles que não desejam ouvir?
E o contrário? Pode-se escorrer a química através da alquimia? A ela oferecer novos significados, baseados nos conhecimentos alquímicos? É possível interpreta-la utilizando esses conhecimentos?

Pois que sim, talvez em âmbitos diferentes, mas ambas ocupam-se do mesmo substrato, do mesmo grande mistério: aquilo que a tudo constitui, sua dinâmica e suas transformações.
Como dialogariam um químico e um alquimista (pois que embora estudem a mesma matéria-energia, traduzem suas conclusões de formas diferentes)?
Gostaria muito de entender como seria, pois que estou a estudar a química mas meus olhos brilham ante a fascinante alquimia.

Apenas um Post Scriptum...

Fazer um comparativo entre química e alquimia pode levar a muitos pensamentos anacrônicos. A alquimia, a mãe de todas as ciências celestes e ocultas, ao longo do tempo deu origem a uma forma de pensamento mais exato, que com o passar do tempo, próxima aos filósofos naturais, sofreu influências, originando a atual ciência química!
A alquimia transcende estes aspectos e muito há o que se falar sobre esta viúva miraculosa dos sábios!

Uma vez li num livro de alquimia que o sal-gema ajuda a retardar o envelhecimento. Isso é verdade?

A princípio o Sal-gema nada mais é do que o cloreto de sódio (sal de cozinha) em forma de cristal. Existem lindos cristais com até 20cm de diametro, até mais.
Bom, como o sal de cozinha pode ajudar com o envelhecimento não sei bem ao certo, mas acredito que não passe de lenda urbana.

Mas a história dos sais alquímicos fica pra uma outra hora, mas lhe garanto que o sentido para os alquimistas era bem outro!

Se habla mucho por doquier sobre lo que es y lo que no es la Alquimia. Algunos pregonan sobre una supuesta "Alquimia Mental", otros lo caratulan como "Alquimia Psicológica", y así también lo consideran como meramente "espiritual", rechazando de esta manera el requerimiento de un laboratorio alquímico...Según ellos dicen que "no necesitan un laboratorio para hacer Alquimia".
Estos conceptos, si bien tienen que ver en cierto aspecto con este Arte Sagrado, no obstante están parcializando y desechando puntos importantes y cruciales de lo que realmente es la Alquimia.

No es mi intención el engendrar polémica alguna, puesto que cada uno tiene su propia verdad....Sin embargo, la Alquimia ni es espiritual ni es material....LA ALQUIMIA SON LAS DOS COSAS EN UNA, tanto en lo externo, así como también en lo interno. Sin la Materia el Espíritu no podría nunca coagularse; esto es "materializarse" en este plano de conciencia y que es el físico, ni tampoco la Materia no podría existir sin las fuerzas sutiles que provienen de lo espiritual. Pues ambos "se necesitan" en este plano físico...para el proceso de Purificación.

Observemos a los Antiguos Maestros y Adeptos Alquimistas y nos daremos cuenta que para hacer Alquimia se requiere de un laboratorio alquímico....Sin éste, no se puede denominar Alquimia los que se dedican a "filosofar" o realizar ciertos rituales o métodos para tratar de depurarse "espiritualmente" su interior. Esto mas bien sería más allegado a lo que actualmente se denomina "Meditación Trascendental", así como también aquellos métodos que usan los yoguis de las diversas Escuelas, y que son bien respetadas, porque son otros Caminos para acercarse poco a poco a la Luz.

Sin embargo el Camino del Alquimista es procurar mejorar su ser a través de la simulación de las operaciones que la Naturaleza, - fiel reflejo del acto del Espíritu-Santo- , realiza dentro de su laboratorio, y según lo que "engendre" o resulte de sus operaciones, ESE es EL en ese momento....Puesto que la Alquimia es un ESPEJO de uno mismo.

¿ La piedra filosofal que es...?

bueno yo eh buscado esta roca y solo escuche de que es una parte de nuestras almas y hay que ser puros para usarla...espero mejores opiniones.

En realidad hay otras teorias y definiciones de lo que podria ser realmente...en el pasado habia muchos falsos alquimistas que decian haber encontrado la formula...

El alquimista es aquel que se dedica a la transmutación de los metales, especificamente del plomo al oro por medio de métodos alquimicos, empleando química con cierto ocultismo.

La piedra filosofal es una sustancia que posee propiedades extraordinarias. También es conocida como el elixir de la vida eterna. Existe los rumores de que Nicolas Flamel habia obtenido la piedra filosofal, con el cual transmutó un metal vulgar a oro, pero solo duro 5 segundos, y luego se desintegro, porque la materia resultaba inestable.
Existen dos clases de piedras: la roja, que transforma metales vulgares en oro, y la blanca, que transforma metales vulgares en plata.
La piedra actúa en tres reinos: el mineral, el vegetal y el animal.

Yo eh pensado en ello porq nuestro cuerpo no logra la recuperacion completa y todo los desgastes q deja q seria un 1% eso s deloq nos qjamos en realidad vivimos mas q cualquier otro animal viendo el factor d tamaño con cantidad d latidos dl corazon por dia...pero igual soy d los q busca la prolongacion d su vida cm muchos mas noc si la regeneracion aun 100% sea posible ...o en todo caso recomendable... talvez un cambio tan intenso como un simple 1% nos dejaria años en cama o en un coma talves pusto q regeneracion tambien quiere desir muerte d las celulas viejas cmo la piel y los cabellos q son creados d simple piel muerta...aunq claro esta q luego de ese tempo d intensa recuperacion starias en mejor forma... aunq el 100% d recuperacion no me parece q sea algo mantenible por mucho tiempo, talves el elixir devas consumirlo cada cantidad d tiempo acompañado d una alimentacion intensa p/ recuperar las energias gastadas...

El Guaraní, la piedra filosofal es una sustancia que según la alquimia tendría propiedades extraordinarias, como la capacidad de transmutar los metales vulgares en oro. Existen dos tipos de piedra: la roja, capaz de transmutar metales innobles en oro, y la blanca, cuyo uso transforma dichos metales innobles en plata. La roja se obtiene empleando la Vía Seca; la blanca a través de la Vía Húmeda; en ambos casos el elemento de partida es la pirita de hierro.

Acho que a alquimia pode ser nos dois sentidos, espiritual e, quem sabe, material também.

O que eu acho estranho é que estas fórmulas mágicas medievais de alquimia sempre levam mercúrio, fisicamente falando não faz sentido já que é um metal altamente tóxico.

Acho que aí sim deve-se fazer uma análise da simbologia.

E assim nos damos conta, com surpresa e emoção, de como foi talhada pelos nossos antepassados a primeira pedra dos alicerces da Catedral Gótica, gema resplandecente, mais preciosa que o próprio ouro, sobre a qual Jesus edificou a sua Igreja. Toda a Verdade, toda a Filosofia, toda a Religião, repousam sobre esta Pedra única e sagrada. Muitos, cheios de presunção, julgam-se capazes de modelá-la; e, no entanto, são tão raros os eleitos cuja simplicidade, cuja sabedoria, cuja habilidade, lhes permitem alcançá-lo!
Fulcanelli

El Guarani escreveu:
Se habla mucho por doquier sobre lo que es y lo que no es la Alquimia. Algunos pregonan sobre una supuesta "Alquimia Mental", otros lo caratulan como "Alquimia Psicológica", y así también lo consideran como meramente "espiritual", rechazando de esta manera el requerimiento de un laboratorio alquímico...Según ellos dicen que "no necesitan un laboratorio para hacer Alquimia".

Saludos!

Los alquimistas son, indubitablemente, los predecesores de la química moderna, y progenitores del interés intelectual científico de grandes estudiosos y descubridores.

Los alquimistas han sido esenciales para el desarrollo del pensamiento químico, y por consecuente, cardinales para el estado contemporáneo de la vida humana.