Crazy Diamond

Não quero fazer propaganda mas tem coisas muito interessantes que pouca gente aqui sabe, como o nome da banda não surgiu só pelo fato de Pink Anderson e Floyd Council serem músicos admirados por Barrett, mas é que o Syd tinha 2 gatos, um chamado Pink e o outro Floyd justamente por causa dos 2 músicos de R&B. Aí que veio a ideia do nome da banda ser o mesmo nome dos gatos.

Quanto ao negócio dos gatos, acho que é lenda. Que eu saiba é porque o Syd tinha um disco do Blind Boy Fuller, e tinha o nome dos dois bluesmen atrás.

Bem pessoal, como todos sabem, o fundador do Pink Floyd além de compositor e guitarrista, era um criativo pintor e desenhista... Produziu diversos quadros e é a partir desta base que formulo minha pergunta: Às quais vertentes artísticas pertenciam os seus quadros?? Surrealismo, Impressionismo, Dadaísmo?? Nenhuma?

Embora não seja da área, eu diria que suas obras se aproximam do expressionismo.

Vader Lizard escreveu:Saudações pessoal! Syd pra mim foi fundamental para o Pink Floyd em toda a carreira, direta ou indiretamente, além de um grande compositor, um cantor e guitarrista muitas vezes subestimado.

Intensa, rápida e brilhante, assim foi a carreira de Syd Barrett, fundador de um dos grupos mais emblemáticos do rock, o Pink Floyd. Como cantor, compositor e guitarrista foi o responsável pela maioria das ideias do brilhante álbum de estreia do Floyd, The Piper at the Gates of Dawn, de 1967. Porém sua personalidade difícil resultou na sua “demissão” do grupo, logo em 1968, atuando ainda de forma errática, já que sua contribuição era fundamental.

Depois de um sumiço, Barrett reaparece em 1970 com dois discos: The Madcap Laughs e Barrett, nos quais recebeu a ajuda de seus ex-companheiros de grupo, principalmente de seu substituto, o guitarrista David Gilmour, que produziu a maioria do material. Estes discos, cheios de pequenos e fascinantes detalhes, estavam além da compreensão pop, variavam de brilhantes versos e melodias a sussurros pouco digeríveis e se tornaram culto exclusivo dos fãs de Syd.

Após esses discos, o aumento de seus problemas psicológicos, aliados às drogas, resultou na reclusão quase total, fechando definitivamente sua relação com a música, uma vez que nunca mais produziu material novo. Isto serviu para reforçar o culto a Barrett e transformar sua pequena obra em referência, citada por muitos até os dias de hoje. No final dos anos 80, com o culto mais crescente ainda, fez-se a necessidade de achar mais sobre seu trabalho e foi lançado o disco com material de sobras inéditas: Opel, em 1989, e alguns anos depois foram lançadas suas sessões na rádio BBC.

Seu sumiço foi tão grande que até conhecedores musicais pensavam que ele estivesse morto bem antes do fato; na verdade, depois de 1973, ele permaneceu escondido na casa de sua mãe em Cambridge, afastando-se de todos, captado de quando em quando por fanáticos e nostálgicos. Depois de vários anos lutando contra o diabetes, Barrett morreu discretamente em julho de 2006, com 60 anos idade.

Bike, para mim uma das melhores canções da era Barrett no Pink Floyd.




I've got a bike, you can ride it if you like.
It's got a basket, a bell that rings
And things to make it look good.
I'd give it to you if I could, but I borrowed it.

You're the kind of girl that fits in with my world.
I'll give you anything, everything if you want things.

I've got a cloak it's a bit of a joke.
There's a tear up the front. It's red and black.
I've had it for months.
If you think it could look good, then I guess it should.

You're the kind of girl that fits in with my world.
I'll give you anything, everything if you want things.

I know a mouse, and he hasn't got a house.
I don't know why I call him Gerald.
He's getting rather old, but he's a good mouse.

You're the kind of girl that fits in with my world.
I'll give you anything, everything if you want things.

I've got a clan of gingerbread men.
Here a man, there a man, lots of gingerbread men.
Take a couple if you wish. They're on the dish.

You're the kind of girl that fits in with my world.
I'll give you anything, everything if you want things.

I know a room full of musical tunes.
Some rhyme, some ching, most of them are clockwork.
Let's go into the other room and make them work.

Eu tenho uma bicicleta
Você pode andar nela se gostar
Ela tem uma cesta, uma campainha que toca e
Coisas que a fazem parecer boa
Eu a daria a você se pudesse
Mas a peguei emprestada

Você é o tipo de garota que se encaixa ao meu mundo
Eu te daria tudo, tudo
Se você quiser coisas

Eu tenho uma capa. Ela é um pouco engraçada
Tem um corte na frente. Ela é vermelha e preta
Eu a tenho há meses
Se você acha que ela pode ficar bem
Então eu acho que deveria

Você é o tipo de garota que se encaixa ao meu mundo
Eu te daria tudo, tudo
Se você quiser coisas

Eu conheci um camundongo e ele não tem casa
Eu não sei por que. Eu o chamo de Gerald
Ele está ficando velho
Mas ele é um bom camundongo

Você é o tipo de garota que se encaixa ao meu mundo
Eu te daria tudo, tudo
Se você quiser coisas

Eu tenho um clã de homens de gengibre
Aqui um homem, ali um homem
Um monte de homens de gengibre
Leve um par se você quiser
Eles estão no prato

Você é o tipo de garota que se encaixa ao meu mundo
Eu te daria tudo, tudo
Se você quiser coisas

Eu conheço uma sala cheia de melodias musicais
Algumas rimam, algumas ressoam
A maioria delas são mecanismos
Vamos para outra sala
E as faremos funcionar

Bike é maravilhosa, o pianinho na hora do camundongo Gerald é lindo.

Não é a minha preferida, curto mais músicas como Matilda Mother, See Emily Play, Arnold Layne, The Gnome e Sarecrow.

Meninos, gostaria de saber mais sobre a influência de Syd Barrett no filme The Wall.

O personagem ''Pink'', que eu saiba, teve influência em seu papel sobre a vida de Barrett em relação à vida conturbada, drogas e tal, é verdade?

Eu li por aí que o fato de o Pink raspar todos os pelos quando está enlouquecendo teve "inspiração" na visita do Syd quando eles estavam gravando WYWH... Quando Syd apareceu gordo, careca e com as sobrancelhas raspadas.

A partir daí surgiu a ideia de o personagem ao enlouquecer raspar os pelos do corpo.

No documentário The Pink Floyd and Syd Barret Story o Waters fala que o personagem do filme se trata do Syd, mas no filme também tem coisas que lembra o Waters.
Waters também diz no documentário que a cena do Pink com o cigarro se consumindo na mão sentado na poltrona, vira acontecendo com Syd. E mais um monte de coisas.

Régis Já Deu escreveu:Outro dia estava dando uma olhada em uns dvds num supermercado e achei o 14 Hour Technicolor Dream. Claro que levei pra casa.

Um dos eventos mais loucos da psicodelia sessentista, o "14 Hour Technicolor Dream" ocorreu em Londres, em pleno 1967.

Bandas de Rock, poetas, artistas plásticos, dançarinos e muita projeção de luzes psicodélicas, tornaram o evento histórico.

O Pink Floyd participou desse evento e tem vídeos raros do Syd Barrett.

Procure no youtube o "Tonite Let's All Make Love In London", um filme de Peter Whitehead, um registro do Pink Floyd no UFO Nightclub com meia hora de duração...
É uma colagem de imagens dos anos 60 sobre uma versão de "Interestellar Overdrive" de 17 minutos com o velho Syd na guitarra... Assistindo isso, dá pra entender porque os outros membros do PF faziam questão de ter um outro Syd no grupo. O cara era um gênio. A outra música não conheço, mas me parece um improviso. Se alguém puder esclarecer, a casa agradece...
Como meu inglês não é nenhuma Brastemp, me parece que essa apresentação foi nesse evento em Londres chamado "14 Hour Technicolor Dream", que contou com a presença, inclusive, de John Lennon e Yoko Ono, que aparecem no vídeo.

Monalisa escreveu:Meninos, gostaria de saber mais sobre a influência de Syd Barrett no filme The Wall.

O filme mostra algumas coisas baseadas na própria vida do Roger, e em outras, ele se refere ao Syd. Foi uma forma de se expressar em relação a essas coisas que fizeram parte de sua infância e adolescência.

Gyodai escreveu:Bike é maravilhosa, o pianinho na hora do camundongo Gerald é lindo.

Não é a minha preferida, curto mais músicas como Matilda Mother, See Emily Play, Arnold Layne, The Gnome e Sarecrow.

Eu amo todas as faixas de The Piper at the Gates of Dawn. O nonsense e psicodelia imperam no álbum.
Acho que é um álbum muito difícil de se pegar, e pelo próprio estilo do álbum ele tem muita coisa de aleatória, ou complexa, não sei o bastante de música pra definir bem o que é, mas não é fácil de se ligar à ele, mas vale muito a pena.

Syd compôs todas as músicas do Piper sozinho, com exceção de "Take up thy stethoscope and walk" (do Waters), e "Pow R. Toc H." e "Interstellar Overdrive" (ele com Waters, Wright e Mason). E a Jugband Blues do A Saucerful of Secrets.

Na coletânea Early Singles tem mais algumas, como os dois primeiros sucessos da banda, "Arnold Layne" e "See Emily Play".

Existe um número muito grande de músicas não lançadas também, na qual o principal compositor foi o Barrett.

E se quiser conhecer um pouco da carreira solo dele, escute seu segundo trabalho solo que chama Barrett que na minha opinião é o melhor!

O Madcap Laughs, primeiro disco solo dele, também é muito bom.

Pra falar a verdade prefiro a fase posterior dos caras, já com Waters e Gilmour comandando. Se o Syd não tivesse pirado o Floyd teria sido um grupo diferente - e talvez para pior.

Por que seria um grupo pior?

Syd fazia mais o tipo Sgt Peppers - o cara era psicodélico e não progressivo. O Floyd ficou fudido um tempo com a saída dele mas encontrou o caminho depois e virou uma banda bem melhor do que essa que a gente ouve no Piper at the Gates of Dawn, pelo menos é a minha opinião.

Quem disse que o Pink Floyd pós-Barrett é progressivo?!

Progressivo e psicodélico são estilos bem diferentes. E o gosto das pessoas também muda. Eu gosto da fase psicodélica e acho que o Syd era genial com seu trabalho, mas também gosto muito do progressivo que o Floyd desenvolveu. No final das contas, prefiro a fase progressiva também. Mas são duas grandes épocas com características diferentes.

Chuck escreveu:Quem disse que o Pink Floyd pós-Barrett é progressivo?!

Se tomar como base os discos do Genesis, Yes, King Crimson, Emerson, Lake and Palmer, Focus, Jethro Tull, PFM, e outros pra se definir o rock progressivo, eu concordo que Pink Floyd pouco tem a ver com esses grupos.

Na minha opinião, os integrantes desses grupos tinham em mente muito mais o virtuosismo do que propriamente experimentações musicais. São grandes músicos, realmente, técnicos e tudo mais.

Mas sinceramente, no contexto a que se propunha o Pink Floyd, não troco os teclados de Wright por nenhum Rick Wakeman. Não troco o baixo de Waters por nenhum Chris Squire, Nick Mason por Carl Palmer e, claro, sem condições de trocar Gilmour por qualquer outro guitarrista.

Mas interessante é que nenhuma dessas bandas que citei gravou antes do Pink Floyd.

Acho que fica mais do que óbvio a influência do Floyd sobre esses grupos do que um Yes ou Genesis terem influenciado o Pink Floyd. Acho que isso é um fato. Diria, história.

Já ouviu os primeiros álbuns do Procol Harum e do Moody Blues?
São de 1967... com vários elementos do progressivo.

E no mesmo ano do "Ummagumma" foi lançado o "In The Court Of The Crimson King".