Mestres do Conhecimento
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Helenismo e a Grécia

+7
Sir Galahad
Gárgula
Imhotep
Marco Polo
Raimundo Lúlio
William de Baskerville
Larry Bi
11 participantes

Página 3 de 3 Anterior  1, 2, 3

Ir para baixo

Helenismo e a Grécia - Página 3 Empty Re: Helenismo e a Grécia

Mensagem por Eremita 31/1/2024, 22:11

Arthur Evans

Nome: Arthur Evans
Local e ano do nascimento: Nash Mills, Inglaterra, 1851
Local e ano do falecimento: Youlbury, Inglaterra, 1941


Arthur John Evans nasceu na Inglaterra, em Nash Mills, em 8 de julho de 1851. Filho do arqueólogo amador, geólogo, antiquário e numismático e membro da Royal Society, John Evans.

Estudou na Harrow School e Brasenose College e nas Universidades de Oxford e Göttingen. Entre 1884 e 1908 dirigiu o Museu Ashmolean da Universidade de Oxford, onde reorganizou sua coleção e a transferiu-a para uma prédio maior. Em 1909, trabalhou como professor de arqueologia em Oxford.

Seu grande trabalho teve início em 1894, quando Evans visitou Creta pela primeira vez. As inscrições em sinetes de pedra, despertaram sua atenção e levaram-no a escavar na ilha, a partir de 23 de março de 1899. Em 10 de abril do mesmo ano, Evans começou a descobrir os primeiros afrescos do Palácio de Cnossos.

Durante 30 anos, Evans trabalhou nas escavações, exceto na 1ª Guerra Mundial (1914-1918). Em 1930, já havia desenterrado totalmente o Palácio de Cnossos. Sua descoberta transformou-o em um arqueólogo reconhecido internacionalmente, recebendo o título de “Sir”, em 1911. Mesmo assim, recebeu críticas pela forma como restaurou os afrescos, usando materiais desconhecidos pelos minóicos.

Escreveu os livros Escrita minóica (1909), que teve um outro volume publicado postumamente em 1952 e O Palácio de Minos publicado em quatro volumes entre 1921 e 1936.

Sir Arthur Evans faleceu em 11 de setembro de 1941, em Youlbury.
Eremita
Eremita

Mensagens : 419

Ir para o topo Ir para baixo

Helenismo e a Grécia - Página 3 Empty Re: Helenismo e a Grécia

Mensagem por Eremita 31/1/2024, 22:13

Michael Ventris

Nome: Michael George Francis Ventris
Local e ano do nascimento: Wheathampstead, Inglaterra, 1922
Local e ano do falecimento: Hatfield, Inglaterra, 1956


Michael Ventris nasceu em 12 de julho de 1922, em Wheathampstead, Inglaterra. Desde menino, Ventris foi fascinado pelo mundo clássico, levando-o a estudar latim e grego. Aos 14 anos, já era um competente criptógrafo, quando ouviu uma palestra de Arthur Evans sobre a Linear B e como ela ainda intrigava os linguistas e arqueólogos. Após a palestra, Michael Ventris resolveu que desvendaria esse enigma.

Em 1938, publicou um artigo no Jornal Americano de Arqueologia levantando a hipótese de uma conexão entre a Linear B e o idioma etrusco. Com o início da 2ª Guerra Mundial ingressou na RAF (Real Força Aérea) como criptógrafo. Após o fim da guerra, voltou à universidade para concluir a graduação em Arquitetura. No entanto, seu interesse estava em desvendar o enigma das tabuinhas de argila.

Em 1952, Ventris levantou a hipótese de que a língua da Linear B era um grego arcaico. A partir daí começou a trabalhar com o linguista de Cambridge, John Chadwick, reunindo evidência para confirmar sua teoria. A comprovação foi realizada em 1953, no Jornal de Estudos Helênicos e em 1956, Ventris e Chadwick publicaram suas descobertas, no livro Documentos em grego micênico. Infelizmente, algumas semanas após a publicação, em 6 de setembro de 1956, Ventris faleceria em um acidente automobilístico.
Eremita
Eremita

Mensagens : 419

Ir para o topo Ir para baixo

Helenismo e a Grécia - Página 3 Empty Re: Helenismo e a Grécia

Mensagem por Eremita 31/1/2024, 22:15

John Chadwick

Nome: John Chadwick
Local e ano do nascimento: Londres, Inglaterra, 1920
Local e ano do falecimento: Londres, Inglaterra, 1998


John Chadwick nasceu em Londres e estudou na Saint Paul’s School and Corpus Christi. Durante a 2ª Guerra Mundial integrou o Serviço Especial da Marinha Real, mas com o fim desta, graduou-se em Cambridge em 1946 e começou a trabalhar com lexicógrafo na Oxford University Press. Em 1947, casou-se com Joan Isoblel Hill, tendo um filho com ela.

Seis anos após sua graduação voltou à Cambridge para lecionar estudos clássicos, permanecendo nesta universidade de 1952 até sua aposentadoria em 1984.

Em 1952, Chadwick foi convidado por Michael Ventris para confirmar sua teoria que ligava a escrita Linear B, encontrada em Micenas e Creta, com o grego arcaico, e não uma outra língua desconhecida. A participação de um linguista com John Chadwick permitiu a comprovação da teoria de Michael Ventris, em uma época onde não se utilizava computadores.

A ideia, na época controversa, foi publicada primeiramente em 1953, no Jornal de Estudos Helênicos. Quando novas tabuinhas de barro foram encontradas e o método de Ventris e Chadwick foi empregado, a teoria mostrou-se mais uma vez correta.

Ventris e Chadwick publicaram suas descobertas em 1956, no livro Documentos em grego micênico. Algumas semanas após a publicação do livro, Michael Ventris faleceu em um acidente automobilístico. Em 1958, Chadwick lançou Decifrando a Linear B explicando para o público leigo o processo de decodificação realizado. Em 1973, o livro Documentos em grego micênico foi revisado por Chadwick.

Mesmo aposentado continuou trabalhando em Cambridge, escrevendo e trabalhando em dicionários até sua morte, em 1998. Muito reservado, surpreendia as pessoas pelo seu isolamento, mas para os amigos íntimos, mostrava-se solícito, mantendo contato com seus ex-alunos mesmo após terem se graduado.

Chadwick foi premiado com honras acadêmicas em meia-dúzia de países e foi membro de várias sociedades acadêmicas.
Eremita
Eremita

Mensagens : 419

Ir para o topo Ir para baixo

Helenismo e a Grécia - Página 3 Empty Re: Helenismo e a Grécia

Mensagem por Eremita 31/1/2024, 22:42

Arquimedes

Nome: Arquimedes
Local e ano do nascimento: Siracusa, Sicília 287 a.C.
Local e ano do falecimento: Siracusa, Sicília 212 a.C.


Arquimedes nasceu na colônia grega de Siracusa. Começou a estudar a matemática muito jovem, mudando-se para o Egito, onde freqüentou a Biblioteca de Alexandria. Durante sua permanência no Egito desenvolveu o “parafuso de Arquimedes”, um invento que levava água de uma parte mais baixa para outra mais alta.

Durante sua vida fez importantes descobertas nos campos da geometria plana e espacial, aritmética e mecânica. Com seus estudos sobre áreas e volumes de figuras sólidas curvas e sobre as áreas de figuras planas, demonstrou que o volume de uma esfera equivale a dois terços do volume do cilindro que a circunscreve. Essa descoberta foi tão importante na opinião de Arquimedes, que ele pediu que em seu túmulo fosse gravado o desenho de um cilindro circunscrito em uma esfera.

Arquimedes é conhecido principalmente por ter formulado a lei da hidrostática, o chamado “princípio de Arquimedes”. Segundo a história, ele teria descoberto essa lei quando meditava imerso em uma banheira sobre um problema que o rei Heron havia formulado: como descobrir se uma coroa era de ouro puro ou se havia prata misturada? Observando o deslocamento de água que um corpo provocava ao submergir, Arquimedes teve a resposta e saiu correndo pelas ruas de Siracusa gritando “Eureka!” (Achei!). Esse princípio estabelece que todo corpo submerso em um fluido experimenta perda de peso igual ao peso do volume do fluido que o corpo desloca.

Quando sua cidade natal foi invadida pelos romanos durante a 2ª Guerra Púnica, Arquimedes prontificou-se a defendê-la com seus inventos. São atribuídos a ele a invenção da catapulta, usando o “princípio da alavanca” e de um sistema de espelhos (provavelmente uma lenda) que queimava os navios romanos ao serem focalizados.

Sua morte ocorreu quando desenhava diagramas matemáticos na areia. Contam que um soldado ao se aproximar de Arquimedes foi avisado para que não desmanchasse seus desenhos, mas o soldado se ofendeu e acabou assassinando-o.
Eremita
Eremita

Mensagens : 419

Ir para o topo Ir para baixo

Helenismo e a Grécia - Página 3 Empty Re: Helenismo e a Grécia

Mensagem por Lobo do Leste 5/2/2024, 13:05

A verdade da cidade mais controversa da Grécia antiga

Mito e arqueologia concordam num ponto: Esparta é um produto do primeiro grande desastre da história grega. Até por volta do ano 1200 a.C., o Peloponeso (como é conhecida a região do extremo sul da Grécia, onde fica a cidade) estava cheio de pequenos reinos. Inscrições e objetos achados nos palácios do Peloponeso mostram que seus habitantes já falavam uma forma primitiva de grego e levavam uma vida de luxo, comerciando cerâmica, metais preciosos e marfim com o Egito, a Palestina e a atual Turquia.

Uma onda de invasões e saques, porém, acabou com essa vida mansa. Boa parte dos grandes palácios do Peloponeso foi queimada, e a região voltou a ter um estilo de vida rústico e rural durante cerca de um século. É então que, pouco antes do ano 1000 a.C., como sugerem mudanças na cerâmica e em outros objetos do dia-a-dia, chegou ali um novo povo: os dórios, ancestrais dos espartanos.

Na mitologia grega, a chegada dos dórios ficou conhecida como "o retorno dos filhos de Héracles". Os descendentes desse herói (conhecido entre nós como Hércules) seriam os legítimos herdeiros dos reinos do Peloponeso, expulsos injustamente de lá. Mas os filhos de Héracles reuniram um exército, formado por 3 tribos do norte da Grécia, e recuperaram no braço o que era seu. A parte da herança é claramente invenção para legitimar a invasão, mas os dórios realmente tinham uma origem étnica comum e falavam um dialeto nortista.

Parte dos recém-chegados ocupou a Lacônia, o vale fértil do rio Eurotas, e fundou 4 vilarejos perto de um assentamento da época dos palácios. Por volta do ano 900 a.C., as 4 aldeias se uniram politicamente para formar Esparta. Unificada, a cidade partiu para uma expansão das mais respeitáveis. Toda a Lacônia caiu nas mãos de Esparta: alguns habitantes (provavelmente os que resistiram aos ataques) engrossaram as fileiras dos servos, chamados de “hilotas", enquanto outras aldeias conseguiram manter a autonomia interna, desde que reconhecessem a soberania espartana. Os moradores desses lugares ficaram conhecidos como periecos ("os que habitam em volta"). A expansão foi até por volta do ano 700 a.C., quando a cidade, sozinha, dominava dois quintos do Peloponeso.
Lobo do Leste
Lobo do Leste

Mensagens : 455

Ir para o topo Ir para baixo

Helenismo e a Grécia - Página 3 Empty Re: Helenismo e a Grécia

Mensagem por Lobo do Leste 5/2/2024, 13:06

O nascimento do homem

"Céu e terra estavam criados. Entre as margens da terra, o mar debatia-se em ondas; dentro dele brincavam os peixes; os pássaros esvoaçavam, gorjeando; a terra estava repleta de animais. Mas não havia ainda nenhuma criatura onde o espírito pudesse alojar-se e de onde pudesse dominar o mundo terrestre. Prometeu: então chegou à terra. Descendia da antiga geração de deuses que tinha sido destronado por Zeus. Era filho de Jápeto, filho de Urano e da Terra, e sabia que, no seio da terra, dormia a semente dos céus. Por isso apanhou argila, molhou-a com a água de um rio, amassou-a e com ela formou uma imagem à semelhança dos deuses, senhores do mundo. Para dar vida ao boneco de argila, tomou emprestado às almas dos animais, características boas e más e colocou-as no peito do ser humano. Pediu a Atena (Deusa da Sabedoria) que lhe desse alma, esta admirada com a obra do filho dos Titãs insuflou naquela imagem semi-animada o espírito, o sopro divino.

Foi assim que surgiram os primeiros seres humanos, que logo povoaram a terra. Mas por muito tempo eles não souberam fazer uso de seus membros, nem da centelha divina que tinham recebido. Embora fossem capazes de enxergar, nada viam; ainda que escutassem, nada sabiam ouvir. Vagavam como vultos de sonhos, e não sabiam utilizar-se da criação. Não conheciam a arte de desenterrar pedras e cortá-las; de fazer tijolos de terra queimada; de fazer tábuas de madeira retirada das florestas, para construir casas. Rastejavam como formigas em cavernas, que a luz do sol não iluminava, sem saber se era inverno, primavera ou verão. Tudo faziam sem plano algum.

Prometeu, então, aproximou-se de suas criaturas. Ensinou-as a observar as estrelas que nascem e se põem; descobriu a arte de contar; descobriu a escrita; ensinou-as a subjugar os animais e a usá-los como ajudantes em seu trabalho; habituou os cavalos às rédeas e às carroças; inventou barcos e velas para a navegação. E ensinou a humanidade a enfrentar todas as circunstâncias da vida. Antes, não se conheciam medicamentos contra as doenças, nem pomadas para aliviar as dores, nem alimentos nutritivos. Por falta de remédios, os doentes morriam, miseravelmente. Por isso Prometeu ensinou aos homens a preparar remédios suaves para curar as doenças.

Ensinou-lhes depois a arte da profecia, interpretando para eles sinais e sonhos. Dirigiu-lhes a visão para as profundezas da terra, fazendo com que ali descobrisse o cobre e o ferro, o ouro e a prata. Ensinou-lhes também, todas as artes que tornavam a vida mais cômoda"

As Mais Belas Histórias da AntigUidade Clássica. Schwab, Gustav (1994).
Lobo do Leste
Lobo do Leste

Mensagens : 455

Ir para o topo Ir para baixo

Helenismo e a Grécia - Página 3 Empty Re: Helenismo e a Grécia

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 3 de 3 Anterior  1, 2, 3

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos