Alquimia e seus mistérios

Ontem ao me deitar comecei a refletir sobre um assunto recorrente, na verdade dois grandes mistérios da alquimia: a busca pela pedra filosofal, a pedra primordial capaz de transformar chumbo em ouro, e os homunculus, um ser humano criado artificialmente.
Sabemos que transformar chumbo em ouro por exemplo seria uma colocação metafórica a respeito da evolução interior, consciência primitiva (chumbo), iluminação e unidade universal (ouro), e sabemos deste processo de evolução interna que todo alquimista busca, a total compreensão do seu eu... Agora, colocando a afirmação de se transmutar um elemento em outro de forma palpável, sabemos que hoje em pleno século XXI essa afirmação considerada infundada e insana por vários cientistas dos séculos anteriores não é tão infundada assim, pois físicos renomados como Ernest Rutherford (1871-1937) já provaram que através de radioatividade e de explosões é possível transformar um elemento noutro mesmo que esse processo tenha sido praticado de forma física e não alquímica, mas não deixa de ser um fato, o que nos recorda o mito de Nicolas Flamel (1330 - 1418), que teria descoberto a pedra filosofal e teria realizado a transmutação de forma palpável até alcançando riqueza e fama graças à sua descoberta, mas todos sabemos: é mito e é lenda, não comprova nada, mas hoje já não é tão mito mesmo que por outras vias os homúnculus também é um excelente exemplo, ou seja, criar vida artificialmente era algo considerado insano e herege pois o poder da vida (criação) só pertence a Deus, era o que se acreditava nos séculos XVIII e anteriores mas a ciência também nos provou ser possível que através da Clonagem se cria uma vida artificialmente em laboratório como os alquimistas afirmavam.

Muitas das coisas que se fossem ditas há uns 300 anos, como a internet, o computador e tantas outras ferramentas que utilizamos hoje em dia, já seria considerado um disparate e simplesmente impossíveis de existir.

ISSO ME FAZ LEMBRAR UMA FRASE QUE UM GRANDE AMIGO ME DISSE HÁ UNS ANOS: ALGO SÓ É IMPOSSÍVEL ATÉ QUE ALGUÉM FAÇA.

Quero só ressaltar que é apenas uma analogia que fiz entre homunculus, uma vida criada artificialmente, e um ser clonado, que mesmo a matéria-prima sendo naturalmente orgânica mas o processo de criação é antinatural e artificial, mas não comparo clonagem com total similaridade com um homúnculo, faço essa analogia apenas para expressar que naquela época coisas deste tipo como criar vida em laboratório ou mesmo duplicar um embrião (ou fazer outro de mesma imagem e semelhança) era misticismo e hoje já é uma realidade.

A questão da clonagem é algo meio relativa para ser chamada de Homunculu, visto que as clonagens atuais partem de células já existentes que não foram criadas em laboratório e sim retiradas de tecidos animais/vegetais. Não é algo completamente artificial como no caso dos Homunculus.

Mas a sua questão levantada a respeito de células criadas de forma totalmente artificial também já foi ultrapassada.

Isso nos mostra que o mito nem sempre é infundado e como a magia (ou ciência primordial) auxiliou e contribuiu na evolução da humanidade.

Fico às vezes a pensar o que foi escrito para ser metafórico ou é a mais pura realidade sem jogo de palavras. É muito difícil hoje em dia. Fui uma vez a uma palestra de Mauro Fuke, um arquiteto, e artistas lhe perguntaram sobre uma obra, se era uma narrativa ou uma obra descritiva. Bem, a resposta que foi a dada para a coitada da interlocutora foi decepcionante para ela, mas muito instrutiva para mim. A resposta foi a seguinte: ''Eu coloquei aquela peça ali, pois ficou bonita ali no meio do nada, nunca havia pensado deste modo.'' O Ponto que quero chegar é que devemos conhecer melhor quem escreveu sobre alquimia, se ele escreveu de modo metafórico ou não. Daí podemos chegar a uma conclusão se ele realmente transformou chumbo em ouro, ou criou uma criatura a partir de elementos químicos. Nunca li nenhuma obra de Paracelso, Francis Bacon ou Hermes Trismegistus, mas sei que são alquimistas, para saber o que eles queriam transmitir teria que estudar a vida deles para chegar a uma conclusão e mesmo assim ainda teria que ter fé no que escreveram sobre eles, pois nunca os conheci pessoalmente. Eu particularmente não posso tomar nenhuma opinião, pois não é o objetivo de minhas pesquisas agora, mas posso indicar como tentaria levar o meu estudo e posterior conclusão sobre o assunto.

Se pensarmos em questão de tecnologia, podemos considerar a magia e a alquimia como sendo a maior e a mais antiga. Tendo como exemplo diversas outras civilizações que se utilizavam dela.

FIAT LUX escreveu:Fico às vezes a pensar o que foi escrito para ser metafórico ou é a mais pura realidade sem jogo de palavras. É muito difícil hoje em dia. Fui uma vez a uma palestra de Mauro Fuke, um arquiteto, e artistas lhe perguntaram sobre uma obra, se era uma narrativa ou uma obra descritiva. Bem, a resposta que foi a dada para a coitada da interlocutora foi decepcionante para ela, mas muito instrutiva para mim. A resposta foi a seguinte: ''Eu coloquei aquela peça ali, pois ficou bonita ali no meio do nada, nunca havia pensado deste modo.'' O Ponto que quero chegar é que devemos conhecer melhor quem escreveu sobre alquimia, se ele escreveu de modo metafórico ou não. Daí podemos chegar a uma conclusão se ele realmente transformou chumbo em ouro, ou criou uma criatura a partir de elementos químicos. Nunca li nenhuma obra de Paracelso, Francis Bacon ou Hermes Trismegistus, mas sei que são alquimistas, para saber o que eles queriam transmitir teria que estudar a vida deles para chegar a uma conclusão e mesmo assim ainda teria que ter fé no que escreveram sobre eles, pois nunca os conheci pessoalmente. Eu particularmente não posso tomar nenhuma opinião, pois não é o objetivo de minhas pesquisas agora, mas posso indicar como tentaria levar o meu estudo e posterior conclusão sobre o assunto.

De fato, para fazer tais afirmações realmente é necessário um estudo com afinco dos mestres e da nobre arte, não só em qualquer tradição mágica mas em qualquer livro sobre o assunto (ocultismo em geral), mesmo aqueles que parecem mais miraculosos e surreais (vide o livro de capa preta de São Cipriano), nunca poderemos afirmar com afinco sem estudo se aquilo era metáfora ou não, é por isso que estudamos e testamos os rituais e informações para chegar em uma conclusão própria que às vezes pode ser bem diferente da do autor.

A fé é a grande base de tudo pois o mundo é mental. "Se penso, logo existo" .

A magia é a ciência com fé.

Pax et Lux.

93 93/93

O que mais me impressiona é muitos cientista e céticos afirmarem que magia é fábula sendo que a magia contribuiu em termos culturais e até empíricos para aquilo que mais amam: A CIÊNCIA.

Pedra simboliza o fundamento na qual a razão deve ser erguida.

Ela, a razão, deve ser inabalável como uma pedra para não rolar a esmo com as loucuras, que tornam os homens escravos da fatalidade. Para tal, é preciso separar o sutil do denso, as certezas das crenças. Como é dito na Tábua da Esmeralda, verdadeiro saber hermético.

Hermetismo!

O adágio "Deus escreve certo por linhas tortas" exprime de forma ingênua um conceito coerente com a essência do hermetismo, ao reconhecer que a realidade que transcende ao homem pode manifestar-se de forma ambígua e aparentemente incompreensível.

Dentro da ampla variedade de conhecimentos espirituais reunidos sob o nome de esoterismo, hermetismo designa sobretudo os conhecimentos que dizem respeito à esfera cósmica, por oposição à esfera divina ou puramente espiritual, a que ela conduz como um estágio preparatório. O hermetismo não se ocupa diretamente de temas espirituais -- Deus, infinitude, eternidade etc. -- mas sim do aspecto espiritual da natureza, do cosmos e da matéria, considerados como pontes sem cuja travessia o espiritual é inacessível ao homem. Não trata do espírito, mas da espiritualização.

Seu campo de atuação é duplo: de um lado, busca elevar o homem ao conhecimento do divino por meio do conhecimento das leis naturais em que se expressa sutilmente uma intencionalidade divina. O preceito alquímico lege, lege, relege et invenies ("lê, lê, relê e encontrarás") refere-se menos aos livros do que à natureza mesma, considerada como uma criptografia divina. Decifrar essa criptografia permite "refazer" o homem, tanto na alma como no corpo. De outro lado, a tradição hermética crê que, assim fazendo, não beneficia apenas o homem, mas enobrece a natureza e a própria matéria, espiritualização do cosmos. A transformação do chumbo em ouro designa assim, inseparavelmente, o enobrecimento da matéria e do homem, e é esta inseparabilidade, esta unidade dos conhecimentos físicos e espirituais, que mais tipicamente caracteriza a tradição hermética.

Usado às vezes em sentido genérico, para designar quaisquer conhecimentos dessa índole (e nesse caso pode-se falar, por exemplo, de um hermetismo chinês, ou hindu), o termo é mais freqüentemente empregado para nomear a vertente greco-romana (e, por herança, européia e islâmica) dessa tradição.

O hermetismo em sentido estrito surgiu no final da época helenística, afirmando-se como uma revivescência de um legado egípcio.

Compunha-se, como seu antepassado, de um complexo de conhecimentos em que se destacavam a astrologia, a alquimia e a magia. Segundo essa tradição, o deus egípcio Thot (Hermes para os gregos, Mercúrio para os romanos), teria sido o portador dos primeiros conhecimentos que os homens receberam sobre a matemática, a escrita e as ciências da natureza em geral (sem esquecer que, nessa perspectiva, a natureza é encarada sempre como manifestação do espírito, e não como território puramente "material" isolado).

https://www.recantodoescritor.com.br/2008/09/05/hermetismo-e-tradio/

OK... vamos lá...

Introduzindo o assunto...
O Hermetismo não é somente uma área de estudo do Ocultismo ou Esoterismo, é antes disto uma Filosofia. Com uma Ontologia e Princípios que influenciaram e influenciam até hoje diversas culturas e sociedades e religiões.

Atribui-se a origem do Hermetismo aos escritos de Hermes (Hermes Trimegistus - Não há um consenso entre os Hermetistas se Hermes existiu mesmo ou se ele seria um personagem fictício, o qual foi atribuído como autor de uma coleção de Obras.)
A Obra mais importante, que dá fundamento ao Hermetismo é conhecida como "Tábua de Esmeralda" - esta obra foi o germe (semente) de toda alquimia Ocidental e Islâmica.

Tábua de Esmeralda

Traduzido por Sir Isaac Newton de uma antiga Obra Alquímica.

1. Tis true without lying, certain most true.
2. That which is below is like that which is above that which is above is like that which is below to do the miracles of one only thing.
3. And as all things have been arose from one by the mediation of one: so all things have their birth from this one thing by adaptation.
4. The Sun is its father, the moon its mother,
5. the wind hath carried it in its belly, the earth its nurse.
6. The father of all perfection in the whole world is here.
7. Its force or power is entire if it be converted into earth.
7a. Separate thou the earth from the fire, the subtle from the gross sweetly with great industry.
8. It ascends from the earth to the heaven again it descends to the earth and receives the force of things superior and inferior.
9. By this means ye shall have the glory of the whole world thereby all obscurity shall fly from you.
10. Its force is above all force. for it vanquishes every subtle thing and penetrates every solid thing.
11a. So was the world created.
12. From this are and do come admirable adaptations whereof the means (Or process) is here in this.
13. Hence I am called Hermes Trismegist, having the three parts of the philosophy of the whole world.
14. That which I have said of the operation of the Sun is accomplished and ended.

Existe também uma versão em Latim de Chrysogonus Polydorus:

"Verum, sine mendatio, certum et verissimum: Quod est inferius est sicut quod est superius, et quod est superius est sicut quod est inferius, ad perpetranda miracula rei unius. Et sicut res omnes fuerunt ab uno, meditatione unius, sic omnes res natae ab hac una re, adaptatione. Pater eius est Sol. Mater eius est Luna. Portavit illud Ventus in ventre suo. Nutrix eius terra est. Pater omnis telesmi totius mundi est hic. Virtus eius integra est si versa fuerit in terram. Separabis terram ab igne, subtile ab spisso, suaviter, magno cum ingenio. Ascendit a terra in coelum, iterumque descendit in terram, et recipit vim superiorum et inferiorum. Sic habebis Gloriam totius mundi. Ideo fugiet a te omnis obscuritas. Haec est totius fortitudinis fortitudo fortis, quia vincet omnem rem subtilem, omnemque solidam penetrabit. Sic mundus creatus est. Hinc erunt adaptationes mirabiles, quarum modus est hic. Itaque vocatus sum Hermes Trismegistus, habens tres partes philosophiae totius mundi. Completum est quod dixi de operatione Solis."

Desta obra foram retirados os Primeiros Princípios Herméticos, que são descritos e explicitados em uma obra belíssima intitulada "O Caibalion", publicado em 1908 por três mestres do hermetismo que se identificaram somente como "os Três Iniciados". Este livro é hoje considerado leitura obrigatória para quem quer conhecer ou trilhar os caminhos do Hermetismo.

Existe outra obra, também considerada "leitura obrigatória" aos estudantes do Hermetismo intitulado Corpus Hermeticum.
Um livro rico em simbologia e conteúdo que foi durante muito tempo atribuído ao próprio Hermes, e recentemente foram encontradas versões, ainda desconhecidas, desta Obra na biblioteca de Nag Hammadi, infelizmente esta Obra não está completa e existem capítulos que são incompreensíveis ou indecifráveis.

O Hermetismo também não fica somente a nível teórico filosófico, existem diversas práticas e diversos grupos e ordens que estudam e desenvolvem a chamada "magia hermética" ou o "hermetismo prático"... um exemplo disto é o livro "Iniciação ao Hermetismo" de Franz Bardon que foi reeditado com o nome de "O caminho do Adepto".

É interessante notar que encontramos os ensinamentos herméticos em diversas escolas ou ordens, como o Rosacrucianismo, a GD, Maçonaria... porém muitas vezes de modo velado...

Bom... acho que já escrevi bastante... caso queiram alguma coisa mais específica, é só perguntar...

A Tábua de Esmeralda (ET) de Hermes é o fundamento do pensamento e da prática alquímica ocidental como a conhecemos hoje. Alchemy é, essencialmente, a aplicação prática de Filosofia hermética, ao contrário da percepção comum de que vê a alquimia como um desejo simples para o ouro.

A origem exata do ET está envolta em mistério. Opiniões variam muito, desde a teoria acadêmica que se originou no início da época da alquimia árabe, à fantasia especulativa de uma origem atlante. O documento original não sobreviveu e todos nós ficamos com as traduções. Existem, de fato, algumas traduções diferentes do ET disponíveis.

Nos últimos 200 anos, várias traduções árabes foram descobertas. Uma dessas versões árabes contém o testemunho de uma pessoa chamada 'Balinas', que entra em uma caverna e vê Hermes lá segurando uma "esmeralda" (que significa "pedra verde"), esmeralda em que certas palavras eram escritas em siríaco antigo. Aparentemente, Balinas saiu da caverna e, posteriormente, escreveu (ou transmitiu por via oral) o que ele viu gravado. Quer historicamente correto ou não, essas linhas prefácio do ET contém uma valiosa imagem mitológica: a busca de sentido interior.

Além do Caibalion, recomendaria a obra prática "Magia Prática: O Caminho do Adepto", de Franz Bardon.
Hermetismo prático.

Procuro por seguidores ou alunos (iniciados) da doutrina de Eliphas Levi. Agradeço se alguém tiver alguma informação.

Anjodaestreladamanha escreveu:Procuro por seguidores ou alunos (iniciados) da doutrina de Eliphas Levi. Agradeço se alguém tiver alguma informação.

Olá, Anjodaestreladamanha! Seja bem-vinda ao fórum!

Temos aqui um tópico chamado Mestres do Ocultismo:
https://mestredoconhecimento.forumeiros.com/t127-mestres-do-ocultismo

Nele alguns foristas já abriram um debate sobre Eliphas Levi.

Seria interessante se você participasse, quem sabe assim algum forista estudioso de Eliphas Levi entre em contato com você.

Muito obrigada.

Finis Gloriae Mundi, ou "A Transformação Alquímica do Mundo", esse é o título de um livro atribuído a Fulcanelli que a Editora Pensamento editou no Brasil. Alguém já leu? O organizador do livro, Jean-Marc Savary diz que o texto original de Fulcanelli chegou por e-mail.

Este livro, apesar dos tópicos interessantes que possui, não foi escrito por nenhum dos membros da antiga sociedade denominada Heliópolis, nem por nenhum Fulcanelli. Contudo, sempre nos brinda com interessantes reflexões.

Isto faz sentido, o livro realmente é muito diferente dos outros dois que, embora eu não os tenha lido por completo, tenho uma noção bastante abrangente de seus conteúdos. O Finis Gloriae Mundi se parece com os livros dessa onda apocalíptica que faz dinheiro para editoras. Obrigado pela informação.

É bem divulgado que Eugène Canseliet era discípulo de Fulcanelli, de ter realizado a transmutação do chumbo em ouro diante das testemunhas: o pintor Julien Champagne, o químico Gaston Sauvage e o próprio Fulcanelli. Mas além disso, redigiu os livros de Fulcanelli: "O Mistério das Catedrais" (meu pai tem até uma música influenciada por esse livro, chama-se "Alquimia") e "As Mansões Filosofais".

A minha pergunta é: alguém aqui sabe de outros livros redigidos por Canseliet ou que tenham como autor Fulcanelli?

Só sei que existe uma obra do próprio Canseliet intitulada "La Alquimia explicada sobre sus textos Clásicos", encontrada facilmente na internet.

Carta de Basílio Valentin

Fulcanelli, notável físico nuclear e grande alquimista francês, autor de duas valiosíssimas obras de alquimia: O Mistério das Catedrais, cuja primeira edição foi publicada no ano de 1926 e As Moradas Filosofais no ano de 1930 e que contém os segredos da Grande Obra.

Eugene Canseliet, seu discípulo, no Prefácio da Segunda edição do livro O Mistério das Catedrais, escreve: Em nossa introdução às Doze Chaves da Filosofia, repetimos que BASÍLIO VALENTIN (famoso monge beneditino do Monastério de Erfurt, na Alemanha no ano de 1413) foi o iniciador do nosso mestre. Naquela época ignorávamos a comovedora carta que transcrevemos aqui e que tem toda a beleza cativante do impulso do entusiasmo, o acento do fervor que inflama subitamente o escritor anônimo, devido ao desvanescimento da sua assinatura, como o destinatário por falta de endereço. Indubitavelmente, este foi o mestre de Fulcanelli, o qual deixou, entre suas cartas, aquela reveladora, marcada em cruz por duas linhas sujas de carvão.

Eis aqui o texto da carta:
"Meu querido amigo, esta vez recebestes verdadeiramente o Dom de Deus; é uma grande Graça, e pela primeira vez, percebo o quão raro é este favor. Todavia, creio que o arcano, em seu abismo insondável de simplicidade, não se encontra somente com a ajuda do raciocínio ainda sendo este muito sutil e exercitado. Finalmente tens a posse do Tesouro dos Tesouros, e damos graças à Luz Divina que o tornou partícipe. Ademais, você o mereceu justamente com sua inquebrantável fé na Verdade, na constância dos esforços, a perseverança no sacrifício, e também não nos esqueçamos, com vossas boas obras."