Old School Computer & Games

Como seria esta parceria?

Um bom início seria contatar o pessoal do Clube do TK90X. Outra, é começar estudar programação em cima de processadores de 8 bits.

A engenharia reversa foi necessária para que se produzisse aqui micros pessoais com o mesmo tipo de linguagem Basic dos softwares vendidos no mercado exterior. A lei da reserva de mercado de informática proibia que micros estrangeiros fossem importados no Brasil. Os softwares entravam como se fossem fitas K7 de músicas ou de estórias infantis.

É verdade sim que eles da Microdigital comparavam os estados lógicos dos pinos das ULAs, independente do resto do circuito. Era o único meio de descobrir o circuito interno daqueles chipões.

A ULA do TK-90/95 foi um trabalho de reengenharia a partir da engenharia reversa, mas com um detalhe: com um chaveamento no oscilador de frequência vertical no pino #1 que não havia na ULA original do Spectrum! Isso foi feito com o objetivo de vender o TK-90 para a Argentina, Uruguai e Paraguai. O que acabou acontecendo é que depois que o Spectrum 48K parou de fabricar, em alguns lugares da Europa solicitaram a importação do nosso clone...

Ovelha...

1 - Programadores: Boa parte dos papas da computação e programação do passado são, ainda hoje, responsáveis por grande parte dos softs/jogos que temos. Codemasters, Activision, Atari, Konami, Nintendo são bons exemplos. Até o idealizador do Nintendo Wii foi o mesmo oriental que criou os games Donkey Kong e Zelda, por exemplo. Claro, existem exceções à regra... Wozniack é um bom exemplo de exceção...

2 - Estranho você citar apenas países ESSENCIALMENTE capitalistas como exemplo de "pirataria branda" o que, erroneamente, chama de ''engenharia reversa'', mas tudo bem... Espero que não seja uma tendência isso... O Japão, no exemplo que citou, após o Baby-Boom, acabou por receber transferência tecnológica gratuita norte-americana (um dos vários despojos de guerra indenizatório imposto aos USA por jogarem duas bombas por lá)... e o que fizeram? Pegaram grande rádios que ocupavam um móvel, por exemplo, e os miniaturizou. Não observo isso como pirataria, pois criaram um novo produto. Lembro-me até de um filme que satirizava isso, com o finado Dudley Moore, uma Agência Muito Louca, onde a campanha publicitária final foi ''Sony - Porque os caucasianos são altos demais''...Risos

3 - Eu não disse que aqui não se PRODUZIU nada!! Muito pelo contrário... A Produção ia de vento e popa, com empresinhas de fachada pipocando a torto e a direito mamando nas tetas da Velha República Militar. O problema foi a CRIAÇÃO!!! Bem diferente isso... Não se foram muitos os exemplos disto por aqui não. E quem acha realmente isso, bebe na intrínseca fonte do ufanismo...

Quanto à Reserva de Mercado...

Muito complicado identificar as benesses e as mazelas desta INSOSSA Reserva... Se por um lado permitiu o desenvolvimento da indústria de componentes eletro-eletrônicos que sequer engatinhava na época, por outro fomentou o descaminho (o tal "mercado informal" de hoje em dia), permitiu que muita gente incompetente e oportunista se estabelecesse no mercado, deu vazão à uma escala sem precedentes de propinas, manuseios, aparelhamento e apadrinhamento de vários ''empresários" ligados ao Governo. Mais... Além de não existir ainda o CDC (Código de Defesa do Consumidor), era comum os fabricantes por aqui postularem garantias de até 30 dias!!! (O normal era de 3 a 6 meses... Alguns exemplos de 1 ano de garantia)... O consumidor era tratado como um mercado de porcos e, os produtos aos quais tinham acesso, apesar de serem ESSENCIALMENTE obsoletos, eram consideradas PÉROLAS!!! Agora, é aquela velha estória... quem soube pegar a oportunidade para realmente desenvolver-se, até que se deu bem e trouxe bons resultados para a balança comercial do País... Mas que eram casos esporádicos...AHHH!! Eram!!! A maior parte de nossas empresas de tecnologia por aqui aproveitou o momento mesmo foi para enriquecerem e não desenvolverem, a real intenção da Reserva de Mercado. Pense sobre isso...

-- Programadores: você confirmou o que eu disse;

-- Reserva de mercado: concordo que muitos "empreendedores" aproveitaram o momento para se locupletarem (a Rede Globo é um caso clássico...) e não investirem em P&D. Mas isso com "vista grossa" dos governantes da época, evidenciando claramente a burla das leis... Poucos empreendedores investiram, desses muito menos conseguiram desenvolver, alguns foram à falência;

-- acesse a Wikipédia e veja a definição de engenharia reversa. Você citou a transferência da tecnologia eletroeletrônica norte-americana para o Japão. Os maiores reversistas são, até hoje, os japoneses. Concordo. Mas, quem tem mais "valor"? O desenvolvedor ou o reversista??

-- Engraçado você citar países "essencialmente" capitalistas e "intrínseca fonte do ufanismo"... Certa vez, escrevi algo sobre nossa "síndrome do vira-lata", como citou Nelson Rodrigues... muitos cientistas, desenvolvedores e tecnólogos brasileiros não acreditam em nosso potencial de fazer ciência. Basta ver nossas publicações científicas nos últimos anos. Agora, em ciência aplicada e inovação, concordo, estamos MUUUUUUUUUUITO atrasados em relação aos ditos mais desenvolvidos...

Ah, não se esqueça de ler o livro GUERRILHA TECNOLÓGICA, de Vera Dantas.

Outra: onde tu leste que os norte-americanos transferiram tecnologia aos japoneses em efeito do ônus das bombas no Japão? Cite as fontes, por gentileza.

VLW!

Curiosidade: Os pais do videogame

O primeiro jogo conhecido foi criado por William Higinbotham em 1958 que ficou conhecido como "Tennis for Two", ele nem patenteou o jogo, porque acreditava que não tinha inventado nada demais.

Se ele estivesse vivo até hoje como o Ralph H. Baer - inventor do Odyssey e considerado pela maioria como o pai dos Videogames - ia ver o que a tecnologia permitiu nos novos jogos.

Curiosidade 2:

Michael Jackson também colecionava videogames!

Mais do que um simples console, colecionava ARCADES COM SEUS GABINETES ORIGINAIS.

Meu grande sonho seria colecionar gabinetes originais dedicados como Mortal Kombat, Super Street Fighter 2, Pac Man, Galaga, Defender, Asteroids e também tem os raríssimos de demonstração 3DO, Saturn, Nintendo64, Playstation, Virtual Boy, Sega Genesis, Game Gear, Dreamcast...

Ovelha Negra escreveu:
Hoje temos muita tecnologia e pouca criatividade.

Eu pensava que eu gostava dos jogos do TK porque na época eu era criança.

Daí eu baixei o emulador e as roms e descobri que eu pensava errado.

Continuo achando aqueles joguinhos o máximo.

Como os caras conseguiam fazer tanto com 48k?

Os jogos, cinema, programas de TV eram bem melhores antigamente. A falta de recurso fazia o criador pensar muito mais, utilizar-se de sua criatividade para colocar no seu trabalho a ideia que queria passar.
A Tecnologia utilizada em Avatar não trouxe o sucesso esperado perdendo algumas estatuetas dadas como certas no Oscar (perdendo para um filme que teve um orçamento infinitamente menor)...
O crescente interesse pelo retrô, visto também em campanhas publicitárias com músicas dos anos 80 e 90, a grande procura por consoles de 8, 16, 32 e 64 Bits (levando as grandes a criarem consoles antigos virtuais como por exemplo o Virtual Console do Nintendo Wii), a busca por Emuladores também é grande e tantos outros exemplos que me fazem pensar : "Será que viveremos em breve um novo 'Crash', só que desta vez em escala Mundial?''
Qual seria o rumo que as empresas envolvidas com games tomarão para mudar essa mesmice nos jogos atuais, as produtoras dos filmes atuais, a música e nossa TV? Talvez uma máquina do Tempo seria a solução para que eu volte aos anos 80 e 90 para reapreciar meus momentos de glória oculta...

Acredito que o maior problema dos jogos atuais seja o Enredo. Só sabem fazer continuações de grandes jogos tipo Halo, Gears of War etc... Não é necessariamente uma continuação como em God of War III...

Curiosidade 3:

Super Mario Bros foi/é um jogo eletrônico de videogame lançado pela Nintendo em 1985. Considerado um clássico dos jogos eletrônicos, Super Mario Bros. foi um dos primeiros jogos de plataforma com rolagem lateral, sendo o game mais vendido na história dos videogames.

Há tantos temas envolvidos na questão, que faz-se necessário uma análise separada de cada item.

Cinema e tevê

Em relação a cinema e programas de tevê sempre houve e sempre haverá filmes bons e filmes ruins, ser premiado com um Emmy ou um Oscar não tira méritos do filme ou programa de tevê. Não há uma relação direta entre investimento em um filme e bilheteria. Muitos dos filmes da Nova Hollywood, como Sem Destino e Bonnie & Clyde Uma Rajada de Balas, tinham orçamentos baixos e faturavam muito. Em compensação, Waterworld custou uma fortuna e foi um fracasso nas bilheterias.

Música

Em relação à música, a década de 90 os críticos dizem que foi a década perdida, então dependendo do gosto musical, por exemplo o grunge, foi uma década maravilhosa. Pseudo-artistas alavancados pelo marketing sempre existiram, ainda mais agora onde as gravadoras em tempos de decadência, tendo em vista o crescente desinteresse pelos CDs e elepês, com exceção de colecionadores, saudosistas e compradores casuais, têm que apelar cada vez para ninfetinhas seminuas desprovidas de talento musical, com exceção de Lady Gaga que eu até gosto de escutar hohohoho...

Finalmente jogos

Em relação ao investimento em jogos retrô, há apenas uma coisa em que tudo se baseia e é dinheiro. Aliás, assim como na música, na tevê e no cinema, nas sociedades capitalistas, a base econômica é sustentada no consumismo. Se há mercado retrogamer, as produtoras vão produzir algo que alimente este nicho.

Tecnologia

Sim, concordo que o desprovimento de tecnologia fazia com que os programadores tirassem leite de pedra, porém, com o desenvolvimento tecnológico que temos hoje, as ferramentas tornaram-se cada vez mais específicas, fazendo com que cada programador seja criativo no latifúndio que lhe cabe, seja na animação de pelos, mãos e até da unha de pé. Apesar de haver saturação em alguns estilos e a crescente facilidade encontrada em muitos jogos, alguns jogos continuam a fazer com que jogadores arranquem cabelos até da axila, como é o caso dos shmups.

Conclusão

Crash não haverá, pois durante a crise, que permanece em alguns países, o mercado de games foram um dos poucos que não tiveram grande turbulência. E máquina do tempo existe sim, ela é uma combinação de três coisas, cartão de crédito internacional, paypal e ebay.

MacGyver escreveu:
Os jogos, cinema, programas de TV eram bem melhores antigamente.

Quem acompanhou a série MacGyver nos anos 80 sabe que o MacGyver está dizendo a verdade.

Um tema que não foi falado ainda é o do Game & Watch.

Os meus prediletos eram:

- Casio Aero Batics GA-7
- Casio Western Bar CG-300
- Casio Marine Hunter CG-50
- Tronica Monkey Kingdom MK-33
- Bandai Zaxxon
- Bandai Sanrio Kerokerokeroppi Ame Nochi Hare
- Nintendo Donkey Kong Game & Watch Multi Screen
- Nintendo Gold Cliff Game & Watch Multi Screen
- Coleco Alien Attack
- Lansay Circus LCD Game

A modificação mais legal de um jogo que você fez:

Uma vez usei o M80 para encontrar onde o Street Fighter do MSX 2.0 fazia leitura do Joystick.
Depois substitui esse trecho por um desvio para uma subrotina que fazia o que estava no trecho que substitui (colocava no acumulador o valor lido do registrador do PSG).
Coloquei também uma coisa a mais, que era enviar um certo byte pelo modem que codificava que ação o jogador tinha feito.
Passei as modificações para um amigo e testamos o "jogo por modem".

Obviamente ficou tudo sem nenhuma sincronia, ou seja, não era possível garantir que o que aparecia na minha tela era o que aparecia na tela dele, mas você via o outro boneco "com vida própria", ou seja, controlado pelo modem... Foi muito maneiro!

Nada assim tão incrível, na época até era, mas hoje não vejo grande coisa foi colocar vida infinita ou energia em vários jogos MSX/z80. Na época me deu uma visão de como era maneiro Assembly.

Um assembler na cabeça...

Acho engraçado como alguns códigos de máquina a gente acabava decorando...

C3 jp
C9 RET
D3 out do valor do acumulador ...

Não programo um Z80 já faz quase 25 anos, mas alguns códigos de máquina ainda estão na minha cabeça.

De jogo...

... acho que foi só o Zanac que alterei a rotina que diminuia as vidas quando você morria, eu fiz um bypass no decremento... mas fiz uma coisa muito idiota por curiosidade... inverti as portas da PPI para o teclado e consegui queimar o danado... era uma lenda urbana na época. Hoje nem precisa do mythbusters, o negócio funcionava mesmo.

Eu tenho um MSX 1.1, e fiz uma modificação não lembro exatamente onde, acho que no setor de boot, onde na hora de inicializar o sistema ele pedia uma senha.
Não servia pra nada, mas valeu a brincadeira.

James Halliday escreveu:
A modificação mais legal de um jogo que você fez:

Uma vez usei o M80 para encontrar onde o Street Fighter do MSX 2.0 fazia leitura do Joystick.
Depois substitui esse trecho por um desvio para uma subrotina que fazia o que estava no trecho que substitui (colocava no acumulador o valor lido do registrador do PSG).

MSX como sintetizador PSG!! É Possível??

Tenho um MSX Expert e gostaria de saber se é possível fazer dele um sintetizador, assim como fizeram com o Commodore 64 e seu chip SID.

Ou gravar o programa Super Synth em cartucho e usa-lo no MSX somente para esta finalidade (para uso com música eletrônica, techno, etc)

Preciso de um teclado para ele...

Se nada disso for possível, então retiro o chip AY38910 e guardo pra mim!! (Loucura né??)

Existe um MSX dedicado para isso, se não me engano. Era Yamaha e era vendido junto com um teclado, mas não no Brasil.

Como funciona? Bom, sei lá!