Old School Computer & Games

Criado tópico complementar exclusivamente para mensagens que falam só sobre Atari 2600:

https://mestredoconhecimento.forumeiros.com/t136-atari-um-estilo-de-vida

Jogos produzidos pela Sega, para o Atari.

A Sega já é bem velhinha no mundo dos games.

Ela produziu alguns jogos para o Atari:
Buck Rogers, Sub Scan, Tapper e também licenciou o Zaxxon para a CBS Eletronics para que ela produzisse o jogo para o Atari.

Alguém conhece mais algum jogo feito pela Sega para o Atari?

Bem, outros jogos da Sega que eu lembro são CONGO BONGO, TAC SCAN, UP N´ DOWN e THUNDERGROUND... mas tem mais ainda!
Achava que TAPPER não fosse da Sega e sim da Bally Midway.

E a COLECO?

O Donkey Kong do Atari foi produzido pela COLECO. Ele apenas foi "emprestado" pela Nintendo.

A Coleco produziu o game para o Atari, Intellivision e Colecovision. Por isso mesmo, a Coleco caprichou MAIS para o console dela mesma: o Colevision.
O jogo na versão Colecovision ficou muito parecido com o original do fliperama. Isso foi justamente para valorizar o console dela diante dos outros.

Mas o Colecovision diante do VCS e do Intellivision é superior, pois tem um hardware praticamente igual ao do MSX (exceto pela capacidade de memória). E os arcades aquela época tinham um visual muito semelhante aos jogos do MSX (basta ver as versões MAME de Jungle Hunt, Moon Patrol, Galaga, Donkey kong, Mario Bros, etc...)
E lógico que a Coleco iria querer promover o novíssimo console dela!!

Sim, o Colecovision era bem superior. Mas não custava nada a Coleco ter colocado pelo menos "três" fases originais do Donkey Kong, ao invés de "duas" fases.
Ela fez isso de propósito. Eu li em algumas revistas da época.

Dessa não sabia...
Sacanagem mesmo, até no VCS dava pra colocar a terceira tela numa boa! Ah se fosse feito pela Activision seria bem diferente...

Tô jogando MSX, Coleco, Intellivision e Atari 7800.

Finalmente, depois de quatro décadas destas plataformas lançadas eu vou apreciar "novos" jogos, e jogos antigos em "novas" versões.

Instalei ontem, no meu XBOX: MSX 1 e 2, além de colecovision, Intellivision e Atari 7800.

Totalizando agora 16 emuladores no tijolão. rss

Tô gostando de jogar versões que eu só conhecia no Atari, NES e Arcade de vários jogos como; Moon Patrol, Kung Fu Master, Montezumas, River Raid, Hero, Super Cobra, Contra, Commando e etc e etc. rss

Se alguém aqui conhece outros sistemas antigos, gostaria de pedir a opinião de bons jogos aí.

ODYSSEY



Vamos comparar o Atari 2600 com o Odyssey (Odyssey 2, para os Norte-Americanos).

Ambos são excelentes. Meu primeiro contato com videogame foi com o Atari em 1984, ao contrário da maioria. Só depois que eu tive um Odyssey...

Vou fazer um pequeno review dos dois sistemas:

ATARI 2600
Dos consoles de segunda geração, o Atari reinou sozinho no mercado, sendo o campeão de vendas. Teve a maior biblioteca de jogos de sua geração... Devido a quantidade de consoles vendidos, era também o alvo preferido das produtoras independentes, onde teve vários jogos feitos para a sua plataforma. Havia ainda o comércio paralelo, onde se vendia cartucho não oficiais do Atari (vide exemplo os cartuchos da DACTAR), além dos clones de consoles.

GRÁFICOS: Indiscutivelmente superior, onde os personagens do jogo, possuíam mais detalhes em seus contornos. As variações de cores também era maior.

SONORIDADE: Excelente, embora seu rival direto (Odyssey), também possuía uma sonoridade agradável...

JOYSTICK: Duro, porém preciso. Ao jogá-lo por muito tempo, há um certo cansaço, entre os dedos, principalmente na musculatura entre o polegar e o indicador.

JOGOS: O Atari foi a indústria dos clássicos, por assim dizer, onde nasceram River Raid, Pitfall, Enduro entre outros monstros sagrados da história dos games. Arrisco dizer que foi o console com maior número de jogos que se tornaram clássicos. Observação: Não confundir com quantidade de jogos lançados para um sistema, com quantidade de jogos que se tornaram clássicos em um determinado sistema.


ODYSSEY
Não conseguiu o mesmo sucesso do Atari, no entanto, foi o segundo console mais vendido de sua geração. Pelo fato de não ser tão famoso, foi esquecido pela pirataria, onde o proprietário tinha apenas a opção de comprar o jogo original (mais caro), não podendo adquirir um cartucho pirata. Pela mesma razão, não houve clones do seu console. O console possui um teclado, permitindo usá-lo com alguns jogos, tornando o console mais chamativo, além de divertido.

GRÁFICOS: Inferior em relação ao seu rival, o Atari. Os personagens eram meio ''quadradões'', o que deixava os jogos com uma aparência bem simples.

SONORIDADE: Possui um som característico só dele. Ao ligá-lo, ele já emite um som peculiar inconfundível. Possuía um modulador de voz (acessório vendido à parte), que quando integrado ao console, dava mais recursos sonoros ao Odyssey. Excelente.

JOYSTICK: Macio, confortável e preciso.

JOGOS: Não teve uma biblioteca de jogos como o Atari, mas seus jogos eram simples, criativos e divertidos. Havia alguns títulos exclusivos, como Tartarugas e Senhor das Trevas, que por sinal eram excelentes. Alguns jogos permitiam maior interatividade com o jogador, como por exemplo no jogo COME-COME, onde o jogador tem a possibilidade de criar seu próprio labirinto, ao contrário do PAC-MAN da Atari.


RESUMO DA ÓPERA: Ambos são bons, é difícil escolher um só... Se possível, fique com os dois, nem que seja via emulador, pois será diversão garantida.

Pelo que lembro, oficialmente o Odissey foi o primeiro vídeo game lançado no Brasil - desconsiderando o Tele-Jogo, claro.

Acho que só joguei uma vez. Pra rapaziada da época, o grande atrativo era o teclado. Porém, o pessoal tinha mesmo era o Atari, por conta do alto número de jogos e do preço relativamente baixo dos cartuchos clonados - sem contar que havia, para cartuchos desse tipo a possibilidade da reprogramação.

Uma coisa que eu lembro bem é que, pelo menos em 1988, o Odissey estava mais caro que o Atari! Um colega meu comprou o Odissey e depois alegou: "Pô, se é mais caro, é lógico que é melhor...". Enfim, acho que essa lógica não estava muito correta...

O que eu joguei de Odyssey foi na casa de um amigo meu. Na época ele pegou de lançamento. É claro que eu achava tudo fascinante!
Sem dúvida alguma o "teclado" dava uma aparência bem avançada para o aparelho. Era o que me chamava mais a atenção.

O jogo que mais eu lembro era o Popeye.

O primeiro Odyssey foi lançado nos EUA pela Magnavox em 1972, creio eu que a empresa já era uma subsidiária da Philips nessa época, e ele era absolutamente diferente do Odyssey 2.

Em 1975, a Magnavox lançou no mercado as evoluções do Odyssey. As versões 100 e 200.

A cor do Odyssey 200 é diferente. E além da cor, o Odyssey 200 vem com um jogo a mais em relação ao Odyssey 100.

O resto da família Odyssey eu nem vou botar porque a história já é conhecida pela galera, né?

Esteticamente, o Odyssey enche mais os olhos que o Atari.

O Odyssey era bem mais atrativo, tinha aquele teclado no console, os cartuchos eram mais bonitos fisicamente falando, vinham em caixinhas de acrílico; acredito que o Odyssey foi o primeiro console a ter uma tela de boot, o que acontece até hoje em consoles modernos, ao ligar sempre aparecia uma tela escrito "select game". Mas como o que mais vale são os jogos, e nisto o Atari era muito superior, eu prefiro o Atari.

O bom era a versão tupiniquim dos títulos dos jogos do Odyssey:

K.C.'s Krazy Chase = Come-Come
Attack of the Time Lord = Senhor das Trevas
Pick Axe Pete = Didi na Mina Encantada

     

Na verdade ''Didi na Mina Encantada'' foi o nome que a Philips brasileira deu pro game PICK AXE PETE. Já que os Trapalhões estavam bombando na TV naquela época, um jogo de videogame que lembrasse os caras, ou pelo menos um deles, ia vender milhões de cartuchos.

A origem do nome: o filme que estava "em destaque" na época do lançamento do cartucho era justamente "Os Trapalhões na Serra Pelada". Nada mais apropriado!

MacGyver escreveu:
Esteticamente, o Odyssey enche mais os olhos que o Atari.

O Odyssey era bem mais atrativo, tinha aquele teclado no console, os cartuchos eram mais bonitos fisicamente falando, vinham em caixinhas de acrílico; acredito que o Odyssey foi o primeiro console a ter uma tela de boot, o que acontece até hoje em consoles modernos, ao ligar sempre aparecia uma tela escrito "select game". Mas como o que mais vale são os jogos, e nisto o Atari era muito superior, eu prefiro o Atari.

Realmente o Odyssey2 era mais visual e prospectos que mexiam com nossa imaginação do que era proposto na hora do "vamuvê!". Comparado ao 2600 percebe-se que o Ody2 era muito inferior, em tudo!

Os jogos do Odyssey equivaliam no máximo aos jogos de 2K do Atari. Quem eu me lembro que tinha o Odyssey na época se arrependeu de ter comprado e queria trocar pelo Atari. O Odyssey foi lançado aqui no Brasil um pouco antes do Atari e tinha até um programa de TV chamado FM TV na rede Manchete que fazia propaganda do Odyssey. Muita gente comprou, mas quem esperou pelo Atari, que saiu uns meses depois, não se arrependeu. O páreo começou a ficar duro pro Atari quando comparado com o Intelivision (*). Aí era pau-a-pau. E para os sortudos que tinham um Colecovision importado, o Atari perdia.

(*) O Intellivision foi o primeiro console com processador 16-bits lançado! A superioridade na complexidade dos jogos era perceptível, mas ainda assim o 2600 conseguia mostrar mais cores na tela do que o rival. Sempre considerei o Intellivision o meio caminho entre o Atari 2600 e o MSX. Uma pena que poucos puderam conhecer o console de verdade, quem conheceu sabe o que estou falando!

Mais pra frente faço um post exclusivo sobre o Intellivision.

Paranhos escreveu:
Quanto à Reserva de Mercado...

Muito complicado identificar as benesses e as mazelas desta INSOSSA Reserva... Se por um lado permitiu o desenvolvimento da indústria de componentes eletro-eletrônicos que sequer engatinhava na época, por outro fomentou o descaminho (o tal "mercado informal" de hoje em dia), permitiu que muita gente incompetente e oportunista se estabelecesse no mercado, deu vazão à uma escala sem precedentes de propinas, manuseios, aparelhamento e apadrinhamento de vários ''empresários" ligados ao Governo. Mais... Além de não existir ainda o CDC (Código de Defesa do Consumidor), era comum os fabricantes por aqui postularem garantias de até 30 dias!!! (O normal era de 3 a 6 meses... Alguns exemplos de 1 ano de garantia)... O consumidor era tratado como um mercado de porcos e, os produtos aos quais tinham acesso, apesar de serem ESSENCIALMENTE obsoletos, eram consideradas PÉROLAS!!! Agora, é aquela velha estória... quem soube pegar a oportunidade para realmente desenvolver-se, até que se deu bem e trouxe bons resultados para a balança comercial do País... Mas que eram casos esporádicos...AHHH!! Eram!!! A maior parte de nossas empresas de tecnologia por aqui aproveitou o momento mesmo foi para enriquecerem e não desenvolverem, a real intenção da Reserva de Mercado. Pense sobre isso...

A lei de Reserva de Mercado deixou o Brasil no escuro da evolução tecnológica nos anos 80 e parte dos anos 90. Você não encontrava computadores originais. O governo brasileiro incentivava a pirataria. A Gradiente Polyvox que montava o Atari, conseguiu dar um nó nos japoneses ao fabricar o MSX totalmente pirata, sem licença. Só a Sharp tinha autorização na realidade de fabricar o MSX aqui. No Brasil, o Apple II original nunca existiu. Quando tentaram falsificar o Apple Macintosh, a verdadeira Apple entrou na justiça e processou a empresa Unitron que montou o único Macintosh pirata da história. A Reserva de Mercado ajudou a criar muitos empregos com a pirataria, mas acho que poderia criar muito mais se abrisse o nosso mercado para que empresas estrangeiras pudessem se estabelecer aqui. Dos malefícios que o ex-Presidente Collor trouxe à nação, houve alguns pontos positivos como a abertura do mercado. Muitos empresários malandros da época ganharam muito dinheiro empurrando micros de péssima qualidade porque tinham certeza que o governo os protegeriam contra os produtos importados. Lembro na época que o pessoal preferia o Atari americano ao nacional e o resultado disso foi um contrabando jamais visto.

MSX era tecnologia japonesa. A Microsoft apenas fez o Basic. (O micro foi fruto de uma parceria entre a Microsoft e a japonesa ASCII) Mas é importante salientar que o termo pirataria não existia no Brasil nos anos 80, ou não era como agora, pois se anunciava em jornais, se vendia no supermercado, etc. Daquela época, de pirata, o que lembro era de se vender fita K7 com músicas gravadas de LPs.

A reserva de mercado tentava impulsionar a indústria eletrônica nacional ao mesmo tempo que atrasava.

Só pra termos uma ideia, o Odyssey chegou no Brasil como uma novidade, após ser dado como morto no mercado externo. Com o VCS foi a mesma coisa... enquanto nos deslumbrávamos por aqui com Pitfall, River Raid coisa e tal, lá fora o pessoal já se recuperava do "crash" da era Atari, descobrindo o NES.

Intellivision



O Intellivision foi um console criado pela Mattel em 1980 e ele foi um videogame revolucionário por várias razões.

Parece que a galera da MATTEL era uma espécie de GOOGLE dos anos 80, querendo inovar em todas as áreas. O que diabos deu errado, caramba?!! Será que era uma empresa muito "pobre" (ao contrário do Google, que é muito rico?).
Os caras já inovaram no lance do "1º processador de 16 bits" (ok, sabemos que não foi bem isso).

Em seguida veio do SINTETIZADOR DE VOZ, algo impensável naquele período.

Depois quiseram transformar o console numa central multimídia (videogame, computador, etc).

Outro detalhe sobre o Intellivision é que já era possível jogar "on-line" com o PlayCable em 1982, o que só se tornou "popular" com a rede da Sony, nos últimos anos.

E ainda tem o lance de JOGOS 3D com o Hover Force, usando óculos e tal...

Cara, sinceramente é difícil imaginar como uma empresa como a Mattel não se tornou um MONSTRO da indústria do entretenimento.

Claro que o marketing da Mattel acertou em algumas coisas, como insistir que a qualidade dos jogos era superior ao Atari. Mas a imagem da Mattel que ficou gravada na memória dos americanos foi a de uma empresa que prometia e não cumpria.

Apesar de vermos várias inovações surpreendentes naquela época, o lance é que a Mattel não estava exatamente sozinha... O módulo de voz, se não me engano, saiu primeiro no Odyssey. A "evolução" para um computador pessoal foi algo que todo mundo que fazia consoles acabou tentando na época... questão de sobrevivência.

Enfim, a Mattel Electronics era uma subsidiária da Mattel que foi criada numa época em que todo mundo queria fazer videogames, era um ramo novo, uma corrida ao ouro...
Eles não tinham nenhuma expertise em particular, chamaram consultores pra desenhar o Intellivision original e pegavam recém formados para programar os jogos.
Os programadores que obtinham um pouquinho mais de experiência saíam para a Imagic, Activision, etc. Estes para mim eram os verdadeiros Googles da época. Veja como eles tiravam leite de pedra no Atari e outras plataformas.

De qualquer forma, é interessante pensarmos sobre como estamos há DÉCADAS perseguindo jogos em 3D, não?!

Nos anos 80 tivemos as primeiras tentativas viáveis comercialmente, como os óculos 3D do Master System.
Nos anos 90, tivemos elefantes brancos como o Virtual Boy, e aqueles óculos diversos para usar no PC.
No final dos anos 2000, finalmente surgiram as TVs 3D.
E alguns anos depois começamos a ver produtos portáteis com tela 3D que não precisa mais de óculos.


Superioridade gráfica:

Admiro os programadores que conseguiam colocar jogos com ótimos gráficos e sons em apenas 4 ou 8k.

Fiquei sabendo sobre a superioridade GRÁFICA do Intellivision por uma reportagem publicada na REVISTA VEJA na época entre 1983 e 1984 e o assunto era a chegada dos videogames na época. Meu pai era assinante e apareceu a questão dos pixels e outros detalhes como a quantidade de cores processadas por cada console nesta reportagem e o Intellivision só perdia para o COLECOVISION, que além de mais caro era difícil de achar, tanto console como jogos.
Lembro como se fosse hoje, meu Pai e eu na vitrine da já extinta MESBLA em véspera de 12 de Outubro, fui logo falando que queria o Intellivision, pois na época o ATARI POLIVOX reinava em vendas seguido pelo ODYSSEY.

Quem conhece a história do Intellivision sabe que a concorrência com o Atari lá fora era acirrada, o que não acontecia no Brasil. Por aqui, havia mais propaganda do Odyssey do que do Intellivision.

Tínhamos a famigerada RESERVA DE MERCADO na época, então não era permitido ao Brasil importar tecnologia e tínhamos que FABRICAR aqui dentro, motivo pelo qual os consoles do Intellivision tiveram um representante nacional: A SHARP. Claro que os jogos não eram fabricados aqui; a placa e a EEPRON vinham de fora.


Controles revolucionários?

O teclado do Intellivision foi sem dúvida a coisa que mais o destacou na época. Se não usasse aquele tipo de joystick eu acho que seria apenas "mais um concorrente do Atari".

Apesar de achar o seu design uma coisa fantástica (do ponto de vista ergonômico, coisa que na época era impensável), não caiu no gosto do público, infelizmente.

O Intellivision (até onde me consta) foi o primeiro console a implementar a PAUSA (eles faziam questão de destacar isso na época). Eu particularmente achava isso uma DÁDIVA, consegui terminar muitos jogos assim. Para pausar basta acionar ao mesmo tempo as teclas 1 e 9.

Quanto ao controle do Intellivision... Vixi, o tema é bem polêmico. Só que "polêmico" pra mim é algo que conta mais como ponto NEGATIVO do que POSITIVO, caso contrário não se criaria a "polêmica" (dãããã).

Sempre que li as críticas em cima desse joystick nunca vi até hoje alguém expor os ARGUMENTOS pelo qual não gostava do controle. Simplesmente a pessoa dizia "É horrivel...", e ficava por isso mesmo.

A ERGONOMIA era ruim? Para mim isso implicaria em ficar com a mão doendo, comentário que nunca ouvi de seus críticos.
Era ruim jogar com uma das mãos? Impossível, canhotos ou destros faziam a festa (coisa que até hoje a gente não vê muito).
A direção não obedecia? Alguns jogos eram bem confusos mesmo no uso desse joystick. Mas nesse caso a culpa era dos jogos e não do controle.

Não sei ao certo qual o motivo daquele joystick ter sido feito daquele jeito, meio "revolucionário", porém creio que era a única forma de atender a uma característica que a MATTEL sempre frisava em seus comerciais do Intellivision: "Até 16 direções diferentes para os personagens". O que a MATTEL oferecia com isso era quase um joystick ANALÓGICO! Não creio que isso seja possível de ser feito com os controles no formato atual, tendo somente 4 contatos (e 8 direções).

Em tempo: Sabiam que existe um LAY-OUT de teclado de computador chamado DVORAK que, segundo pesquisas, dava a seus usuários 70% mais eficiência que o padrão atual que usamos, chamado QWERTY? E porque esse padrão não foi adotado no mundo?

Porque o pessoal se acostumou com o primeiro...

Cheguei a conhecer o Intellivision mas achava a jogabilidade do controle bem difícil.

Nunca ouvi falar desse Colecovision mas lembro de um que se chamava SPLICEVISION. Tem a ver?

Alguém saberia informar a paleta de cores do Intellivision? Quantas cores diferentes ele podia apresentar na tela?

16, não??

São 16, mas não se esqueça de 2 coisas:

- não são 16 quaisquer: tem uma lista específica de cores primárias e pastéis.

- você não pode selecioná-las e usá-las como quiser. Depende do modo gráfico (F/B ou Color Stack). O Tron Deadly Discs usava o modo F/B eu acho. Vale a pena pesquisar como esse modo funciona pra tentar simular a aparência ainda melhor...

007 escreveu:
Cheguei a conhecer o Intellivision mas achava a jogabilidade do controle bem difícil.

Nunca ouvi falar desse Colecovision mas lembro de um que se chamava SPLICEVISION. Tem a ver?

Realmente o controle do Intellivision é polêmico. Eu particularmente nunca tive nada contra. Ergonomicamente ele era perfeito, pois servia tanto pra destros quanto canhotos (ao contrário de alguns joysticks do Atari). Uma falha do controle do Intellivision era o problema de usar tecla e disco ao mesmo tempo (em 1 controle só causava problemas). Quem jogou muito TRON sabe do que estou falando.

Realmente o controle foi bastante rechaçado pelo público. Eu acho que se trata mais de uma questão de hábito, pois até hoje eu sinto vontade de jogar meu VOLANTE pela janela quando tento pilotar um SIMULADOR DE CORRIDAS com ele (de tão acostumado que estou com o teclado). Mas não desisti ainda [risos].

Quanto ao COLECOVISION, esse console fez uma fama federal lá fora, porém no Brasil devido ao seu preço (salgadíssimo) e a falta de marketing quase não se ouviu falar. Eu pelo menos nunca ouvi falar de alguém que tivesse um SPLICEVISION em casa (acho que era a versão nacional do COLECO). Mas a superioridade do COLECO era bem perceptível (e curiosamente foi feito na mesma época do Intellivision). E mais curiosamente ainda os dois consoles "morreram" quase da mesma forma: Querendo se tornar COMPUTADORES.

Ok, MacGyver, eu pesquisei o esquema FB/COLOR STACK. Segue o que "aprendi":

Pelo que entendi, na época do intellivision não existiam SPRITES e sim MOVING OBJECTS. Cada sprite tinha no máximo 8x8 de tamanho, ou seja, se eu quisesse ter um objeto maior que isso, só poderia fazê-lo de 16x8, 16x16 e por aí vai (ou o dobro de largura, ou o dobro de altura, ou o seu próprio dobro). Achei isso interessante, pois agora sei qual tamanho de SPRITES eu posso ter se eu for me aventurar em outros jogos.

O HARDWARE só permitia mover 8 objetos ao mesmo tempo (8 sprites). Então a primeira pergunta é: Como fizeram o SPACE ARMADA, que move TROCENTOS SPRITES ao mesmo tempo?
Para isso usaram um algoritmo espertinho que APAGAVA e REDESENHAVA um SPRITE em nova posição, dando a impressão que ele "se moveu". Isso explica porque o tiro da nave PASSAVA DIRETO quando os monstros tocavam um dos cantos e desciam uma linha... Na verdade o monstro era apagado e redesenhado na linha de baixo e se nesse "intervalo" um tiro tocasse o sprite, ele "vazava"... (HAUHAUAHA).

Com relação às cores, pelo que entendi, são 16 CORES realmente, 8 primárias e 8 cores "pastéis", como eles chamavam (versões mais claras das cores PRIMÁRIAS).

Havia duas formas de mostrar essas cores num SPRITE: O FB e o COLOR STACK.

O sistema FB, que significa FOREGROUND e BACKGROUND, usava DUAS CORES, uma para FOREGROUND (frente) e outra para BACKGROUND (fundo).

Era um sistema bastante PODEROSO para mostrar cores. Enquanto em um pixel DA FRENTE eu poderia usar as 16 cores totais, no outro (DE TRÁS) eu poderia apenas usar as 8 cores primárias.

A COLOR STACK é mais complexo de entender. Parece que esse sistema permitia fazer um REVEZAMENTO de cores nos PIXELS, podendo um PIXEL assumir tanto uma cor PRIMÁRIA quanto PASTEL, porém respeitando a ordem de revezamento.

O que definia o uso de um ou outro modo na verdade era a TELA DE FUNDO. Se ela fosse muito complexa (colorida), teria que usar o COLOR STACK e nesse caso todos os SPRITES teriam que usar esse modo de cor. Com certeza jogos como TRON, NIGHT STALKER ou DESAFIO ESTELAR foram feitos no FB, pois seus cenários de fundo eram bem chapados.

OK, agora só preciso saber QUAIS CORES são as primárias e quais são as PASTÉIS. O resto pra mim não importa muito, salvo se eu quiser fazer personagens com múltiplas cores, algo que não deve ocorrer (e se ocorrer, basta respeitar PRIMÁRIA na frente e PASTEL no fundo ou vice-versa).