América Pré-Colombiana

Quando os espanhóis chegaram de fato os maias estavam longe do esplendor de outros tempos, mas dizer que foi um rápido declínio é um absurdo. O império maia durou milhares de anos e ainda nos dias atuais a população maia é relativamente grande.
Claro que na chegada dos espanhóis os maias não se comparavam aos incas e astecas, que estavam em seu auge, mas ainda naquele período possuíam uma influência até que grande na região mesoamericana.

A regra é clara!

Tomei a liberdade de parafrasear Arnaldo César Coelho, que como árbitro de futebol foi apenas "mais ou menos", aliás, como todos, vivos e mortos, pois um declínio deve ser lento, de outra forma seria queda.

Quando da chegada dos espanhóis, ainda existiam algumas cidades maias que sobreviveram ao revés climático do Yucatan. Aqui já foi citada a água e convém lembrar que a referida península não tem rios e a água usada vinha de cisterna, na maioria naturais, abastecidas por água da chuva, portanto uma seca prolongada que afeta hoje de forma grave cidades modernas sem dúvida seria, e foi, fatal para as cidades maias, isto sem contar o uso predatório dos recursos florestais.

Tem algum tempo a BBC, ou o Discovery, produziu um documentário muito bem elaborado e melhor ainda fundamentado sobre as razões do declínio maia. Infelizmente não lembro o título, mas é bem esclarecedor e, principalmente, racional, sem devaneios místicos, esotéricos ou ufológicos.

Resumindo, a queda de um império e não a sua extinção.

Falando em ufologia, futebol e etc, se os maias fossem os escolhidos interplanetários teriam dado de goleada nos espanhóis. Incoerência como essa só existe em falácias mesmo!

Gárgula escreveu:
Resumindo, a queda de um império e não a sua extinção.

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Há uns sessenta anos, os estudiosos que iam para a região dos maias (Guatemala e sul do México) não conseguiam entender como cidades enormes, como Tikal, Palenque, Bonampak etc. foram abandonadas pelos seus moradores.

Hoje, estudos ambientais demonstram que em certas circunstâncias uma região pode mesmo ficar inabitável. E quais seriam elas para os maias? Vejamos... Quase toda a região habitada pelos maias dependia de chuvas periódicas. E durante muitos meses do ano essa chuva não caía. Tanto que os maias aprenderam a construir cisternas bem grandes. Note que não estou falando no Iucatã, porque ali o que existe são os cenotes, buracos no chão que botam a descoberto uma enorme rede de rios subterrâneos e que fornecem bastante água para a região. Estou falando na Guatemala e em regiões mais ao norte da península de Iucatã.

As construções e as estradas maias eram cobertas de estuque, que é uma mistura de cal queimada com calcário. Uma vez por ano todos os templos e palácios, bem como as estradas elevadas eram recobertos com esse estuque e posteriormente pintado principalmente em vermelho.

Quem já viu preparar cal, sabe que ela é queimada, para não ser cáustica. E para queimar cal é preciso muita madeira. Assim, as florestas foram sendo dizimadas pelos maias, para que suas cidades fossem recapeadas anualmente.

Sem florestas, o terreno começou a ser açoriado e ficou infértil, não conseguindo mais boas colheitas para sustentar a população, que começou a morrer de fome.

Como o terreno já não fornecia alimento, eles começaram a se mudar para regiões onde ainda havia água. Mas como não sabiam do problema do desmatamento, fizeram nas novas regiões o que tinham feito nas antigas.

Além disso, os maias eram tremendamente aguerridos. E faziam guerra para aprisionar gente que era sacrificada aos deuses, para que houvesse água, boas colheitas etc. Mas não era a população que era sacrificada, mas seus dirigentes. O sacrifício de um Ahau (chefe), pensavam eles, iria mudar a situação em favor do sacrificador. Eles praticavam até mesmo o auto sacrifício, perfurando a língua ou a pele do prepúcio com espinhos, para que o sangue banhasse a terra... E esses sacrifícios eram feitos pelo governante (ahau).

Assim, eles foram mudando e açoriando os terrenos, até que, quando houve a conquista, já era um povo conquistado, fraco e que tinha perdido quase todo conhecimento que haviam tido uns quinhentos anos antes.

Os quipos dos Incas - ainda um mistério!

Quipo significa "nó" na língua quíchua!

Os quipos são coleções de nós com figuras miúdas ou sacolinhas para coca tecidos em fios de lã (600 unidades que chegaram aos dias atuais), cuja prática permitia que os incas se comunicassem desde o que é hoje o norte da Colômbia até o norte do Chile, por cerca de 300 anos. Alguns quipos ainda são utilizados pelos quíchua em cerimônias ancestrais.

Poucas das chamadas "escritas perdidas" do mundo foram consideradas tão desanimadoras para quem tentou decifrá-las como os quipos. Nem mais os antigos rapacinos (aldeões) tem a capacidade de decifrar este tipo de "escrita", que perdurou até boa parte do século 19.

Seria mesmo um mistério?

Levando em conta que os Incas tinham um império e não tinham escrita, era necessário ter um controle de produtos, taxas e tributos pagos, aliás, não seria lá tanta novidade, o ábaco moderno é uma versão primitiva de alguns povos para contas. E usar nos parece uma alternativa bem mais barata e prática do que usar contas ou pedras perfuradas, e depois, a forma de usar... bom, imaginação é uma coisa que não é nova.

Pois eu já acho que os quipos significavam mais do que números, já que o Inca podia dar ordens para seus súditos a quilômetros de distância apenas mandando um quipo.
Essas cordinhas tinham vários significados, determinados pela cor, comprimento, número de quipos em cada corda, distância entre eles etc... Portanto, muita coisa poderia ser dita e lida, por quem tivesse o conhecimento.

Alguns dizem que os quipos foram utilizados pelos maias, astecas e incas...

Os quipos eram claramente um sistema de informação de transmissão. O quipo é essencialmente um grupo de lãs e barbantes amarrados, tingidas em diversas cores e unidas em muitas maneiras diferentes, tendo uma grande variedade e número de nós atados. Juntos, o tipo de lã, as cores, os nós e as associações detêm informações que foram lidos por diversas sociedades sul-americanas.

Quais foram as principais culturas que existiam na Mesoamérica? Percebo que elas não são bastante difundidas no mundo, mesmo sendo bem avançadas, isso se deve principalmente pelo tipo de colonização feita pelos espanhóis na América, pois os espanhóis aniquilaram os ameríndios, não deixaram sua cultura se difundir e ainda roubaram as coisas que aqui existiam.

Bom, entre as culturas mesoamericanas, se destacaram os Mayas, Incas, Teotihuacanos, Aztecas e Zapotecas.
Bom, abrangindo tudo, todos tinham uma religião e cultura bem parecida, sempre com um deus-sol, que é visível nao só nas culturas ameríndias, mas nas europeias e asiáticas. Bom, os Mayas se desenvolveram principalmente na Península de Yucatã, onde se instalaram suas principais cidades, exceção de Copán, que foi absorvida tempos depois. A principal cidade era Chichen Itza e a última administração maya de que se tem notícia é a da cidade de Mayapán, daí o nome "Maya".
Na América Central, antes de 600 d.c. se destacaram duas importantes cidades: Teotihuacan (sede do Império de Totihuacan) e Monte Albán (sede do Império Zapoteca) depois algumas cidades foram se destacando como Chichén Itza, Tikal e Copán (sedes mayas); Tula (do Império de Totihuacan) e El Tajín (dos Huaztecas). Os Aztecas, ao que se diz, não formavam um império pois os verdadeiros Aztecas ocupavam Mexico-Tenochtitlán e proximidades, o seu império era baseado principalmente em pagamento de impostos de reinos próximos, era uma cultura principalmente de guerreiros. Nos Andes, algumas culturas começaram a se sobressair por volta de 620 d.c., foram elas a Huari, com sede em Huari, e a Tiahuanaco, com sede em cidade do mesmo nome. Elas foram derivadas de dois reinos menores: os Huari derivaram do reino de Huarpa, no Ande Médio, no Peru, enquanto que os Tiahuanaco derivaram do reino de mesmo nome, nas proximidades do Lago Titicaca. Algumas outras culturas habitavam a região paralelamente a esses pequenos reinos antes de sua expansão, eram a Nazca, a Ataameña, a Waru, a Lima, Recuay, Cajamarca, Moche e Vicú (essa última não dominada).