Lendas interessantes

Sobre As crônicas de Arthur, eu li e achei muito boa, principalmente porque ela é baseada em fatos históricos e descobertas arqueológicas, o que o traz mais para a realidade. Outra coisa legal, é que Arthur não é amigo de Lancelot. Muito pelo contrário. São ótimos livros para quem gosta de Arthur.

É verdade que tem pouco a ver com os contos tradicionais, mas além de ser uma delícia de ler, é baseada em descobertas arqueológicas recentes.

Enfim, é uma trilogia maravilhosa! é tudo de bom!

Aí é comigo mesmo....

Realmente concordo que essa trilogia, "As crônicas de Arthur" por Bernard Cornwell, é maravilhosa.
O narrador é nascido saxão, mas um guerreiro de Arthur, seu braço direito, Derfel Cadarn aquele que foi jogado no poço da morte e sobreviveu, Merlin o levou para Avalon pois acreditava que fosse amado pelo Deus Abel, acho que é esse mesmo! Assim como Nimue sua amante é uma das amadas de Derfel. E Lancelot nessa versão por Cornwell é apaixonado pela rainha de Camelot, Guinevere como nas outras histórias, já li outras versões e sei. Mas nessa versão ele é um farçante, sim ele é um lutador, mas não é esse guerreiro que todos dizem, Lancelot é Edling (príncipe herdeiro) de Benoic, um país de poetas, daí sua mãe a rainha manda os seus poetas saírem por toda a Britânia contando sobre incríveis batalhas que seu filho lutou e venceu, por isso ele tem essa fama de herói. Mas o rei Ban não o tem somente como filho, Galahad é meio-irmão de Lancelot, e esse sim um verdadeiro herói, ele trava as batalhas, ganha e Lancelot ganha a fama. E é Galahad que mais tarde vai em busca do Santo Graal!
Essa é minha história favorita, de todas que li, "As Crônicas de Arthur" como foi tido é uma trilogia, o primeiro livro é "O Rei do Inverno", depois vem o "Inimigo de Deus" e por fim vem "Excalibur".

É isso quem tiver interesse em conversar sobre as diversas histórias Arthurianas, eu tô aqui...

Quanto ao significado de Arthur ser Urso e o símbolo da capa do primeiro livro da trilogia "O Rei do Inverno" não é coincidência, creio. Cornwell fez várias pesquisas e se baseou também em outros para escrever as Crônicas. E acho que o narrador Derfel realmente existiu, mas não se sabe se foi nessa história (rs...).
Na verdade existiu o cavaleiro chamado Derfel, ele estudou a história desse cavaleiro e o encaixou na sua história.
Para ele escrever um livro, ele não vai somente inventar, ele se baseia em outros histórias fascinantes para buscar personagem novos!

Mito!

Me desculpem, mas a estória de Cornwell não tem nenhuma base histórica, nunca foi provado nada disso e a mesma base que o conto do minotauro tem. Só porque acharam um lugar parecido com o do mito ele é verdadeiro e apesar de ser uma boa estória, o personagem Arthur nem é o principal, fica reduzido a ser um tolo; pior só o filme atual.

Essa trilogia é fantástica!

Li essa trilogia há mais ou menos dois anos, ela é absurda de fantástica...
Não há magia absurda no livro, não há raios elétricos disparados por Merlin, Excalibur (Caledfwlch - acho que é isso) não fica em chamas e etc.

A saga prende o leitor de uma maneira muito forte, eu não parava de ler nem para usar o banheiro.
Um dos melhores livros (os 3) que já li.

A távola redonda aparece mais pro final da trama e não é nada parecido com os filmes já vistos.

Nomes e títulos

Sei que Merlin é um título... isso é fato, mas Arthur eu acredito (acreditava) que era um nome. No brasão de Arthur há o desenho de um urso.
Pendragon eu acredito ser um título.
Se tiverem informações...

Maçom,

a trilogia de Cornwell tem bases arqueológicas sim.
Ynys Wydryn, a atual Glastonbury, é comprovadamente a ilha de Avalon.
Assim como Anglesey é Ynys Mon.
E pra fazer um Arthur pagão, Cornwell se baseou em escritos antigos, que diziam que Arthur era estuprador, ladrão de Igrejas.
Ou seja, toda essa "difamação" era porque ele era um guerreiro pagão.
E sim, houve um período em que os britânicos derrotaram os saxões, que hoje é atribuído à batalha de Monte - Mynnyd - Baddon.

Nunca me encantei tanto por uma história sobre Artur como a escrita por Bernard Cornwell nos três livros da saga Crônicas de Artur, onde ele nem mesmo era rei.

- O rei do inverno
- O inimigo de deus
- Excalibur

É uma excelente leitura, altamente recomendado. Te prende do início ao fim, e achei muito bom o ponto de vista sobre a qual é escrita, de Arthur nunca ter sido rei, de Lancelot ser um bundão, de não ter existido a távola redonda... efim...
Muito bom mesmo...

Também recomendo os livros da Mary Stewart que trata de uma história contada por Merlin.

A Caverna de Cristal (The Crystal Cave - 1970)
As Colinas Ocas (The Hollow Hills - 1073)
O Último Encantamento ( The Last Enchantment - 1979)

Quem já leu As Brumas de Avalon, pelo menos a maioria das pessoas que leram, devem achar Morgana uma Bruxa, Feiticeira, etc.
Quando li a coleção das Brumas, comecei a ter uma visão diferente da vida.. A história me fez pensar em muitas coisas.. E me fez também mudar alguns dos meus comportamentos... Tudo isso devido a maioria das atitudes tomadas por Morgana... Enfim.. Morgana pra mim é uma forma de vida. Tudo bem que nos dias atuais podemos fazer o que ela fazia com muito mais liberdade, o que torma muito mais fácil encontrarmos várias Morganas no mundo.

E não acho que ela foi pro lado do mal, apenas tentou defender o direito do povo de Avalon quando Arthur renunciou a bandeira do Pendragon porque a Guinevere pediu (ela se mostrou uma chata).
Bom quanto ao filme ele não foi feito pra mostrar a lenda do Rei Arthur, foi feito para narrar mais ou menos como pode ter sido (ou como foi) a história do verdadeiro Arhtur, o guerreiro... nada de rei, espadas mágicas e bainhas enfeitiçadas contra a morte.
É uma história que mostra um lado mais real da trajetória que até então só conhecemos como lenda e que realmente existiu um guerreiro que ficou conhecido por rei por sua coragem e por ser um excelente guerreiro, mas ninguém conhece ela de fato.

Achei uma descrição dela, que como fã dessa mulher eu amei:

"Era a irmã do rei Arthur. Era muito alegre e jovial, e cantava de forma muito agradável; seu rosto era moreno, mas bem metida em carnes, nem demasiadamente gorda nem demasiadamente magra, de belas mãos, de ombros perfeitos, a pele mais suave que a seda, de maneiras afáveis, alta esguia de corpo, em resumo, sedutora até o milagre; a mulher mais cálida e mais luxuriosa de toda a Grã Bretanha. Merlim havia lhe ensinado astronomia e muitas outras coisas, e havia se aplicado ao máximo, de maneira que havia se convertido em uma boa sacerdotisa, que mais tarde recebeu o nome de Morgana a Fada, em virtude das maravilhas que realizou. Se explicava com uma doçura e uma suavidade deliciosas, e era melhor e mais atrativa que tudo no mundo, embora tivesse sangue frio. Porém quando queria alguém, era difícil acalmá-la..."

Foi retirado de uma prosa escrita no século XII "Estoire de Merlin", achei caçando nesses sites de religião celta, apesar de não ser exatamente a imagem que fazem dela em As Brumas de Avalon, é a imagem que eu faço dela, com inteligência, beleza e poder!!!

Pra mim ela é o personagem mais polêmico dessa lenda, era fanática e matava em nome da deusa. Não admiro ninguém capaz de matar, seja por qualquer motivo. Por religião então, simplesmente deplorável.

Perseu e a Medusa

De acordo com o estudioso alexandrino Apolodoro, Perseu, o lendário fundador de Micenas, nunca teria nascido se seu avô tivesse conseguido seu intento.
Acrísio, rei de Argos, era pai de uma linda filha, Dânae, mas estava desapontado por não ter um filho. Quando consultou o oráculo sobre a ausência de um herdeiro homem, recebeu a informação que não geraria um filho, mas com o passar do tempo teria um neto, cujo destino era matar o avô.
Acrísio tomou medidas extremas para fugir deste destino. Trancou Dânae no topo de uma torre de bronze, e lá permaneceu numa total reclusão até o dia em que foi visitada por Zeus na forma de uma chuva de ouro; assim deu à luz a Perseu.

Acrísio ficou furioso, mas ainda achava que seu destino poderia ser evitado. Fez seu carpinteiro construir uma grande arca, dentro da qual Dânae foi forçada a entrar com seu bebê, sendo levados para o mar. Entretanto, conseguiram sobreviver às ondas, e após uma cansativa jornada a arca foi jogada nas praias de Sérifo, uma das ilhas das Ciclades. Dânae e Perseu foram encontrados e cuidados por um honesto pescador, Dictis, irmão do menos escrupuloso rei de Sérifo, Polidectes.
Com o passar do tempo, Polidectes apaixonou-se por Dânae, mas enquanto crescia Perseu protegeu ciumentamente sua mãe dos indesejados avanços do rei. Um dia, durante um banquete, Polidectes perguntou a seus convidados que presente cada um estava preparado a oferecer-lhe.

Todos os outros prometeram cavalos, mas Perseu ofereceu-se a trazer a cabeça da górgone. Quando Polidectes o fez cumprir sua palavra, Perseu foi forçado a honrar sua oferta.
As górgones eram em número de três, monstruosas criaturas aladas com cabelos de serpentes; duas eram imortais mas a terceira, Medusa, era mortal e assim potencialmente vulnerável; a dificuldade era que qualquer um que a olhasse se transformaria em pedra.

Felizmente, Hermes veio em sua ajuda, e mostrou a Perseu o caminho das Gréias, três velhas irmãs que compartilhavam um olho e um dente entre si. Instruído por Hermes, Perseu conseguiu se apoderar do olho e do dente, recusando-se a devolvê-los até que as Gréias mostrassem o caminho até as Ninfas, que lhe forneceriam os equipamentos que necessitava para lidar com Medusa.

As Ninfas prestimosamente forneceram uma capa de escuridão que permitiria a Perseu pegar a Medusa de surpresa, botas aladas para facilitar sua fuga e uma bolsa especial para colocar a cabeça imediatamente após a ter decepado. Hermes sacou uma faca em forma de foice, e assim Perseu seguiu completamente equipado para encontrar Medusa.

Com a ajuda de Atena, que segurou um espelho de bronze no qual podia ver a imagem da górgone, ao invés de olhar diretamente para sua terrível face, conseguiu finalmente despachá-la. Acomodando a cabeça de modo seguro na sua bolsa, retornou rapidamente a Sérifo, auxiliado por suas botas aladas.Ao sobrevoar a costa da Etiópia, Perseu viu abaixo uma linda princesa atada numa rocha. Esta era Andrômeda, cuja fútil mãe Cassiopéia tinha incorrido na ira de Posídon ao espalhar que era mais bonita do que as filhas do deus do mar Nereu.

Para puni-la, Posídon enviou um monstro marinho para devastar o reino; apenas poderia ser parado se recebesse a oferenda da filha da rainha, Andrômeda, que foi assim colocada na orla marítima para esperar o terrível destino. Perseu apaixonou-se imediatamente, matou o monstro marinho e libertou a princesa.

Os pais dela, em júbilo, ofereceram Andrômeda como esposa a Perseu, e os dois seguiram na jornada para Sérifo. Polidectes não acreditava que Perseu pudesse retornar, e deve ter sido bastante gratificante para Perseu observar o tirano ficar lentamente petrificado sob o olhar da cabeça da górgone. Perseu deu então a cabeça a Atena, que a fixou como um emblema no centro de seu protetor peitoral.

Perseu, Dânae e Andrômeda seguiram então juntos para Argos, onde esperavam se reconciliar com o velho rei Acrísio. Mas quando Acrísio soube desta vinda, fugiu da presença ameaçadora de seu neto, indo para a Tessália, onde, não conhecendo um ao outro, Acrísio e Perseu acabaram se encontrando nos jogos fúnebres do rei de Larissa. Aqui a previsão do oráculo que Acrísio temia se realizou, pois Perseu atirou um disco, o qual se desviou do curso e atingiu Acrísio enquanto estava entre os espectadores, matando-o instantaneamente.

Perseu com sensibilidade decidiu que não seria muito popular voltar a Argos e reivindicar o trono de Acrísio logo após tê-lo morto; assim, ao invés, fez uma troca de reinos com seu primo Megapentes. Megapentes se dirigiu a Argos enquanto Perseu governou Tirinto, onde é considerado como responsável pelas fortificações de Midéia e Micenas.

https://www.algosobre.com.br/mitologia/perseu-e-medusa.html

Em relação ao belo episodio mitológico – A luta de Perseu contra as Górgonas...

Por se tratar de episódio que pode ser interpretado como sendo a luta e busca do homem por seus objetivos, tomo a liberdade de lançar a seguinte pergunta aos colegas: Quem ou o que poderiam representar as três Górgonas em nossas vidas e lutas cotidianas?

Digamos que as três irmãs, podem ser interpretadas como sendo - impulsos básicos.

Alguns autores trabalham com a ideia de que as irmãs Górgonas simbolizem também a mulher e seus aspectos.

As três irmãs Górgonas - Ésteno, Euríale e Medusa - representam impulsos pervertidos que arrastam o ser humano ao sofrimento.

Ésteno - Representa a perversão social

Euríale - Representa a perversão sexual

Medusa - Representa o impulso evolutivo estagnado

São símbolos do inimigo que o ser humano precisa combater. E que causam a deformidade da Psiqué, tornando-o prisioneiro.

Segundo a lenda, duas das irmãs são imortais e o homem terá sempre que lutar contra ambas - A deformidade social e a sexual.

Uma, porém, pode ser morta - o impulso evolutivo estagnado - e ao ser cortada sua cabeça, libera o impulso evolutivo, a vontade de evoluir.

Liberando o impulso evolutivo, as outras irmãs podem se modificar.
Não podem morrer, mas podem ser transformadas e transmutadas.

Seria possível evoluir e transmutar a sexualidade e a sociedade como as conhecemos?

De fato.

As sagas dos heróis, sejam em que tempo ambientadas, contam com esses componentes.

1-filho mata pai - Talvez como forma de dramatizar a libertação de padrões paternos e a liberdade da maior idade.

2-filha engravida de ''espirito santo'' - Talvez como forma de dar alguma divindade ao herói que sai em busca de suas conquistas.

3-o cara sempre vai fazer coisas mirabolantes - Talvez para dramatizar o poder e força que todo indivíduo possui ao seguir seus sonhos.

4-os vilões sempre um é mortal - Talvez como forma de dramatizar o fato de que mesmo diante das maiores dificuldades e aparentes impossibilidades, é possível vencer os aspectos negativos.

5-sempre ganha com o truque esperto, um ás na manga - Talvez como forma de dramatizar o momento em que encontramos forças extras diante dos eventos e lutas lícitas.

6-o pequenino no final ganha dos grandes - Talvez como forma de dramatizar a verdade e força interior que há dentro de um homem valoroso, e que mesmo os aparentemente fracos podem sair vitoriosos se apoiados em seus valores mais sublimes.

Achei muito interessante o post e belíssima a estória, que não conhecia na íntegra, desde o nascimento do herói.

Lendas e Causos das Minas Gerais

A NOIVA ABONDONADA

ESTA LENDA OCORRE NA CIDADE HITÓRICA DE TIRADENTES - MG

Em épocas passadas era comum os casamentos arranjados, e mesmo a noiva sendo apaixonada pelo rapaz, ele gostava de outra pessoa, e assim o casamento foi marcado na Matriz de Sto Antonio, mas o rapaz para fugir do casamento tomou rumo ignorado nunca mais visto na cidade e a noiva apaixonada o aguardava em frente ao altar. Já se passava um hora, igreja repleta, pois se tratava de família rica, e o noivo nada... então, suspeitando que o noivo não iria no casamento, trazia na cintura do vestido o veneno e dizendo estar com sede e, aparentando nervosismo, pediu licença aos pais e convidados e se retirou para a sacristia, tomando a poção venenosa. Os convidados, notando sua demora, foram até o local e se depararam já com a defunta. E todos os dias após a meia noite a mesma fica numa rua próxima a Matriz (rua Frei Veloso) e quando passa um homem a mesma o acompanha cerca de uns 400 mts achando ser seu noivo, mas quando percebe que não é recolhe-se novamente aos fundos da igreja.

---

PROCISSÃO DAS ALMAS

ESTA LENDA OCORRE NA CIDADE HISTÓRICA DE TIRADENTES - MG NA RUA PADRE TOLEDO - CENTRO HISTÓRICO

Existia uma senhora de nome LUDOFINA, moradora desta rua, mais precisamente onde hoje é a Casa da Cultura, que gostava muito de tomar conta da vida alheia. Não podia ouvir um barulho e lá estava ela querendo saber quem passava e o que fazia. Certa noite, a meia noite e meia, ela ouviu muitas pessoas passando na rua rezando em tom baixo, quando a mesma chegou na janela e viu uma grande procissão saindo da igreja de São João Evangelista rumo a Matriz de Sto Antônio, e achou aquilo muito estranho! Uma procissão aquela hora? Sendo que não tinha nada marcado pela paróquia, tentou olhar os rosto mas não conhecia ninguém, até que um dos fieis chega em sua janela e fala "senhora, será que dá para guardar este castiçal até amanhã neste mesmo horário? Pois não estou aguentando carrega-lo". D. Ludofina na mesma hora se prontificou a guarda-la, e quando todos passaram, ela se deitou não conseguindo dormir com tamanha curiosidade. Ao amanhecer, foi olhar onde estava guardado o castiçal e no seu lugar estava um osso fêmur com uma vela em sua extremidade. Ela ficou apavorada e a noite chegou... ela trancou todas as janelas e no mesmo horário lá vinha a procissão. Começaram a bater em sua janela, que mesma ela não abrindo começaram a adentar na casa e olhando para ela diziam "isto, D. Ludofina, é para senhora nunca mais tomar conta da vida alheia e nem ficar altas horas na janela, pois as horas diurnas pertencem aos vivos, e as noturnas pertencem a nós, os mortos". A partir desta data D. Ludofina nunca mais foi a mesma, se internando em um sanatório, falecendo meses depois.

---

O DESAPARECIMENTO DO DEFUNTO

LENDA OCORRIDA NA ZONA RURAL DE TIRADENTES, NO DISTRITO DA CAIXA D'ÁGUA DA ESPERANÇA

Existia naquela localidade um cidadão que, embora fosse boa praça, era muito mulherengo. Não respeitava as mulheres da família, ficando com sobrinhas, irmãs e cunhadas. No seu falecimento, lá pelas 2 horas da manhã, noite chuvosa, na sala à beira do caixão, somente uns gatos pingados da família, que de repente perceberam que o defunto havia desaparecido. Então os familiares, com muito vergonha e sem saber o diria para os vizinhos, ao amanhecer foram no quintal e cortaram algumas bananeiras e encheram o caixão, tamparam e quando os curiosos perguntaram, respondiam que o defunto estava com mau cheiro, por isto não podiam abrir. Muitos dizem que este defunto foi levado pelo satanás em virtude da vida que levava.

---

Um homem passando pela estrada com seu cavalo lá pelas 2:00 horas da madrugada, avistou lá no alto do morro uma igrejinha com uma luzinha acesa, então ele resolveu ir até lá para assistir a missa. Chegou na igreja, amarrou seu cavalo e entrou. Quase no fim da missa, uma pessoa virou para ele e disse que o cavalo dele estava indo embora. O homem saiu da igreja e ao chegar no cavalo viu que ele estava muito bem amarrado e, na mesma hora, olhou para a igreja, e para sua surpresa viu que ela estava toda fechada e sem nenhuma luzinha acesa.
Ele havia assistido a Missa das Almas...

A lenda da Estela do Sonho!

Na Antiguidade a Esfinge de Gizé foi soterrada várias vezes pelas areias, até que o príncipe Thutmose (futuro faraó) criasse uma lenda e a perpetuasse com a Estela do Sonho.

E eu que pensava que a Esfinge era marco de idolatria dos faraós, que nunca a relegariam ao ostracismo!

Entre a quarta dinastia (construtora da Esfinge) e a era dos Tutmésses, se passaram mais de mil anos, amigo...

E tanto tempo dá para cobrir qualquer monumento de areia... As pirâmides também já ficaram quase totalmente soterradas...

A história é muito interessante. Dizem que Tutmés saiu para caçar e ficou cansado. E acabou dormindo no vão das pernas da Esfinge, que estava já com areia alcançando o queixo... E ele teve um sonho. Que a esfinge havia falado com ele e dito que se ele tirasse toda aquela areia de cima dela, ela faria ele ser faraó... Acontece que ele não era faraó ainda. E ele cumpriu a tarefa e acabou coroado...

Essa é a lenda...

E a estela diz que ele, Tutmés, mandou tirar a areia que sufocava a esfinge, em honra ao deus que ela representa...