Johann Pachelbel

Um recorte de Lois Gertsman:

"Neste Canon são três as vozes, para três violinos. Para isto, Pachelbel acrescentou uma linha de baixo separada (preparada pelo contínuo) que é repetido continuamente. O Canon de Pachelbel é, portanto, também como uma passacaglia (uma passacaglia começa com uma série de variações sobre o baixo contínuo meramente repetido). A melodia de abertura é continuamente alterada assim como aquela aqui inserta com mais de trinta variações baseadas num pequeno desenho do baixo."

"Pachelbel - Canon" - por Hideo Tsukamoto:

"One of the Pachelbel's chamber works. Max Seiffert(1868-1948), German music student, published it with "Canon and Gigue for 3 violins and bass continuo in D major" from Olganum Co. after 1920. Part in the first half is so-called "Pachelbel Canon". 4/4 rhythms. C.F. PETERS Co. also publishes "Original version" editted by Anne Marlene Gurgel. These two edditions are the the same except the cembalo part.
While the bass continuo repeats two bars of "do-sol-la-mi-fa-do-fa-sol" 28 times, three violins play a parallel canon of one degree delaying two bars. It has so magnificent melodies that you never notice it is only a round style if you do not hear carefully. It can be called the variation with 28 variations.
It has code progress named D-A-Bm-F#m-G-D-G-A in pop style, and this pattern is often used when nostalgic feeling is expressed. A lot of hit tunes use this code progress regardless of difference of countries. An interesting consideration about this code is shown in "Music City YAMACHAN" Annex (written in Japanese).
Though there are documents assumed "Canon and Gugue" to have been arranged of an organ tune, perhaps they are mistaken. Pachelbel leaves some excellent string music tunes besides "Canon and Gugue". It seems that the following musician added the cembaro part to the string music tune composed by Pachelbel."

Que bela contribuição, Joker!!! Muito bom!!!

Joker escreveu:O que, além de adorarmos, afinal sabemos sobre a "Canon"?

Algumas coisas... Mas a principal é que é a música de muitos casamentos!  
Sei que foi composta para câmara, e que usa 4 músicos originalmente, sendo violino, viola, cello e muitas vezes usa cravo.
Seu formato de oração, por isso Canon, tem dois movimentos, o Canon em si e um scherzzo, que é o lado mais alegre da mesma... Enfim, uma bela música, mas Pachelbel fez muitas outras...

Todo mundo copia o Pachelbel:

A versão da Canon, em piano, de George Winston, enlouquece deliciosamente muitos brasileiros. Eu já vi pessoas que jamais a haviam ouvido chorarem à primeira audição.
No filme coreano "My Sassy Girl (Yupki Girl)", ela apareceu e enlouqueceu de emoção também coreanos.

“O Adágio de Albinoni e o Canon de Pachelbel”
por Arthur Torelly Franco

Albinoni é internacionalmente conhecido como o compositor do Adágio em sol maior, obra que ele não escreveu. Desde a década de sessenta, essa música, considerada uma jóia do período barroco, passou a constar com freqüência nos catálogos das principais gravadoras. O emprego do Adágio de Albinoni na trilha sonora de alguns filmes de sucesso fez com que multidões se apaixonassem pela langorosa melodia.
Tomaso Albinoni (1671-1750), viveu em Veneza e era filho de um abastado fabricante de papéis. Apesar de sua paixão pela música, ele dividia o seu tempo administrando os negócios da família e nunca se considerou um músico profissional. Albinoni consagrou-se como um grande compositor de óperas e de concertos, tendo dirigido em Munique, a ópera I veri amici (Os verdadeiros amigos), encomendada pela corte da Baviera.
Ele foi o primeiro italiano a publicar concertos e foram inúmeras as suas contribuições a esse novo estilo de composição. Albinoni foi um grande inovador, colocando o oboé em um papel de destaque junto aos demais instrumentos da orquestra. Os Concertos para oboé do Opus nove de Albinoni são verdadeiras obras primas do barroco. Esse instrumento tem um destaque especial nos movimentos lentos. O oboé estabelece um harmônico diálogo com os primeiros violinos e, logo a seguir, todo o conjunto de cordas acompanha a lírica melodia executada pelo solista.

Adágio Albinoni - Canon Pachelbel (cont.)

Até os dias de hoje, a música de Albinoni é praticamente desconhecida do grande público. Suas 57 óperas foram perdidas, existindo apenas alguns fragmentos. Seus concertos do Opus 10, publicados em 1735, foram descobertos apenas em 1968, por Michael Talbot.
Após o término da II guerra mundial, um musicólogo de Milão, chamado Remo Giazotto, trabalhava numa biografia de Albinoni. Ao pesquisar antigos manuscritos, na biblioteca de Dresden, ele descobriu uma única linha de música para contrabaixo e alguns acordes para violino. Baseado nesses compassos, que seriam de uma sonata sacra de Tomaso Albinoni, o musicólogo desenvolveu uma peça para órgão e cordas, daí resultando uma música solene, mas de grande simplicidade e carregada de muita emoção. O Adágio em Sol, atribuído a Albinoni, mas composto por Giazotto, transformou-se junto com As quatro Estações de Vivaldi (esta sim uma produção genuína), numa das obras eruditas mais apreciadas pelo público.
Se o leitor procurar um disco com os grandes sucessos do barroco, certamente irá encontrar o Adágio de Albinoni. Outra composição que sempre faz par com esta obra é o Canon e Giga de Johann Pachelbel, uma das melhores e mais conhecidas criações deste mestre do barroco alemão.

Adágio Albinoni - Canon Pachelbel (cont.)

Johann Pachelbel (1653-1706) foi um organista tão genial na improvisação e na técnica do contraponto, quanto o italiano Girolamo Frescobaldi (1583-1643). Nascido em Nuremberg, Pachelbel estudou música em Regensburg e foi organista da Catedral de Santo Estevão, em Viena. Sua carreira também o levou para Stuttgart e Eisenach. Ao residir na cidade de Erfurt, lecionou música para Johann Cristoph Bach, irmão mais velho de Johann Sebastian.
Pachelbel encerrou sua carreira em Nurenberg, como organista da igreja de São Sebald. Apesar de parte de sua obra ter se perdido, as principais composições para órgão foram preservadas. Este músico soube combinar o tecnicismo dos compositores alemães, com o virtuosimo dos mestres italianos, criando um estilo que foi atingir seu apogeu com Johann Sebastian Bach.
Para os apreciadores de músicas em tempo de adágio, recomendamos o Adágio para cordas de Samuel Barber (1910-1981). Apesar de seu estilo nos lembrar uma música típica do período barroco, a obra foi composta nos Estados Unidos em 1936, fazendo parte de um Quarteto de cordas. Mais uma vez o cinema foi o grande divulgador desta obra, no momento em que o Adágio para cordas de Barber fez parte da trilha sonora do premiadíssimo filme Platoon.

Fonte: Arthur Torelly Franco

Uma bela versão deste Adágio de Tomasso Albinoni – Remo Giazotto, aparece no CD “Eden”, da Sarah Brightman. Ali chama-se
“Anytime, anywhere”
Foi adaptado por Peterson e Soltau, tendo letra de Ferraù e Brightman:

“Strade son' cambiate
Faccie son' diverse
Era la mia città
Non la conosco più
La ora io sono solo un' estranea
Senza patria

I remember you were there
Any one emotion
Any true devotion
Anytime, anywhere

Case son' cambiate
Voci son' diverse
Era la mia città
Non la conosco più
La ora io sono solo un' estranea
Senza patria

I remember you were there
Any one emotion
Any true devotion
Anytime, anywhere

Tanti, anni son' passati
Vite son' cambiate
Era la mia città
Non la conosco più
E ora io sono solo un' estranea
Senza patria”

"Canon" em ritmo de Rap

A “Evangenesis” é uma série de desenhos japoneses. Envolve um impacto meteorítico, no ano 2000 AD, que atinge em cheio a Antártica. O Cataclisma é sem precedentes. Engloba catástrofes ecológicas, acompanhadas de um quadro de guerras e crises diversas, enquanto metade da Humanidade é rapidamente eliminada.
Lutando pela sobrevivência, os humanos ainda vêem, no ano 2015 AD, uma nova ameaça: Anjos mergulham em direção à Terra em violentos ataques. Em reação, os humanos passamos a dispor de uma nova arma, os Evangelions.
Dentre as músicas compostas, transformadas em versão ou arranjadas por Shiro Sagisu, está presente a nossa “Canon”.
Dificilmente teremos visto algo assim. A nossa “Canon” em uma versão Rap, interpretada por um grupo Gospel... Neon Genesis Evangelion Vox.

E, aqui, a letra... é um Rap... É Enorme!

“Armageddon - Canon in D”

''How many times must we start again
The creation of the world from beginning to end
What will it take before we learn
We gotta wake up now `n` show some
concern
What will the future hold
How many untold stories will be told
Just what will the future bring
How many species of birds will have a
song to sing
Man `n` man can`t even get on
`N` man `n` womans been at war for
far too long
Superior race all this black `n` white vision
Catholic. Muslim. There`s too many
religions
Too much hatred too much greed
Ignorant people pollute the air that we breathe
We`ve gotta wake up now before it`s
much too late
Hungry people need food on their plate
People being killed for just a few pence
Can you justify that `cause it makes no sense to me
You`re growing up much too fast
The destruction of mankind - how long will it last...

Perfect - that`s what I`m striving to be
The next best thing will do for me
I do my best you disagree
Holier - than - thou holier - than - me
Commiting crimes with no remorse
As good as gold now an evil force
One word description is a dis
You lick a boy down for his bag of
cheese `n` onion crisp
And you don`t even stop to think
Whatever happened to the dinosaurs could make us all extinct

I`m being judged by the clothes that I wear
We gotta educate those with a grudge to bear
But I`m content to a certain extent
You`re condemned for life it`s too late to repent
Inna - most beauty such a terrible waste
Caught between a rock and a hard place.

Be judged according to what you`ve done
Live this life the next is a better one
Eat the fruit from the tree of life
`Cause if you live by the sword...
you`ll die by the knife
How great and wonderful are your days
How right and true are your ways...
No more death, grief, crying or pain
`Cause only the good things will remain...
Heed my words `cause what I`m saying is true
Treat them exactly as they treated you -
Wipe away the tears from your eyes
Be proud, lift your head up - reach for the skys.

Condemned for what you did to them
Now see how quick they fall to worship him
There`s a place in my heart that makes me understand
Prepared and ready like a bride dressed to meet her husband
Treat life as a learning process
I said turn right so you took a sharp left
Wake up and we`ll all sleep peacefully
The sun shines but it still seems bleak to me
You tell a lie and convince me it`s the truth
I`m well mannered yet you still call me uncouth
I believe that there`s got to be much more
I hope I`m ready when death comes knockin` on my door
Mabye tonight mabye as I sleep
It can drive you mad if you think too deep
But don`t have a breakdown `cause I called you a clown
You threw a punch `n` missed I killed you with a kiss
What on earth will you do then
The hour of your death amen
`N` all the prejudice that I`ve sustained
I know it sounds funny but I just can`t stand the pain

Six foot below
Reap what you sow
Grim without grief
Sad without sorrow''

Nossa!

Rap?!?! Essa eu não vi...
Eu sei que no ova do Evangelion "Death and Rebirth", os quatro personagens principais tocam o canon num simples quarteto de cordas... eu chorei.
A quinta criança no primeiro violino, Asuka no segundo, Rei na viola e Shinji no cello... incrível!

Alquimista escreveu:

Joker escreveu:O que, além de adorarmos, afinal sabemos sobre a "Canon"?

Algumas coisas... Mas a principal é que é a música de muitos casamentos!  

Um “Modelo Clássico” de relação momentos - músicas a serem executadas em um casamento é sugerido pelo trio de músicos espanhóis, formado por Aritz Gomez (violoncelo), Marimar Olaverri (soprano) e Joaquín Taboada (piano), como o seguinte:

“- Entrada de los novios
Marcha nupcial - F. Mendelsohn
- Entrada del sacerdote
Canon - Pachelbel
- Después de la lectura
Dúo de las flores - Delibes
- Después de casados
Aleluya - G. F. Haendel
- Ofertorio
Ave María - F. Schubert
- Comunión
Panis Angelicus - C. Franck
- Salida nupcial
Marcha nupcial - R. Wagner”

Chega de Canon, pelo amor de Deus!

Joker, com todíssimo respeito, Canon em D maior é uma obra muito interessante, profunda e acho uma das mais interessantes da música erudita, apesar de ser pequena e tal... mas Pachelbel não é só isso não, tem algumas fugas interessantes para órgão, inclusive dá para ver uma certa ressemblância bem tímida com as obras de Bach, que veio depois se inspirando em suas obras e tomando Pachelbel como um objeto de inspiração de grande respeito. Todos sabemos que Bach é o maior compositor para órgão de tubos, mas há uma influência interessante de Pachelbel e Buxtehude em suas obras.

Johann Wolfgang escreveu:
mas Pachelbel não é só isso não, tem algumas fugas interessantes para órgão, inclusive dá para ver uma certa ressemblância bem tímida com as obras de Bach

Isso já foi colocado antes, e foram citadas outras composições de Pachelbel. O tópico é livre. Ele é produto dos seus membros. Jamais seriam cerceadas colocações sobre uma determinada composição de Pachelbel.
Se quiser, crie outros tópicos.
Não tem sentido regular os fãs da/do "Canon" de Pachelbel.
Fique sempre à vontade para criar tópicos positivos.
Seria suficiente, por exemplo, indicar outras composições sem criticar assim os fãs da/do "Canon" ou de alguma outra.

A minha segunda colocada para audições é a "Exsurgat Deus".
Quando coloco ouço zilhões de vezes sequenciadas.

"delectentur in laetitia ... delectentur in laetitia ... delectentur in laetitia ... delectentur in laetitia ... delectentur in laetitia ... delectentur in laetitia ... delectentur in laetitia ... delectentur in laetitia ... psalmum dicite... psalmum dicite... psalmum dicite... psalmum dicite... psalmum dicite... psalmum dicite... psalmum dicite..."

"Exsurgat Deus et dissipentur inimici eius"

Dos Salmos 68:
"Eleve-Se / Levante-se Deus e dissipados sejam inimigos Seus"

Joker, eu não critiquei quem é fã do Canon, só acho que isso PODE (não necessariamente deve) limitar os ouvintes a apenas essa obra, mas Pachelbel fez outras coisas interessantes, foi isso que eu quis dizer.

Vamos falar de toccatas um pouco...

Noto uma imensa influência de Pachelbel na Toccata bachiana... é uma forma maravilhosa de compor, transcendente, que nos induz à concentração e à reflexão.

O que vocês pensam, e que obras recomendam? Me refiro especificamente ao instrumento predileto de Bach e Pachelbel.

Poderia dar exemplos?

Em 1998, foi lançado o CD ''The elegance of Pachelbel''. Nele aparecem sete arranjos de Michael Maxwell sobre a ''Canon'' de Johann Pachelbel. Aí o Barroco se transfigura em particularidades e generalidades até que não mais seja a opus original reconhecida, a não ser como evocação distante. Entretanto, essa permanece a guiar com sua força serena estas sete opera. Aí assumem o comando violino, viola, cello, clarineta, oboé, violão, piano e teclados eletrônicos diversos.
As transmutações da ''Canon'' surgem com os seguintes nomes:
- Serenade
- Pavan
- Arabesque
- Elegy
- Nocturne
- Fantasia
- Canon – Finale

A versão ''Serenade'' é impressionantemente calma...
Com ela se chega aos mais profundos abismos, planos mais lisos e elevados cumes. Depende de nós.
Parafraseando Anaïs Nin. "Não vemos as coisas como ela são, mas como nós somos"... Também não ouvimos as músicas como elas são... mas como nós somos... ou estamos.

Agradeçamos a Pachelbel e Michael Maxwell... Realmente... Linda e Elegante o canon que produziu nossa Canon.

Um brinde ao iluminado!

Proponho um brinde a Johann Pachelbel em memória de suas várias obras de arte que até hoje desfrutamos e com elas alcançamos o que muitos buscam a vida inteira porém não conseguem.


UM BRINDE AO MESTRE JOHANN PECHELBEL!!!!

A Pachelbel
A Canon
A Todos que tiveram, temos e terão este privilégio de sorver e ser ou estar as composições de Pachelbel.
Tin Tin



Viva!! Johann, sua obra atravessa séculos mais radiante do que nunca!

A Versão mais longa:

É a "Canon - 30 Minute Version"... - com Keith G Griswold


27 minutos e 45 segundos... Incluindo o som das ondas batendo nas rochas.