Bíblia x Arqueologia

Esclarecendo a Bíblia

Laura Schlessinger é uma personalidade do rádio americano que distribui conselhos religiosos para pessoas que ligam para seu show.

O texto abaixo é uma carta aberta para Dra. Laura, escrita por um cidadão americano traduzida para português e também disponibilizada na Internet.

“Cara Dra. Laura

Obrigado por ter feito tanto para educar as pessoas no que diz respeito à Lei de Deus. Eu tenho aprendido muito com seu show, e tento compartilhar o conhecimento com tantas pessoas quantas posso.

Eu gostaria de vender minha filha como escrava, como é permitido em Êxodo 21:7

Mas eu preciso de sua ajuda, entretanto, no que diz respeito a algumas leis específicas e como segui-las:

a. Quando eu queimo um touro no altar como sacrifício, eu sei que isso cria um odor agradável para o Senhor (Levíticos 1:9). O problema são os meus vizinhos. Eles reclamam que o odor não é agradável para eles. Devo matá-los por heresia?

b. Eu gostaria de vender minha filha como escrava, como é permitido em Êxodo 21:7. Na época atual, qual você acha que seria um preço justo por ela?

c. Eu sei que não é permitido ter contato com uma mulher enquanto ela está em seu período de impureza menstrual (Levíticos 15:19-24). O problema é: como eu digo isso a ela? Eu tenho tentado, mas a maioria das mulheres toma isso como ofensa.

d. Levíticos 25:44 afirma que eu posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, se eles forem comprados de nações vizinhas. Um amigo meu diz que isso se aplica a mexicanos, mas não a canadenses. Você pode esclarecer isso? Por que eu não posso possuir canadenses?

e. Eu tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos sábados. Êxodo 35:2 claramente afirma que ele deve ser morto. Eu sou moralmente obrigado a matá-lo mesmo?

f. Um amigo meu acha que mesmo que comer moluscos seja uma abominação (Levíticos 11:10), é uma abominação menor que a homossexualidade. Eu não concordo. Você pode esclarecer esse ponto?

g. Levíticos 21:20 afirma que eu não posso me aproximar do altar de Deus se eu tiver algum defeito na visão. Eu admito que uso óculos para ler. A minha visão tem mesmo que ser 100%, ou pode-se dar um jeitinho?

h. A maioria dos meus amigos homens apara a barba, inclusive o cabelo das têmporas, mesmo que isso seja expressamente proibido em Levíticos 19:27. Como eles devem morrer?

i. Eu sei que tocar a pele de um porco morto me faz impuro (Levíticos 11:6-8 ), mas eu posso jogar futebol americano se usar luvas? (as bolas de futebol americano são feitas com pele de porco).

j. Meu tio tem uma fazenda. Ele viola Levíticos 19:19 plantando dois tipos diferentes de vegetais no mesmo campo. Sua esposa também viola Levíticos 19:19 porque usa roupas feitas de dois tipos diferentes de tecido (algodão e poliéster). Ele também tende a xingar e blasfemar muito. É realmente necessário que eu chame toda a cidade para apedrejá-los (Levíticos 24:10-16)? Nós não poderíamos simplesmente queimá-los em uma cerimônia privada, como deve ser feito com as pessoas que mantêm relações sexuais com seus sogros (Levíticos 20:14)?

Eu sei que você estudou essas coisas a fundo, então estou confiante que possa ajudar. Obrigado novamente por nos lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável. Seu discípulo e fã ardoroso.”

Selo confirmaria Bíblia como documento histórico

Arqueólogos israelenses encontraram em Jerusalém um selo de cerca de 2,5 mil anos de antiguidade que, segundo especialistas, confirmaria a teoria que indica que a Bíblia pode ser tomada como fonte de documentação histórica.

Veja a reportagem completa no próximo post.

Arqueólogos israelenses encontraram em Jerusalém um selo de cerca de 2,5 mil anos de antiguidade que, segundo especialistas, confirmaria a teoria que indica que a Bíblia pode ser tomada como fonte de documentação histórica.
Em caracteres hebreus arcaicos, o selo estampa o nome da família Tema, que de acordo com o Livro de Neemias estava entre os exilados que retornaram a Judéia no ano 537 a.C. após o fim do cativeiro na Babilônia, atual Iraque.

"É um nexo entre as provas arqueológicas e o relato bíblico, ao evidenciar a existência de uma família mencionada na Bíblia", disse a arqueóloga Eilat Mazar, que dirige as escavações que acharam o selo, de pedra escura, com forma elíptica e dimensões de 2,1 cm por 1,8 cm.

Mazar explicou que, segundo a Bíblia, os Tema viviam em uma região de Jerusalém conhecida como Ophel, designada especialmente aos servidores do Primeiro Templo, construído pelo Rei Salomão no século X a.C.

O relato bíblico conta que, após os israelitas serem deportados à Babilônia por Nabucodonosor, depois de este conquistar Jerusalém em 586 a.C., os Tema estavam entre as primeiras famílias a retornar à Judéia.

A arqueóloga ressaltou a influência mesopotâmica mostrada pelo selo, que em uma de suas faces possui gravada a cena de um ritual em que dois sacerdotes dispostos em ambos os lados de um altar oferecem sacrifícios à deusa babilônica Sin, representada por uma lua crescente.

Seu culto poderia ser considerado herótico para qualquer judeu. O especialista disse que o detalhe chamou atenção, e especulou-se a possibilidade de o selo ter sido feito na Babilonia, com um espaço vazio para o nome de um possível cliente, e que pode ter sido comprado por seus proprietários em algum bazar.

Outra característica que vem a confirmar a identidade babilônica do artesão do selo é que a caligrafia está inclinada para a esquerda, talvez pelo costume da escrita cuneiforme da Mesopotâmia, orientada da esquerda para a direita.

No domingo, Mazar apresentará sua descoberta na Conferência de Herzliya, principal fórum de debate interdisciplinar de Israel onde exporá suas conclusões sobre o selo, que se soma a uma longa lista de descobertas arqueológicas protagonizadas pela família do especialista.

A arqueóloga Eilat Mazar, diretora das escavações que levaram à descoberta do selo, é neta do conhecido arqueólogo Benjamin Mazar, falecido em 1995.

Ele escavou nos arredores das muralhas que rodeavam o templo de Jerusalém em uma zona chamada Monte do Templo, pelos judeus, Santuário do Nobre pelos muçulmanos, e comumente conhecida como Esplanada das Mesquitas.

Na Esplanada das Mesquitas se encontra o Muro das Lamentações, junto ao qual Benjamin Mazar deixou à descoberta grandes superfícies de uma jazida arqueológica da época do Segundo Templo (516-70 d.C.) e em cujas cercanias sua neta encontrou o selo.

Eilat Mazar, que concentra grande parte de suas investigações no período mais antigo da história de Israel, é responsável também por outras descobertas importantes como a da base de uma estrutura arquitetônica localizada em Jerusalém e que poderia corresponder ao palácio do mítico rei David.

Isto me lembra aquela descoberta há pouco de uma tumba acho que era onde se afirmava que poderia ser a tumba de Jesus, porque apareceu a palavra de "Jesus". Resulta que o nome "Jesus" era bem corriqueiro naquela época na provincia romana de Palestina. E assim é como vai mexendo a pseudo-ciencia. É realmente de se lascar a quantidade de exércitos pseudo-científicos e místicos que se espalham pelo mundo. E atrás deles, cada vez mais a mídia e o mundo editorial avivando o fogo para maior lucro deles. É desanimador realmente. O pior disto é que o nivel de desinformaçao atual é de tal calibre, que dificilmente vai ter arrumaçao já.


Eu cada vez estou mais convencido que o futuro do mundo acadêmico vai ser criar eles mesmo sua própria rede de editoriais universitárias e prescindir das editorias, sendo o mercado formado somente pelos acadêmicos do planeta. No final não vai ficar mais remédio à ciência que voltar a se ocultar nos "monastérios" ou em aqueles laboratórios ocultos de alquimistas.

A Bíblia é um livro bastante confuso, e na minha opinião há poucos relatos históricos confiáveis.


É provável que boa parte dos livros bíblicos do Antigo Testamento (Escrituras hebraicas e aramaicas) tenham sido adulterados na época da sua tradução para o grego feita através da Septuaginta no século III a.C..

O valor histórico de tais livros é equivalente aos épicos gregos Ilíada e Odisséia de Homero.

William

A tumba que você se refere deve se tratar da urna funerária de um suposto Tiago, irmão de Jesus Cristo, descoberta a alguns anos. Nela há a inscrição "Tiago, filho de José, irmão de Jesus".

Críticos afirmam tratar-se de uma falsificação feita após o I século da era moderna.

Pra mim o livro do Gêneses, atribuído a Moisés, não passa de uma obra da mitologia dos hebreus, semelhante a Ilíada e a Odisséia dos gregos. É provável que tenha sim sido escrito na época do cativeiro babilônico, na primeira metade século VI a.C., assim como os livros Deuteronômio, Êxodo, Números e outros livros do Antigo Testamento.

A essa mesmo me refiro. Não podia ser de outra maneira, lógico, era uma falsificação, como a imensa maior parte por não dizer tudo o que esses místicos espalham pela mídia confundindo à gente vestidos com pele de cientistas. O que tinha que fazer a Justiça era punir bem a todo aquele que mexe com falsidades em nome da ciência. Um cara que falsifica isso... PAU!!!!!! Ao presídio. Iríamos ver se antes de escrever algo o pensavam bem antes.

Akhenaton e o Hino a Aton

Akenáton foi mesmo um herege pra época dele, tirar o poder dos sumos-sacerdotes e mudar a capital do Império pra um outro lugar iniciando o primeiro culto monoteísta que se conhece. E é sabido também que o Hino de Aton que foi encontrado numa câmara mortuária de Amarna tem relação direta com o salmo 104 do Antigo Testamento, talvez isso signifique uma origem comum com o Judaísmo abraâmico? Óbvio: Não tô afirmando NADA!!!

Mas se você for fazer um exame comparativo dos textos antigos e da Bíblia, vai ver que os israelitas copiaram textos de um monte de culturas. Um bom exemplo é a Epopéia de Gilgamesh e a história do dilúvio. hehehe O Hino a Aton foi copiado como se fosse de autoria de Salomão etc. etc. etc... No mundo nada se cria. Tudo se copia... Eita Velho Guerreiro. Ele tinha carradas de razão.
Agora, quanto ao monoteísmo, essa é invenção mais modernosa... Começou a ser pregada quando inventaram a Arqueologia Bíblica, para provar que tudo que existe na Bíblia é verdade... Akhenaton não inventou Aton... Esse deus era cultuado há milênios no Egito. E Akhenaton precisava encontrar um deus que fizesse frente ao culto de Amon Ra. Isso porque era necessário tirar o poder incrível que os sacerdotes de Amon tinham adquirido desde a época da Hatshepsut, uns cem anos antes de Akhenaton...
Pense bem; Para que os sacerdotes concordassem em entronizá-la faraó, com todas as prerrogativas masculinas, ela deu a eles um poder imenso... Um terço de todas as terras cultiváveis do Egito. Como caçoada, os arqueólogos dizem que a única coisa que os sacerdotes não disseram dela era que era o Touro Possante... Atributo de faraó homem, porque tinha que ser sexualmente muito ativo (um harém imenso)...
E com o passar do tempo. o poder desses sacerdotes foi só aumentando. Com o pai de Akhenaton a situação já estava insustentável. Eles mandavam mais no Egito que o próprio faraó, que passou a ser mais uma figura de enfeite. hehehe... E quem deve ter ficado muito brava com essa situação foi a mãe de Akhenaton, a rainha Tiy, considerada uma mulher de muita personalidade (para não dizer muito teimosa, mandona e temperamental). A ideia de mudar o culto dos deuses no Egito não foi ideia de Akhenaton. Foi mais da mãe e do pai dele... Mas foi ele que teve a coragem de fazer essa mudança (inclusive mudando a capital, para diminuir mais ainda o poder dos sacerdotes).
Mas sabemos que essa mudança não sobreviveu ao Akhenaton... Logo depois dele ter morrido, a capital voltou a Tebas e o culto a Aton foi banido...Aliás, tem muita gente que acreditam que ele foi assassinado...
Mas Akhenaton não inventou o monoteísmo... Mesmo durante a época de Amarna, o povo continuou a adorar todos os outros deuses do panteão egípcio, que era imenso... Akhenaton tentou... Mandou apagar o nome de Amon em Tebas, lutou para mudar as coisas, mas não conseguiu. Muito menos inventou o monoteísmo... Até mesmo em Amarna existia o culto de outros deuses, entre os trabalhadores...

Que Akhenatón de fato não havia ''inventado'' o culto ao deus Áton (Disco-solar) era por sabido pois ele fazia parte do panteão egípcio como uma divindade menor. Agora em relação a implantação do culto monoteísta em si, quando você diz que ele não inventou o monoteísmo no caso aqui a gente cai numa pequena falácia técnica (por mais chata que seja ela ainda é relevante) pois se por um lado ele até não tenha o inventado foi justamente ele que o deixou conhecido mesmo que ideia tenha sido da rainha Tiy (por sinal a vovó do Tut). Só ressalvando...

O que eu contestei foi a crença atual de que o monoteísmo começou com Akhenaton. Monoteísmo como "crença em um só e único deus". Como no Egito nunca existiu o culto a um só Deus (estou falando do Egito como um todo e não só de Amarna), não houve monoteísmo no Egito.

Alquimista escreveu:Mas se você for fazer um exame comparativo dos textos antigos e da Bíblia, vai ver que os israelitas copiaram textos de um monte de culturas. Um bom exemplo é a Epopéia de Gilgamesh e a história do dilúvio. hehehe  O Hino a Aton foi copiado como se fosse de autoria de Salomão etc. etc. etc... No mundo nada se cria. Tudo se copia... Eita Velho Guerreiro. Ele tinha carradas de razão.

Alquimista, eu acredito que eles utilizavam símbolos, e para isso eles utilizavam histórias e lendas populares para amparar seus estudos, um exemplo disso é o Midrash judaico.
http://www.sacred-texts.com/jud/tmm/index.htm
http://www.sacred-texts.com/jud/midrash.htm
http://www.sacred-texts.com/jud/talmud.htm

A foto acima...

É de um guerreiro assírio. Perto de Corsabade, junto a um tributário setentrional do rio Tigre, descobriu-se, em 1843, o palácio do rei assírio Sargão II, numa plataforma abrangendo quase 10 hectares, e o subsequente trabalho arqueológico feito ali trouxe este rei, mencionado em Isaías 20:1, da obscuridade secular para uma posição de proeminência histórica. Em um de seus anais, ele afirma ter capturado Samaria (740 aC). Registra também a captura de Asdode, mencionada em Isaías 20:1. Antes considerado por muitos peritos de destaque como não tendo existido, Sargão II é agora um dos mais conhecidos reis da Assíria. Nínive, capital da Assíria, foi o sítio de escavações onde desenterraram o imenso palácio de Senaqueribe, contendo cerca de 70 aposentos, com lajes esculpidas que revestiam 3.000 m das paredes. Uma delas retrata os prisioneiros judeus sendo levados ao cativeiro após a queda de Laquis, em 732 aC. (2Reis 18:13-17; 2Cronicas 32:9). Nos anais de Senaqueribe encontrados em Nínive, registrados em prismas (cilindros de argila), este rei descreve a campanha assíria contra a Palestina no reinado de Ezequias (732 aC), porém, notavelmente, o jactancioso monarca não faz nenhuma afirmação de ter tomado a cidade, confirmando assim o relato da Bíblia. O relato do assassinato de Senaqueribe, às mãos de seus filhos, é também registrado numa inscrição de Esar-Hadom, sucessor de Senaqueribe, e o assassinato é mencionado numa inscrição do rei seguinte. (2Reis 19:37) Em adição à menção do Rei Ezequias, por Senaqueribe, os nomes dos reis Acaz e Manassés, de Judá, e os nomes dos reis Onri, Jeú, Jeoás, Menaém e Oséias, de Israel, e também de Hazael, de Damasco, aparecem em registros cuneiformes de diversos imperadores assírios.

Opinião

Antes de 1843, o que se sabia sobre os personagens e fatos acima, estava disponível somente no registro bíblico, o que para muitos não servia como evidência histórica. Na Academia, alguns professores advertiam para se ter cuidado com as informações contidas na Bíblia, pois poderiam ser tendenciosas, etc. Realmente acho que a Bíblia não é uma obra científica, como de fato não é, mas é inegável que para estudiosos da antiguidade, ou pelo menos para mim, é de grande valor. Escavações tornaram conhecidos personagens e fatos acima citados. Mas muita história ainda esta enterrada ou suas evidências desapareceram. Se os registros bíblicos falarem a respeito de algo que ainda não foi comprovado, dou crédito ao que diz o relato. O que pensam a respeito?

Sou de opinião semelhante. A Bíblia é em sua maior parte o relato posterior, ou uma compilação de relatos de acontecimentos passados mesclados com temas mitológicos. Como tal, a veracidade literal dos relatos é bastante improvável, mas há detalhes que podem ser filtrados e que indicam a existência de povos, lugares e eventos desconhecidos e que podem ser investigados. Ou seja, a Bíblia pode ser tão útil ao cientista como é a Ilíada - a única vantagem da Ilíada é que ela não é vista como um livro religioso.

Se os registros bíblicos falarem a respeito de algo que ainda não foi comprovado, dou crédito ao que diz o relato. O que pensam a respeito?

E quando os registros falam a respeito de algo que foi refutado?

Resta saber se ele daria crédito ao que foi relatado na Bíblia ou pelos arqueólogos...
Essa afirmação está meio nebulosa...

O outro galho de se usar a Biblia ou a Iliada como fonte historica é exatamente que ele chegou a nós interagindo com e sendo editada por todos os nossos ancestrais.

Do PONTO DE VISTA DE UM HISTORIADOR o melhor seria que ela tivesse ficado enterradinha bonitinha e intocável desde sua primeira versão e fosse desenterrada hoje. Seria muito melhor preservada como fonte histórica. Claro que como religioso não posso concordar que isso porque ela também atuou como rédea para cavalos muito chucros que poderiam ter acabado com o mundo nesse meio tempo.
Similarmente o aquecimento global dará alegria a muitos estudiosos. Sabe-se lá quantos mamutes, navios vikings e outras coisas não serão redescobertas? Mas qual será o preço que civilizações e ecossistemas pagarão por essas descobertas com o degelo?

É justamente isto que procuro fazer quando estou pesquisando algo: filtrar. Gostei muito de um professor que me disse que mesmo sendo estudante de História, deveria ter a habilidade de usar conhecimentos de outros campos do conhecimento. Não me identifico com aqueles que só chegam a conclusões quando desenterram algo. Nunca pretendi entrar no campo de discussão religiosa, mas como gosto de estudar civilizações antigas, tenho a Bíblia como uma fonte de pesquisa. Acontece que este Livro é encarado por alguns com reserva, a ponto de nem o terem como um bom referencial. E a outros que a criticam, mas ao serem perguntados, nem mesmo leram o que lá esta registrado. Tá certo que pra ler tudo poder ser necessário mais de um ano. Mas para criticar sem ler, leva apenas um minutos. É só escrever que é mitológico, parcial, sem fundamento, etc. Como disse, sabendo filtrar e descartar o que é considerado assunto de fé, podemos ter uma fonte histórica.

O Historiador, E. A. Speiser, observa: “O problema dos hititas na Bíblia é... complexo. Para começar, há a questão quanto a que tipo de hititas talvez esteja envolvido em qualquer determinada passagem bíblica: hatianos, hititas indo-europeus dos registros cuneiformes ou hititas hieroglíficos.” — The World History of the Jewish People, 1964, Vol. Um, p. 160. Nenhum dos textos cuneiformes encontrados em Bogazkoy se refere em si mesmo à língua como sendo “hitita”. Esta é apenas uma conclusão tirada por alguns eruditos. E é a respeito da escrita “hitita” hieroglífica, I. J. Gelb declara: “O início da escrita hitita hieroglífica é ainda bastante obscuro, mas todos os indícios indicam a região cultural egéia como sua fonte de origem.” (A Study of Writing, 1952, p. 83) O Mar Egeu está entre a Ásia Menor e a Grécia. Isto parece removê-la do domínio dos hititas da Bíblia. Podemos ver que qualquer identificação dos hititas da Bíblia com o “Império Hitita”, que teve como sua capital a cidade de Hattusas, não pode ser determinada com certeza. A similaridade entre os nomes “hitita” e “Hattusas” dificilmente pode ser considerada evidência forte para se fazer uma identificação.

"Os hititas eram indo-europeus e os Hurritas Caucasianos". Existe diferença? O termo indo-europeu é mais corretamente usado quando se refere à língua falada, mas originalmente os indo-europeus eram caucasianos e os caucasianos falavam línguas indo-européias, ou estou enganado? Hoje em dia uma pessoa descendente de japoneses ou uma pessoa descendente de africanos mas que more no Brasil por exemplo e fale português como língua materna é indo-européia, ou seja, fala uma língua indo-européia.

Portanto, os hititas indo-europeus podem não ser os hititas mencionados na Bíblia?