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A Guerra de Tróia

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Hermes Trismegistus
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 05:09

Porém, segundo boatos, muito tempo depois, os restos de Orestes foram depositados no templo de Saturno, em Roma, já que, acreditava-se, o herói havia morrido nos bosques sagrados da região de Arícia, onde se erguia o santuário de Diana (Ártemis). Diziam que Orestes havia abandonado Esparta até esse lugar, em companhia de sua irmã Electra, levando consigo uma efígie de madeira que representava Ártemis, a mesma que havia tirado do reino dos tauroscitas. Desde então ficaria instituído o culto da deusa nos bosques de Arícia, onde, num límpido lago, o Nemi, se refletiria a sua imagem, sendo conhecido pelo nome de “espelho de Diana”.

TISÂMENOS, REI DE ESPARTA

Chegou o dia em que o trono de Menelaus passaria a pertencer a Tisâmenos, filho de Orestes e neto de Agamémnon. Como havia se casado com Hermíone, filha de Menelaus e da bela Helena, tornara-se o herdeiro do trono e anexara Esparta ao seu reino também, e com isso se sentia muito poderoso. Teve quatro filhos com a rainha sua esposa.

Já há muitos anos, os Heráclidas ameaçavam conquistar o Peloponeso. Tisâmenos aí reinou até o dia em que foi atacado pelos Heráclidas do herói Aristômacos. Então, teve que fugir para o norte do Peloponeso, para a corte dos jônios, pedindo-lhes que o acolhessem, bem como a alguns de seus fiéis seguidores. A coragem e a sabedoria do foragido foram famosas. Temendo um dia que ele chegasse a submetê-los, os jônios não só se negaram a atendê-lo, como também o atacaram. Tisâmenos foi morto, mas seus companheiros conseguiram obter a vitória, assediando os jônios, que se refugiaram na cidade de Hélice.

Enquanto isso, os Heráclidas, marchando no Peloponeso, encontraram as forças do rei Équemos. Tal confronto acabou resultando em um novo fracasso, devido à má interpretação do oráculo, que lhe dissera:

— Os deuses te concederão a vitória pelo caminho estreito.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 05:10

Decidido, Aristômacos foi derrotado ao invadir o Peloponeso pelo Istmo. Foi rechaçado e perdeu a vida, como acontecera a seu pai e a seu avô.

Então, mais uma vez se viram diante do mesmo problema. Os filhos e os netos do maior herói da Hélade não tinham uma pátria que fosse sua e onde pudessem ficar.

Enfim, lembraram-se da Dórida, onde outrora Héracles possuía um pedaço de terra, e rumaram para lá. A sorte foi que os dórios receberam os Heráclidas amistosamente.

— Melhor ganharmos um bom amigo e aliado do que um novo inimigo.

Entretanto, a atitude amigável do povo local não fez com que os Heráclidas tirassem o Peloponeso de seu pensamento. Assim, decidiram esperar até a terceira geração. Nesse meio tempo, eles se multiplicaram e se fortaleceram. E como por três gerações viveriam e se casariam na Dórida, no final haveriam de formar um só povo, dórios e Heráclidas.

Quanto aos espartanos, os soldados de Tisâmenos, donos do país, fizeram magníficos funerais a seu rei. Os quatro filhos de Tisâmenos que lhe sucederam — Daimenes, Espárton, Teles e Lentômenos — estenderam seus domínios por toda a região conquistada aos jônios, que passou a levar o nome de Acaia.

ÍFIS E ANAXÁRETE

Ífis era um rapaz jovem, que vivia solitário com sua mãe, após a morte do pai, mas cheio de vida, que cometeu o erro de apaixonar-se por Anaxárete, uma descendente de Teucros, filho de Télamon. Anaxárete sempre desprezava Ífis, e rejeitava, com insistência, qualquer pretensão de transformar-se em amante do rapaz. Ambos eram cipriotas e Anaxáreta era de família nobre, já que seu antepassado Teucros havia sido o fundador de Salamina, na parte grega de Cipros. A jovem era tão orgulhosa, que não só fazia ouvidos surdos aos rogos do seu abnegado admirador, mas também se mofava dele em quantas ocasiões se apresentavam.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 05:11

Ífis, quando viu que não podia dominá-la, procurou a casa da mulher amada, como suplicante. Primeiro contou sua paixão à ama de Anaxárete e pediu-lhe que, se amasse a filha de criação, favorecesse sua causa. Depois, tentou arrastar os criados para o seu lado. Às vezes, escrevia suas súplicas em tabuinhas e, muitas vezes, pendurou, na porta, guirlandas que molhara com suas lágrimas. Estendia-se nos umbrais da morada da jovem e murmurava suas queixas às barras e fechaduras cruéis que dela o separavam. Anaxárete mostrava-se mais surda que os vagalhões nas tempestades de novembro; mais dura que o aço das forjas germânicas. Zombava e ria-se de Ífis, ajuntando palavras cruéis ao seu rude tratamento, e não lhe dava a mais ligeira esperança.

Ífis já não podia mais suportar todos os tormentos do amor desesperançado e, de pé diante da porta da amada, disse estas palavras:

— Venceste, Anaxárete, e já não terás de suportar minhas importunações. Goza o teu triunfo! Canta canções de alegria e cinge tua cabeça de louros. Venceste! Vou morrer! Coração de pedra, regozija-te! Isto ao menos posso oferecer-te e obrigar-te a elogiar-me. E assim provarei que o meu amor por ti só me abandonará juntamente com a vida. Nem deixarei ao cuidado de outros a notícia de minha morte. Irei eu mesmo e me verás morrer e hás de regalar teus olhos com o espetáculo. Contudo, ó deuses que baixais os olhos para os sofrimentos dos mortais, observai meu destino! Só peço uma coisa: que eu seja lembrado nos tempos vindouros e que ajunteis à minha fama os anos que roubastes de minha vida.

Assim disse, e voltando o rosto pálido e os olhos lacrimosos para a mansão da amada, naquele dia amargo, amarrou uma corda ao portal onde muitas vezes prendera guirlandas e, metendo a cabeça no laço, murmurou:

— Pelo menos esta guirlanda há de agradar-te, mulher cruel!
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 05:12

E enforcou-se diante da própria porta da casa onde a sua desprezível amada morava. Portava uma coroa de louros e uma mensagem, que dizia: “Anaxárete, esta coroa é para ti, pois triunfaste, não pude conquistar o teu amor”. Ao deixar o corpo cair, chocou-se contra a porta, e o ruído foi semelhante a um gemido. Os criados abriram a porta, encontraram-no morto, e, entre gritos de pavor e exclamações de piedade, retiraram o corpo e levaram-no para a casa de sua mãe. Ela recebeu o cadáver de seu filho, apertou-o de encontro ao peito e disse as palavras dolorosas que as mães costumam dizer no sofrimento. E nem assim a jovem cipriota apiedou-se; antes pelo contrário, Anaxárete deu amostras de uma surpreendente passividade perante a espetacular morte de quem tinha sido o seu mais insistente pretendente. O povo taxou-lhe ter coração de pedra.

O triste funeral atravessou a cidade e o pálido cadáver foi levado num caixão para o lugar da pira funerária. Por acaso, a casa de Anaxárete ficava na rua onde passava o desfile, e os lamentos das carpideiras chegaram aos ouvidos daquela a quem a divindade vingadora já marcara para o castigo.

— Vamos ver este triste desfile.

Correu para a janela a contemplar o cortejo com toda a tranqüilidade. Mal demoraram no vulto de Ífis estendido no caixão, seus olhos começaram a enrijecer e esfriou o quente sangue de seu corpo. Procurando recuar, a jovem percebeu que não podia mover os pés. Tentou virar o rosto, mas em vão. Afrodite, a deusa do amor, irritada diante da frieza e da ausência de sentimentos de que Anaxáreta exibia, converteu-a numa estátua de pedra.

A mesma estátua foi posta no templo da deusa Afrodite, em Salamina, ostentando a forma exata da dama.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 05:14

AS RUÍNAS DE TRÓIA

Já que os melhores troianos haviam morrido e também muitos dos melhores aqueus, já que a cidade de Príamos havia sido saqueada no décimo ano, já que os gregos haviam regressado rumo ao seu país, então, Poseidon e Apolo resolveram destruir a muralha construída pelos gregos para sua proteção. Lançaram contra ela o poderio de todos os rios que corriam das montanhas do Ida para o mar: o Reusos, o Heptáporos, o Careus, o Ródio, o Gránicos, o Ésepos, o Escamandros e o Símoeis, em cujas margens muitos escudos e elmos caíram, assim como uma raça de heróis semi-deuses. Febo-Apolo uniu todos esses rios em sua foz e, durante nove dias, lançou a inundação contra a muralha, e Zeus fez chover torrencialmente, a fim de que a força das águas mais cedo empurrasse a muralha e os restos do acampamento para o mar. Poseidon, empunhando o tridente, comandou e arrastou, com as ondas, todos os alicerces de madeira e de pedra que os aqueus tinham levantado com grande labor, e fez uma lisa planície ao longo do Helesponto, cobriu de novo com areia a vasta praia, e não sobrou nada. Finalmente, fez os rios voltarem aos leitos onde antes corriam. E, por este fato, Electra, uma das sete Plêiades, filhas de Átlas, que destacavam-se no céu, deixou seu lugar por não poder suportar a visão das ruínas de Tróia, outrora começada por seu filho Dárdanos, e desgarrou-se, transformando-se num cometa. A mesma vista teve tal efeito também sobre suas irmãs, que ficaram pálidas, desde então.

Quanto à Tróia, apesar dos Ventos soterrarem grande parte da cidade, mais tarde foi reconstruída por Ascânios, filho de Enéias, e Astíanax, filho de Heitor, salvo da ruína e oculto pelo tio Hélenos. Apesar de mais uma tentativa, não perpetuou, e ainda hoje, depois de outras tentativas inúteis, é um monte de ruínas.

FIM
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Mensagem por Legolas 5/3/2021, 13:07

O único que sabia a verdade da profecia que um dos filhos de Zeus iria destroná-lo era Prometeus, tanto quando Zeus ao saber disso pediu que seu filho, o semideus Héracles libertasse Prometeu de seu castigo, pois este preenchia as condições exigidas para essa libertação, e como recompensa Prometeus disse para Zeus que seu filho gerado com uma jovem chamada Tétis, caso ela gerasse o filho, este iria destroná-lo. E para fugir disso Zeus fez uma armadilha e Tétis acabou se casando com um rei, e gerou o Aquiles da guerra de Troia.

Hermes, o que pode haver de verdadeiro nesta informação?

Seria esta outra variedade do mito dos helenos, vez que estes eram constituídos de muitos povos, várias línguas, residentes de milhares de ilhas, na costa da Ásia e da África e na península do Peloponeso? E também os helenos eram povos que viviam de muitas guerras entre si, e nunca formaram algo maior como uma federação, sempre eram cidades-estados, e em comum só possuíam a religiosidade que hoje conhecemos na forma de muitos mitos sobre um mesmo tema.

Se verdadeira esta variação, como fica Athena, que nasceu desta situação, tendo sua mãe sido devorada por Zeus, para que não se cumprisse a profecia, só que a gestação da Tétis, continuou na cabeça de Zeus, de onde nasceu Athena, e inclusive ajudou Prometeu a auxiliar a humanidade.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 18:43

Para mim, estas informações estão CORRETAS. Dê uma olhada no primeiro episódio da "Guerra de Tróia", que conta as preliminares do nascimento de Aquiles.

O nascimento de Aquiles foi previsto desde que Prometeus estava acorrentado às rochas do Cáucaso (segundo o seu mito). Nascido por acaso ou planejado por Zeus como forma de se livrar de um problema? E há sim uma similaridade com o mito de Atena.

Quanto às cidades gregas, realmente, eram independentes; cada cidade era um reino grego, e haviam constantes invasões para os reis se apoderarem de cidades vizinhas, incluindo-as em seus domínios. Agamémnon fez isso para poder tornar-se o maior dos reis de sua época, e todos os demais povos gregos tornaram-se seus vassalos. Micenas transformou-se na cidade-sede da Hélade no lugar de Árgos, e não foi difícil convencer a todos os pretendentes à mão de Helena a respeito de um acordo de fidelidade proposto por Ulisses ao rei Tíndaros.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 18:50

Principais reinos aliados de Tróia

1) NA ÁSIA MENOR (TURQUIA)

A Turquia foi outrora chamada de Hatti como Império dos Hititas, também chegando a cair nas mãos do Império Persa. Os gregos a conheceram pelo nome de Anatólia e os romanos chamaram todo o território de Asia Minor.

Eis os principais reinos que se aliaram contra a invasão dos Gregos em Trôade e a relação de seus principais comandantes. Vários desses reinos não foram identificados, justamente por terem sido destruídos com a invasão grega e desaparecido com ação do tempo.

M Í S S I A

A MÍSSIA ainda chama-se Misia e equivale hoje às províncias de Balikesir e Kütahya.
Principais chefes: Crômis e Ênomos, Télefos (desistiu de lutar contra os gregos ao saber que eram seus compatriotas) e Teutrântios, Eurípilos, Podes e Hírtios

O território de TRÔADE (antes chamado de Têucria, Pérgamo e Dardânia) hoje é o valiato de Çanakkale.

TRÓIA ou ÍLION, cidade dos Teucros (troianos), no distrito de Trôade. Hoje é um monte de ruínas sobre a colina de Hissarlik. Uma nova Tróia surgiu bem mais tarde perto da atual cidade de Eski Stambul.
Rei: Príamos
Principais chefes: Heitor, Páris, Hélenos e Deífobos, Polídamas, Ádamas e Fênops, Antenor e Agenor, Cebríones e Alcátous

TEBE ou Thebe ou Teba, cidade dos Écios, na região de Cília, aos pés do monte Placos, que ficava defronte à ilha de Lesbos, desapareceu do mapa. Ficava nas proximidades da atual Edremit, a nordeste, ainda que alguns historiadores identificaram-na com a própria Adramyttium (Edremit).
Rei: Eétion
Principal chefe: Podes

CILA ou Cylla, habitada por Troianos, banhada pelo rio Cillos, hoje chama-se Zellete ou Zikeli. Ficava próxima de Tebe.

SÍGEION ou Sigeon, hoje Yeni-sehir ou Kumkale, no noroeste de Trôade, localizada na foz do Escamandros. Foi fundada pelos colonizadores de Mitilene, de Lesbos.

LIRNESSOS, capital dos Léleges, que ficava defronte à ilha de Lesbos. Hoje chama-se Ala Dag.
Rei: Brises
Principal chefe: Mines (ou Mimas) e Epístrofos.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 18:57

PÉDASE ou Pédasos, cidade dos Léleges, localizada às margens do Satnoeis ou Satnioeis. Destruída pelas tropas de Aquiles, como outras cidades, suas ruínas perderam-se com o tempo, mas sabe-se que ficava na mesma região de Tebe e Cila.
Rei: Altes

PEDÁION ou Pedaon ou Pedaeus, próxima de Tebe

CÁBESOS ou Cábessos, cidade de Trôade
Principal chefe: Otrioneus (príncipe trácio)

ANTANDROS (antiga Edonis, dos trácios Edônios, Heródoto chamou-a de Pelasgis), cidade dos Léleges, porto hoje equivalente a Burhaniye ou Devren.

ADRASTÉA ou Adrastia, cidade dos Adrástidas, de Trôade
Principais chefes: Ágratos (ou Adrastos) e Ânfios, ambos príncipes Percosianos

Reino de ÁPESOS
Principais chefes: Ágratos (ou Adrastos) e Ânfios, ambos príncipes Percosianos

PITÉIA ou Pityeia, hoje chama-se Shamelik.
Principais chefes: Ágratos (ou Adrastos) e Ânfios, ambos príncipes Percosianos

ZELÉIA, habitada por Lícios, estava localizada às margens do rio Ésepos, no sopé do monte Ida. É identificada com a moderna Biga.
Principal chefe: Pândaros

CRISA ou Chrysa, hoje é Magara Tepe, próximo a Akçay e do litoral oeste da Turquia.
Rei: Crises

F R Í G I A

A FRIGIA MAIOR equivale ainda à região da Frigia e hoje abrange a província de Ankara e parte das províncias de Eskisêhir e Hudavendiguiar.

A FRÍGIA DO HELESPONTO ou Frigia Menor, hoje equivale a uma parte das províncias de Bileçik, Eskisêhir e do distrito de Broussa (Bursa).

Rei: Teleutas
Principais chefes: Ásios (comandou uma tropa troiana), Cicnos e Adrastos

A ASCÂNIA (ou Kýsikos) era uma ilha, hoje a península de Kapi.
Principais chefes: Fórcis (ou Móris) e Ascânios

GÓRDION, uma capital dos Frígios, hoje está em ruínas e pertence à cidade de Beypazari.

COLONAS ou Kolonai, cidade localizada na colina de Beşiktepe, da cidade de mesmo nome. Ficava próxima da antiga Lâmpacos.
Rei: Cicnos

METORA, uma capital dos Frígios
Rei: Cicnos
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 19:06

P A F L A G Ô N I A

A PAFLAGÔNIA derivava de Paflágon, filho de Fileus. Foi também chamada de Pylaemenia, através de um descendente de Pilaemenes, guerreiro aliado de Tróia. Ainda hoje chama-se Paflagonia e abrange parte das províncias de Kastamonu, Zongûldak e Sinop.
Rei: Pilaemenes

ENETI ou Heneti – pergunta: era uma cidade fundada pelos Vênetos, certo povo da Europa, que depois também teria se estabelecido na Itália para fundar Venetia (Vêneto)?

CÍTOROS ou Cytoris, na costa do Euxinos (mar Negro), hoje Kidros ou Gideros, perto de Amasra. Foi considerado o porto e centro comercial de Sinope. Foi fundada por Citíssoros, filho de Frixos.

SÉSAMNON ou Sézamos, futura Amástris, hoje chamada de Amasra.

CROMNA ou Kromna, hoje em ruínas, na atual cidade de Germe.

EGÍALOS ou Aígylon

Os montes ERITINI ou Eritinos ou Erythini

ABONI-TICHOS ou Abonu-Teikhos (mais tarde chamada de Ionópolis), hoje chama-se Înebolu.

SINOPE (a Sinuwa dos Hititas), foi fundada por Autólicos, companheiro de Héracles, e seu nome foi tirado da ninfa Sinope, filha do deus-rio Ásopos. Porém, a História deu crédito de fundação aos colonizadores de Miletos. Hoje é chamada de Sinab.

M E Ô N I A (futura LÍDIA)

A Meônia ou Lídia hoje ainda é chamada de Lidia (ou Ayaslugh) e equivale à província de Mahnissa, Usak e uma parte das províncias de Aydin, Nigde e Izmir.
Rei: Pilaemenes
Principais chefes: Mestles e Ântifos

C A P A D Ó C I A

A CAPADÓCIA hoje ainda é a região da Capadócia e abrange parte das províncias de Kastamonu, Kirsehir, Trabzon, Kônya, Sivas e Kayseri.

HATTI, com a capital Kussar ou Kushshar, dos Nesitas (hoje Alisar Huyuk). Hattusas foi a segunda capital e Datassa a terceira. O reino de Hatti (ou Khatti), habitado por Hititas Luítas e Nesitas, equivale hoje à província de Çorum e parte da província de Yozgat.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 19:11

As AMAZONAS, vindas de Temiscira (hoje Ünyie), no Ponto, eram comandadas por Pentesiléia, e acredita-se que estavam exiladas em Éfesos (hoje ruínas na cidade de Selçuk) no tempo em que prestaram socorro aos troianos. Outrora foram inimigas de Tróia, quando lutaram contra os exércitos de Príamos e Otreus.

L Í C I A (antiga MILYAS)

A LÍCIA, dos Lícios ou Afneus, equivale ainda hoje à região da Licia e abrange parte das províncias de Antalya , Aydin. Mughla e Montesh.
Um de seus reis: Anfímacos
Principais chefes: Atímnios, Pândaros (comandava também uma tropa troiana de Zeléia) e Eurítion, Sarpédon e Glaucos

GÁGAI ou Gágas: Leak identificou suas ruínas em Aladjá, enquanto que Sir Charles Fellowes localizou-as na moderna aldeia de Hascooe.

XANTHOS, capital da Lícia, hoje chama-se Günik (ou Kinik).

PÁTARA ou Arsínoe, hoje em ruínas, próxima à atual cidade de Gelemish

P O N T O

O reino ainda hoje é a região do Pontus e equivale às províncias de Amasyá, Samsun, Kerasun e parte das províncias de Trabzon, Gümüsane e Ordu.

B I T Í N I A (antiga BEBRÍCIA)

A BITÍNIA, reino dos Bébrices ou Mariandinos, hoje equivale à região de Bitinia e abrange as províncias de Adapazari e Izmit e parte das províncias de Hudavendiguiar, Sinop, Zongûldak e Kastamonu e do distrito de Broussa (Bursa).

ÁSTAKOS, capital dos Bitínios, hoje chama-se Izmit.

C Á R I A

A CÁRIA, reino dos Léleges, hoje ainda é chamada de Caria e abrange as províncias de Buldur, Dênizli e uma parte das províncias de Aydin, Mughla e Montesh.
Principais chefes: Nastes e Anfímacos

MILETOS, cidade jônica que hoje chama-se Akköy. Havia outra Miletos (originalmente chamada de Lelegeis ou Pityusa), habitada pelos Léleges, hoje em ruínas, na cidade de Palatscha.

PÉDASE, hoje em ruínas, na cidade de Gök Tshallar, ou então Melassos, ou ainda Arabi Hissar.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 19:16

H E L E S P O N T O

O HELESPONTO ficava no litoral ao norte de Tróia (dos Dárdanos) e estendia-se para o outro lado do estreito de Dardanelos (dos Trácios), na Turquia Européia.

QUERSONESO DA TRÁCIA, braço da Turquia Européia, que pertencia ao Helesponto e se e encontrava nos domínios da Trácia.
Rei mais famoso: Polimnéstor (traiu os Troianos por dinheiro)

A PROPÔNTIDA ou Propontís, região litorânea do atual mar de Marmara; a própria região hoje chama-se Marmara.

PROPONTIS ou Cízicos (Kysikos), habitada pelos Pelasgos, capital do Helesponto, hoje chama-se Bal Kep Kalé ou Aidinjik.

DÁRDANOS ou Dardânia (antiga Teucris), cidade dos Dárdanos, praticamente um subúrbio de Tróia, ficava no território de Dardânia ou Dardanice. De seu nome surgiu o estreito de Dardanelos (antigo Helesponto).
Rei mais famoso: Anquises
Principais chefes: Enéias, Arquílocos e Acamas

PÉRCOTIS ou Percote, cidade do litoral do Helesponto, às margens do rio Practicos (hoje rio Borgas, ou então identificado com o Muskakoi-Su). Hoje a cidade chama-se Bergan.
Principais chefes: Ásios, Ágratos (ou Adrastos) e Ânfios

PRÁCTIOS ou Praccio, banhada pelo rio Practicos.
Principal chefe: Ásios

SESTOS, hoje suas ruínas estão em Zemenic ou em Jalowa, próximo da cidade de Boghaly, na Turquia Européia.
Principal chefe: Ásios

ÁBIDOS, hoje está em ruínas, na vila de Nagara Kalei, em Çanakkale, ainda que outros a identifiquem com Aidos ou Ávido.
Principal chefe: Ásios

ARISBE, dos Dárdanos, estava localizada às margens do Selleis (hoje Moussa-chai). Arisbe foi o outro nome de Bátia, esposa do rei Dárdanos e filha do rei Teucros. A cidade surgiu de seu nome. Hoje trata-se da aldeia de Moussa.
Principais chefes: Ásios e Axilos

ARTÁCIA ou Arthakya, porto de Cízicos, hoje é Artaki ou Erdek, em Bal Kep Kalé

HAKMISSA, capital do Helesponto e antiga capital do Ponto. A mesma Amaseia (hoje Amasya)?
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 19:22

Ilha de L E S B O S (hoje Midilli Adasi ou Lésvos)

MITILENE, hoje Mytilini.
Rei: Filomélides
Principal chefe: Ilioneus

Ilha de T Ê N E D O S (antiga LEUKOPHRYS, hoje Bozcaada ou Tenedhos)

TÊNEDOS, hoje Bozcaada.
Rei: Tênes

Ilha de Í M B R O S (hoje Gözçeada ou Imroz)

A ilha era habitada por gregos, mas tornou-se vassala de Tróia.

IMBROS, hoje Imroz
Rei: Eétion

2) FORA DA ÁSIA MENOR

M A C E D Ô N I A (antiga PEÔNIA)

AMYDON ou Abydon, capital dos Penianos ou Peônios, da Peônia (futura Macedônia), ficava às margens do rio Áxios (hoje Vardar), na região de Amphaxitis (distrito de Mygdonia). Hoje está em ruínas, próxima a Avydon ou Verdari.
Principais chefes: Piraecmes, Asteropeus e Apisáon

T R Á C I A

A TRÁCIA era uma grande região equivalente hoje à Thráki grega, à Turquia Européia (Istanbul), uma grande parte da Bulgária (mais especificamente o estado da Rumélia) e nas fronteiras da República de Macedônia.
Um de seus reis mais famosos: Résos
Principais chefes: Ifídamas, Acamas e Peirous

ÍSMARA ou Ísmaros ou Ismaron: cidade dos Cícones
Principal chefe: Éufemos

ÉNOE ou Aínos (Eno), hoje chamada de Enez, na região da Trácia grega.
Principal chefe: Peirous e Acamas

Pelasgos da T E S S Á L I A

LÁRISSA: cidade grega dos Pelasgos, que decidiu aliar-se aos Pelasgos da Ásia. Ficava no norte da Tessália e equivale hoje à cidade de Lárisa. Segundo Heródoto, a Lárissa aliada de Tróia poderia estar localizada na Plácia ou na Escilácia, na costa do Helesponto.
Principais chefes: Hípotous e Pileus

F E N Í C I A

ARVAD (chamada de Arados pelos Gregos), cidade solitária dos Fenícios que decidiu aliar-se aos Troianos. Belos, rei de Tiro, preferiu não tomar parte da guerra. Hoje a cidade-ilha chama-se Ruad (ou Arwad) e localiza-se na Síria, logo ao norte do Líbano.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 19:26

A L A S H I A (ELISSA, futura ilha de CIPROS)

A parte norte da ilha apoiava Tróia. Cíniras, o rei do sul de Alashia, preferiu manter-se neutro e não contrariar o poderio helênico.

E T I Ó P I A

Acredita-se que o rei Mémnon seria um rei núbio, do sul do Egito, pertencente à família de Príamos, rei de Tróia. No entanto, sabe-se que os Troianos tinham bom relacionamento com o Egito tanto quanto os Gregos. Os chamados Colossos de Mémnon, em Tebas, eram na verdade duas estátuas gigantescas do faraó Amen-hotep III (Amenófis III); no começo da era cristã, os Gregos associaram a estátua norte a Mémnon, como então passaram a ser conhecidos esses colossos.

Porém, chegou a ser mencionado que Mémnon era rei de uma tribo Cassita, da Ásia, num lugar que os Gregos denominavam Císsia (hoje Khuzestan, no sul do Iran), e teria sido o fundador da cidade de Susa (hoje em ruínas, próxima de Shush).

3) O U T R O S (de localização incerta)

A L I B E

ALIBE era a cidade dos Halizones (ou Alazones). Segundo Estrábon, os Halizones seriam os mesmos Khálibes, do litoral ao sul do mar Negro, entre Trabzon e o rio Halys (Kizil-irmak), comparando-os com os Hititas ou com os Urartus (Armênios). Heródoto preferiu localizar esse povo entre os Citas, na moderna região de Vinnytsia, na Ucrânia. Ephorus preferiu compará-los às Amazonas (talvez equivocadamente) e localizou-os em Cime (Cumas, na Ásia Menor). Outros afirmavam tratar-se de uma tribo trácia. Porém, Plínio o Velho, Hecateu de Mileto, Menêcrates de Elaea e Palaephatus preferiram localizá-los na Míssia. Dentre todas essas localizações, a mais sensata seria a de Heródoto, já que Homero relatou que a cidade dos Halizones, Alibe, era longínqua.
Principais chefes: Hódios (ou Ódios ou Díon) e Epístrofos
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 19:53

Houveram outros reinos, sem dúvida, e outros reis e comandantes das hostes aliadas, mas dependeria de uma pesquisa ainda mais minuciosa, que precisaria de mais tempo disponível. Mas fica aí o espaço aberto a possíveis postagens para complementar a listagem.

Quanto à listagem dos Gregos, poderia também ser postado, mas seria uma lista longa demais, já que quase todas as cidades e aldeias da Hélade (Grécia) forneceram seus melhores guerreiros para a expedição à Tróia. Homero listou apenas uma pequena parte, pois a prioridade do poeta-historiador era realçar a participação dos comandantes e seus principais guerreiros. Mas é certo que até mesmo das mais pobres aldeias da Hélade saiu pelo menos um soldado ávido de lutar pela honra dos Gregos.

As cidades gregas não formavam um Império, eram independentes, cada qual com seu rei ou príncipe. Algumas cidades grandes como por exemplo Atenas, Micenas, Tebas, Esparta, Corinto, Cálcis e Élis conseguiam unificar ou tornar vassalas cidades menores, formando uma liga poderosa, e cada qual tendo o seu governante.

Agamémnon era senhor de toda a Argólida, mas conseguiu avançar e expandir seus domínios sobre as demais cidades da Hélade, tornando-se o mais poderoso e respeitado, com moral de fazer cumprir o juramento de fidelidade proposto durante o evento da escolha de um marido para Helena, em Esparta.

Antes de Agamémnon, outros reis conseguiram formar grandes e poderosas ligas. O primeiro foi Cécrops, o tronco de Atenas, Licáon, que reinou sobre todos os Pelasgos do sul da Hélade, Éolos, que gerou inúmeros filhos-reis, depois foi a vez de um descendente de Cécrops, Erecteus, e Pélops, que conseguiu unificar a Ápia (o Peloponeso), Perseus, cujos filhos tornaram-se reis, Euristeus, o rei de Micenas, que expandiu seus domínios pela força, Teseus, que formou uma grande nação jônica, de Atenas a Elêusis, depois foi Atreus em Micenas e Árgos, em seguida Agamémnon e, finalmente, Pirros (ou Neoptólemos), o filho de Aquiles, tornando-se o mais poderoso da Hélade.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 5/3/2021, 19:58

Se houveram reinos estrangeiros aliados aos Gregos? Sim, houveram. Quase todas as ilhas do Baixo-Egeu, das Espórades, das Cíclades, do Pireu e das ilhas Jônicas se dispuseram em fornecer guerreiros, armas e navios. As ilhas de Rodes, Eubéia, Ítaca e Creta foram as mais ativas e participativas. Da região do Épiro vieram muitos guerreiros, também da região dos Lápitas e de algumas cidades limítrofes da Trácia. E tiveram apoio dos Cipriotas do rei Cíniras, que lhes forneceu mantimentos.

É o que se pode definir como sendo a Primeira Grande Guerra da Antiguidade, envolvendo inúmeros reinos, da Grécia, do Épiro, da Trácia, da Macedônia, da Ásia Menor, da Armênia, do Egito, da Síria, do Chipre... E, como toda grande guerra, acarretando consequências, boas e ruins, aniquilando pessoas, destruindo reinos, afetando comercialmente outros, fazendo inimigos, mas também construindo e fundando novas cidades, fazendo surgir outros reinos, descobrindo outras terras e formando novas alianças.

E os deuses, lá em cima, só assistindo...
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Mensagem por Rei de Ouros 6/3/2021, 01:31

Troia era chamada pelos hititas de Wilusa (e daí Ilion). Há textos hititas citando um Alaksandu de Wilusa (o nosso Paris?) e também o poderio naval aqueu.
Datar a guerra de Troia é tarefa espinhosa.
Datar o fim do império hitita também, mesmo porque após seu fim, pequenos Estados Hititas isolados sobreviveram no miolo da Anatólia Oriental e na Síria, e só seriam conquistados por arameus e assírios.
Mas o império hitita propriamente dito ainda estava de pé quando estourou a guerra de Troia?
Hermes Trismegisto, para você, a guerra de Troia homérica rolou entre que anos aC?
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Mensagem por Hermes Trismegistus 6/3/2021, 02:22

Tenho pesquisado que a Guerra de Tróia rolou no século XII a.C., por volta do ano de 1.200 a.C., quando a poderosa civilização micênica estava em seu fastígio, ou melhor ainda, de 1.090 a 1.080 a.C. É uma variante.

Me parece que Tróia surgiu durante o apogeu do Império Hitita. E, segundo consta, os Hititas ajudaram a erguê-la. Havia uma estreita relação entre Frígios, Míssios e Hititas na época em que Dárdanos era rei.

Provavelmente os Hititas estavam em decadência quando estourou a Guerra dos Aqueus contra a cidade de Tróia. Homero não chegou a mencionar os Hititas, mas mencionou a Capadócia e as tribos que lá habitavam. Há uma possibilidade que os Halizones seriam uma dessas tribos, na versão grega.

Wilusa parece mesmo equivaler a Ílion, a cidade construída pelo rei Ilos. Antes, através do rei Trós, ela foi denominada Tróia, e ambos os nomes prevaleceram para referir-se a mesma cidade, assim como Dardânia, o nome primitivo, e Pérgamos, a cidadela de Tróia.

Os Hititas remanescentes provavelmente acreditavam que Páris (Alexandre) era o rei de Tróia. Príamos, muito velho, havia entregue as rédeas de sua cidade aos seus filhos; primeiro a Heitor, que morreu no nono para o décimo ano de guerra, depois para Páris-Alexandre, até sua morte, e finalmente para Deífobos, que não soube administrar e deixou a cidade cair nas mãos dos Gregos.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 6/3/2021, 02:25

Sei que há controvérsias para designar qual Faraó reinava no Egito na época da Guerra de Tróia, e se Moisés ou Josué eram os líderes dos Hebreus nessa época. E o que tem isso a ver com os Hititas? É que os Hititas foram vencidos por Ramsés II, e provavelmente esse Faraó reinou antes da Guerra de Tróia, e foi um dos responsáveis pela queda do Império Hitita.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 6/3/2021, 02:30

A ORIGEM DE TRÓIA

Tudo começou com Dárdanos e Iásion, filhos de Zeus e Electra, uma das filhas de Átlas. O padrasto dos garotos era Córitos, rei de Córites, a futura Cortona, na Etrúria. Com a morte do pai, foram intimidados a abandonar o país. Foram para a Hélade, onde Dárdanos casou-se com Crise, filha de Palante e neta de Licáon, rei dos pelasgos, no tempo em que Cadmos recém havia chegado de Sídon. Em seguida, foram para a Samotrácia, em Aigos, e lá passaram a residir por um bom tempo. Iásion ousou unir-se a uma deusa, Deméter, durante as bodas de Cadmos e Harmônia, e teve da deusa um filho, Plutos, um semideus que se tornou a personificação da riqueza. Segundo tradições da Samotrácia, Iásion desposou a deusa Cíbele, em segredo, e resultou num filho, Córibas, o epônimo dos Coribantes. E Zeus, irritado com tamanha ousadia, fulminou o próprio filho. Um Dilúvio ameaçou o país, e Dárdanos o abandonou, seguindo para a Ásia Menor.

Houve também um herói de Creta chamado Teucros, filho de Escamandros e neto de Zeus. Sua mãe chamava-se Ídea, uma ninfa cretense. Pai e filho foram para a Ásia Menor, seguindo um Oráculo, e lá passaram a residir, mais precisamente em Hamáxitos, onde ergueram, próximo dali, uma estátua a Apolo. Teucros passou a reinar sobre os pastores daquela região, agora chamados de teucros, e recebeu em sua casa um estrangeiro, Dárdanos. Acolheu-o hospitaleiramente e lhe deu duas filhas em casamento: Bátea lhe deu os filhos Erictônios, Dimas, Ídea, Ilos e Ídeos, e Neso lhe deu apenas uma filha, Sibila, que passou a ter o dom de prever o futuro, iniciando a casta das profetisas Sibilas.

Dárdanos fundou Dárdanos sobre uma montanha, a Dardânia, e a partir de então os teucros passaram a chamar-se também de dárdanos. Dárdanos iniciou os teucros nos mistérios dos deuses da Samotrácia, os Cabiros, e seu filho Ídeos introduziu na Frígia o culto de Cíbele, onde se estabeleceu, ao pé da montanha que então se chamou Ida.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 6/3/2021, 02:37

Após a morte de Dárdanos, subiu ao trono seu filho Erictônios, o mais rico dos mortais. O novo monarca, apesar de sua riqueza, não havia ainda construído uma cidade fortificada para proteger-se e ao seu povo de constantes ataques das tribos errantes ou dos potentados dos reinos vizinhos. Porém, a fim de alcançar graça diante de Atena, estabeleceu um templo a ela dedicada sobre o Kallikolone, ao sul da Dardânia. Erictônios casou-se com Astíoque, uma filha do deus-rio Símoeis, que lhe deu um filho, Trós.

Trós, subindo ao trono no lugar do pai, tornou-se um homem muito rico, como a maioria dos reis da época, e consistiam seus tesouros em rebanhos de carneiros e manadas de gado grosso e não em moedas de ouro ou prata. Orgulhava-se especialmente de seus cavalos, em número de três mil, dos mais belos do mundo, herdados de seu pai. E à medida que crescia a riqueza do monarca e do povo, tornavam-se constantes os ataques que já vinham sofrendo desde o reinado do pai Erictônios, de modo que resolveu o rei Trós construir uma povoação com sua cidadela, defendida por muralhas sólidas que ninguém a pudesse conquistar. Deu ao país onde passou a reinar o nome de Tróade, passando a capital a ser conhecida por Tróia, e troianos os antigos teucros ou dárdanos, e o território se dividiu: de um lado, a Dardânia, e do outro, Tróade. Trós casou-se com a ninfa Calírroe, filha de Escamandros, e foi pai de três filhos belos e admiráveis: Ilos, o primogênito, seguido de Assáracos, o jovem Ganímedes e uma filha, Cleópatra.

Mais tarde, aconteceu o rapto de Ganímedes, que Trós pensava ser obra de seus inimigos, especialmente de seu vizinho, o rei Tântalos e seu filho Pélops, da Meônia. Na verdade, o jovem Ganímedes foi levado por Zeus ao Olimpo para servi-lo como escanção. Tântalos, um dia, antes do rapto de Ganímedes, deu seu filho Pélops de alimento aos deuses, e foi punido severamente, e o garoto, ressuscitado, passou a servir de escanção a Zeus. Tântalos passou a usá-lo para roubar néctar e ambrosia e dá-los aos seus amigos.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 6/3/2021, 02:42

Tântalos foi perdoado de seus crimes, mas foi longe demais com seus pecados, ousando pedir a Zeus a Imortalidade. E Zeus tornou-o frágil, ficando enfermo durante a guerra que se travou entre ele e seu inimigo Trós, de Trôade. Tântalos, então, ordenou que Pélops e Níobe, seus filhos, mais uma tripulação, partissem às pressas e abandonassem o país, que estava condenado à perdição. Pélops, como nunca ouvira falar em Ganímedes, estava convencido de que o soberano Trós inventara o pretexto de rapto para invadir a Meônia. Sobre o túmulo do pai, jurou eterna inimizade à gente de Tróia e de Dardânia, que não somente lhe roubara a vida do pai, mas também a herança, obrigando-o a se expatriar em completa indigência para outras plagas, à procura de novo lar. E seguiu em direção da Hélade, onde passou a residir, tornando-se rei da Élide no lugar de Enômaus.

Assáracos, o segundo filho de Trós e Calírroe, ocupou o trono de Tróia, antes do irmão Ilos. Tomou por esposa Hieromneme, com quem engendrou Cápis. No entanto, seu reinado foi curto, e logo seu irmão tomaria as rédeas de Tróia.

Ilos, após vencer os Jogos Atléticos no país dos frígios, recebeu como prêmio escravos e uma vaca de pele mosqueada. Seguindo-a, conforme ordenara um Oráculo, onde ela descansou Ilos fundou uma cidade, bem perto de Tróia, sobre a colina de Ate, e chamou-a Ílion. Ilos tornou-se rei de Tróade, no lugar de seu irmão Assáracos, e casou-se com Eurídice. Juntos tiveram dois filhos, Laómedon e Temístea. Ilos desejava ardentemente que este lugar recém construído pudesse constituir um reino, vizinho de Tróia, para se sentir seguro, ou talvez na intenção de unificar o reino todo, aliando-se a frígios, ascânios e dárdanos. E o foi o primeiro rei a fazê-lo.

Assim que Laómedon assumiu o controle de Tróia, resolveu definitivamente dar continuidade ao que seu pai Ilos havia iniciado: a região circunvizinha de Tróia foi dividida em três distritos, Frígia Menor (Phrygía), Ascânia (Askanía) e Dardânia.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 6/3/2021, 02:46

A Frígia Menor, parte a noroeste de Tróia, tornava-se uma extensão da Frígia propriamente dita. Extendia-se na região do rio Sangários. Cedo, a Ascânia seria incorporada à Frígia. E a Dardânia estava localizada bem próxima de Tróia, com sede em Dárdanos.
Finalmente, Tróia ocupava a parte mais central, governada por Laómedon, que pretendia cercar a cidade-sede com uma inexpugnável muralha, pois temia que seus vizinhos da Dardânia e da Frígia a tomassem. E iniciou um projeto para tal façanha, circundando a colina do Pérgamos, a Skaia (Escéia, a cidade e o seu povo) e a colina de Kallikolone, onde erguia-se a cidadela de Tróia.

Laómedon, filho de Ilos e Eurídice, tinha em mente rodear de um muro a cidade aberta de Tróia, ainda não fortificada como a cidadela, o Pérgamos, e fazer dela, assim, uma verdadeira cidade, tão poderosa quanto Micenas, Árgos, Atenas e Esparta. Naquela ocasião erravam por aquelas paragens os deuses Apolo e Poseidon, os quais, tendo-se rebelado contra o soberano Zeus, haviam sido expulsos do Céu. Por vontade de Zeus, ajudaram, como homens, o rei Laómedon a erguer os muros de Tróia, para que a cidade fosse inexpugnável. Assim, levou-os o Destino às cercanias de Ílion no momento em que iniciavam os trabalhos, sob as ordens de Éacos, um herói da Hélade. Apolo e Poseidon, como simples mortais, trabalharam com a promessa de recompensa, mas o rei, ao findar a construção, não cumpriu com o trato e expulsou-os do seu reino. Os dois Olímpicos juraram vingança: Apolo assolou Ílion com uma peste e Poseidon a inundou, enviando um monstro-marinho para atormentar o seu povo. Para acalmá-lo, somente com o sacrifício de uma virgem.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 6/3/2021, 02:54

Héracles salvou a princesa Hesíone do martírio e também o país, na condição de ser recompensado, e mais uma vez o rei Laómedon foi cruel, e expulsou-o, como fez a Apolo e Poseidon. Héracles, depois de um bom tempo, retornou a Ílion a frente de uma expedição, saqueou a cidade, matou o rei e seus filhos varões, somente poupando as filhas e o varão mais jovem, Podarces. Em seguida, tomou Hesíone e o jovem príncipe e entregou-os ao seu amigo Télamon. Eram filhos de Laómedon: Antígone, Étila, Lampos, Procléia e Timoetes. Com Cálibe teve Bucólion e com a ninfa Estrímon tivera os filhos Títonos (raptado por Éos), Hesíone, Clítios, Hicetáon e o mais jovem, Podarces. Este, depois de ser resgatado pela irmã Hesíone, retornou a Ílion, semi-destruída. Lá, Hesíone instalou-o no trono e fê-lo tornar-se um dos mais poderosos reis da Ásia Menor, reconstruindo Tróia e tornando-a uma das mais importantes cidades de toda a Ásia, equiparando-se a Damasco e Babilônia. A cidade de Tróia ressurgia na última restinga da costa da Anatólia, diante do eterno esplendor do mar, toda murada, com suas construções brilhando ao Sol. De suas torres até ao mar, que assinalava a sinuosidade das praias com uma alva feixa de ressaca, dominava a vasta planície regada pelo curso prateado do Escamandros.

Podarces se tornou Príamos, o rei de Tróia, e ajudou o seu aliado Otreus a combater as Amazonas, às margens do Sangários. Como prêmio pela vitória, Príamos recebeu de seu amigo a mão de Arisbéia em casamento, de cuja união nasceu-lhe o primeiro filho: Ésacos, que teria dons proféticos.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 6/3/2021, 03:00

O jovem Anquises era filho de Cápis e neto de Assáracos, irmão do grande rei Ilos, de Ílion. Sua mãe chamava-se Temístea, que era filha de Ilos e irmã do falecido soberano Laómedon. Anquises, que governava em Dárdanos, era também pastor e guardava os seus rebanhos no monte Ida, perto de Tróia (ou Ílion), quando a deusa Afrodite viu-o e por ele se apaixonou. À noite, apareceu-lhe a deusa, dizendo ser uma filha de Otreus, rei da Frígia e bom amigo do rei Príamos. Disse que havia sido raptada pelo deus Hermes e transportada até as pastagens do monte Ida. Anquises enamorou-se da moça, e foi inevitável; uniram-se os dois. Quando se despediram, pela manhã, ela revelou ao amante quem realmente era. Anquises ficou horrorizado ao saber que descobrira a nudez de uma deusa e implorou a ela que lhe poupasse a vida. Ela lhe assegurou que nada tinha a temer e contou que lhe daria um filho: Enéias. E Anquises, por não conseguir segurar a língua sobre quem era a mãe do menino, a deusa tornou-o cego. Anquises, então, desposou uma jovem princesa chamada Eriópis. Teve delas vários filhos, entre os quais Hipodâmia, a mais velha, e Linos, e criou-os junto com o pequeno Enéias.
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