Mundo da Música
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Re: Mundo da Música
Siegfried, estive em Saint Eustache várias vezes, escutando o coro de lá - uma maravilha!! Era Padre Martin que o dirigia.
Quanto a Rameau, ninguém pode teimar comigo quando se fala dele. Sabem por que?? Morei em Dijon, França, Rue Vaillant n. 5. FOI NESSA CASA QUE ELE NASCEU! NA ENTRADA HÁ UM ARCO COM OS DIZERES "AQUI NASCEU ETC ETC".
Já ouvi Les Indes no lugar em que o autor nasceu!! Emoção emocionante!!
Flautista de Hamelin- Mensagens : 252
Re: Mundo da Música
Flautista,
Oquei, que lindo. Mas, diga-me, o que você acha de Platée?
Há passagem mais genial do que:
"C'est moi, c'est la Folie que vient détruire la lyre d'Apollon!"
Siegfried- Mensagens : 210
Re: Mundo da Música
Alguém sabe detalhes da biografia de Rameau? Sua "impopularidade" talvez tenha alguma coisa a ver com ela - e é uma pena que não seja tão conhecido, já que é genial.
Evviva Rameau!
Siegfried- Mensagens : 210
Re: Mundo da Música
A biografia de Rameau é complicadíssima. Foi músico durante toda a vida, mas só começou a fazer sucesso aos 50 anos, foi criticado por ser muito revolucionário e ao mesmo tempo por ser reacionário...
sombriobyte- Mensagens : 602
Re: Mundo da Música
Um caso interessante na biografia de Rameau é a Querelle des Bouffons, ou Querela dos Bufões.
sombriobyte- Mensagens : 602
Re: Mundo da Música
O próprio fato de Rameau não ser muito popular já contribui para aumentar sua dificuldade. Pois o difícil está muito ligado ao que não se faz, não se está acostumado.
E devemos lembrar que Platée mesmo não é uma ópera muito tranquila, seu humor é crudelíssimo, e as exigências cênicas não agradariam a maioria das estrelas da ópera, pois apareceriam em situações bastante constrangedoras: vestido de lesma, batráquio, engatinhando... Tudo isso unido a uma das músicas mais fantásticas já escritas.
Aliás, eu diria que o período de Rameau foi o mais rico não apenas da música francesa, mas talvez de toda sua cultura.
Re: Mundo da Música
Sobre a biografia de Rameau, há uma passagem deveras curiosa.
O barão de Gleichen menciona:
''Ouvi Rameau e um velho parente de um embaixador francês em Veneza testemunhando haverem conhecido M. de St. Germain em 1710, quando ele tinha a aparência de um homem de cinquenta anos de idade.''
O tal ''M. de St. Germain'' era ninguém menos que o misterioso Conde de Saint Germain, o homem que, segundo o Imperador Frederico, o Grande, ''nunca morre''.
O que o barão de Gleichen quis dizer é que o compositor Rameau recordava-se de ter visto o Conde de Saint Germain em 1710, data em que o conde aparentava ter certa de cinquenta anos, um pouco mais do que em 1743.
Ou seja, o conde não havia mudado seu aspecto desde 1710, e até parecia ainda mais novo!
Re: Mundo da Música
Não conhecia essa do Graf von Saint Germain.
Um dado interessante, que Roland de Candé conta em sua História Universal da Músic: o sucesso de Castor e Pollux, em 1737, levou o rival Mouret à loucura: teve que ser internado em Charenton.
sombriobyte- Mensagens : 602
Re: Mundo da Música
TRÍTONO - DIABOLUS IN MUSICA
É interessante como a junção de duas notas pode gerar tanto assunto e tanta discussão, e tanta coisa.
Bem, para os que não sabem o trítono é o intervalo de três tons, a oitava dividida ao meio, a dissonância máxima. Na Idade Média, adquiriu esse apelido (Diabolus in musica) e foi constantemente evitado pelos compositores medievais.
Ele tanto foi evitado que anulou um modo antigo, o de começo em Si, onde sua quinta aumentada (normalmente uma consonância perfeita) caía exatamente no trítono. Isso pode parecer meio técnico demais, mas vai cair em outro plano.
No sistema tonal, ele mudou de figura e passou a ser o ponto articulador do discurso, isto é, se antes ele era evitado, agora ele era essencial, partindo daí a teoria da música "clássica" ter um caráter faustiano, a dúvida entre o divino e o demoníaco. Já o sistema atonal o equaliza às demais, isto deu margem à obra de Thomas Mann, Dr. Fausto, uma das maiores obras primas deste século que vai se acabando. Segundo o livro (isto não está claro) isto representou não apenas o fim do sistema tonal, mas também o fim de todo um pensamento antagônico, que o homem carregava desde o humanismo. Taí um tema para falar exatamente do caráter filosófico e metafísico da música.
Re: Mundo da Música
O Tritono é interessante matematicamente porque é o unico intervalo cuja inversão é ele mesmo.
sombriobyte- Mensagens : 602
Re: Mundo da Música
O Trítono, o meu professor de harmonia e contraponto sempre falava essas coisas dele.
Uma coisa que você não levantou, Alquimista, foi o fato do trítono ser uma espécie de parâmetro para a habilidade do compositor, existem tantas maneiras diferentes de resolvê-lo, e é tão fascinante... Um recurso muito usado pelos medíocres é descer um semitom e transformá-lo na terça maior (da mesma forma que a sétima maior expõe ainda mais a ruindade do compositor quando ele a transforma numa oitava), eu gosto muito do recurso da sexta napolitana, Bach é um gênio, concordam?
sombriobyte- Mensagens : 602
Re: Mundo da Música
Lembrei de uns bordões do meu professor:
"Olha só que coisa louca, com o aparecimento do trítono, o bom intérprete passou a significar o mito de que ele fez um pacto com o diabo."
"Debussy era ateu, a escala hexafônica utilizada por ele é a que mais se vale de trítonos."
Tchaus em Dós e em Fás-Sustenidos!
sombriobyte- Mensagens : 602
Re: Mundo da Música
Ou melhor, Fá-Si para o Siegfried, Fá-Mi para o Alquimista e Fá-Lá para o resto!
sombriobyte- Mensagens : 602
Re: Mundo da Música
Meus colegas de composição me chamam de "o Rei do tritono e das segundas menores". Tenho um queda pela harmonia ambígua que esses intervalos geram numa música atonal.
Fá-si para a moçada
Siegfried- Mensagens : 210
Re: Mundo da Música
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): A Flauta Mágica
ATO I:
O Príncipe Tamino é atacado por uma serpente
Tamino cai inconsciente e as três damas vencem a serpente
Tamino desperta e encontra Papageno
As damas reaparecem e castigam Papageno e mostram o retrato de Pamina a Tamino
A Rainha da Noite conta a Tamino que Pamina sua filha foi sequestrada por Sarastro
Papageno é perdoado e as Damas dão a Tamino uma flauta e a Papageno uma campainha mágica
Papageno encontra Pamina sendo guardada por Monostatos e conta que Tamino está a sua procura
Tamino é conduzido por três crianças ao palácio de Sarastro
Tamino se encontra em frente a um templo com três portas: a da sabedoria a da razão e da natureza. Um sacerdote diz que Sarastro não é mau
Algumas vozes dizem a Tamino que a princesa esta viva, toca a flauta e os animais saem da floresta para o ouvir
Pamina e Papageno ouvem a flauta e vão ao palácio, são perseguidos e Papageno toca a campainha fazendo os perseguidores dançar sem parar
Sarastro chega em um carro guiado por leões
Sarastro diz a Tamino e Papageno que se quiserem levar Pamina devem se submeter a provas
Sarastro e os Sacerdotes decidem submeter Pamino e Papageno a algumas provas
http://playmopera.com/operas/mozart/flauta/
ATO I:
O Príncipe Tamino é atacado por uma serpente
Tamino cai inconsciente e as três damas vencem a serpente
Tamino desperta e encontra Papageno
As damas reaparecem e castigam Papageno e mostram o retrato de Pamina a Tamino
A Rainha da Noite conta a Tamino que Pamina sua filha foi sequestrada por Sarastro
Papageno é perdoado e as Damas dão a Tamino uma flauta e a Papageno uma campainha mágica
Papageno encontra Pamina sendo guardada por Monostatos e conta que Tamino está a sua procura
Tamino é conduzido por três crianças ao palácio de Sarastro
Tamino se encontra em frente a um templo com três portas: a da sabedoria a da razão e da natureza. Um sacerdote diz que Sarastro não é mau
Algumas vozes dizem a Tamino que a princesa esta viva, toca a flauta e os animais saem da floresta para o ouvir
Pamina e Papageno ouvem a flauta e vão ao palácio, são perseguidos e Papageno toca a campainha fazendo os perseguidores dançar sem parar
Sarastro chega em um carro guiado por leões
Sarastro diz a Tamino e Papageno que se quiserem levar Pamina devem se submeter a provas
Sarastro e os Sacerdotes decidem submeter Pamino e Papageno a algumas provas
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Última edição por Alquimista em 18/7/2021, 04:05, editado 2 vez(es)
Re: Mundo da Música
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): A Flauta Mágica
ATO II:
Tamino promete vencer as provas por amor a Pamina e Papageno por uma esposa
Aparece a Rainha da Noite e Monostatos foge e ela manda Pamina matar Sarastro
Aparece uma velha que diz a Papageno que tem 18 anos. Ele não entende nada
Aparece Pamina que escutou a flauta, mas Tamino não pode falar com ela então ela crê que ele não a quer mais
Os sacerdotes preparam um ritual de fogo e água
Papageno não passa na prova do silêncio, mas pode se casar com a velha. Ele aceita
Então a Velha se transforma na bela Papagena
Pamina é digna de fazer a prova do fogo junto com Tamino
Com a ajuda da flauta mágica, os dois vencem a prova da água
Papageno encontra sua amada e cantam o adorável pa-pa-pa-pa-pageno…
Monostatos se une a Rainha da Noite para atacar o Templo, mas são vencidos pelos raios
Todos juntos cantam a beleza da sabedoria no reino da luz, o bem venceu o mal.
http://playmopera.com/operas/mozart/flauta/
ATO II:
Tamino promete vencer as provas por amor a Pamina e Papageno por uma esposa
Aparece a Rainha da Noite e Monostatos foge e ela manda Pamina matar Sarastro
Aparece uma velha que diz a Papageno que tem 18 anos. Ele não entende nada
Aparece Pamina que escutou a flauta, mas Tamino não pode falar com ela então ela crê que ele não a quer mais
Os sacerdotes preparam um ritual de fogo e água
Papageno não passa na prova do silêncio, mas pode se casar com a velha. Ele aceita
Então a Velha se transforma na bela Papagena
Pamina é digna de fazer a prova do fogo junto com Tamino
Com a ajuda da flauta mágica, os dois vencem a prova da água
Papageno encontra sua amada e cantam o adorável pa-pa-pa-pa-pageno…
Monostatos se une a Rainha da Noite para atacar o Templo, mas são vencidos pelos raios
Todos juntos cantam a beleza da sabedoria no reino da luz, o bem venceu o mal.
http://playmopera.com/operas/mozart/flauta/
Última edição por Alquimista em 18/7/2021, 04:16, editado 1 vez(es)
Re: Mundo da Música
Arquitetura na música:
Desde a origem da polifonia ocidental, leia-se Leonin e Pérotin, vê-se que a preocupação com a arquitetura é uma constante. Existe um exemplo bem interessante desta organização arquitetônica, que prefiro chamar de formal, logo nos primórdios da história da musica universal, mais precisamente no último membro da dinastia iniciada por Leonin e Perotin: Guillaumme de Machaut. Machaut, ao escrever sua missa, teve uma ideia de organização formal (arquitetônica) realmente genial: Naquela época você podia organizar uma obra polifônica com ou sem a presença de um Cantus Firmus.
O Kyrie é dividido em três partes (Kyrie, Christe e Kyrie). Todos com Cantus Firmus e como nota base o Ré.
O Gloria é sem Cantus Firmus, com um Amem com Cantus Firmus - Base em ré
O Credo é sem Cantus Firmus, com um amém com Cantus Firmus - Base em ré
Sanctus - Com Cantus Firmus - Base Fá
Agnus dei dividido em três partes ( Miserere nobis - Miserere nobis – Dona Nobis Pacem) - Base Fa
Ite Missa Est - Uma técnica mais arcaica de Cantus Firmus não manipulado.
O Kyrie e o Agnus Dei tem os mesmos motivos- O Gloria e o credo tem as mesmas características. Em resumo, temos um esquema arquitetônico:
Kyrie- com o equivalente Agnus Dei- Formam as bases de um arco
Gloria e Credo – O ápice do arco
E há, subjacente, outra leitura possível- Metade com base Ré e metade com base Fá. O Ite missa est é claramente uma complementação.
Além deste exemplo notável de organização arquitetônico-musical, podemos encontrar inúmeros outros exemplos em toda a história da música. Der Fliegende Holländer de Wagner, por exemplo. A tonalidade principal é ré menor. Ora, exatamente na metade da obra (metade mesmo) Senta canta a balada, que é o centro da obra. Wagner a concebeu em Lá menor (a dominante de ré). Posteriormente as cantoras reclamaram e ele baixou a tonalidade de La para sol (somente Anja Silia canta em La). Percebemos esta fascinação pela metade. E no século XX temos Schoenberg, no seu Pierrot Lunaire. 21 Canções. A do meio é a 11. Pois bem no meio da do meio, temos o único trecho da obra em que todos os instrumentos tocam em fortíssimo.
Estes exemplos mostram que, através de uma minuciosa leitura das partituras, podemos perceber esta preocupação dos grandes músicos com a coerência da construção. Para você chegar por si só a uma análise deste tipo, estude harmonia, contraponto, formas clássicas e leia muita partitura. Estas descobertas mostram que musica é muito mais do que simples entretenimento. E quando defendo implacavelmente que muito mais enriquecedor do que ficar discutindo as 2385 gravações de determinada obra é se ater à riqueza interna de uma determinada obra, tenho lá minhas razões.
sombriobyte- Mensagens : 602
Re: Mundo da Música
Pode-se dizer que a Arquitetura (a verdadeira) se cruza na música quando esta se preocupa com a disposição do som pelo espaço. Acho isso fascinante. Me lembro agora, sem pensar muito, da versão de 1725 da Paixão segundo São João de Bach, dos responsoriais medievais, da música para cordas percussão e celesta, de Repóns (Boulez) e de tanta outra coisa.
Siegfried- Mensagens : 210
Re: Mundo da Música
Existem obras em que a forma e/ou estrutura se baseiam no timbre (Debussy), ou outras num texto (música programática) ou numa estória e seu tempo dramático (operas e balés). A construção formal de obras da Idade Média, assim com algumas peças eletroacústicas, inclusive o citado "Poéme", é organizada de acordo com o ambiente em que vai ser apresentado. No caso do Varese, o pavilhao do Le Corbusier de que falamos aqui:
https://mestredoconhecimento.forumeiros.com/t25p25-atracoes-turisticas-interessantes-e-suas-curiosidades#2610
Siegfried- Mensagens : 210
Re: Mundo da Música
Bem, o termo "arquitetura" é uma metáfora musical e se remete à organização formal de uma obra. Como as ideias musicais são organizadas, estruturadas, desenvolvidas, enfim, a obra em si, ou melhor, a parte "kantiana" da Arte.
Geralmente se fala em arquitetura musical quando estes diálogos entre as partes são visíveis e muito bem estruturados, de maneira lógica. É muito difícil falar na Arquitetura de Ionisation de Varèse, mas a Música para Cordas Percussão e Celesta de Bartók é uma obra arquitetural.
Como exemplos de compositores "arquiteturais" temos Bach, Mozart, Haydn, Beethoven, Brahms, Bruckner, Bartók dentre outros.
sombriobyte- Mensagens : 602
Re: Mundo da Música
Vocês nunca leram ''O Arqueômetro'' de Saint-Yves D’Alveydre?
Flautista de Hamelin- Mensagens : 252
Re: Mundo da Música
Como foram nomeadas as notas musicais?
Foi no século XI, quando o teólogo e musicólogo Guido D'Arezzo (955-1050) tirou os sete nomes de um hino cantado em latim. Os meninos do coral regido por ele iniciavam os ensaios entoando esse hino composto em louvor a São João Batista. Era uma espécie de oferenda ao santo escolhido como padroeiro do coral para que ele lhes concedesse belas vozes. Cada verso que acompanhava a melodia começava um tom acima do anterior - assim, D'Arezzo identificou cada som com a primeira sílaba de cada frase.
(Ut) queant laxis
(Re)sonare fibris
(Mi)ra gestorum
(Fa)multi tuorum
(Sol)ve polluti
(La)bii reatum
Sanct loannes
(Sendo a note SI as iniciais de Sanct Ioannes)
A tradução desses versos seria algo como:
"Para que possam os teus servos exaltar, a largos pulmões, o maravilhoso dos teus milagres, retira-lhes dos lábios a impureza, oh São João".
No século XVII, um influente maestro italiano, João Batista Doni, aproveitou a dificuldade das pessoas em cantar a silaba UT para sugerir a mudança da primeira nota para DO, não por acaso a inicial do seu nome. A alteração, que só demorou a pegar na França, firmou a versão final da escala Do-Re-Mi-Fa-Sol-La-Si-Do, utilizada ate hoje em todo o mundo.
Flautista de Hamelin- Mensagens : 252
Re: Mundo da Música
Flauta Doce: Germânica ou Barroca?
Sempre que um leigo entra numa loja de instrumentos musicais para comprar uma flauta doce surge aquela dúvida: germânica ou barroca?
Mas agora aqui está um especialista para por um fim nesse dilema! E olha que de Flauta eu entendo!
A família da flauta doce possui vários membros: Soprano (a mais conhecida) e tenor, afinadas em Dó; Sopranino, Contralto e Baixo, afinadas em Fá.
Após o período Barroco a flauta doce caiu em desuso, sendo totalmente substituída pela transversal. Como o nome já diz, a flauta doce data deste período.
Muito depois do final do barroco um alemão resolveu utilizar o instrumento novamente. Dedilhando o instrumento ele chegou a conclusão que o instrumento era desafinado na nota Fá, assim ele alterou o tamanho de dois furos no corpo da flauta, surgindo então a flauta doce germânica.
A verdade é que a flauta Barroca não é desafinada, mas sim a posição intuitiva da nota Fá não é a que o ''alemão'' usou, mas sim uma posição um pouco mais complicada para um iniciante conhecida como forquilha.
Esta é a diferença entre a flauta doce Barroca e a Germânica, a posição da nota Fá. Não existe mudança de afinação ou timbre (a afinação depende de qual das flautas da família é e o timbre do material utilizado e da própria construção do instrumento).
Flautista de Hamelin- Mensagens : 252
Re: Mundo da Música
Música e Umbanda:
Já fui umbandista!
Na (pura e verdadeira) umbanda, a música exerce uma função muito forte que é o elo entre o mundo terreno e o dos espíritos.
Através dos "pontos cantados" (um para cada entidade), a "sintonia" é feita e tem início a bela ligação entre os dois planos.
Muitos dos pontos têm características semelhantes a sambas-enredo - tamanha a força das mensagens neles contidas - inclusive em termos de melodia (algumas vezes tristes, quase chorados...).
Os de vibração, por sua vez, demostram a força dos orixás (os "santos" da igreja católica) e seu poder (para quem tem fé... Que nem na igreja católica...) de curas, paz e "limpeza".
A quem interessar possa, não há uma gota de sangue, nem sacrifício, nem invocação ao diabo, nem dinheiro de espécie alguma, nem nada deste tipo (pelo menos na casa que frequentei!).
Saravá! (que significa apenas SALVE|!), na língua iorubá (da "mama" África!)
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