Mitologia Japonesa

Tópico criado para discutirmos e trocarmos conhecimentos sobre a Mitologia Japonesa.

Agyoh e Ungyoh?

Pessoal, vocês sabem como é a historia de Agyoh e Ungyoh?! Aqueles guardas dos templos do Japão (forma humana e forma de cachorro), um de boca aberta (Agyoh) e outro de boca fechada (Ungyoh)... se tem relação entre ser animal e humano. Por que um é assim e outro de outro jeito, etc...

Na mitologia japonesa há alguma lenda com relação às fadas? Elas existem assim como os youkais?

Existem fadas na mitologia japonesa sim, porém elas diferem um pouco das outras mitologias por terem as asas negras e também elas costumam aparecer em formas de pássaros, cisnes e grous. Elas se chamam Yousei.
Fora as fadas Yousei, também tem lendas sobres outras fadas no Japão, as chamadas Tennin, mas que só apareciam nas montanhas, na qual só um peregrino que subia no topo poderia encontrar alguma.

Na China elas se chamam Hsien.

E parece que há um nome coletivo para todas as entidades espirituais: Shen. Mas eu não tenho certeza, pois a referência que tenho é a de um livro de RPG.

Não se esqueçam da Yuki-ona, a fada da neve!

Há um episódio do filme SONHOS, de Akira Kurosawa, em que uma Fada da Neve tenta matar um grupo de alpinistas. Confiram este filme, que tem outras histórias tiradas dos mitos japoneses, como o casamento das Kitsune (Raposas).

A joia, o espelho e a espada...

Milhares de anos atrás no Japão, acreditava-se que Deuses, feras e humanos viviam juntos na mesma terra. Humanos realizavam sacrifícios aos Deuses em gratidão aos poderes sobrenaturais que os Deuses usavam para ajudá-los, e feras e monstros tinham pouco interferência com humanos. Entretanto, o balanço entre os humanos, Deuses e feras se tornou turbulento quando Izanagi, o primeiro rei dos Deuses (equivalente à Uranus da Mitologia Grega) entrou em guerra contra sua esposa Izanami (equivalente à Gaia da Mitologia Grega) por seus filhos. A guerra consequentemente criou perversos seres -- os Oni -- como soldados da guerra, assim como dragões, que surgiram das plantas que absorveram o sangue dos Deuses.
É claro, nem todas destas novas feras eram perversas, mas o mal nasceu em alguns dos corações dos Deuses durante a guerra (sendo expostos aos vapores do Inferno), e assim os dragões que nasceram de tal sangue se tornaram maléficos. Yamata No Orochi, ou "Dragão de Oito Cabeças" foi uma dessas perversas criaturas de divindade.
A terra de Izumo foi então gratificada com a presença de uma bela princesa conhecida como Kushinada. Orochi atormentou Izumo com sua presença pouco depois que Kushinada completou 16 anos, e reclamou um sacrifício de oito virgens a cada lua cheia para satisfazer sua fome. Se eles falhassem em oferecer o sacrifício, Orochi ameaçou destruir a terra. Anos se passaram e as virgens desapareciam dos campos. Finalmente, apenas a princesa Kushinada restou para ser sacrificada, a fim de poupar as pessoas de Izumo.

continuação...

O Deus do Trovão, Susano-o, veio para estas terras na época. Ele se apaixonou instantaneamente quando ele viu a princesa Kushinada, chorando em sua janela. Ele prometeu ao rei se livrar de Orochi com a condição de que ele pudesse tomar a princesa como sua esposa.
À Orochi foram oferecidos oito jarros de vinho, na noite do prometido sacrifício. O servo que trouxe o vinho insistiu à Orochi que eles deviam entreter-se com o álcool primeiro e então aproveitar a sua refeição tão esperada.
Foi então que o servo retirou seu disfarce para revelar sua verdadeira identidade -- o Deus do Trovão Susano-o. Com sua espada, ele cortou as cabeças do dragão Orochi. Do seu ventre caiu o Sagrado Orbe da Vida, o Magatama, e as lágrimas que gotejaram da última cabeça se transformaram no Espelho.
Em troca pela mão da princesa Kushinada, Susano-o deixou sua espada, mais tarde chamada de "Matador de Dragão", ou Espada Kusanagi, o Orbe Magatama e o Espelho, o qual foi dado à princesa Yata, irmã mais nova de Kushinada.

Kappa

De cor amarelo-esverdeada, têm mais ou menos o tamanho de uma criança de 10 anos e uma reentrância no alto da cabeça (cocuruto).
Se a água que se encontra nessa reentrância for derramada, o Kappa perde imediatamente os seus poderes.
Os Kappas vivem nos rios, nos pântanos e nos lagos e são vampiros, alimentando-se de sangue da presa.
Além de gostarem muito de sangue, têm um fraco pelos pepinos. Um dos meios de os combater consiste em atirar pepinos com os nomes e as idades dos membros da família nas águas onde os Kappas moram, desse modo essas pessoas não cairão nas suas garras.
Os Kappas são ainda conhecidos pela boa educação e por cumprirem suas promessas.

O cabelo de seu cocuruto está caindo? Xiiii, é melhor tomar cuidado, você pode ser um Kappa.
E pepino, você é viciado? Aí não tem dúvidas, pode procurar um laguinho para morar!

Ushiku - Terra natal dos Kappa

Para você que gostam de Kappa, vale a pena dar uma olhada na cidade que se diz a terra natal dos Kappa: Ushiku, na Província de Ibaraki, ao norte de Tokyo. No site da cidade tem áreas explicando inclusive o Kappa Matsuri, o Festival dos Kappa da cidade. O lago da cidade, Ushiku Numa, onde os Kappa vivem, também tem um site, mas em japonês apenas.

Kappa (Criatura Mitológica Japonesa)

Os Kappa (河童) são criaturas místicas, diabretes aquáticos do folclore japonês, mas também há os que afirmam ser uma criatura da criptozoologia, devido aos supostos avistamentos.
São chamados também de Gataro (川太郎).


Aparência

A maioria das ilustrações mostram os Kappa como humanóides do tamanho de uma criança, embora seus corpos se pareçam mais com macacos ou sapos que com seres humanos.
Algumas descrições dizem que suas faces se parecem com gorilas, enquanto outras afirmam que são bicudos, semelhantes à um cágado ou bico de pato.
Figuras normalmente ilustram o Kappa com uma grossa carapaça, como a de uma tartaruga, e uma pele coberta de escamas, cuja cor varia do verde ao amarelo ou azul.

O Kappa habita lagos e rios do Japão e tem várias características que o adaptam à este ambiente, como os dedos das mãos e dos pés com membranas.
Eles podem cheirar como peixes e certamente nadam como tal. A expressão kappa no kawa nagare ("afogamento de kappa") advém da idéia de que até especilalistas ("experts") cometem enganos.

A característica mais incrível do Kappa é, entretanto, a depressão cheia de água no topo de sua cabeça (cocuruto). Esta cavidade é circundada por cabelos despenteados, e este "estilo" de cabelo curto é chamado de okappa atama("cabeça de Kappa").
O Kappa obtém sua incrível força desta cavidade cheia de água, e qualquer um que enfrentá-lo pode explorar este ponto fraco, fazendo o Kappa derramar a água de sua cabeça. Um dos métodos para isso é apelar ao grande senso de etiqueta ou educação de um Kappa, fazendo-o curvar-se em reverência. Ele o fará mesmo que isso signifique que irá derramar toda a água de sua cabeça neste gesto.Uma vez esgotada a água de sua cabeça, o Kappa é gravemente enfraquecido e pode até morrer.
Alguns contos relatam que a água em sua cabeça permite ao Kappa a se locomover fora d'água, e uma vez esvaziada, a criatura fica imobilizada. Os pais utilizam isto como argumento para que as crianças sigam o hábito de sempre curvarem-se para cumprimentar as pessoas, como defesa contra os Kappa.

Comportamento

Os Kappas são desordeiros endiabrados. Suas travessuras vão do relativamente inocente, como um "pum" ruidoso ou uma espiadela por debaixo do kimono de uma mulher, aos mais graves, como roubo de plantações, sequestro de crianças ou até estupro de mulheres.
Na realidade, crianças pequenas são um dos "pratos" favoritos dos gulosos Kappas, embora eles devorem adultos também. Eles alimentam-se destas infelizes vítimas sugando suas vísceras (sangue, fígado, ou "força vital", dependendo da lenda) através do ânus. Até nos dias de hoje, cadáveres encontrados na água são um sinal de alerta da presença de Kappa em algumas cidades e vilas japonesas.
Dizem também que os Kappas têm medo de fogo e algumas vilas realizam festivais de fogos de artifício todos os anos para afugentar as criaturas.

Entretanto, os Kappas não se opõem totalmente aos humanos. Eles têm curiosidade e interesse em relação à civilização humana e podem entender e falar japonês. Assim, algumas vezes eles desafiam aqueles que o encontram à vários testes de habilidades, como no shogi (um jogo popular japonês semelhante ao xadrez) ou até mesmo em uma luta de sumô. Eles até podem ser amigáveis com humanos, em troca de presentes e oferendas, principalmente pepinos, o único alimento conhecido que o Kappa gosta mais que criancinhas.
Pais japoneses, às vezes, escrevem os nomes das crianças (ou deles mesmo) em pepinos e os atiram em águas "infestadas" de Kappas, a fim de apaziguar as criaturas e permitir que a família banhe-se naquelas águas.
Há ainda um sushi recheado de pepino chamado kappamaki, em homenagem aos Kappa.

Uma vez feita amizade, os Kappas são conhecidos também em ajudar os humanos em diversas tarefas, como a ajuda aos fazendeiros na irrigação de suas terras.
Eles têm também um alto conhecimento de medicina e há lendas que relatam que eles ensinaram a arte de curar ossos quebrados aos humanos. Devido à estes aspectos benevolentes, alguns santuários são dedicados à adoração dos Kappas prestativos.
Os Kappas podem ser trapaceados por sua prestatividade. Seu profundo senso de decoro não os permite quebrar um juramento, por exemplo, se um humano trapacear um Kappa e fazê-lo prometer ajudá-lo, o Kappa não terá chances e o ajudará até o fim.

Origem

Há diversas teorias sobre a origem do mito Kappa no Japão.
Uma das possibilidades é que se desenvolveu a partir de um antigo costume japonês de lançar fetos natimortos flutuando em rios e córregos. Outra teoria é que o Kappa foi inventado para explicar o intumescimento do ânus, comumente observado em vítimas de afogamento.
O nome "Kappa" pode ter derivado do termo para o manto usado pelos monges portugueses que chegaram ao Japão no século 16. Eles chamavam aquela peça de vestuário de capa e a aparência dos monges (mantos folgados, parecidos com carapaças e seus cabelos tonsurados) não era distinta às criaturas mitológicas japonesas com nome similar.
Algumas teorias modernas sugerem que o Kappa pode ser um ser espacial alienígena e muitas de suas travessuras são similares àquelas atribuídas aos OVNIS.

Kappa na Cultura Popular

Os Kappas são figuras populares na animação japonesa, em brinquedos infantis e na literatura.
Ilustrações modernas os tornam muito menos monstruosos, mostrando-os como personagens engraçados de histórias em quadrinho e de animações.

Uma famosa aparição na literatura é a estória "Kappa", de Akutagawa Ryunosuke.
Eles aparecem em uma forma mais sinistra como a organização dos INKlings na obra de Haruki Murakami, "Hard-Boiled Wonderland and the End of the World".
O Kappa também foi a inspiração para a criatura do filme Ringu.
Um seriado de animação da TV japonesa, 河童の飼い方 ("Como Criar um Kappa") relata a tentativa hilariante de um garoto em criar um Kappa como um animal de estimação.

O Kappa aparece em diversos jogos de vídeo game, muitos dos quais em formato adaptado ao Ocidente.
Eles são inimigos comuns na série "Final Fantasy", embora renomeados Imps na tradução para o Inglês.
Os Koopas em "Super Mario Bros." também são baseados nas criaturas e "Super Mario World" vai mais longe, chamando a montanha com o pico cheio d'água de "Kappa Mountain".
Dois Pókemons, Lombre e Golduck, são sem dúvidas baseados nos Imps.
InuYasha, Harvest Moon, Animal Crossing e We Love Katamari também são personagens inspirados no Kappa.

No Ocidente há também aparições famosas. A obra "The Man with the Red Tattoo (James Bond)" de Raymond Benson, apresenta um assassino japonês apelidado "The Kappa", devido à sua baixa estatura.
Na série "As Tartarugas Ninja", os personagens são confundidos com um Kappa durante suas aventuras no Japão da era feudal.
"Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" de J.K. Rowling e "Animais Fantásticos e Onde Habitam" de Newt Scamander, também mensionam o Kappa.
O desenho animado "Arthur" possui um episódio em que um dos personagens enfrenta um Kappa durante uma cena.

Fonte: Wikipedia - The Free Encyclopedia

O que você sabem sobre os karsutengu? Personagens que são derivados de garuda (mit. hindu) - meio homens meio corvos?

Em algumas fontes o tengu é retratado como uma mistura de corvo e não sei o quê. Em outras, é um homem com rosto vermelho e nariz fino e longo. Posso estar errado sobre o primeiro, mas no segundo caso, se trata de uma espécie de espírito. E nas duas versões o tengu parece ser uma criatura que gosta de lutas e artes marciais, chegando a ensinar aos homens algumas técnicas.

Tenchu

Li uma matéria numa revista de que tenchus seriam youkais (que significa ser sobrenatural em japonês), seriam anjos, Alguém pode confirmar ou negar isso?

E aquelas máscaras japonesas que servem como uma carranca?
Seria como um amuleto para mal olhado... tem muitas tatoos dessa figura!

Hania e onis

Essas máscaras podem ser da Hanya, onis, e mais alguns figuras folclóricas. A hannya era uma noiva muito ciumenta que criou chifres e onis são demônios.

E a deusa Mkha-sgro-ma?

Aparece em alguns lugares como deusa da mitologia japonesa e em outros como lenda tantra em que seria Daikini, nome traduzido e Mkha-sgro-ma como tibetano... alguém sabe de algo? É mesmo a deusa do medo?

Existem oito Kami do Trovão nos mitos Japoneses

Todos originários dos vermes que roeram a carne morta de Izanami, quando de sua descida ao mundo inferior (Shikome). Apenas Susanowo e Raiden são os mais conhecidos e venerados.

Ref. ao acima: Ko-Ji-Ki (livro de assuntos antigos)

"Em sua cabeça habitava o Grande Trovão (Susanowo), em seu peito morava o Trovão de Fogo (Raiden, talvez?), em seu ventre vivia o Trovão Negro, em suas partes íntimas residia o Trovão Divisor, em sua mão esquerda encontra-se o Trovão Jovem, em sua destra morava o Trovão da Terra, em seu pé esquerdo vivia o Trovão Retumbante, em seu pé direito habitava o Trovão Paciente*. Ao todo, oito Deuses do Trovão haviam nascido e moravam ali."
cf. traduzido no livro Mitos e Leyendas de China e Japón, Donald A. Mackenzie, pág. 350.

* A palavra em castelhano é Yaciente, traduzi como Paciente, mas não tenho certeza. Quem souber castelhano direitinho pode me corrigir!

Tengu

A palavra "tengu" é originária do chinês "tien-kou", que significa "cão celestial". Desde que lhe foram atribuídas características fantásticas, a partir da influência da mitologia chinesa (600 a 700 d.C.), os tengu povoam os mitos e a imaginação dos japoneses.
Entretanto, dentro do O-Chikara, a interpretação é outra. Tengu são energias da natureza que, quando personificadas em ações dinâmicas, apresentam características específicas com diversos aspectos dentro da sua freqüência energética. O estudo dessas energias é profundo, complexo e desconhecido por 99,9% das pessoas. É, portanto, um estudo esotérico (segundo o Aurélio, 'esotérico' é o ensinamento reservado a discípulos completamente instruídos, ou a um círculo restrito e fechado de ouvintes). O senso comum, em contrapartida, prefere mistificar o conceito de tengu, classificando-o meramente como "demônio das montanhas".

Essas personificações arquetípicas originaram uma série de interpretações e descrições a respeito dos Tengu que, não raro, são retratados como "goblins", monstros ou criaturas mágicas. No Japão, ao invés do bicho-papão, são contadas às crianças estórias de tengu, que as perseguiriam. Estão presentes em várias manifestações culturais, como esculturas, máscaras, estórias infantis, lendas e, mais recentemente, nos mangás.

Em 1729, Shissai Chozan escreveu o "Tengu-Geijutsu Ron", em que o narrador recebe ensinamentos sobre a arte da espada diretamente de tengu. No Brasil, esta obra foi publicada como "O Zen na Arte de Conduzir a Espada", de Reinhard Kammer, pela Editora Pensamento. Historicamente, o grande guerreiro do século XII, Minamoto-no Yoshitsune, era conhecido por ter um tengu como professor, que o instruía nas artes marciais e táticas militares. Tais lições possibilitaram o afamado senhor da guerra a vencer seus inimigos. Na verdade, atribui-se a Karassu Tengu o ensinamento da arte da espada aos samurais.

mais...
O poder e a sabedoria de tengu eram temidos pelos japoneses que, quando tinham de atravessar florestas e montanhas, faziam-lhe oferendas de arroz e manju (doce de feijão), pedindo sua proteção. Mokiti Okada, conhecido como Meishu-sama, fundador da Igreja Messiânica, afirma ele próprio ter um Karassu Tengu, em seu "Alicerce do Paraíso - volume 3".

O povo Shizen, composto pelos rebeldes que habitavam as aldeias no norte do Japão, tinha uma especial ligação com Tengu. Essas aldeias se localizavam nas florestas de Hokkaido (antigo Eso), e o "povo da floresta", como eram chamados os Shizen, cultuava os tengu, deles recebendo proteção e instrução.
Devido aos conflitos com as forças militares do Xogum, os rebeldes recorriam aos ensinamentos marciais de tengu para desenvolver suas técnicas de eficiência avassaladora.

No Brasil, tais cultos são realizados desde 1940 pelos descendentes da linhagem Kawazuki.

Sussunda Tengu

Sussunda nasceu nos seios da mãe protetora lua, que se desfez de seu manto negro e entregou ao cosmos, criando assim a primeira sombra na forma de um deus, que habitaria as partes inferiores dos mundos criados por Kamissama. Sussunda aprendeu todos os segredos ligados a noite pelo governo de sua mãe lua. Seu pai sol lhe mostrou as forças energéticas e seu feito na natureza simbólica do mundo de Kamissama. Aprendidas as magias da lua, restava-lhe aprender os segredos do sol que era forte, vigoroso. Sussunda conheceu a junção das duas magias e a importância do positivo e negativo. No fim de uma conversa com Kamissama, Sussunda disse-lhe que não tinha em que usar tanto conhecimento. Kamissama pediu-lhe então que fizesse uma grande magia e espalhasse as energias sólidas de sua criação. Surgiram os planetas que vieram a influenciar no aprendizado de Sussunda. Kamissama pediu que Sussunda caminhasse pelas ruínas e aprendesse com o seu caminho. Ainda garoto conheceu o deus Dai-Konran, o verdadeiro caos, o deus da destruição, a quem Sussunda teve muito respeito. Diante de seus ensinamentos, Sussunda aprendeu o valor da criação e da destruição.Dai-Konran era um velho que vivia na escuridão que restara da explosão que gerou os planetas. A mitologia conta que Dai-Konran vivia nas profundezas de uma imensa cavidade de energia espiritual entre os dois mundos.Dai-Konran ensinou a Sussunda as magias negras que mudam as estruturas espirituais. Era inimigo de Tayo, o deus sol, que cheio de claridade e beleza incomodava o mundo obscuro do deus do caos.Dai-Konran era apaixonado pela deusa lua, que vivia rias noites escuras e era conhecida como Gekko. Ela tomava a noite sempre bela e bonita.Dona da magia negra, Gekko ensinou a Dai-konran os conhecimentos ocultos. Este, encantado, não se conteve e se entregou aos braços de Gekkô, que, enganando-o na sua ânsia de conquistar o deus do sol, criou o temido senhor da destruição.

continuação

No fundo, Daí-Koran era romântico e gostava das coisas bonitas, ficando preso nas desilusões e rancores de seu nascimento. O deus do caos não conformado em ter sido traído jurou destruir tudo que fosse ligado ao deus do sol. Acredita-se que esta seja a origem do mundo kurai, que também se passa como "Kamissama do submundo". Sussunda é filho do deus do sol, mas é aluno fiel do deus do caos. Deste modo, o O-Chikara cultua os dois deuses como forma de respeito aos dois mentores de Sussunda Tengu.