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O Diabo na Encruzilhada

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O Diabo na Encruzilhada Empty O Diabo na Encruzilhada

Mensagem por Baphomet 21/1/2020, 03:14


Tópico para falarmos sobre Robert Johnson (1911 - 1938), o maior bluesman de todos os tempos!!!

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O Diabo na Encruzilhada Empty Re: O Diabo na Encruzilhada

Mensagem por Baphomet 21/1/2020, 03:19


Robert Johnson morreu com 27 anos. É a mesma idade em que Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain e Jim Morrison morreram. A data de sua morte foi 16 de Agosto, mesmo dia da morte de Elvis Presley.

Robert pode só ter deixado 29 músicas, mas elas foram o suficiente para conquistar o mundo todo com seu Blues.
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O Diabo na Encruzilhada Empty Re: O Diabo na Encruzilhada

Mensagem por Baphomet 21/1/2020, 03:21


De todas as Músicas, na minha opinião, Come On in My Kitchen (Take2) é a mais melancólica, e consequentemente a melhor do Robert Johnson... seguida da não menos perfeita "Drunken Hearted Man (Take 2)"... Quando eu estou entorpecido por algum vinho, absorvo essas músicas com a alma...

Aliás, escutar Robert Johnson sem alguma bebida é deixar de apreciar 50% de sua "viagem"...
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Mensagem por Baphomet 21/1/2020, 03:24


O violão de Robert era um Kokomo, marca simples e muito barata. De qualidade precária, não se sabe até hoje como ele conseguiu extrair das gravações uma sonoridade robusta e, ao mesmo tempo fina, com a caixa pequena e estreita do instrumento.

A afinação ele variava muito... lá aberto era o que ele mais usava, mas ele usava várias outras afinações...
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O Diabo na Encruzilhada Empty Re: O Diabo na Encruzilhada

Mensagem por Baphomet 21/1/2020, 03:33


O pacto com o Diabo era real?

É verdade sim, tanto que todas as músicas, com exceção de ''Sweet Home Chicago'', tem referências ao pacto que ele fez. Robert fez esse pacto com o intuito de se tornar o melhor bluesman nunca visto; morreu envenenado (tomando whisky com veneno - posto por um de seus ex-amigos - por vingança), conforme Son House, um dos melhores amigos de Johnson.
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Mensagem por Baphomet 21/1/2020, 03:43


A morte de Robert Johnson:

A respeito da morte do Robert Johnson, eu li em uma pequena biografia dele que veio junto de uma coleção de discos chamada "Roots in Blues". Que ele foi envenenado em um bar, curiosamente, chamado de "Three forks". Ao flertar com a dona do bar o seu marido ciumento serviu-lhe uma garrafa de whisky com veneno, um de seus camaradas derrubou a garrafa e disse para que ele não bebesse uma garrafa que viesse aberta, ele replicou dizendo para que nunca mais fizesse isso novamente. Outra garrafa veio e após alguns dias ele morreu de pneumonia. Na biografia tem um documento que mostra a causa da morte. O interessante mesmo é o nome do bar... hehehe
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Mensagem por Alucard 21/1/2020, 15:13

Baphomet escreveu:
Robert Johnson morreu com 27 anos. É a mesma idade em que Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain e Jim Morrison morreram. A data de sua morte foi 16 de Agosto, mesmo dia da morte de Elvis Presley.

O clube dos 27.

Grandes artistas, todos no auge da carreira, fazendo sucesso em todo mundo, sendo considerados revolucionários no que fazem. Então, de repente, sem aviso, eles morrem todos aos 27 anos de idade. Coincidência? Maldição? Pacto com o demônio?

- Robert Johnson (08/05/1911 – 16/08/1938).
- Brian Jones (28/02/1942 – 03/07/1969).
- Jimi Hendrix (27/11/1942 – 18/09/1970).
- Janis Joplin (19/01/1943 – 04/10/1970).
- Jim Morrison (08/12/1943 – 03/07/1971).
- Kurt Cobain (20/02/1967 – 05/04/1994).
- Amy Winehouse (14/09/1983 – 23/07/2011).

O clube dos 27 se tornou umas das lendas mais famosas. Não existe uma resposta que esclareça o motivo dessas mortes misteriosas. O Clube dos 27 será sempre um mistério, uma lenda que acompanhará o nome dessas grandes estrelas.


Robert pode só ter deixado 29 músicas, mas elas foram o suficiente para conquistar o mundo todo com seu Blues.

O músico deixou 29 composições, porém 41 músicas sendo 12 takes alternativos. O cara, além de só ter duas fotos, fez só duas sessões de gravação.
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Mensagem por Alucard 21/1/2020, 15:16

Baphomet escreveu:
De todas as Músicas, na minha opinião, Come On in My Kitchen (Take2) é a mais melancólica, e consequentemente a melhor do Robert Johnson... seguida da não menos perfeita "Drunken Hearted Man (Take 2)"... Quando eu estou entorpecido por algum vinho, absorvo essas músicas com a alma...

Aliás, escutar Robert Johnson sem alguma bebida é deixar de apreciar 50% de sua "viagem"...

Pra mim é a 32-20 blues. Fantástica em letra e musica!
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Mensagem por Alucard 21/1/2020, 15:20

Baphomet escreveu:
O violão de Robert era um Kokomo, marca simples e muito barata. De qualidade precária, não se sabe até hoje como ele conseguiu extrair das gravações uma sonoridade robusta e, ao mesmo tempo fina, com a caixa pequena e estreita do instrumento.

A afinação ele variava muito... lá aberto era o que ele mais usava, mas ele usava várias outras afinações...

A primeira guitarra geralmente era um Diddley bow (um fio de arame pregado a uma foice, uma pedra como ponte e um bottleneck slide passado junto a corda). O cigar-box, instrumento com uma ou mais cordas, era o próximo estágio. Posteriormente um pedido pelo reembolso postal de uma guitarra da Sears ou por uma Kalamazoo Gibson de segunda mão. As guitarras Martin e Gibson eram as preferidas, incluindo a Gibson Dreadnougtht. Mas, na época anterior à amplificação, músicos preferiam as National ou Dobro de corpo de aço cromado com ressonadores de metal ou diafragmas para amplificar o som. Usavam também a Stella de 12 cordas (Blinde Willie Mctell, Barbecue Bob e outros).
Quanto ao Robert, começou com gaita e pelo que eu soube seu violão (guitarra) era uma Gibson. É o que posso dizer no momento.
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Mensagem por Alucard 21/1/2020, 15:26

Baphomet escreveu:
O pacto com o Diabo era real?

É verdade sim, tanto que todas as músicas, com exceção de ''Sweet Home Chicago'', tem referências ao pacto que ele fez. Robert fez esse pacto com o intuito de se tornar o melhor bluesman nunca visto; morreu envenenado (tomando whisky com veneno - posto por um de seus ex-amigos - por vingança), conforme Son House, um dos melhores amigos de Johnson.

Lendas sobre essa lenda tem aos montes: a encruzilhada, o violão velho que teve um som perfeito na hora da gravação, enfim, tudo era inveja de Son House ou Robert vendeu a alma mesmo?

Bom, se fosse para fazer uma base ele até dava para o gasto, mas depois virou o diabo bluesman que é...

Isso é a lenda. A verdade é que os recursos eram poucos, o que hoje, desperta toda a sua geniosidade para tal época. Quem escuta o Eric Clapton no disco Me and Mr Johnson, gravado em 2004, entende perfeitamente essa transformação em relação ao tempo. Ele fez o que os Beatles fizeram no início da década de 60, ou seja, revolucionou.
Mas na época não existia mídia, tudo era no "boca a boca", no "telefone sem fio". Ora! Só podia ser coisa do diabo.
O cara era, ou ainda é, um gênio. O diabo é quem sabe.
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Mensagem por Alucard 21/1/2020, 15:33

Baphomet escreveu:
A morte de Robert Johnson:

A respeito da morte do Robert Johnson, eu li em uma pequena biografia dele que veio junto de uma coleção de discos chamada "Roots in Blues". Que ele foi envenenado em um bar, curiosamente, chamado de "Three forks". Ao flertar com a dona do bar o seu marido ciumento serviu-lhe uma garrafa de whisky com veneno, um de seus camaradas derrubou a garrafa e disse para que ele não bebesse uma garrafa que viesse aberta, ele replicou dizendo para que nunca mais fizesse isso novamente. Outra garrafa veio e após alguns dias ele morreu de pneumonia. Na biografia tem um documento que mostra a causa da morte. O interessante mesmo é o nome do bar... hehehe

Se Johnson tivesse sido um pouquinho mais legal com suas meninas, soubesse lidar melhor com as damas, talvez estivesse no lugar de Muddy Waters. - Sobre a misteriosa lenda do blues, Robert Johnson, morto muito jovem. (Keith Richards em seu livro).

Não tem a causa da morte dele... Quem tem o DVD do Eric Clapton, "Sessions For Robert J", sabe do que eu estou falando... mostra o atestado de óbito com o nome dele e tudo mais, porém onde deveria estar a causa da morte está escrito: "No Doctor"... ou seja, não tinha médico para avaliar o cadáver, ou mesmo por ele ser negro, e ainda mais no sul dos EUA, um médico poderia não querer nem chegar perto dele...

Portanto, quem fala aí que foi veneno e o caramba, acho que está errado, o próprio Eric Clapton fala que a morte dele é e sempre vai ser um enigma... ninguém sabe ao certo o que aconteceu, é tudo especulação!

Porém, o atestado está lá...
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Mensagem por Cachorrão 21/1/2020, 21:23


O que mais acredito até agora foi uma espécie de artigo ou livro que li, escrito pelo parceiro de Johnson, um tal de Willie Brown.
A verdade é que Robert Johnson não tocava bem, e admirava muito Son House, e lhe disse que queria segui-lo pela sua carreira. Son House o humilhou, e Johnson o ouviu dizendo pra um cara que o que Robert fazia não era e NUNCA seria Blues.
Robert Johnson sumiu por uns tempos, REALMENTE ele foi na tal encruzilhada da rodovia 49 com 61, de Clarksdale eu acho, à meia noite. Ele levava seu violão dobro e fumava Lucky Strike. Mas não foi pra EXATAMENTE fazer o pacto, e sim para se encontrar com um tal de Thomas (que imagino que não seja Satã  devil ), e no silêncio da noite, Robert ouviu um bend sufocante de uma gaita, e quando se virou era Thomas. Este pegou o violão de sua mão, e afinou uns tons abaixo até ficar na afinação DADGAD se não me engano, e depois disso tocou um Blues. Na mesma hora Robert pegou o violão de volta e conseguiu tocar o mesmo Blues, e suas músicas que na afinação anterior não faziam sentido, agora se entrou nos eixos.
No seu breve retorno, Robert estava tocando BEM MELHOR vamos se dizer, e Son House ficou com inveja e disse: "Ele só pode ter vendido a alma ao diabo!", e espalhou esse mito que correu por volta de todo o mundo, desde o Mississippi, Chicago, Brasil etc.  piscadinha  

As duas teorias não são descartáveis, mas acredito que ele fez músicas como "Blues da Encruzilhada" ou "Blues sobre mim e o diabo" para dar fama.  guitar

Essa foi a história que eu venho mais acreditando a partir daí, e espero que vocês cheguem perto de uma conclusão!
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Mensagem por Alquimista 22/1/2020, 01:51


E eu achando que vocês estavam a falar sobre o outro Robert Johnson (c. 1583 – 1633), o alaudista de Shakespeare.
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Mensagem por Masses Crusher 22/1/2020, 02:09

Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
Robert Johnson morreu com 27 anos. É a mesma idade em que Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain e Jim Morrison morreram. A data de sua morte foi 16 de Agosto, mesmo dia da morte de Elvis Presley.

O clube dos 27.

Grandes artistas, todos no auge da carreira, fazendo sucesso em todo mundo, sendo considerados revolucionários no que fazem. Então, de repente, sem aviso, eles morrem todos aos 27 anos de idade. Coincidência? Maldição? Pacto com o demônio?

- Robert Johnson (08/05/1911 – 16/08/1938).
- Brian Jones (28/02/1942 – 03/07/1969).
- Jimi Hendrix (27/11/1942 – 18/09/1970).
- Janis Joplin (19/01/1943 – 04/10/1970).
- Jim Morrison (08/12/1943 – 03/07/1971).
- Kurt Cobain (20/02/1967 – 05/04/1994).
- Amy Winehouse (14/09/1983 – 23/07/2011).

O clube dos 27 se tornou umas das lendas mais famosas. Não existe uma resposta que esclareça o motivo dessas mortes misteriosas. O Clube dos 27 será sempre um mistério, uma lenda que acompanhará o nome dessas grandes estrelas.

Clube dos 27!

O primeiro a entrar nessa lista macabra foi Robert Johnson (08/05/1911 – 16/08/1938), ele que era considerado um dos grandes gênios da guitarra de sua época, acabou falecendo aos 27 anos, de uma causa desconhecida, pois nenhum médico atestou seu óbito. Muito se fala que sua morte foi causada pelo pacto que ele havia feito com o Diabo, para que conseguisse tocar guitarra e fazer sucesso. Mesmo com a carreira interrompida tão cedo, Robert foi uma forte influência a centenas de músicos que vieram depois dele, tais como: Bob Dylan, Eric Clapton e até mesmo Jimi Hendrix.

O segundo grande músico a fazer parte dessa lista foi Brian Jones (28/02/1942 – 03/07/1969), um dos fundadores do Rolling Stones. Ele foi encontrado morto em sua casa, afogado na piscina, somente em 1993 o assassino confessou o crime. Mesmo assim sua morte ainda está envolta em muito mistério.

O terceiro a fazer parte do Clube dos 27 foi uma das estrelas mais importante de toda a história do Rock. Jimi Hendrix (27/11/1942 – 18/09/1970), considerado por muitos como o maior guitarrista de todos os tempos, também teve sua vida encurtada, falecendo aos 27 anos, engasgado com o próprio vômito.
Por sua morte ter sido bastante incomum, muitas teorias começaram a surgir, mas foram poucos dias depois e a morte de outra estrela do Rock que fizeram a lenda do Clube dos 27 criar fama.

Apenas 16 dias após a morte trágica de Jimi Hendrix, outra importante figura do Rock morreu, também aos 27 anos de idade. Janis Joplin (19/01/1943 – 04/10/1970) faleceu devido a uma overdose de heroína. Ela que teve uma história curta mais marcante na música, deixou milhões de fãs desolados com outra perda importante em pouco tempo.

Mal o Rock’n’Roll havia se recuperado de duas importantes baixas no ano de 1970, mais uma estrela partiu, deixando uma tristeza enorme. Jim Morrison (08/12/1943 – 03/07/1971) devido a ataque de coração, mas poucas pessoas acreditam no relato oficial, muitos dizem que a verdadeira causa seria overdose, apesar de Jim não ser um consumidor ferrenho de heroína.

Muitos anos se passaram e a lenda do Clube dos 27 estava meio esquecida, mas no ano de 1994 ela ressurgiu com toda a força, pois o maior ídolo do Rock naquela época, Kurt Cobain (20/02/1967 – 05/04/1994), cometeu suicídio no auge do sua carreira, quando ele tinha 27 anos de idade.

Amy Winehouse nasceu em Londres a 14 de setembro de 1983. Em 2003 lançou o seu primeiro álbum, ‘Frank’, mas foi em 2006 que Amy atingiu o topo da sua carreira musical ao lançar ‘Back to Black’ que venceu cinco prêmios nos Grammy Awards daquele ano. A cantora de 27 anos foi encontrada morta no seu apartamento em Camden, no norte de Londres.Amy Winehouse. Tinha problemas com álcool e drogas, desde antes do sucesso. Vários meios de comunicação londrinos apontam uma overdose como causa da morte.
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Mensagem por Masses Crusher 22/1/2020, 02:12

Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
O violão de Robert era um Kokomo, marca simples e muito barata. De qualidade precária, não se sabe até hoje como ele conseguiu extrair das gravações uma sonoridade robusta e, ao mesmo tempo fina, com a caixa pequena e estreita do instrumento.

A afinação ele variava muito... lá aberto era o que ele mais usava, mas ele usava várias outras afinações...

A primeira guitarra geralmente era um Diddley bow (um fio de arame pregado a uma foice, uma pedra como ponte e um bottleneck slide passado junto a corda). O cigar-box, instrumento com uma ou mais cordas, era o próximo estágio. Posteriormente um pedido pelo reembolso postal de uma guitarra da Sears ou por uma Kalamazoo Gibson de segunda mão. As guitarras Martin e Gibson eram as preferidas, incluindo a Gibson Dreadnougtht. Mas, na época anterior à amplificação, músicos preferiam as National ou Dobro de corpo de aço cromado com ressonadores de metal ou diafragmas para amplificar o som. Usavam também a Stella de 12 cordas (Blinde Willie Mctell, Barbecue Bob e outros).
Quanto ao Robert, começou com gaita e pelo que eu soube seu violão (guitarra) era uma Gibson. É o que posso dizer no momento.

Realmente, ele usava um Gibson para suas apresentações, mas escolhia um Kalamazoo para ocasiões especiais.
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Mensagem por Masses Crusher 22/1/2020, 02:14

Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
O pacto com o Diabo era real?

É verdade sim, tanto que todas as músicas, com exceção de ''Sweet Home Chicago'', tem referências ao pacto que ele fez. Robert fez esse pacto com o intuito de se tornar o melhor bluesman nunca visto; morreu envenenado (tomando whisky com veneno - posto por um de seus ex-amigos - por vingança), conforme Son House, um dos melhores amigos de Johnson.

Lendas sobre essa lenda tem aos montes: a encruzilhada, o violão velho que teve um som perfeito na hora da gravação, enfim, tudo era inveja de Son House ou Robert vendeu a alma mesmo?

Bom, se fosse para fazer uma base ele até dava para o gasto, mas depois virou o diabo bluesman que é...

Isso é a lenda. A verdade é que os recursos eram poucos, o que hoje, desperta toda a sua geniosidade para tal época. Quem escuta o Eric Clapton no disco Me and Mr Johnson, gravado em 2004, entende perfeitamente essa transformação em relação ao tempo. Ele fez o que os Beatles fizeram no início da década de 60, ou seja, revolucionou.
Mas na época não existia mídia, tudo era no "boca a boca", no "telefone sem fio". Ora! Só podia ser coisa do diabo.
O cara era, ou ainda é, um gênio. O diabo é quem sabe.

Uns acreditam em boto cor de rosa, uns em curupira, outros em santos milagreiros, em vampiros e demônios, na política, INSS, papai noel, amor, lobisomem dentre tantas outras lendas da Humanidade.
Então acreditem o cara aqui é uma lenda, é a prova viva que, quando se faz com o diabo, o diabo faz pagar.

É por isso que sou fã do Robert riso 2
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Mensagem por Masses Crusher 22/1/2020, 02:17

Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
A morte de Robert Johnson:

A respeito da morte do Robert Johnson, eu li em uma pequena biografia dele que veio junto de uma coleção de discos chamada "Roots in Blues". Que ele foi envenenado em um bar, curiosamente, chamado de "Three forks". Ao flertar com a dona do bar o seu marido ciumento serviu-lhe uma garrafa de whisky com veneno, um de seus camaradas derrubou a garrafa e disse para que ele não bebesse uma garrafa que viesse aberta, ele replicou dizendo para que nunca mais fizesse isso novamente. Outra garrafa veio e após alguns dias ele morreu de pneumonia. Na biografia tem um documento que mostra a causa da morte. O interessante mesmo é o nome do bar... hehehe

Se Johnson tivesse sido um pouquinho mais legal com suas meninas, soubesse lidar melhor com as damas, talvez estivesse no lugar de Muddy Waters. - Sobre a misteriosa lenda do blues, Robert Johnson, morto muito jovem. (Keith Richards em seu livro).

Não tem a causa da morte dele... Quem tem o DVD do Eric Clapton, "Sessions For Robert J", sabe do que eu estou falando... mostra o atestado de óbito com o nome dele e tudo mais, porém onde deveria estar a causa da morte está escrito: "No Doctor"... ou seja, não tinha médico para avaliar o cadáver, ou mesmo por ele ser negro, e ainda mais no sul dos EUA, um médico poderia não querer nem chegar perto dele...

Portanto, quem fala aí que foi veneno e o caramba, acho que está errado, o próprio Eric Clapton fala que a morte dele é e sempre vai ser um enigma... ninguém sabe ao certo o que aconteceu, é tudo especulação!

Porém, o atestado está lá...

A causa da morte dele foi envenenamento... antigamente era comum reaproveitar as garrafas vazias, e infelizmente a garrafa que ele bebeu a birita continha veneno, só isso.
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Mensagem por Baphomet 22/1/2020, 03:06

Masses Crusher escreveu:
Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
O violão de Robert era um Kokomo, marca simples e muito barata. De qualidade precária, não se sabe até hoje como ele conseguiu extrair das gravações uma sonoridade robusta e, ao mesmo tempo fina, com a caixa pequena e estreita do instrumento.

A afinação ele variava muito... lá aberto era o que ele mais usava, mas ele usava várias outras afinações...

A primeira guitarra geralmente era um Diddley bow (um fio de arame pregado a uma foice, uma pedra como ponte e um bottleneck slide passado junto a corda). O cigar-box, instrumento com uma ou mais cordas, era o próximo estágio. Posteriormente um pedido pelo reembolso postal de uma guitarra da Sears ou por uma Kalamazoo Gibson de segunda mão. As guitarras Martin e Gibson eram as preferidas, incluindo a Gibson Dreadnougtht. Mas, na época anterior à amplificação, músicos preferiam as National ou Dobro de corpo de aço cromado com ressonadores de metal ou diafragmas para amplificar o som. Usavam também a Stella de 12 cordas (Blinde Willie Mctell, Barbecue Bob e outros).
Quanto ao Robert, começou com gaita e pelo que eu soube seu violão (guitarra) era uma Gibson. É o que posso dizer no momento.

Realmente, ele usava um Gibson para suas apresentações, mas escolhia um Kalamazoo para ocasiões especiais.

O violão que ele usava era de uma marca chamada KOKOMO, e parece que era bem ruinzinho.

"Uma de suas músicas, Crossroads, falava de uma encruzilhada e do seu encontro com o demônio. O seu violão era um Kokomo, marca simples, muito barata e de qualidade precária. Ninguém sabe como ele conseguiu arrancar uma boa sonoridade daquele violão. Isto confirma que ele fez um pacto com o Diabo para obter a fama? Mistério..."
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Mensagem por Baphomet 22/1/2020, 03:09

Masses Crusher escreveu:
Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
O pacto com o Diabo era real?

É verdade sim, tanto que todas as músicas, com exceção de ''Sweet Home Chicago'', tem referências ao pacto que ele fez. Robert fez esse pacto com o intuito de se tornar o melhor bluesman nunca visto; morreu envenenado (tomando whisky com veneno - posto por um de seus ex-amigos - por vingança), conforme Son House, um dos melhores amigos de Johnson.

Lendas sobre essa lenda tem aos montes: a encruzilhada, o violão velho que teve um som perfeito na hora da gravação, enfim, tudo era inveja de Son House ou Robert vendeu a alma mesmo?

Bom, se fosse para fazer uma base ele até dava para o gasto, mas depois virou o diabo bluesman que é...

Isso é a lenda. A verdade é que os recursos eram poucos, o que hoje, desperta toda a sua geniosidade para tal época. Quem escuta o Eric Clapton no disco Me and Mr Johnson, gravado em 2004, entende perfeitamente essa transformação em relação ao tempo. Ele fez o que os Beatles fizeram no início da década de 60, ou seja, revolucionou.
Mas na época não existia mídia, tudo era no "boca a boca", no "telefone sem fio". Ora! Só podia ser coisa do diabo.
O cara era, ou ainda é, um gênio. O diabo é quem sabe.

Uns acreditam em boto cor de rosa, uns em curupira, outros em santos milagreiros, em vampiros e demônios, na política, INSS, papai noel, amor, lobisomem dentre tantas outras lendas da Humanidade.
Então acreditem o cara aqui é uma lenda, é a prova viva que, quando se faz com o diabo, o diabo faz pagar.

É por isso que sou fã do Robert  riso 2

Se alguém aqui assistiu a série Sobrenatural, tem um episódio chamado Crossroad Blues que conta justamente a lenda de Robert Johnson, e é bem interessante. Lá diz que ele morreu dizendo haver cães atrás dele, mas a verdade é que só ele os via! Mostra inclusive o pacto na encruzilhada em frente a um bar de blues chamado Lloyd's, que acredito ser fictício, mas enfim...é bem legal, assistam!
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Mensagem por Baphomet 22/1/2020, 03:12

Masses Crusher escreveu:
Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
A morte de Robert Johnson:

A respeito da morte do Robert Johnson, eu li em uma pequena biografia dele que veio junto de uma coleção de discos chamada "Roots in Blues". Que ele foi envenenado em um bar, curiosamente, chamado de "Three forks". Ao flertar com a dona do bar o seu marido ciumento serviu-lhe uma garrafa de whisky com veneno, um de seus camaradas derrubou a garrafa e disse para que ele não bebesse uma garrafa que viesse aberta, ele replicou dizendo para que nunca mais fizesse isso novamente. Outra garrafa veio e após alguns dias ele morreu de pneumonia. Na biografia tem um documento que mostra a causa da morte. O interessante mesmo é o nome do bar... hehehe

Se Johnson tivesse sido um pouquinho mais legal com suas meninas, soubesse lidar melhor com as damas, talvez estivesse no lugar de Muddy Waters. - Sobre a misteriosa lenda do blues, Robert Johnson, morto muito jovem. (Keith Richards em seu livro).

Não tem a causa da morte dele... Quem tem o DVD do Eric Clapton, "Sessions For Robert J", sabe do que eu estou falando... mostra o atestado de óbito com o nome dele e tudo mais, porém onde deveria estar a causa da morte está escrito: "No Doctor"... ou seja, não tinha médico para avaliar o cadáver, ou mesmo por ele ser negro, e ainda mais no sul dos EUA, um médico poderia não querer nem chegar perto dele...

Portanto, quem fala aí que foi veneno e o caramba, acho que está errado, o próprio Eric Clapton fala que a morte dele é e sempre vai ser um enigma... ninguém sabe ao certo o que aconteceu, é tudo especulação!

Porém, o atestado está lá...

A causa da morte dele foi envenenamento... antigamente era comum reaproveitar as garrafas vazias, e infelizmente a garrafa que ele bebeu a birita continha veneno, só isso.

O veneno não o matou mas o debilitou muito.
Naquela época (e ainda hoje) não havia atendimento médico para negros nos Estados Unidos.
Ele morreu três dias depois de Pneumonia, numa tenda, que servia para a Igreja atender doentes (na base da sopinha e de orações).
Assim como pra muitos de sua época, morrer cedo de doenças foi algo comum.
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O Diabo na Encruzilhada Empty Re: O Diabo na Encruzilhada

Mensagem por Alquimista 22/1/2020, 03:34

Masses Crusher escreveu:
Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
Robert Johnson morreu com 27 anos. É a mesma idade em que Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain e Jim Morrison morreram. A data de sua morte foi 16 de Agosto, mesmo dia da morte de Elvis Presley.

O clube dos 27.

Grandes artistas, todos no auge da carreira, fazendo sucesso em todo mundo, sendo considerados revolucionários no que fazem. Então, de repente, sem aviso, eles morrem todos aos 27 anos de idade. Coincidência? Maldição? Pacto com o demônio?

- Robert Johnson (08/05/1911 – 16/08/1938).
- Brian Jones (28/02/1942 – 03/07/1969).
- Jimi Hendrix (27/11/1942 – 18/09/1970).
- Janis Joplin (19/01/1943 – 04/10/1970).
- Jim Morrison (08/12/1943 – 03/07/1971).
- Kurt Cobain (20/02/1967 – 05/04/1994).
- Amy Winehouse (14/09/1983 – 23/07/2011).

O clube dos 27 se tornou umas das lendas mais famosas. Não existe uma resposta que esclareça o motivo dessas mortes misteriosas. O Clube dos 27 será sempre um mistério, uma lenda que acompanhará o nome dessas grandes estrelas.

Clube dos 27!

O primeiro a entrar nessa lista macabra foi Robert Johnson (08/05/1911 – 16/08/1938), ele que era considerado um dos grandes gênios da guitarra de sua época, acabou falecendo aos 27 anos, de uma causa desconhecida, pois nenhum médico atestou seu óbito. Muito se fala que sua morte foi causada pelo pacto que ele havia feito com o Diabo, para que conseguisse tocar guitarra e fazer sucesso. Mesmo com a carreira interrompida tão cedo, Robert foi uma forte influência a centenas de músicos que vieram depois dele, tais como: Bob Dylan, Eric Clapton e até mesmo Jimi Hendrix.

O segundo grande músico a fazer parte dessa lista foi Brian Jones (28/02/1942 – 03/07/1969), um dos fundadores do Rolling Stones. Ele foi encontrado morto em sua casa, afogado na piscina, somente em 1993 o assassino confessou o crime. Mesmo assim sua morte ainda está envolta em muito mistério.

O terceiro a fazer parte do Clube dos 27 foi uma das estrelas mais importante de toda a história do Rock. Jimi Hendrix (27/11/1942 – 18/09/1970), considerado por muitos como o maior guitarrista de todos os tempos, também teve sua vida encurtada, falecendo aos 27 anos, engasgado com o próprio vômito.
Por sua morte ter sido bastante incomum, muitas teorias começaram a surgir, mas foram poucos dias depois e a morte de outra estrela do Rock que fizeram a lenda do Clube dos 27 criar fama.

Apenas 16 dias após a morte trágica de Jimi Hendrix, outra importante figura do Rock morreu, também aos 27 anos de idade. Janis Joplin (19/01/1943 – 04/10/1970) faleceu devido a uma overdose de heroína. Ela que teve uma história curta mais marcante na música, deixou milhões de fãs desolados com outra perda importante em pouco tempo.

Mal o Rock’n’Roll havia se recuperado de duas importantes baixas no ano de 1970, mais uma estrela partiu, deixando uma tristeza enorme. Jim Morrison (08/12/1943 – 03/07/1971) devido a ataque de coração, mas poucas pessoas acreditam no relato oficial, muitos dizem que a verdadeira causa seria overdose, apesar de Jim não ser um consumidor ferrenho de heroína.

Muitos anos se passaram e a lenda do Clube dos 27 estava meio esquecida, mas no ano de 1994 ela ressurgiu com toda a força, pois o maior ídolo do Rock naquela época, Kurt Cobain (20/02/1967 – 05/04/1994), cometeu suicídio no auge do sua carreira, quando ele tinha 27 anos de idade.

Amy Winehouse nasceu em Londres a 14 de setembro de 1983. Em 2003 lançou o seu primeiro álbum, ‘Frank’, mas foi em 2006 que Amy atingiu o topo da sua carreira musical ao lançar ‘Back to Black’ que venceu cinco prêmios nos Grammy Awards daquele ano. A cantora de 27 anos foi encontrada morta no seu apartamento em Camden, no norte de Londres.Amy Winehouse. Tinha problemas com álcool e drogas, desde antes do sucesso. Vários meios de comunicação londrinos apontam uma overdose como causa da morte.

''VOCÊ NUNCA VAI FAZER 28''

Oh, agora vocês falam de uma maldição dos 27 anos. Misturam teorias conspiratórias, buscam explicações na numerologia, apelam para a astrologia. Então, eu levaria Jim Morrison e Jimi Hendrix pelo simples fato de que eles nasceram sob o signo de Sagitário? Poupem-me. Mistificar o simples é algo tão humano que me traz uma sensação rara: sorrir. Resolvi, portanto, dar algumas respostas. Não é isso que vocês vivem procurando?

Antes de qualquer coisa, Brian Jones foi um engano. Logo, toda a teoria da maldição dos 27 é baseada em um erro. Um erro primário, confesso. O meu alvo era Keith Richards, mas estava em uma péssima noite. Adoro Brian, ele é muito talentoso, acredite, pois o ouço todos os dias. Não tinha motivos para levá-lo. Ele tinha sido expulso da banda, estava triste e minha encrenca era com Mick e Keith. Muito por causa daquela canção Sympathy for the Devil. Eu adoraria que aqueles versos tivessem sido escritos para mim. Então, resolvi usá-los contra Keith. Cheguei cantando: Please allow me to introduce myself, I’m a man of wealth and taste, I’ve been around for a long, long years… Mas atingi Brian. Em troca, dei a Keith todos os anos de vida que Brian teria direito. E isso, apenas isso, explica o fato dele estar vivo. Ele não é um sobrevivente, eu que me senti culpada. Ele pode subir em coqueiros, tomar doses cavalares de bebida e continuar andando, porque eu, um reles imortal, cometi um pequeno deslize.

Voltemos aos fatos como eu vivi, ou morri. Jimi Hendrix veio depois. Mas preste atenção nessa letra: angel came down from heaven yesterday, she stayed with me just long enough to rescue me. Ok, não sou um anjo. Mas entendo a metáfora como quiser e levei ao pé da letra. Achava que era comigo que ele estava falando. Aproveito para acabar com um dos mitos que me cercam. Jimi Hendrix não toca com Stevie Ray Vaughan, nem faz jam sessions com Charlie Parker. Seria injusto ouvir algo que você, mortal, nunca ouviu. Sim, eu tenho um senso de justiça.

Ou você acha que é à toa que inúmeras versões inéditas surgem após a morte? Que, por décadas, esses artistas mantenham a presença nos rankings de venda? Eu simplesmente sei criar um mito. Ah, se eu gostasse tanto do número 27 teria levado Stevie Ray com essa idade. E aí, sim, teríamos uma grande teoria.

Janis Joplin? Ela cantava Farewell Song. Preciso explicar muito? E, cá entre nós, acho que a sua voz não continuaria a mesma. E seria doído vê-la cantando pior. Há uma outra questão humana. Com tanto artista ruim, porque eu levo os melhores? Bem, em que momento vocês imaginaram que eu teria mau gosto musical? Eu simplesmente gosto de boa música!!!

Depois tem o menino Jim Morrison. Eu sou discreta, chego sem esperar. Mas quando ouvi “The End” pensei: esse rapaz sabe que eu estou chegando. E gosto de me imaginar como o beautiful friend da letra. Ver The Doors em turnê com outros cantores quase me traz um arrependimento. Ele não merecia isso. E Val Kilmer? Pensei em adiantar a vinda de um certo diretor só por essa escolha. Mas com Jim, senti que os 27 seriam um assunto. E isto foi algo pensado. Pela primeira vez, até então. E descansei. Gary Thain do Uriah Heep? Alan Wilson do Canned Heat? Pigpen do Grateful Dead? Ah, não me subestime. Todos ao acaso. Não fosse a busca pela internet, você não conseguiria ligar um assunto ao outro.

Tive muito trabalho nesse tempo. Levei grandes do reggae, o rei do rock, pelo menos uma dúzia de rappers, o menino Lennon e o maior ídolo pop de todos os tempos. Eternizei lendas, marquei seus lugares na história. E aí, vem a tal maldição dos 27 com Kurt Cobain. Sério? O cara canta: I hate myself and I want to die, Come on death e vocês acham que ele se foi por causa dos 27? Eu simplesmente adorava a audácia desse rapaz. Gostava como ele escrevia canções para mim. Vocês não sabem, mas me doeu tanto que vesti xadrez por um mês em luto. Em troca, lhes deixei o Dave Grohl repleto de ideias. E, mais uma vez, diversos takes inéditos do Nirvana.

E agora, vocês lamentam pela Amy. Fazem novas conjecturas com os 27. Uma explicação: ela era simplesmente muito talentosa. Você não escolhe o seu playlist? Eu também. E, de quebra, preservei sua voz em Back to Black. Com o tempo, vocês esquecerão a imagem de uma artista em decadência física e se lembrarão apenas de sua grande voz. Por isso, ela não fez 28.

Encerrando: não me importa 27 ou 42. Ah, você em suas crenças não se tocou que Peter Tosh e Elvis morreram com 42? A morte é o meu trabalho, apenas. E eu não acredito em superstições. Último pedido? Olha que ironia, eu falando em último pedido. Se é para fazer uma versão de uma canção de alguém que eu levei, que seja realmente boa. Eles raramente se sentem homenageados. Digo-lhes com conhecimento.

PS: "Não comentei sobre Robert Johnson porque temos um acordo."


Por Andre Kassu
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O Diabo na Encruzilhada Empty Re: O Diabo na Encruzilhada

Mensagem por Alucard 22/1/2020, 03:45

Baphomet escreveu:
Masses Crusher escreveu:
Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
O violão de Robert era um Kokomo, marca simples e muito barata. De qualidade precária, não se sabe até hoje como ele conseguiu extrair das gravações uma sonoridade robusta e, ao mesmo tempo fina, com a caixa pequena e estreita do instrumento.

A afinação ele variava muito... lá aberto era o que ele mais usava, mas ele usava várias outras afinações...

A primeira guitarra geralmente era um Diddley bow (um fio de arame pregado a uma foice, uma pedra como ponte e um bottleneck slide passado junto a corda). O cigar-box, instrumento com uma ou mais cordas, era o próximo estágio. Posteriormente um pedido pelo reembolso postal de uma guitarra da Sears ou por uma Kalamazoo Gibson de segunda mão. As guitarras Martin e Gibson eram as preferidas, incluindo a Gibson Dreadnougtht. Mas, na época anterior à amplificação, músicos preferiam as National ou Dobro de corpo de aço cromado com ressonadores de metal ou diafragmas para amplificar o som. Usavam também a Stella de 12 cordas (Blinde Willie Mctell, Barbecue Bob e outros).
Quanto ao Robert, começou com gaita e pelo que eu soube seu violão (guitarra) era uma Gibson. É o que posso dizer no momento.

Realmente, ele usava um Gibson para suas apresentações, mas escolhia um Kalamazoo para ocasiões especiais.

O violão que ele usava era de uma marca chamada KOKOMO, e parece que era bem ruinzinho.

"Uma de suas músicas, Crossroads, falava de uma encruzilhada e do seu encontro com o demônio. O seu violão era um Kokomo, marca simples, muito barata e de qualidade precária. Ninguém sabe como ele conseguiu arrancar uma boa sonoridade daquele violão. Isto confirma que ele fez um pacto com o Diabo para obter a fama? Mistério..."

Só quem poderia dizer corretamente eram Johnny Shines, Sonny Boy Williamson, Robert Lockwood Junior ou David Honey Boy Edwards e outros que o conheceram. Apenas tentamos responder o que lemos em livros dos pesquisadores. Na verdade nunca saberemos corretamente. Mas são boas essas discussões aqui porque trocamos informações sobre o blues.
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O Diabo na Encruzilhada Empty Re: O Diabo na Encruzilhada

Mensagem por Alucard 22/1/2020, 03:52

Baphomet escreveu:
Masses Crusher escreveu:
Alucard escreveu:
Baphomet escreveu:
A morte de Robert Johnson:

A respeito da morte do Robert Johnson, eu li em uma pequena biografia dele que veio junto de uma coleção de discos chamada "Roots in Blues". Que ele foi envenenado em um bar, curiosamente, chamado de "Three forks". Ao flertar com a dona do bar o seu marido ciumento serviu-lhe uma garrafa de whisky com veneno, um de seus camaradas derrubou a garrafa e disse para que ele não bebesse uma garrafa que viesse aberta, ele replicou dizendo para que nunca mais fizesse isso novamente. Outra garrafa veio e após alguns dias ele morreu de pneumonia. Na biografia tem um documento que mostra a causa da morte. O interessante mesmo é o nome do bar... hehehe

Se Johnson tivesse sido um pouquinho mais legal com suas meninas, soubesse lidar melhor com as damas, talvez estivesse no lugar de Muddy Waters. - Sobre a misteriosa lenda do blues, Robert Johnson, morto muito jovem. (Keith Richards em seu livro).

Não tem a causa da morte dele... Quem tem o DVD do Eric Clapton, "Sessions For Robert J", sabe do que eu estou falando... mostra o atestado de óbito com o nome dele e tudo mais, porém onde deveria estar a causa da morte está escrito: "No Doctor"... ou seja, não tinha médico para avaliar o cadáver, ou mesmo por ele ser negro, e ainda mais no sul dos EUA, um médico poderia não querer nem chegar perto dele...

Portanto, quem fala aí que foi veneno e o caramba, acho que está errado, o próprio Eric Clapton fala que a morte dele é e sempre vai ser um enigma... ninguém sabe ao certo o que aconteceu, é tudo especulação!

Porém, o atestado está lá...

A causa da morte dele foi envenenamento... antigamente era comum reaproveitar as garrafas vazias, e infelizmente a garrafa que ele bebeu a birita continha veneno, só isso.

O veneno não o matou mas o debilitou muito.
Naquela época (e ainda hoje) não havia atendimento médico para negros nos Estados Unidos.
Ele morreu três dias depois de Pneumonia, numa tenda, que servia para a Igreja atender doentes (na base da sopinha e de orações).
Assim como pra muitos de sua época, morrer cedo de doenças foi algo comum.

Hoje tem muito material sobre a vida dele. Livros em português vai ser mais difícil achar. Tem o livro do Roberto Muggiati (Da lama à fama de 1995), Coleção mestres do blues, e vários outros. Agora se você fala inglês e quer ver o que considero o melhor sobre a vida dele, procura o dvd The search for Robert Johnson. Lançado em 1992 com John Hammond. Não tem legendas. É muito bom. O John Hammond viaja de carro com o Honey boy Edwards pelos lugares onde o Robert andava, entrevista um dos irmãos dele, encontra a namorada que ele fala no final da música Love in vain (Willie Mae), vai a 2 lugares que dizem que ele foi enterrado, encontra em um cartório as certidões dos casamentos dele! Enfim, tem tudo o que se pode achar sobre ele. E ainda o John canta várias músicas. Ótimo. Recomendo. Comprei na Fnac no Rio quando foi lançado. ( É importado).
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O Diabo na Encruzilhada Empty Re: O Diabo na Encruzilhada

Mensagem por Alucard 22/1/2020, 03:54


Sobre o pacto:

Na real, pra mim isso é um puta case de marketing pessoal!! Publicitários e marqueteiros, prestem atenção na história de Mr. Johnson!!! Mais de 80 anos já se passaram e as "lendas" ainda estão na boca do povo, hehehehe...

Só acho meio foda que tem gente que dá mais atenção pra este tipo de boato do que pra música e a técnica (esta sim) revolucionária do slide, que ele consolidou. Isso sim é coisa do demo. Assim, ele acaba sendo conhecido mais como uma figura folclórica e curiosa do que como o puta músico e violonista que era - com ou sem diabo.
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O Diabo na Encruzilhada Empty Re: O Diabo na Encruzilhada

Mensagem por Alucard 22/1/2020, 03:57


A propósito, tem um filme, que obviamente a maioria já viu chamado Crossroads (não é o da Britiney, pelo amor de Deus) que conta essa história de Pacto na "encruzilhada", mas fala mais da vida de Willie Brown - que é o Seneca no filme... Lá no final aparece um duelo básico de Ralph Macchio (Karate Kid) contra Steve Vai... Sendo que Steve FEZ o pacto com o Exu-Caveira e o Eugene (Macchio) não...

ADIVINHA QUEM GANHA O DUELO???
- Aquele que preferiu o caminho mais dificil e recompensador ou o que teve preguiça e pediu pro Vermelhão dar o dom pra ele???

Paciência e Persistência meus queridos... assim que se ganha tudo nessa vida...
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