A Peste Negra

Alquimista escreveu:
Só mais uma perguntinha... Se eles eram assim tão fanáticos pela higiene, podiam me dizer por que nos palácios franceses não existia banheiro e era costume fazerem as necessidades nas escadarias de mármore, lugares com pouca iluminação????

Porque o hábito de se lavar era costume do populacho (povo) ou camponeses, vilões, burgueses e povo da cidade, principalmente camponeses. A nobreza, que era de origem bárbara, não se adaptou aos costumes latinos da Europa Ocidental, por isso que essa tese de ''falta de higiene'' é falsa e sem fundamento nenhum, pois fala apenas da nobreza bárbara.

Os hábitos desses nobres eram horríveis, principalmente antes do século XIII !!

Já ouvi outra explicação para que o populacho costumasse se lavar e os nobres não... Havia o pensamento de que só quem fazia serviço pesado e suasse e se sujasse de terra e outras cositas, devia tomar banho. Como os nobres não faziam nenhum serviço (nem leve nem pesado), eles achavam que eram limpos por natureza e não precisavam se lavar nunca... kkkkk

Martinho Lutero escreveu:
Essa história dos judeus jogarem corpos infectados nos locais onde todos bebiam não procede, isso foi uma mentira que se espalhou rapidamente e fez com que muitos judeus fossem perseguidos e mortos.

Essa afirmação não tinha sentido, porque os judeus também contraíam a peste e morriam como os outros. Talvez, por terem costumes às vezes um pouco mais higiênicos, em alguns casos morressem em menor número, e talvez por isso esses boatos se espalharam.

De pleno acordo! Pura propaganda anti-judaica!

Alquimista escreveu:
Acho que estavam falando da erupção do Krakatoa, que deu origem à Pequena Idade do gelo e que acabou com a safra da batata e matou de fome muita gente na Holanda e na Irlanda...

Uma pequena idade do gelo bem estudada é no século XVII, que estimulou tanto a conquista da Sibéria pelos russos quanto a do Canadá pelos franceses, em busca de peles de animais, que tinham grande procura para a confecção de agasalhos.

Um autor que estudou a história do clima, no início de sua carreira, foi o Emmanuel Le Roy Ladurie. Mas ele logo se encheu, o que não me causa estranheza, com a sua vocação para o medievalismo cultural, já que estudar clima, para quem não é geólogo, geógrafo, paleoclimatologista, deve ser chato pra burro!

As cidades foram mais afetadas do que nas zonas rurais, foi em média 70% da população Urbana e 23% da população rural.
Extremamente contagiosa, mais do que qualquer gripe comum, e mortífera, a Peste Negra do séc XIV mata 100% de seus infectados. Se não morre no segundo dia, morre no terceiro, e isso explica o fato de ter entrado na história coma a pior doença que já existiu, e de longe.

A tendência da pesquisa recente aponta para uma figura mais como 45% a 50% da população europeia morrer durante um período de 7 anos, uns 26 milhões só em 1348. Há uma quantidade razoável de variação geográfica. Na Europa Mediterrânea, áreas como a Itália, sul da França e Espanha, onde a peste durou cerca de quatro anos consecutivos, foi provavelmente mais perto de 75% a 80% da população. Na Alemanha e na Inglaterra, era provavelmente mais perto de 20%. As populações da Itália e da França eram as mais urbanizadas; as regiões de Milão, Flandres e nordeste da Espanha foram milagrosamente poupadas.
A Toscana, onde nasceu o Renascimento, perdeu 85% de sua população.

Na Toscana a peste marcou tanto, que até uma obra-mestra da literatura italiana apareceu, o Decameron! Boccaccio diz que os participantes das histórias contadas estavam no campo, fugindo da peste!

Alquimista escreveu:
Eu sempre quis saber como foi que a Peste Negra entrou na Europa. Já ouvi várias suposições. Mercadores da rota da seda, invasão por tribos nômades da Ásia Central, viajantes venezianos que voltavam da Ásia Menor... Afinal... Deu para se descobrir como a Peste Negra entrou na Europa?

Há, ainda, o livro do professor Stefan Cunha Ujvari, que leciona Infectologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. Chama-se A História da Humanidade contada pelos vírus, e foi publicada pela Martins Fontes, em 2008.

O Conde de Monte Cristo escreveu:
Li em algum lugar que quem trabalhava (e provavelmente MORAVA) com cavalos era meio imune à doença.
Na verdade parece que os ratos não gostam do cheiro de cavalos, por isso não costumam andar por estrebarias e cavalariças.
Daí o menor número de contágios entre aqueles que trabalhavam diretamente com cavalos.

Santos cavalos! O mais nobre dos animais! Aprendi a montar aos 5 anos, muito antes de aprender a subir numa bicicleta! Tenho agora mais um motivo para gostar ainda mais dos cavalos, o maior amigo do homem!

Terry Silver escreveu:

Alquimista escreveu:
Eu sempre quis saber como foi que a Peste Negra entrou na Europa. Já ouvi várias suposições. Mercadores da rota da seda, invasão por tribos nômades da Ásia Central, viajantes venezianos que voltavam da Ásia Menor... Afinal... Deu para se descobrir como a Peste Negra entrou na Europa?

Através de catapultas jogando cadáveres tártaros contaminados com Yersinia pestis.

Talvez jogar cadáveres putrefatos tivesse outro objetivo: passar outras doenças que não a peste negra. Ismail Kadare faz menção a tal prática, por parte dos turcos, contra os albaneses, com os quais estavam em guerra, sobre um castelo sitiado, em seu romance Tambores na chuva.

Terry Silver escreveu:
Isso não passa de mito, dizer que as pessoas tomavam apenas um banho por semana, isso é mentira, um mito extremamente arraigado e que deve ser combatido. Por ano??? Você é louco?
Pelo que andei lendo e estudando, há um mito sobre a Idade Média ser uma época porca, suja e sem limpeza.

Os costumes medievais de limpeza eram louváveis, tomavam banho regularmente, não uma vez ao ano como dizem, mas bem mais, não sei se como os brasileiros, mas ao menos umas quatro ou cinto vezes por semana, não eram ruas sujas e locais imundos, sabiam que a sujeira não é algo bom e a sujeira e falta de higiene cresceram no renascimento que veio após a Idade Média.

Houve, de fato, uma campanha contra o banho, nos primeiros tempos da Idade Média, por parte do cristianismo. Tanto que os banhos públicos romanos viraram ruínas, o que não ocorria nas cidades árabes, em que a higiene é parte obrigatória da religião islâmica. E, por tabela, dos árabes cristãos, drusos e outros.
Tal como entre os judeus, ashkenazi e, mais ainda, sefarditas da Península Ibérica, antes de sua expulsão, ou os orientais, que viviam no mundo árabe ou turco.
A proibição do banho deve-se ao fato de que a higiene deixa a pessoa mais atraente, tornando-se mais propícia ao nefando pecado da concupiscência. O que de nada adiantou, porque como todos fediam por igual, tinha-se a libido despertada do mesmo modo! O fedorento sentia atração pela fedorenta!

Isso é fato conhecido, e o escritor positivista brasileiro Ivan Lins, que além de grande erudito, era médico, deixou muitos relatos.

Mais tarde os banhos, paulatinamente, voltaram ao uso, ainda que não quotidiano, devido a muitos fatores, como os invernos rigorosos, as faltas de água, o hábito arraigado de só lavar mãos, pés e rosto.

E o fato de ser hábito altamente prezado por islâmicos e judeus dava ao banho diário uma aura pecaminosa... Meio caminho para o inferno, e, muitas vezes, passando antes pelos cárceres - e fogueiras - da Santa Inquisição.

Alquimista escreveu:
Em primeiro lugar, é muito raro alguém me perguntar se sou louco... Acredito que não. kkkkk Em segundo lugar, não sou o único que afirma que na Idade Média a higiene era alguma coisa com a qual ninguém se preocupava; Em terceiro lugar, se a gente ficar conhecendo história somente pelos filmes hollywoodianos, nunca vamos saber como era realmente a Idade Média, a Antiguidade etc... "Gardez l'eau" (gardyloo)!  Realmente, os urinóis eram despejados pelas janelas no meio da rua. Depois, os transeuntes pisavam na sujeira e espalhavam as fezes e a urina pelo resto da rua. Os banhos eram tomados em tinas nos quartos. Essas tinas eram cheias pelas empregadas, que tinham que vir com a água quente desde a cozinha, que ficava geralmente no porão ou em um adendo das casas, carregando essa água. E, se a família tinha muitas filhas jovens, a água não era trocada. O banho respeitava a ordem de idade. A mais velha primeiro. Imagine a cor da água da última filha, quando havia umas seis filhas na família... O cheiro devia ser tão terrível, que difundiram o uso de perfumes. Aquele lencinho que as damas carregavam junto ao nariz continha perfume, que livrava os lindos narizinhos mal lavados do fedor das ruas... Hoje em dia muita dondoca ainda usa um lencinho pensando que é chic usá-los. Naquele tempo era necessidade... Sabe, Terry??? Talvez você seja uma daquelas pessoas que gosta tanto de determinada fase da história que não quer ver os problemas e erros dele... Mas se eu falo a verdade contida em todos os livros que estudam a verdade que acontecia nesses tempos, não é sintoma que eu seja louco.

Gostar excessivamente da Idade Média e defendê-la como uma espécie de paraíso perdido é até peccata minuta, em se tratando de um momento já há muito passado. Tal é o caso da historiadora francesa Régine Pernoud, para quem a Idade Média era um róseo período, maravilhoso, opinião que constituiu uma reação destrambelhada ao exagero oposto de Michelet, quanto à "longa noite de trevas e sem tomar banhos"...

Digo peccata minuta porque há os que fazem coisa pior. Há os marxistas da estrita observância, verdadeiras irmãs carmelitas descalças do marxismo, que em defesa do pensamento de Marx, negam os crimes do Stalin, que o próprio Nikita Kruschev denunciou... Ou seja, confundem tudo!

Alquimista escreveu:
Não se preocupe... Não me ofendi. Apenas estou lhe dando um conselho de quem fala mais de 10 idiomas fluentemente e aprendeu muita coisa na vida. Nunca pergunte a uma pessoa se ela se considera louca, porque isso é ofensivo.... Cuidado com o seu fraseado, porque muita gente pode se ofender. Segundo, você está usando o youtube como prova do que está alegando??? O Youtoba é tido como fonte "não confiável". Isso porque todo mundo pode usá-lo, postando qualquer coisa (inclusive assuntos não comprovados e até mesmo errados); Terceiro. Quando a gente faz uma afirmação baseada em alguma coisa, temos que citar a fonte de onde tiramos a informação, cuidando para que seja uma fonte segura e confiável... Uma vez eu lhe disse que academicamente não podemos aceitar alegações que não tenham algum autor de peso por trás, para nos ajudar a confirmar. E você me respondeu, em outro tópico, que não se preocupa em fazer alegações comprovadas academicamente. Mas quando o assunto foi estudado exaustivamente por inúmeros acadêmicos, a maioria concordando com vários aspectos da história, como é o caso da peste negra e da mortandade que ela causou durante a Idade Média, e que essa epidemia se alastrou muito devido à pouca higiene daquela época, se você discordar do que esses acadêmicos todos afirmaram, deve ou citar um outro acadêmico que tenha sido sua fonte de informação, ou provar, através de estudos seus mesmos, que o que está afirmando pode ser correto... Como este fórum possui muitos acadêmicos e o pessoal que faz parte dele não está aqui para afirmar nada que não possam provar, acredito que você ainda não entendeu que aqui a gente não pode usar de achismos...

Devemos nos lembrar que a tal de mídia eletrônica é que nem papel. Aceita de tudo. Desde pomas de amor até filmes pornográficos. O papel é assim, também. Nele cabem desde as pesquisas mais sérias, controladas por todos os processos heurísticos e epistemológicos, até os achismos mais impensáveis. E lembremo-nos ainda que existem os lenços de papel e o papel higiênico, sobre os quais não preciso dizer nada!
A mídia eletrônica, youtube & cia e que tais são o papel da atualidade!

Youtube?
Um documentário do History diz que a peste foi criada e disseminada por ETs...
No fim são sempre eles...

O Conde de Monte Cristo escreveu:
Youtube?
Um documentário do History diz que a peste foi criada e disseminada por ETs...
No fim são sempre eles...

Ótima contribuição! Boa demonstração de que a mídia eletrônica é que nem ônibus ou trem, metrô, entra qualquer um!

Eu já comparo com latrina. Entra qualquer um para fazer o que todo mundo é obrigado a fazer. hehehehe

Desculpe... Acho que foi influência do "gardez l'eau"....

Alquimista escreveu:
Eu já comparo com latrina. Entra qualquer um para fazer o que todo mundo é obrigado a fazer. hehehehe

Pura verdade!

Alquimista escreveu:
Desculpe... Acho que foi influência do "gardez l'eau"....

Em Portugal, "água vai!"... Embora nunca fosse água, e, muitas vezes, algo que estava bem longe do simples líquido!

kkkkkkkkk O engraçado é que a Idade Média foi tão mudada nos filmes Hollywoodianos (credo.... isso que é neologismo. kkkk), que ninguém acredita quando dizemos como eram as ruas daquela época. Tinham no máximo uns dois metros de largura (espaço suficiente para passarem as ancas de dois cavalos em direções opostas - kkkk).  E isso era para facilitar a defesa, em caso da cidade ser atacada por inimigos. As janelas eram fendas nas casas, abertas ao relento. Eram fechadas das intempéries por tapetes ou tapeçarias. Janela com vidro era um luxo da realeza... E os urinóis eram despejados pelas mucamas diretamente na rua... Portanto, quem precisava andar a pé, devia tomar muito cuidado primeiro com o que podia chover nas suas cabeças e, em segundo lugar, em não pisar no que era jogado, que era coisa quase impossível de fazer, já que as patas dos cavalos espalhavam o conteúdo "cheiroso" pela rua toda...  Por esse motivo, geralmente as casas tinham somente uma porta aberta para a rua no andar térreo. O resto era fechado com muros de dois andares. E as janelas ficavam sempre no segundo andar. A porta da rua geralmente levava para um pátio e todos entravam em casa montados em seus respectivos cavalos, que eram levados para os estábulos, que ficavam geralmente no fundo desse primeiro andar, bem do lado de onde ficava, na maior parte das vezes, a cozinha... Outro costume que eu acho hilário, era que, durante os banquetes, como todos comiam com as mãos (o único talher usado eram colheres para comer sopas e molhos, que eram servidos em pratos usados por dois convivas - a gente tomava sopa com baba do vizinho kkkk), os pagens traziam as comidas já cortadas e cada conviva agarrava seu pedaço de javali assado, ou de alguma outra caça, e degustava o dito naco. Depois, como quase tudo vinha com o devido osso, ele jogava o resto para os pequenos cachorros (geralmente mastins), que ficavam atrás dos convidados aguardando os restos. Os pagens traziam bacias com água perfumada para os convivas lavarem as mãos. E todos enxugavam as mãos nas mesmas toalhas, ou nas mangas das vestimentas bordadas com pérolas e pedras preciosas. kkkkkkk A primeira latrina que existiu foi inventada por um nobre da corte de Elisabeth I. Era uma gracinha. Toda forrada de veludo vermelho, uma graça... Só que seu encanamento caia direto no rio Tâmisa e o inventor não sabia que o cheiro voltava... Para que isso não aconteça, a privada tem que ter um sifão, que é um encanamento dobrado, onde a água fica sempre depositada, segurando os eflúvios...  Portanto, na Idade Média nunca ninguém ouviu falar em privada. Nos palácios, os moradores usavam os cantinhos... kkkkkkk

Quem acredita que na Idade Média a higiene já era coisa conhecida não conhece muito bem História. Realmente, as doenças contagiosas, geralmente transmitidas por insetos, como pulgas e carrapatos, aconteciam periodicamente, durante épocas de calor que facilitavam a vida dos insetos e atrapalhavam a vida de suas vítimas humanas...

Alquimista escreveu:
kkkkkkkkk O engraçado é que a Idade Média foi tão mudada nos filmes Hollywoodianos (credo.... isso que é neologismo. kkkk), que ninguém acredita quando dizemos como eram as ruas daquela época. Tinham no máximo uns dois metros de largura (espaço suficiente para passarem as ancas de dois cavalos em direções opostas - kkkk).  E isso era para facilitar a defesa, em caso da cidade ser atacada por inimigos. As janelas eram fendas nas casas, abertas ao relento. Eram fechadas das intempéries por tapetes ou tapeçarias. Janela com vidro era um luxo da realeza... E os urinóis eram despejados pelas mucamas diretamente na rua... Portanto, quem precisava andar a pé, devia tomar muito cuidado primeiro com o que podia chover nas suas cabeças e, em segundo lugar, em não pisar no que era jogado, que era coisa quase impossível de fazer, já que as patas dos cavalos espalhavam o conteúdo "cheiroso" pela rua toda...  Por esse motivo, geralmente as casas tinham somente uma porta aberta para a rua no andar térreo. O resto era fechado com muros de dois andares. E as janelas ficavam sempre no segundo andar. A porta da rua geralmente levava para um pátio e todos entravam em casa montados em seus respectivos cavalos, que eram levados para os estábulos, que ficavam geralmente no fundo desse primeiro andar, bem do lado de onde ficava, na maior parte das vezes, a cozinha... Outro costume que eu acho hilário, era que, durante os banquetes, como todos comiam com as mãos (o único talher usado eram colheres para comer sopas e molhos, que eram servidos em pratos usados por dois convivas - a gente tomava sopa com baba do vizinho kkkk), os pagens traziam as comidas já cortadas e cada conviva agarrava seu pedaço de javali assado, ou de alguma outra caça, e degustava o dito naco. Depois, como quase tudo vinha com o devido osso, ele jogava o resto para os pequenos cachorros (geralmente mastins), que ficavam atrás dos convidados aguardando os restos. Os pagens traziam bacias com água perfumada para os convivas lavarem as mãos. E todos enxugavam as mãos nas mesmas toalhas, ou nas mangas das vestimentas bordadas com pérolas e pedras preciosas. kkkkkkk A primeira latrina que existiu foi inventada por um nobre da corte de Elisabeth I. Era uma gracinha. Toda forrada de veludo vermelho, uma graça... Só que seu encanamento caia direto no rio Tâmisa e o inventor não sabia que o cheiro voltava... Para que isso não aconteça, a privada tem que ter um sifão, que é um encanamento dobrado, onde a água fica sempre depositada, segurando os eflúvios...  Portanto, na Idade Média nunca ninguém ouviu falar em privada. Nos palácios, os moradores usavam os cantinhos... kkkkkkk

Excelente exposição, Alquimista!

O Mestre ALQUIMISTA, como sempre, dando um "banho" na sujeira medieval... Parabéns....!!!!!!!!!!!!!

Se vocês derem uma olhada no site a seguir, vão ver que na França o número de palácios era uma exorbitância...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Pal%C3%A1cios_da_Fran%C3%A7a


É que havia um costume estranho. O rei não ficava quietinho no seu palácio principal. Ele costumava viajar, acompanhado por toda a corte, de palácio em palácio (alguns nem eram dele, mas ele ocupava do mesmo modo. Para um nobre, negar ao rei uma estadia no palácio desse nobre, seria uma afronta ao poder real, passível do coitado ser levado ao cadafalso).

Para os mais faladores (como eu), existe uma explicação incrível... É que, como não existia banheiros, nem privadas, nem um local determinado para se fazer as necessidades, a corte costumava eleger um cantinho do palácio para satisfazer suas necessidades. Além disso, um nobre jamais abaixaria para pegar alguma coisa (principalmente comida, porque eles passavam a maior parte do tempo comendo) que tivesse caído no chão. A comida ficava onde tinha caído. Com um ou dois meses de visita real, os palácios estavam numa situação de tal sujeira, que a corte tinha que se mudar para outro palácio, a fim de que os serviçais pudessem limpar tudo... Imagine a situação desses serviçais, tendo que aturar o mau-cheiro, a bagunça... Eu só não consigo entender uma coisa. As damas usavam aqueles vestidos com saias longas, sapatinhos de cetim (muitas vezes branco)... Como é que elas andavam por dentro desses palácios sem sujar a barra da saia ou o lindo sapatinho?????? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Talvez nos momentos de maior sujeira, na alta Idade Média, as damas não dessem muita importância...

Realmente, acredito que elas nem podiam dar importância, pois os seus lindos narizinhos empinados deviam estar acostumados com o odor... Tenho outras dúvidas, mas creio que eu estaria trazendo assuntos muitos chulos. kkkkk Deixa pra lá...