Ian Fleming

Bond fuma em alguns filmes, mas logo no início de Tomorrow Never Dies ele soca um vilão que acaba de acender um cigarro, dizendo ironicamente: "Hábito nojento".

Enfim, acho que isso não é uma coisa muito certa, depende do diretor.

Mais ele tem licença para matar e não pra fumar. Desculpe gente, não resisti ao comentário infame.

Sobre ele fumar ou não, dane-se, contanto que ele fume cigarro, charuto e cachimbo. Agora se eu ver o 007 fumando um do bão aí já acho forçado demais.

Roger Moore fumou charutos em LALD (na cena em que sobrevoa com aquela asa delta sobre a casa de Kanaga) e em TMWTGG, na cena em que esta numa boate, em Beirute, vendo a dançarina, que era amante de Bill Fairbanks.

George Lazenby fumou cigarro na cena em que em conheceu Draco.

Na minha opinião, o álcool é muito mais problemático do que o cigarro, e ninguém combate. No máximo vem uma campanhazinha de vez em quando de "se beber não dirija".

Um estudo recente mostrou que o prejuízo causado pelo álcool é mais ou menos o dobro da contribuição que ele dá pro PIB no Brasil.
E mais: o cara que fuma prejudica, a longo prazo, ele mesmo e pessoas mais próximas. O cara que bebe prejudica a curto prazo ele mesmo, pessoas mais próximas e quem não tem nada a ver (acidentes de trânsito, homicídios, etc)


Em tempo: não fumo nem bebo

A questão do cigarro é que na época que Bond fumava era "moda", hoje não é mais, enquanto a bebida ainda é "moda". O maior problema do cigarro é que todos (ou quase todos) que fumam são viciados, a bebida tem um teor de vício menor que o cigarro.

E cabe lembrar que o próprio Fleming era um tabagista inveterado.

James Bond é fumante, mas não é broxa, hehehe!!!

Eu não fumo, mas se ele fuma então problema do pulmão é dele.

Eles ficam com essa de não botar o James Bond fumando p/ não dar mal exemplo...muito escroto...o Bond fuma, o Bond bebe, o Bond come mulher....fazer o que...é o personagem!!!

Ele não pode fumar...mas pode matar 1.000 pessoas heehhe

Ah, Moore fuma um charuto quando está no banheiro do bangalô, em LALD. Na cena em que está passando uma loção pós barba e aquela cobra quase o morde.

Cheguei tarde aqui, mas vou responder os posts que mais chamaram a minha atenção.

A narrativa do Ian Fleming é maravilhosa. A descrição dos personagens, paisagens e das tensões em determinadas passagens do livro são perfeitas! Já li alguns romances, como "From Russia With Love, "Dr. No", "For Your Eyes, Only", "Goldfinger", e agora estou lendo "Live and Let Die".

"Dr. No" eu já li e achei o final um pouco fantasioso, mas muito bom. Ainda quero comprar em algum sebo "Moonraker", "You Only Live Twice" e "OHMSS". E sim, é engraçado como reaproveitaram situações/personagens em alguns roteiros dos filmes do 007. Um exemplo disso é que no livro "For Your Eyes, Only" (que é um livro de contos) aparece um tal Milton Krest que, em 1989, era comparsa do vilão Sanchez em "License to Kill"...

Ah sim, "You Only Live Twice" parece ótimo!

Se não me engano, Bond dá um fim em Blofeld "apertando-lhe o pescoço só um pouquinho", hehehehehehe...

Outra passagem que me chamou muito a atenção foi em "Goldfinger" (livro): Bond está caído no chão do avião e leva um chute de Goldfinger. Quando Goldfinger vai golpeá-lo mais uma vez, Bond segura o pé do vilão e torce-o, quase quebrando. Goldfinger se desequilibra e Bond parte com tudo para cima, e, segundo a narração de Fleming, "pela primeira vez Bond fica cego de fúria". É uma sequência muito boa, e realmente quem não leu ainda, está perdendo.

Depois de ler alguns livros, acho que entendi o porquê da escolha do Craig como o 007 atual. Percebe-se que o Bond dos livros não é nenhum galã, e deve ter uma aparência de alguém um pouco sofrido na vida, hehehehehe... deve ter uma aparência rude (coisa que Connery tinha em sua juventude) e uma cicatriz no rosto tira um pouco da beleza de qualquer um. Não vejo outro motivo pra terem escolhido Craig, além do fato do cara ser um bom ator (Skyfall e Spectre foram dois filmaços!) Os fãs agradecem.

Moonraker eu ainda não li, mas o Hugo Drax do livro parece-me ser um cara muito mais maquiavélico do que o do filme. Particularmente, o Moonraker do cinema não me agrada muito, não. Mas, como tudo nos anos 70 era colorido, engraçadinho e tinha o Roger Moore, acaba passando...

Não sou Connerymaníaco, hehehehehe...

...mas, toda vez que leio os livros de Fleming, imagino o 007 como alguém próximo à figura do Sean Connery (exceto pelos olhos azuis do personagem descritos nos livros). Mas isso deve-se ao fato dos livros serem antigos, e Connery ter feito os primeiros filmes da série. Se bem que o Timothy Dalton foi, mesmo em sua curta passagem, o "Bond dos livros".

Deviam mostrar um Bond mais humano e vulnerável. De "quase-indestrutível", já basta o Super-Homem. Se fizeram a sequência da tortura sofrida por Bond em Casino Royale de maneira fiel ao livro, temos daí uma das melhores cenas de toda a franquia. A forma como Tee-Hee quebra o dedo mínimo da mão esquerda de Bond em "Live and Let Die" também é muito boa, bem como a forma como Bond se livra de 3 capangas depois disso, hehehehe...

Mas os fãs são difíceis de se agradar...quando colocaram o Bond numa situação de prisão e tortura (Die Another Day), muitos fãs torceram o nariz... Aliás, se o filme tivesse continuado seguindo a linha séria do início, teríamos uma história no melhor estilo Fleming hoje em dia.


É isso aí, pessoal, acho que por enquanto consegui responder aos tópicos que mais me chamaram a atenção.

Só para me intrometer.

O livro Yolt é incrível, um dos melhores, Bond está psicologicamente arruinado após a morte de sua esposa. É uma abordagem fascinante ao personagem, ele perdeu a fé em si.

Além do que é uma aula sobre cultura oriental, é o meu favorito.

Lembrem-se, o nome no Brasil é "Morte no Japão".

Freud, valeu pela dica!

E não existe essa de "intrometer-se", hehehehe... esse tópico foi aberto para que todos aqueles que acompanham a série Bond pelos livros também possam opinar sobre os melhores romances/diálogos/passagens escritos por Ian Fleming. A opinião de todos interessa e muito! Até mais!

O que gosto de Fleming é a maneira como ele descreve coisas simples, uma passagem de "Lald" que não é de ação, mas que me marca muito, é um cena em que Bond esta voando para Jamaica, e passa por uma turbulência.

Qualquer um que já tenha passado por algo parecido sabe que o que ele diz é a pura verdade.
Salvo engano, começa assim, "de nada adianta os sorrisos da comissária, ou as revistas de bordo...".

Também gosto da maneira como Bond se apaixona pela Bond Girl, realmente nos livros a relação é intensa, não é apenas sexo.

Lembro-me bem da relação com a Russa em "Moscou contra 007", ou com Gala Brand em Moonraker, e, é claro, com Tracy.

Nos livros é bom lembrar que as Bond Girls não são perfeitas, tem sempre um defeitinho, como o nariz de Honeychille Rider. São mulheres normais como as que existem nas ruas, não "pin ups". São personagens com um passado, uma psiquê bem desenvolvida.

Tenho alguns livros de John Gardner.

Li o Licensa Renovada, ficou a ideia que pode até ser 007, e podem existir muitos "007".

Mas Ian Fleming é só um, não há outro.

Leio muitos livros e independente de ser fã podemos dizer que Fleming é um grande escritor.

Um exemplo é Cassino Royale, a maior parte do livro é em um jogo de cartas, e há uma tensão e um suspense tão grande e bem desenvolvido, sem que haja um tiro disparado ali.

Não é qualquer um que consegue passar isso.

Algumas passagens muito boas:

- o diálogo entre Bond e Grant (após ter se revelado como inimigo) no Orient Express é excelente;

- Bond passando por turbulência (numa sexta-feira 13, se não me engano) enquanto voava para a Turquia, em "From Russia With Love" (o detalhe aí é a superstição de Bond, que dá um toque mais "humano" ao personagem);

- As descrições ricas em detalhes feitas por Fleming são demais! Paisagens, ações durante a história... muito boas mesmo!

O experimentalismo de Fleming:

Outra coisa que gosto é que vez por outra Fleming faz alterações estilísticas nos livros, não há um padrão, e os finais são imprevisíveis. Diferente dos filmes que realmente seguem uma fórmula.

Por Exemplo:
"Moonraker" se passa em uma semana e é descrito quase como uma contagem regressiva, para nos lembrar do Foguete.

"Moscou contra 007", Bond só entra lá pela metade do livro, acho até que depois, isso é formidável, mais inimaginável no cinema, enquanto isso os personagens vão sendo bem desenvolvidos e ficamos aguardando ansiosamente a chegada de Bond, não há como parar de ler.

"Yolt" começa em um ponto do livro, e aí há um flashback onde entendemos o que está acontecendo.

"Dr No" lembra muito uma fantasia tipo Júlio Verne.

"Espião e Amante" é narrado por uma mulher e não por Bond, é único, e outro ponto de vista sobre o personagem.

Freud explica escreveu:
Nos livros é bom lembrar que as Bond Girls não são perfeitas, tem sempre um defeitinho, como o nariz de Honeychille Rider. São mulheres normais como as que existem nas ruas, não "pin ups". São personagens com um passado, uma psiquê bem desenvolvida.

Pussy no cinema deixou de ser lésbica e virou uma simples fanchona, mas acho que mostra-la como no livro talvez fosse algo muito avançado, até mesmo para hoje em dia.

Quanto a beleza de Bond... no livro, apesar da cicatriz vertical próximo ao olho direito, ele era um homem bonito, sim! O Chefe da S, em Cassino Royale, afirma para Vesper Lynd (já prevendo que ela se encantaria por ele, mas a alertando que ele é obcecado pelo trabalho): "...ele é um homem muito bonito..."

Senti uma vontade de debater um pouco sobre um determinado livro de Ian Fleming...
Vocês que leram From Russia With Love...
Na verdade eu gostaria de saber a opinião de vocês em relação à luta entre Bond e Grant.
Só para relembrar no livro a luta é mais curta e no filme eles modificam a luta.
No livro eu achei que a forma com a qual Bond escapou da situação foi bem mais brilhante.
Simplesmente incrível ele colocar a cigarreira dentro do livro e colocar na frente do coração e depois fincar a faca na perna de Grant por trás... muito inteligente.

Já no filme ele não usou taaaanto a inteligência, foi mais na porrada mesmo.
No livro o Grant não se interessa por dinheiro, no filme ele já fica todo ambicioso.
Não entendo porque mudaram esse cena... no livro ficou tão perfeita.

Agora... qual vocês diriam que foi melhor?
A luta do livro ou a luta do filme?

Para mim é a do livro... agora resta saber o que vocês acham.
Por falar nesse filme achei-o fantástico... só achei estranho o final... quem leu saberia me explicar o que houve?
James Bond morre no livro From Russia With Love?
Fiquei abobado olhando para suas últimas frases:
- Eu não preciso de uma pequena Mathis...
- Eu já tenho a mais linda...

Não entendo.