Mitologia vs Arqueologia

Ilhas Antemusas ou Sirenusas

Hoje chamam-se rochas Li Galli, perto de Capri, a oeste da Itália.

Antigamente chamavam-se Antemusas. Conta-se que, no tempo do rapto de Core (Perséfone) pelo deus Hádes, as três Ninfas filhas de Áquelous (Aglaófone, Telxíope e Pisínoe, ou Partênope, Leucósia e Lígia), indiferentes ao acontecido, já que eram suas amigas, foram para a Sicília. Deméter prometeu puni-las. As Ninfas, pensando em safar-se, pediram à deusa que lhes desse asas para que fossem procurar Core. Mas Deméter, extremamente irada, além de asas, deu-lhes um aspecto horrível. Estas, surpreendidas pelo terror, voaram para longe e isolaram-se nos rochedos escarpados, entre a ilha de Capreas (Capri) e a costa da Itália, e se chamavam rochas Antemusas, recifes que representavam risco para a navegação. Tornaram-se demônios marinhos, entoando cânticos de morte e atacando os navios como aves de rapina. Foram vencidas por Orfeus e os Argonautas, e depois por Ulisses. Elas, aborrecidas pelas derrotas, atiraram-se no mar, e as rochas passaram a chamar-se Sirenusas.

Ilha de Cipros ou Elissa

Hoje Kípro ou Kibris (Chipre, no bom português), no mar Mediterrâneo Oriental.

Ilha famosa pelo culto a Afrodite.

Foi chamada Kethim pelos hebreus, ou Iadnam pelos assírios. Seu nome mais antigo foi Ofiúsa, mais tarde chamada de Elissa (talvez pela passagem de Dido pela ilha, já que seu nome verdadeiro era Elissa), a Alashia dos hititas ou Asebi dos fenícios. Os gregos chamaram-na, mais tarde, de Cipros, e os romanos de Ophiusa, Cerastia, Acamantis (pelo herói grego Acamas, filho de Teseus) e Cyprus ou Cuprum (a ilha do cobre).

Seu mais famoso rei foi Cíniras, que ali passou a reinar depois de ter abandonado a Síria pelo trágico desfecho com sua filha Esmirna (Mirra) e o nascimento de Adônis. Era rei de Ciníria no tempo da Guerra de Tróia.

A Cipros também refere-se o mito de Pigmálion e Galatéia.

Ilha de Erytheia (Irítia)

A Irítia é hoje identificada com a península de Cádiz (anteriormente uma ilha), ao sul da Espanha, próxima ao delta de Guadalquivir, dos antigos Tartessos. Mais tarde, foi chamada de Veneris, pelos romanos. Lá estaria a cidade-sede do gigante Gérion, que governava despoticamente sobre os Tartessos, frente a um povo de Gigantes. Esse rei foi vencido por Héracles.

Ilha de Thule

Ilha identificada com as atuais ilhas Shetland, ao noroeste da Grã-Bretanha, ou mesmo com a ilha de Islândia, no norte do Atlântico. Tardiamente, na Idade Média, foi identificada com a própria Escandinávia (região que hoje compreende a Noruega, a Suécia e a Finlândia).

Túlio foi seu primeiro rei (não se conhece rei mais antigo) e teria sido atacado pelas Górgonas, depois que estas haviam sido expulsas pelas Amazonas das regiões africanas. E foi em Thule que Perseus matou Medusa, a única mortal entre as Górgonas.

Ilha de Leuce

A Ilha Branca ou Ilha de Aquiles, identificada com a atual ilha de Jilan-adassi ou Fidonisii (a ilha das Serpentes), localizada no estuário do Danúbio, uma das tantas ilhas da Romênia.

Seria uma extensão dos Campos Elísios, para onde iam as sombras dos guerreiros mortos heroicamente, como Aquiles. Teria sido aí que Helena uniu-se a Aquiles após sua morte, dando à luz um filho chamado Eufórion.

Os Argonautas teriam chegado muito perto da ilha quando fugiam da Cólquida rumo ao rio Istros, o atual Danúbio.

Ilhas Hespérides

As ilhas Ocidentais, hoje identificadas com as ilhas de Cabo Verde, a oeste da África.

Também foram chamadas de Ilhas das Górgonas, porque teria sido sua residência mais antiga, de onde foram expulsas pelas Amazonas. Deram lugar à morada de um grupo de Ninfas chamadas Hespérides, que tomavam conta dos jardins de Géa, que deu de presente à deusa Héra um pomar de frutos dourados protegido pela dragão Ládon. As Ninfas guardavam maçãs de ouro (ou seriam laranjas?) que, em mãos impuras, tornavam-se frutos comuns e perdiam suas propriedades mágicas e valiosas.

Foram visitadas por Perseus e Héracles.

A ilha principal teria se chamado Antilia, motivo pelo qual estudiosos modernos imaginaram que as Ilhas Hespérides teriam sido as atuais Antilhas.

Ilhas Afortunadas (Elysíon)

Hoje identificadas com as ilhas Canárias, na Espanha.

Também chamadas Elysíon ou Ilhas Atlânticas, acreditou-se se tratar dos Campos Elíseos, o Paraíso dos gregos, para onde iam as almas dos justos, depois de julgadas no Campo da Verdade, diante dos juízes Minos, Éacos e Radamantes.

Os romanos chamaram-nas de Elysium, depois Fortunatae Insulae ou Purpuriae Insulae, as Ilhas Afortunadas.

Ilhas Simplégades ou Cianéias

Também chamadas Cianéias, "rochas azuis", flutuantes na época dos Argonautas, que ficavam na boca do Bósforo, à entrada do Ponto Euxinos (o Mar Negro). Hoje, fixos, equivalem aos penhascos Pavonatas, e pertencem à Turquia. Os Argonautas tiveram que cruzar entre elas para alcançar o Euxinos. Movidas pelas ondas, ou por forças misteriosas, elas chocavam-se, esmagando embarcações e marinheiros desavisados. Eram provavelmente "icebergs" que se desprendiam das geleiras do norte do mar Negro (muito antes chamado de Axeinos), que de certo modo, agrupadas, com o tempo, tornaram-se sólidas, formando os atuais penhascos então conhecidos do litoral-noroeste turco.

Ilha de Córsica

Hoje Córsega ou Corse, ao sul da França.

Foi chamada Kirne no início, e Cirnos pouco mais tarde.

Ilhas Lícades

Licas era o fiel companheiro de Héracles, que acompanhou o herói até a morte. Licas foi enviado por Héracles ao encontro de Dejanira, a fim de buscar a túnica com a qual ofereceria um sacrifício. Dejanira, entretanto, por temer que Héracles tivesse apaixonado por Íole, embebeu a túnica com o filtro de que lhe dera o centauro Nessos que, sem o saber, era um poderoso veneno. Ao vestir a túnica, o veneno lhe queimou as carnes e o sangue de maneira irreversível. Desesperado, voltou-se contra Licas, que lhe trouxera a túnica, e, agarrando-o pelos pés, lançou-o longe. Ao cair no mar, em seguida emergiram as ilhas Lícades, ainda hoje assim conhecidas.

Ilhas Estrófades

O nome antigo era ilhas Plotas ou ilhas das Harpias, pois foram obrigadas a ir aí esconder-se, perseguidas por Zetes e Cálais. Futuramente habitada pelos dórios, foram chamadas de Estrófades, e hoje chamam-se Stribali ou Stamphanais.

Ilhas Táfias

Hoje chamadas de Meganísi, habitadas antigamente por povos de origem italiana, os teléboas, que passaram a se chamar de táfios, famosos por sua batalha contra Micenas do rei Eléctrion.

O nome vem de Táfos, filho de Poseidon e Hipótoe (filha de Méstor e neta de Perseus). Reinava em Táfos, nas ilhas Táfias, na costa da futura Acarnânia. Foi pai de Ptérelas, que travou uma guerra contra Eléctrion e Anfitríon, e saiu derrotado.

Ilha de Zácintos

Hoje Zante, no mar Jônio.

Zácintos era filho de Dárdanos (ancestral dos troianos) e Bátea (filha de Teucros). Foi um herói beócio, acompanhou Héracles na sua expedição ao rei Gérion. Encarregado, depois da vitória, de conduzir os bois do rei a Tebas, foi picado por uma serpente e veio a falecer. Enterraram-no numa ilha do mar Jônio, que dele tomou o nome de Zácintos.

Ilha de Ítaca

Hoje chamada de Itháki ou Tiaqui, no mar Jônio.

Antes, pertencia ao grupo de ilhas de Leukadía, e ficou famosa por ser a ilha dos reis Laertes e Ulisses. Ulisses, soberano de uma ilha pobre, percebeu que não seria páreo para competir com os príncipes ricos pela mão de Helena. Por isso, desistiu do intento, aconselhou ao rei Tíndaros a aliança entre os pretendentes e preferiu desposar Penélope, a filha de Icários.

Seu nome veio de Ítacos, um dos filhos do rei Ptérelas e Anfimedéia. Após a derrota dos táfios, emigrou para a Ítaca, que tomou seu nome.

Ilha de Eéa

Às vezes identificada com o cabo Circeo, a oeste da Itália (os romanos chamaram-no de Circaeum promontorium), ou, levando em conta que os Argonautas e Ulisses teriam circundado a Europa, identificada a uma ilha dos Açores (chamados pelos romanos de Accipitrum Insulae). Seja como for, foi a ilha que a feiticeira Circe adotou para reinar sobre um séquito de Ninfas, exilada de sua terra-natal, a Cólquida, depois de uma tentativa de assassinato contra sei irmão Pérses. Deu-lhe esse nome, Eéa, em homenagem à sua cidade, Eéa, governada pelo seu irmão Eétes.

Variantes do nome: Aea ou Eeia ou Aeaea ou Aiaia.

Peloponeso

Em tempos antigos, o Peloponeso era considerado uma ilha, que significa "ilha de Pélops", separada do continente pelo Istmo de Corinto.

Hoje chama-se Moréa ou Peloponnísos.

No início, chamou-se terra de Ápis, ou Ápia, no tempo do rei Foroneus, por seu filho Ápis. Depois, chamou-se Pelasgia, habitada quase que totalmente por pelasgos, no tempo do rei Licáon até Pélops tornar-se rei e denominá-la de Peloponesos (ou esse nome passou a ser depois de sua morte).

Moreia passou a ser uma denominação medieval.

Nessa grande região, também conhecida como Grécia Meridional, ficavam a Arcádia, a Argólida, a Acaia, a Lacedemônia (Lacônia), a Messênia, a Epidáuria, a Trifília, a Siciônia e a Élide. Possuía cidades importantes e famosas como Micenas, Corinto, Sícion, Epidauros, Tégea, Árgos, Esparta, Messena, Pátras, Olímpia, Élis, Tirinto, Náuplia, Troézen e Pilos.

Ilhas Equínades

Équinos tinha cinco filhas, todas Ninfas, entre as quais Perímele; elas realizaram um sacrifício e convidaram para a festa as divindades campestres da Etólia, menos o deus-rio Áquelous. Este, muito ofendido, lançou-as ao mar. Poseidon, vendo-as mortas, flutuando, apiedou-se e transformou-as em ilhas, fixando-as no mar Jônico, e foram batizadas de Equínades.

Hoje tratam-se das ilhas Ekhínades ou Oxía ou Curzolaras. Os romanos as chamaram de Echinades ou Echine Insulae.

Portas dos Infernos

Há uma lista de alguns lugares conhecidos:
- a caverna Zeríntio, na Samotrácia
- o lago Averno, na Itália
- o rio Aqueronte e o cabo Averno, na Lacônia
- o rio Cocitos, afluente do Aqueronte
- o rio Flégeton, na Tesprótia, que unia-se ao Cocitos (sem localização conhecida)
- o rio Estige, que se lançava no Crátis, rio do golfo de Corinto
- o lago Aquerúsia, próximo de Heliópolis, no Egito
- a caverna de Aquerúsia, sobre a borda do Póntos Euxinos (mar Negro)
- a caverna do cabo Tênaros, na Lacônia
- a fonte Castália, no Párnassos (ligada ao Estige)
- o lago Amsanctus (hoje Moffete), no Samnium
- às margens do Céfisos, perto de Atenas
- os pântanos de Lerna, na Argólida

Haviam outras entradas que não podemos mesmo localizar, como a exemplo das entradas que ficavam na Ciméria, junto da caverna das Graias, ou ainda no antro de Medusa.

Hádes abriu um acesso perto de Elêusis, quando raptou Perséfone, mas se fechou em seguida.

Nota-se que há alguns rios Infernais conhecidos, mas cada um deles equivale a um rio existente hoje, cujos leitos desaparecem em algum ponto de seu percurso — veja nos posts dos rios, lagos e mares. Essas são entradas para o reino de Hádes, onde os rios se encontram, e desaguam no mar em algum ponto conhecido geograficamente.

Esméria ou Eusébia

Assim como o deus Hélios tinha dois palácios, um que ficava no Cáucasos e outro nos confins da Índia — já que o Sol nasce no Leste —, a noite também tinha dois palácios, um localizado na Ciméria, onde o Sol não iluminava (pelo menos no período de seis meses), e outro na Esméria, para além das Colunas de Héracles e das Ilhas Hespérides, onde o Sol se punha, no Oeste. A América era um lugar inexistente até as viagens dos fenícios e supostamente de Dionisos, que, segundo a narração feita por Silenos ao rei Midas, tais citações encontradas nas Metamorfoses, o semi-deus havia alcançado um continente chamado de Eusébia (teoricamente o Continente Americano), que teria substituído a hipótese de existir um lugar chamado de Esméria, o País da Noite.

Labirinto de Knossos

O famoso Labirinto de Knossos foi construído pelos cretenses, sob as instruções de Dédalos, no tempo de Minos II, sucessor do rei Licastos, filho de Minos I (filho de Zeus e Europa).

Em Atenas, o governo trocava de mãos em forma de conspiração através dos filhos de Metíon, expulsando Pandíon do reino. Minos II mandou construir o labirinto para abrigar e aprisionar o Minotauro, monstro nascido de uma união clandestina entre sua esposa Pasífae e o Touro de Creta (nascido através de Posseidon). Dédalos, a par das plantas da cidade de Knossos, imaginou construir uma espécie de masmorra ou palácio-labirinto no subsolo do palácio real, cujo porão servia de ventilação. No entanto, se estenderia para além de seus limites, chegando a circundar o bosque que havia aos pés do palácio. Neste bosque, o Minotauros faria o seu covil.

Já a cidade de Knossos, hoje em ruínas, seu sítio deu lugar a uma aldeia chamada Makritijos, próxima da cidade de Kalithéa e pouco mais de 3 Km de Iraklio ou Candia.

Ciméria

A atual Dinamarca, na Antiguidade, chamava-se Címbrica (uma denominação romana tardia para o país dos Jutas, de onde vem o nome de Jutland). Os gregos conheciam os Cimbros pelo nome de Kimmeroi, os Cimérios (ou Cimerianos).

Esse povo se expandiu. Os que foram para as ilhas Britânicas foram chamados de Jutas, na Idade Média, os Cimbros foram assim chamados àqueles que se expandiram pelo oeste da Europa até os limites da Itália, e os gregos conheceram por Cimérios os que se espalharam pela Cítia, Sarmácia e Trácia. Já os Cimérios que se deslocaram para a Ásia Menor, avizinhando-se às Amazonas e Hititas, foram conhecidos pelos hebreus como Gomer. Os assírios chamaram esse povo de Gimirri, ou Shakas para os persas, Tao-Klardjetia para os armênios (urartus), Kimmeroi makrones para os gregos. É difícil de localizar onde ficava o país da Noite e o país dos Cimérios, pois estes se expandiram e se localizaram em diversas partes da Europa e também na Ásia Menor (tanto que uma das portas dos Infernos foi localizada na Aquerúsia, no litoral do Euxinos, ao norte dos Cimerianos). Pra se ter uma idéia, os montes Rifeus (onde os gigantes Arimaspes travavam batalha contra os Grifos) foi localizado ao norte da Ciméria, no país dos Hiperbóreos. Imagina-se assim: se a Ciméria em questão é a Címbrica (a Dinamarca), então a Hiperbórea é a mesma Escandinávia (os Rifeus deveriam ser os picos gelados ao norte da Noruega); ou se a Ciméria trata-se da atual Criméia, na Ucrânia, então a Hiperbórea seria o norte da Rússia Européia (os Rifeus seriam os montes Urais); se a Ciméria mencionada for ao norte da Trácia, teríamos a Hiperbórea mais ao centro-sul da Europa (os Rifeus seriam os montes Cárpatos).

A Ciméria, ao se tratar da região no norte da Europa, foi conhecida como o "País da Noite", onde moravam Nix, Hipnos, Tânatos, Morfeus, os Onírios...

Atlântida

A Atlantís dos gregos foi identificada, inicialmente, com a ilha de Santorini, nas Cíclades, depois chamada de Téra, talvez pelo motivo de ter boa parte da ilha submergido, e hoje ser um atol. A Atlântida foi transferida para uma segunda localização, a ocidente da Mauretânia, no litoral africano. Entende-se, com isso, que as atuais ilhas de Cabo Verde, Canárias e Madeira seriam os picos mais altos de uma grande ilha que havia submergido. Depois, transferiu-se a sua localização para o meio do Atlântico, ocupando uma área onde hoje se eleva a ilha de Bermuda, mais ou menos tomado pelo Triângulo das Bermudas.

Há um tópico que dá mais detalhes sobre a Atlântida e sua relação com Santorini, as Amazonas e as Górgonas:
A Atlântida existiu?

Cabo Tênaros

O antigo ákra Taínaron ou Taínaros era justamente o local onde havia o acesso, a ligação entre o rio Aqueronte e os Infernos. Este era o caminho mais comum que os heróis gregos procuravam para aventurar-se ao Mundo Sombrio.

Hoje trata-se da península de Matapán, na Lacônia, sul da Grécia.

Tártaro

Tártaros foi um elemento primordial, como o Caos. Unido a Géa, a terra, engendrou Tífeo, a águia Aéton, Équidna (esta não era a irmã de Gérion), os gigantes Córidon e Encélados e, talvez, Pálas.

Lançado nas sombras, juntamente com Érebos, tornou-se uma região do mundo inferior, em cujo lugar primeiramente seriam castigados os deuses caídos em desgraça, e tornou-se suplício de grandes criminosos. Foi cingido de tríplice muralha e ao seu redor passariam para sempre as águas do Flégeton.

Segundo a crença dos antigos, o Inferno (também usado no plural) estava localizado no subterrâneo, e o Tártaro na parte mais profunda da Terra, que acreditavam fosse plana e semicircular, e a distância até ele seria aproximadamente a mesma entre a Terra e o Céu.

Érebos

As "trevas" infernais, lugar chamado Dylan pelos celtas e Regwos entre os indo-europeus, foi engendrado pelo Caos e era irmão e esposo de Nix, a noite. Com ela, teve vários filhos, entre os quais Heméra, Caronte, Epífron, Éter, Gueras, Hipnos, Álgos, entre outras divindades antigas.

Foi metamorfoseado em rio e precipitado nos Infernos por haver socorrido os Titãs. Ocupou lugar no centro, entre os Campos Elísios e o Tártaro. Foi chamado "Campo das Lágrimas", ou Purgatório. Lá, passaram a habitar criancinhas que morreram prematuramente, as vítimas de falso julgamento, os que se suicidaram por amor... Sua permanência no Érebos era temporária, e todas as almas iam ou para o Tártaro ou para os Campos Elísios, dependendo do veredito dos três juízes, Éacos, Radamantes e Minos.

Não tinha uma localização precisa ou conhecida, mas subentende-se que ficava nos subterrâneos, a meio caminho do Tártaro.