Mulheres mais poderosas da História

Por isso que afirmar que o sobrenome Capeto é derivado daquela pequena capa usada pelos abades em cima das vestimentas de frade, é realmente meio duvidoso... Na época em que Hugo viveu o latim usado já estava sendo modificado. Era o latim vulgar, misturado com as línguas dos chamados bárbaros pelos romanos.

Capa originalmente era manto com capuz, que é coisa que cobre a cabeça (caput em latim).

Capeta é diminutivo de capa e o Capeta (diabo) usava capa em algumas representações iconográficas.

Vale lembrar que a Loba da França é a mocinha do filme Coração Valente. hehehe como a mídia pode construir e destruir as pessoas!

Há algum tempinho assisti a um filme sobre a vida dela... E foi muito realista. Principalmente quanto ao assassinato do seu marido... Credo...

Acho que Eduardo III foi bonzinho até demais.
Mortimer foi apenas executado sendo que os traidores do rei eram geralmente enforcados e estripados. Isabela foi encarcerada pelo resto de sua vida.

Mas de Isabela viria a mais longa e sangrenta guerra da história da humanidade: A Guerra dos Cem anos.

Terry Silver escreveu:
Acho que Eduardo III foi bonzinho até demais.
Mortimer foi apenas executado sendo que os traidores do rei eram geralmente enforcados e estripados. Isabela foi encarcerada pelo resto de sua vida.

Mas de Isabela viria a mais longa e sangrenta guerra da história da humanidade: A Guerra dos Cem anos.

A mais longa, porém não a mais sangrenta! A Segunda Guerra Mundial ganha de sobra!

O Conde de Monte Cristo escreveu:
Mas "capa", no sentido de vestimenta, em Latim não seria Operiet?
Acabei de procurar em um dicionário.

Pode ser, mas o caso é que se trata do latim medieval, já muito modificado! Por exemplo, desapareceu o termo equus, substituído por cabalus, ainda que se mantivesse o feminino equa, presente até hoje no português e no castelhano. A explicação da origem do nome Capeto é tradicional e veio da historiografia francesa. Não devemos nos esquecer que todos os medievalistas franceses passam pela École de Chartres, onde aprendem filologia e etimologia latina.

Terry Silver escreveu:
Mas de Isabela viria a mais longa e sangrenta guerra da história da humanidade: A Guerra dos Cem anos.

Terry, explica melhor. Nós vimos que a situação particular do duque da Normandia ser também rei da Inglaterra após Guilherme já havia sido O GRANDE motivo profundo por trás de arranca-rabos anglonormandofranceses, com direito a invasões tipo dia D invertido desde John Lackland! Mesmo quando se restringe a Guerra dos 100 anos aos anos tradicionalmente aceitos, quando há crise de sucessão no trono francês, há algo tipo 113anos (e não 100).

Digo isto tudo porque a gasolina e o oxigênio já estavam lá há muito tempo antes da Loba. Isabela foi o isqueiro da guerra? Como? Sou fraquinho de Idade Média, sem ironias, meus estudos são mais sérios pra Idade Antiga.

Geralmente o rei da Inglaterra era duque da Normandia e de outros domínios franceses, e era vassalo do rei da França.
Eu tenho que pesquisar melhor, pois João Sem-terra havia desmantelado o Império Angevino que herdou de seu irmão Ricardo Coração de Leão.

Quanto à Guerra dos Cem anos, o que eu sei é o seguinte:

O rei francês Felipe o Belo tinha 4 filhos, Luís X, Felipe V, Carlos IV e Isabela. Quando Carlos IV morreu sem herdeiros, os ingleses, em especial Eduardo III, acharam que era seu direito herdar o trono pois Eduardo era filho de Isabela.

Os franceses coroaram Felipe VI, sobrinho de Felipe o Belo, o rei da Inglaterra que era neto de Felipe o Belo não aceitou e decidiu invadir a França começando a Guerra dos Cem anos.

Tecnicamente a Guerra dos Cem anos não acabou pois a rainha Elizabeth II se considera também rainha dos franceses.

No momento da coroação, o arcebispo de Canterbury proclama o monarca coroado rei da Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e da França (País de Gales fica de fora pois tecnicamente é um principado), além de outros países: Canadá, Austrália, Jamaica...

Durante os vários governos de Winston Churchill, o primeiro-ministro tentou negociar a entrada da França na Comunidade Britânica. Quando os alemães foram derrotados e saíram da França, quase se extinguiu a República francesa e a coroação de Elizabeth II teve início.

Durante o governo de ferro de Margaret Thatcher, as negociações recomeçaram com o presidente François Mitterrand, mas também não deram em nada.

Qual o "CONTEXTO DO PAPEL DAS MULHERES NA INQUISIÇÃO", como JOANA D'ARC (no início), as CATARINAS DE ARAGÃO e MÉDICI, ELIZABETH I, e, por fim, TEREZA D'ÁVILA?

Bom, sobre a participação destas mulheres não se pode dizer nada, já que Joana D'Arc não teve problemas com a Inquisição, mas sim com o aparato de justiça inglês; Elizabeth I era uma rainha protestante da Idade Moderna e não do Medievo; Tereza de Ávila era uma mística católica; as Catarinas aí também não tiveram nenhuma relação com o Tribunal do Santo Ofício. Advirto para o fato de a Inquisição Medieval ser diferente da praticada no período moderno.

Assuntos políticos, guerras, legislação na Baixa Idade Média são temas nos quais as mulheres não participavam. Na Inquisição então nem se fala. Você deveria ir por outro caminho. Procure referências sobre as "beguinas"... Veja os livros da Brenda Bolton e do Pierreu Chaunu que tratam das reformas religiosas na Baixa Idade Média.

Acho que algumas mulheres tiveram importância política (até um certo ponto) na baixa idade média, um grande exemplo, Eleonor de Aquitânia.

Mas na classe plebéia, as mulheres eram mais ativas do que se retrata normalmente. Eu tenho um livro chamado ''A Mulher Na Idade Média'' do José Rivair Macedo. É um ótimo livro pois acho que quebra muitos mitos acerca da postura da mulher no período.

A rainha católica Isabela de Castela é um nome obrigatório sobre a Inquisição.
Isabela se tornou rainha de Castela, Castela era um dos muitos reinos da Espanha atual, e se casou com o jovem rei de Aragão (também um reino da Espanha), Fernando.
Juntos eles conseguiram expulsar os sarracenos-árabes de Granada.
Os reis católicos também expulsaram os judeus de todos os Reinos da Espanha e instituíram a Inquisição Espanhola, que era independente da Santa Sé.
Isabela foi uma mulher de força e coragem e a primeira mulher reinante de fato de um reino da Cristandade. Através dela é que as princesas herdeiras puderam subir nos tronos da Europa e governarem sozinhas.
No entanto, a vida foi cruel nos últimos anos de Isabela, as traições do marido Fernando, a morte do único filho, o infante Juan, e as mortes de suas duas filhas Isabela e Maria, além de ser obrigada a travar uma guerra contra seu genro, Felipe o Belo, também chamado de "o flagelo dos reis católicos".
A rainha católica foi também a matrona da expedição do italiano Cristóvão Colombo que descobriu o Novo Mundo.

Tem nomes também como Joana, Ana Bolena...

Joana foi a herdeira dos reinos de Castela e Aragão, ela era louca e casada com Felipe, filho do sagrado imperador romano Maximiliano, Felipe também era conhecido como "o flagelo dos reis católicos", pois travou uma guerra contra os sogros Isabela e Fernando.

Ana Bolena não tem nenhuma conexão com a Inquisição, ela foi a segunda esposa do rei da Inglaterra, Henrique VIII.
Mas aí fica pra depois pois a história é muito longa e complexa.

Martinho, sério, o meu forte não são as datas. Mas Isabela de Castela foi contemporânea de Felipe IV, o Belo? Ele não é mais antigo que ela?
Quanto ao papel de Isabela, especificamente, na Inquisição, não sei falar, mas que a rainha, além de todos os predicados necessários ao governo, era sortuda, isto era.

Pouca gente se dá conta, mas a Espanha era recém-nascida quando detonou o último reino islâmico da península, e descobriu a América, apostando num italiano com cálculos errados!!!
É quase como se as Treze Colônias tivessem expulsado Cornwallis num dia e alcançado a costa do Pacífico no dia seguinte!

Foi Isabela que instaurou a Inquisição na Espanha, a Inquisição espanhola era autônoma do Vaticano, Isabela se achava um instrumento de Deus pra purificar a Espanha do judaísmo e islamismo.
No fim ela expulsou tanto os judeus quanto os árabes da Espanha.
O rei Felipe IV da França não foi contemporâneo de Isabela de Castela, ele era pai de Isabela rainha da Inglaterra, mais conhecido como "a Loba da França", pois derrubou o marido e colocou no trono o filho deles, o rei Eduardo III Plantageneta.

Ei, estão sendo misturadas personalidades do medievo com o período moderno!!! As Inquisições praticadas na Idade Média e Moderna cumprem funções diferentes...

Num artigo intitulado "Bogomilos, Cátaros, Lolardos e a alta posição social da mulher na Idade Média", o prof. George Vasilev analisa o status sócio-cultural especial que a mulher obteve entre as heresias gnósticas medievais.
Para quem não sabe, as heresias foram aqueles movimetos cristãos que a Igreja perseguiu e exterminou, porque apresentavam uma visão de crisitanismo diferente.
O autor utiliza uma abordagem socilógica para analizar esta situação rara e incomum de emancipação religiosa e cultural da mulher na Idade Média, uma época, que como todos sabemos, foi marcada pelo pensamento machista da Igreja que relacionava a mulher ao pecado. Ou seja, esses movimentos cristãos destoavam da moral vigente na época (a Católica).
O autor inclusive compara o valor não-depreciativo da mulher dentro destas religiões (heresias cristãs) com muitas das atitudes do feminismo moderno.

Como bem escreveu Le Goff, na Idade Média havia espaço para dois tipos de mulher...

Eva: a pecadora

Maria: a virgem, livre do pecado.

E hoje, como seria?

Para os cátaros havia uma Redentora e não um Redentor. Não é a toa que a Igreja conduziu uma Cruzada só pra acabar com eles.

Algumas heresias dos séculos XI e XII são: cátaros, patarinos, bogomilos, henriqueanos, albigenses, humiliati, valdenses, beguinos, adocionistas, pobres de Lyon, valdenses, arnaldistas, joaquinitas, pseudo-apóstolos, dolcinianos, pobres lombardos, amauricianos, seperonistas, leonitas, circuncisos, stedinger, luciferinos, pobres lombardos...

Achei que para os cátaros o contato com o sexo feminino fosse proibido ou pelo menos evitado ao máximo (pelo menos para os Perfeitos), uma vez que o sexo era considerado algo maligno.
Citando Falbel: ''As relações sexuais eram vedadas e (os cátaros) tinham horror à procriação, pois implicava o aprisionamento de seus espíritos no mundo da carne.''