Mulheres mais poderosas da História

Vlad, você está confundindo Carlos Magno com Carlos Martel.
Carlos Martel (688 - 741), foi o que repeliu os muçulmanos e deu início à Dinastia Carolíngia, agora Carlos Magno (742 - 814), foi neto de Carlos Martel, esse foi pai de Pepino, o breve. Foi Carlos Magno que fez o Império Carolíngio, e também foi um grande inventor, praticamente inventou a Escola que conhecemos hoje.

Verdade, verdade... Cabeça de leitor de História fica sempre embaralhada. Erro meu. Fica o que eu disse de Carlos Martel para Carlos Magno, exceto ter vencido em Poitiers contra os árabes.

Por que ''exceto ter vencido em Poitiers contra os árabes'', não entendi? É tradicionalmente considerada a ação que salvou a Europa do expansionismo muçulmano, além disso esses mouros invasores causaram uma grande insegurança para os povos daquela região e à medida que Carlos chutava o traseiro dos sarracenos pra fora o mundo ficava bem melhor, foi considerado um héroi na época e a vitória de Carlos é considerada decisiva para a história mundial na medida em que preservou a Europa, e mais, se Martel não tivesse vencido, o mundo de hoje séria bem atrasadinho e parecido com a Arábia do século VII, normalmente pior do que o Afeganistão.

Vocês me lembraram do meu estudo de francês, quando tive que estudar La Chanson de Roland, já que estamos falando em Charles Martel (martelo - hehehe)... Ela é linda. Mas é francês arcaico e muito difícil. kkkkkkk

Se bem que os ataques sarracenos contra a França não acabaram em 732. E sobre essa colocação de que o mundo seria bem atrasadinho se os muçulmanos vencessem a batalha de Tours, sei não. Até por que durante séculos o mundo muçulmano, assim como a China e a Índia, eram mais prósperos e cientificamente mais adiantados que a Europa medieval. Só depois do Renascimento é que a ciência européia começou a bombar de vez e as outras declinarem com o tempo.

Porque foi nesse périodo que surgiu a Burguesia empreendedora, inovadora e interessada em inventar coisas novas cada vez mais ousadas. Então sem a Idade Média Ocidental e suas caracteristicas únicas, o Mundo Moderno cheio de tecnologias e liberdades que conhecemos tão bem não existiria, porque não haveria as Revoluções Burguesas e o Capitalismo, e acontecimentos importantes como a Renascença, a Reforma Protestante (importantissima), as Revoluções Gloriosas, o Iluminismo, a Revolução Francesa, as Revoluções Industriais, o Colonialismo, a Globalização e outros, nada disso existiria, ou seja, o mundo se pareceria mais ou menos com o Mundo Islâmico daquela época mesmo.

Até hoje, Leonor de Aquitânia é uma mulher fascinante. Uma das mais belas mulheres de toda a Idade Média, e certamente a mais rica, herdeira das imensas possessões de seu pai, le Duc d'Aquitaine. E muitíssimo mais rica que Luis VII, rei da França, com quem se casou em 1.137, aos 15 anos. Um rei beato, quase um padre, com quem teve 2 filhas, que não satisfez seu apetite sexual, e mereceu o pé na bunda que ela lhe deu. Um divórcio "justificado" pela consanguinidade, já que eram primos, embora distantes.

A Aquitânia ocupava o sul da França, desde a costa do Atlântico até quase a Itália, e sua capital atual é Bordeaux, famosa pelos vinhos. Pouco depois do divórcio, Eleanor arranjou um novo marido atravessando o canal da Mancha - obviamente um rei, Henrique II da Inglaterra. A quem, segundo dizem, ela amou, ao menos no inicio, já que, depois dos 6 filhos que tiveram, mandou aprisiona-la. Ela, com 52 anos, ficou presa durante 15 anos, até a morte do desgraçado. Viveu por mais 15 anos, agora como rainha regente, pois seu filho mais velho, o rei Ricardo Coração de Leão, uma lenda viva cujo passatempo era a guerra, estava mais interessado nas Cruzadas, guerras com vizinhos e conquistas na Aquitânia, do que em reinar. Após a morte de Ricardo, foi coroado o filho seguinte, João Sem Terra, aquele do Robin Hood.

Eleanor era dinâmica e empreendedora, como já mencionaram aqui... Entre outras, mandou importar os vinhos de sua terra natal. Um sucesso, que os ingleses chamaram de clarete, decerto porque sua cor era mais clara, sei lá que outros vinhos bebiam hehe. Mas é uma denominaçao que continua até hoje: please bring me a claret.

Creio que a francesa Eleanor não imaginava a confusão que iria provocar, ao casar com o rei da Inglaterra. Um neto dela (ou bisneto, tô com preguiça de pesquisar) resolveu reinvindicar sua herança na França, já que, pela descendência, era dono (!!) da enorme Aquitânia, um belo pedaço da França. Evidente que o rei da França não gostou. Começou, assim, a Guerra dos Cem Anos, em que os ingleses chegaram a dominar metade da França (ao norte), inclusive Paris. Mas terminaram derrotados em 1.453 pelos exércitos liderados pela camponesa Joana d'Arc.

Um mapa da França à época de Eleanor, com a imensa área pertencente à Aquitânia, ou seja, à Eleanor.

Bota rica nessa mulher!!

Este vídeo em inglês, que encontrei após admirar aquele mencionado por Imhotep, traz uma história resumida de Eleanor, e belas fotos de construções que ela patrocinou, e outras onde viveu:

Achei muito interessante a reconstituição do rosto de Leonor de Aquitânia (e de outras personagens históricas) por photoshop. Usaram, para ela, a imagem que está em cima do seu túmulo.

Leonor era mesmo fantástica, foi esposa dos reis mais poderosos, conseguiu ser mãe de oito filhos sem morrer e participou de Cruzada com seu marido rei francês, armada e acompanhada de uma séquito de amazonas. A efetividade delas em combate deveria ser nenhuma mas a imagem de poder que transmitia deveria ser incrível para os padrões franceses.

Quanto à face reconstruida... é ...acreditando no método ela era jeitosinha.

Era bem bonita... hehehe

Diziam que Leonor tinha dois maridos ao mesmo tempo, um era o nobre ''faz de conta'' ou ''conto de fadas'' e o outro era um camponês, um de seus servos com que ela fazia sexo e outras loucuras de amor que o marido de sangue azul não conhecia. A maioria dos historiadores, infelizmente, são céticos em relação ao assunto, mas Leonor não ia viver na mentira com um mauricinho ou monge que se dizia ''seu marido'', além disso a vida dela era privada para poucos.

Pra vocês, quem foi o verdadeiro marido alma gêmea de Leonor?

O cara com quem ela teve os oito filhos? Não sei se eram todos de mesmo pai.

Existe uma possibilidade do Pai Biológico de Ricardo Coração de Leão ser na verdade um dos servos de Leonor, mas acho que não, havia uma química entre ela e Henrique.
E a história de Leonor e seu marido anônimo foi contada pelo povão, pois esse camponês com quem ela gostava tanto, contava tudo para suas comadres e seus compadres, e a fofoca ia se espalhando.

Viva a Fofoca, porque se não fosse por ela não saberíamos nada disso.

hahahahahahaha

hehehe, mas se é fofoca não há garantia de nada. Há dois provérbios que falam a favor. "Toda lenda tem um fundo de verdade" e o italiano "Se non è vero, è probabile"...

Quem sabe um dia um grupo de arqueólogos e historiadores tentam descobrir!

Martinho Lutero escreveu:
Diziam que Leonor tinha dois maridos ao mesmo tempo, um era o nobre ''faz de conta'' ou ''conto de fadas'' e o outro era um camponês, um de seus servos com que ela fazia sexo e outras loucuras de amor que o marido de sangue azul não conhecia. A maioria dos historiadores, infelizmente, são céticos em relação ao assunto, mas Leonor não ia viver na mentira com um mauricinho ou monge que se dizia ''seu marido'', além disso a vida dela era privada para poucos.

Pra vocês, quem foi o verdadeiro marido alma gêmea de Leonor?

Deve ter sido Henrique da Inglaterra, o mais poderoso, e mais afinado com a personalidade dela. Além disso, creio que Leonor não arriscaria sua descendência com um filho ilegítimo. O que decerto corria um risco era o pescoço de seus bombeiros.

Já ouvi que as camisinhas da época eram feitas com a pele de intestinos de carneiros. De ovelhas... seriam mais resistentes? Nosso cronista social Martinho Lutero deve ter mais informações.

As camisinhas antigas eram feitas de crina de mula, papel e até casco de tartaruga. E foi na Idade Média que as práticas de prevenção atingiram o ápice da criatividade.

Cintos de castidade se não fossem fraudados, também eram anticoncepcionais.