Desvendando o Infinito

Atomic Boy escreveu:O infinito não se trata de um número, pode apenas ser simbolizado, podendo, pois, ser numérico ou geométrico.

Superb!

Com fim e sem fim são atributos de objetos.


O sem-fim (infinito) é um atributo supressivo, ou seja, ele elimina a existência do final.

Assim, um pedaço de cordão, obrigatoriamente, tem duas pontas (dois finais).
Por maior que seja este pedaço de cordão, enquanto ele tiver duas pontas, nunca será infinito.

Agora, se você emendar os dois finais, o cordão se torna infinito, qualquer que seja o seu comprimento.

Tanto o zero quanto o infinito se referem a algo ausente em um objeto presente.
Isso provoca muita confusão.

Mudando um pouco o foco da conversa, levanto a seguinte questão:

Não pode existir entropia num Universo Infinito.

A entropia representa uma perda (como uma “taxa” de pagamento...) quando se pretende mudar sistemas fechados, um pelo outro, mas o Universo é um sistema aberto. Se dentro dele, "fechamos" sistemas, cada mudança vai pagar uma taxa para tanto: a entropia. Mas, se o Universo é Eterno e Infinito, jamais pode ganhar, de fora, ou perder algo para fora, simplesmente porque não existe este “fora dele”... As várias entropias se anulam. Se um sistema fechado perde, o outro ganha a mesma “entropia”....O Infinito é infinito ou não é...
Como é difícil, nós, seres finitos, imaginarmos o Infinito!

O infinito, para nós, pode se tornar tão razoável (admissível) quanto o finito. Basta, para isso, bolarmos um modelo (uma imagem mental) compatível com ambos.

Particularmente, construí um infinito cheio de incertezas, onde, eventualmente, algumas certezas podem ocorrer.

Um infinito cheio, para mim, é muito mais razoável do que um infinito vazio.

Com um infinito cheio de incertezas, podem, rara e espontaneamente, surgir regiões com entropia menor do que aquela do seu entorno. Esta entropia menor, é claro, tenderá a desaparecer, mas, dentro do infinito, algumas podem durar muito mais do que outras.

Norman, muito inteligente suas considerações...

Aberto, não tem limites, fechado é limitado

Um sistema Infinito é, obrigatoriamente, único. Nós, seres humanos é que experimentalmente resolvemos "fechar" um determinado sistema. Só aí acontece a entropia... Esperava eu mesmo a incompreensão da parte do ser finito (que somos) do INFINITO. Quem não o admite cientifica e filosoficamente, termina por ir escorregando em direção à religião. Em um sistema mecânico que criamos em laboratório (ou imaginativamente), a compressão física vai se transformar em um sistema calórico. Pagamos por esta diferenciação, esta LIMITAÇÃO. Lembra-se das bombas de encher pneu de bicicleta, como esquentava com seguidas compressões? Pois é: existe perda de energia neste processo de transformação de força mecânica em calórica... Pagamos uma "taxa" para que se dê tal transformação: é a ENTROPIA... No UNIVERSO, INFINITO, UNO, não há para quem perder... Agora ficou mais claro?

Posso estar errado, mas na minha concepção de Universo, onde os grandes "clusters" que são as galáxias unidas pelas grandes distâncias, deixam bolhas de espaços vazios que é a energia escura, já que a matéria escura também é afetada pela gravidade, estaria unida invisivelmente nas áreas filamentosas como de uma esponja gigante. A entropia do Universo infinito, sendo a dispersão da energia, é o próprio espaço. Daí em grande escala o Universo sempre se expandirá criando espaço e tempo.

O lado de fora deste universo é onde a notícia do Big Bang ainda não chegou.

No campo infinito das possibilidades, um único Big Bang é impossível.

Só acredito em Big Bangs se eles forem múltiplos.

Se alguém me disser que sabe onde está o limite do Universo, mudarei de opinião imediatamente. Enquanto não o encontrarem, somos obrigados a, pelo menos, admitir um Universo ILIMITADO!. A única "coisa" que poderá deixar de ter limites é o infinitamente grande...é o UNIVERSO ETERNO, ILIMITADO, portanto INFINITO, INCRIADO, é o TODO, é o TUDO!!! A maior parte da Humanidade, por motivos bem sabidos, consideram este TODO, este TUDO, como deuses, ou como um Deus único...Problema deles...E ainda denominam uma parte (a "melhor"), evidentemente, do universo, de Céu ou Paraíso... É a parte infantil ainda da Humanidade...

Estou com o Norman, pois o nome ou apelido não diminui o evento que poderia ser no passado de um Universo opaco, muito denso e quente, com muito pouco espaço ou nenhum, sem precisar do negócio de tempo como conhecemos.

Imagino um substrato quântico eterno e infinito. Ele precisa existir, caso contrário, o princípio da incerteza seria falso.

A expansão do Universo seria similar a uma onda de entropia menor dentro de um oceano de entropia maior.

Ora, se o oceano é eterno e infinito, por que deveria haver apenas uma onda?

Um espaço-tempo seria algo mais organizado do que um não espaço-tempo.

Mas a possibilidade de ordem variável sempre existiu.

Entropia acontece sempre ao se mudar de um sistema energético para outro, no Universo, com outra forma de manifestação energética. Para tanto, a Natureza cobra como se fosse uma "taxa"...a Entropia...
O Universo, podemos experimental ou imaginariamente, mudar sistemas, mas ele é UNO, isto é, representa o TODO, o TUDO. Pode-se, equivocadamente se falar em muitos Universos, em Multiverso, em Universos paralelos... Isto confunde um pouco, mas a perda por se mudar de um sistema para outro, a ENTROPIA, ou melhor, as várias Entropias correspondentes às várias mudanças de sistema, no total do Universo (Do TODO) se anulam...

Do Universo nada se põe e nada se retira.

Subdivida o Universo Aberto, em quantos queira, fechados...Quem admite Infinitude e Eternidade não pode pensar em perdas nem ganhos para este Infinito e Eterno Mundo...Isto é Aritmética. Não necessitamos, para tanto, de Física nem Matemáticas Quânticas...

Absoluto, só o Universo Eterno, Infinito, Incriado...Mas quem pode ter certeza absoluta de algo?
No que insisto é sairmos desta simples Lógica Formal, e entendermos a Lógica Dialética, abrangente da primeira, mas muito mais ampla. O mundo é Energético em seu conteúdo e Dialético em seu modo de ser, de se desenvolver... Concordam?

Um problema acontece com o nome "Universo" e seus atributos.

Este nome deveria ser reservado e preservado para representar todo o conjunto dos fatos naturais.

Mais correto seria dizermos: a parte conhecida do Universo, na qual estamos, e de acordo com os nossos cálculos e observações, está se expandindo aceleradamente e parece ter se iniciado em uma região mínima denominada metaforicamente de Big Bang.

Mas, não tem jeito: o ser humano é vaidoso e pretensioso. Ele não iria perder a chance de afirmar que conhece a origem do Universo que, aliás, nunca teve origem pelo simples fato dela não ser necessária e fisicamente possível.

@Atomic Boy , interessante esse seu ponto de vista. O pensamento é seu? Pelo que pude entender, considerando um Universo Infinito, não teríamos perdas, apenas temos essa impressão pelo pensamento de sistema fechado que estamos habituados a empregar em tudo que analisamos sob o ponto de vista físico e também pelas limitações que temos em pensarmos em termos macrocósmicos. Se a hipótese do Universo ser infinito for verdadeira, assim como dizem alguns cientistas, tu acabas em parte de formular uma outra hipótese que intuo ter sentido.

Cara Monalisa, esta é a minha opinião, certamente não exclusivamente minha. Porém, de uma minoria, tenho certeza. Temos de escolher quem? INFINITO, ETERNO, INCRIADO? Para mim é o UNIVERSO... Para a imensa maioria da humanidade, é Deus. Você, com quem fica?

Universo é o nome daquilo que existe, em todo lugar da mesma forma. Esta existência independe da inflação do Big Bang ou não, ou de uma colisão etc...

O cosmos como o lugar onde existe matéria e vida, a ser comparada, com a nossa, e interpretada por uma linguagem e etc, ele sim está sob o rigor da física e das leis.

Então não pode existir entropia em um cosmos infinito.

Este universo não termina e nem começa, daí ser eterno, ou melhor dizendo, imutável, pois como seja, ele existe da mesma forma.

No ocidente este termo foi barbarizado, e no oriente se chama de Brahman, a existência, que aliás nem criou nada, apenas é.

O que é imutável, eterno, não está sob lei alguma.

Norman, o herege escreveu:Só acredito em Big Bangs se eles forem múltiplos.

2

Atomic Boy e Hermes:

Concordo com ambos na questão de não existir entropia num Universo Infinito, caso ele seja infinito. Ainda, complementando a questão do pensamento oriental em relação ao Universo, apontada pelo Hermes, me parece que nessa concepção do Brahmanismo/Hinduísmo o Universo se expande e se contrai. Atualmente foi identificado que o Universo se encontra em expansão, mas antes dessa expansão do espaço houve uma retração que coincide com a teria do Big-Bang, mas intuo que existam ciclos infinitos de expansão e contração. A última contração foi o Big-Bang. Quem estaria por trás disso? Apenas leis naturais e físicas? É uma possibilidade! Mas são leis naturais muito bem engendradas e perfeitas para serem obras do acaso. Talvez a evolução tenha cuidado disso para harmonizar o caos. Seja lá o que esteja por detrás disso tudo, é divino e magnífico!

O Universo pode ser eterno e estar em grande escala acontecendo ora expandindo ora contraindo pois não conhecemos a dimensão do Universo real, apenas o Universo observável de 14 bilhões de anos.

O infinito é apenas potencial, nunca manifesto.