Mitologia Grega

É bom chamarmos essa de deusa de Nice, Niké ou Niqué para diferenciá-la de Nicéia, uma das Náiades do cortejo de Ártemis. Era chamada Vica Pota pelos romanos, personificava a Vitória, a Conquista. Ela era filha do gigante Pálas e da oceânide Estige (a que deu origem ao rio do reino de Hádes), e era irmã de Zélos, Crátos e Bia. Era, portanto, uma deusa da raça dos Titãs, de terceira geração. Entre os romanos, nasceu da fusão entre a Vacuna dos sabinos e a Vica Pota dos latinos. Mas certamente tem uma relação mais antiga com a Niké dos gregos. Era alada, calma e serena na imobilidade da sua força; pertencia ao cortejo de Zeus e era representada coroada de louros.

O que isso significa? O óbvio. Era a deusa da Vitória, presente nas guerras conforme outorgava Zeus, que através de sua balança, decidia para qual lado penderia a Vitória. Por isso é que apresentava-se coroada de louro. Ela somente surgia em triunfo após o término da guerra, conduzindo seu carro e seus cavalos brancos.

Niké foi mencionada na Titanomaquia, assim como sua mãe e seus irmãos, na Gigantomaquia, na Guerra de Tróia... Não tinha exatamente um mito próprio, mas participava de outros.

Certamente os romanos a cultuavam, pois se diziam senhores do mundo a tinham como seu amuleto da sorte. A Vitória era mais cultuada que a Justiça (Astréia).

Quanto à estátua mutilada, está aqui:

Bíblis pertencia à estirpe de Minos, o rei de Creta. Ela vivia com seu irmão Caunos na cidade de Mileto, onde outrora reinara seu pai. Ela amou intensa e criminosamente seu irmão Caunos, que fugiu e foi morar na Cária, onde mais tarde surgiu a cidade de Cauno. Bíblis enlouqueceu, e as Ninfas transformaram-na numa fonte próxima de Mileto, na Jônia. Em sua memória, foi dado a duas cidades o seu nome: Bíblis, na Cária, e Biblos, na Fenícia.

Era muito comum os gregos renomearem cidades por eles colonizadas. E havia uma relação muito estreita entre fenícios e gregos, tanto que tinham heróis em comum: Cadmos, Europa, Agenor, Fênix, Cefeus, Perseus, Adônis... e por que não Bíblis? É no mínimo estranho, já que Bíblis parece não ter tido alguma relação com os fenícios, mas sugere-se que os marinheiros de Tiro e Sídon percorriam o Mediterrâneo e facilmente teriam trazido para Gebal (a antiga Gubla) o drama de Bíblis. No entanto, outra versão aponta o fato dos gregos reconhecerem que era através de Gebal que importavam o papiro egípcio (byblos), nascendo daí as expressões Bíblia, biblioteca, bibliografia...

Gebal, podendo referir-se indiretamente a uma colina, não parece a Jubayl de hoje estar localizada em terreno montanhoso, elevado — pelo menos é o que observei no Google Earth. Eram muito comuns as cidades antigas serem construídas sobre colinas, mas Gebal ou Biblos ficava no litoral, próxima do Mediterrâneo, e desconheço estar localizada em algum penhasco à beira-mar.

Suponhamos que Gebal ficava à beira de um rochedo à beira-mar, daí faz sentido Bíblis ter tentado o suicídio. Mas, tendo enlouquecido, podia também ter tentado enforcar-se. Por que não? São duas versões próximas...

É interessante comentar como os mitos antigos interagiam. Nós conhecemos os mitos de vários reinos distintos através dos mitos gregos, pois prolongavam-nos como se fossem seus. Os heróis gregos que interagiam com reinos estrangeiros preservaram seus nomes gregos, a exemplo também de Egito, Dânaos, Belos, Mênfis, Toas, Fineus, Anteus... Eram todos estrangeiros com nomes gregos. Até mesmo os deuses interagiam nos mitos: Dágon (dos filisteus) e Poseidon, Atargátis (dos fenícios) e Tétis (ou Afrodite), Amon (dos egípcios) e Zeus...

Por isso é que surgem as dúvidas sobre a existência de inúmeros personagens e seus mitos: quando houveram reis egípcios de nome Egito e Dânaos? Quando houve um rei egípcio de nome Épafos (e há quem diga que foi o mesmo Apopi...)? Quando houveram reis assírios de nome Belos e Ninos (que deu nome a Nínive)? Quando houve um herói-epônimo chamado Fênix, que teria dado o nome à Fenícia? E teria realmente havido um rei fenício chamado Agenor? Houve um rei egípcio chamado Teoclímenos? Ou um chamado Proteus? Pois é. Apesar de tudo, podemos afirmar que sim. Seus nomes não constam nos róis originais, mas foram renomeados pela cultura helênica, que predominou. Cada qual equivale a um rei local (não-grego) e com nome original.

O mesmo podemos dizer daquelas cidades estrangeiras com nomes gregos; só no Egito temos muitas: Mênfis, Alexandria, Tebas, Saís, Heliópolis, Canopos, Hieracômpolis, Dióspolis, Elefantina, Tínis, Tânis... Sem falar na Ásia Menor, que grande parte teve nomenclaturas greco-romanas, e os gregos só habitaram no seu litoral... Grande parte das cidades da Europa, Ásia Menor, Oriente Próximo e Médio, Península Arábica, norte da Africa, inclusive todas as demais terras até as regiões do Indo e do Ganges, tiveram inúmeras cidades e reinos com nomenclaturas greco-romanas. Isso se deve especialmente ao comércio marítimo, à colonização e às conquistas romanas e macedônicas.

Olá, pessoal!
Estou fazendo uma pesquisa sobre a Deusa Nix (personificação da noite). Se alguém tiver algum referêncial teórico pra me dar eu agradeço. Meu projeto visa investigar Nix associada aos seus filhos, presentes nas tragédia gregas, para a compreensão das experiências vivenciais humanas - puxando para a psicanálise junguiana (O homem e seus símbolos).
Bjo a todos.

NIX

Nýks ou Nyx, entre os gregos, "noite".
Nox, para os romanos.
Atir, entre os egípcios.
Éufrone ou Eulália, entre os gregos, mãe do bom conselho.

Representava a Noite, as Trevas superiores. Simbolizava o tempo das gestações, das germinações e das conspirações. Simbolizava também o inconsciente.

Era filha do Caos e irmã de Érebos, segundo Hesíodo. Teve com Érebos filhos como Heméra, Hipnos, Éter, Oizys, Poenía, Epífron, Caronte e Gueras. Segundo os romanos, Álgos também foi gerada por Nix.

Com Átlas, teria, segundo uma versão, engendrado as ninfas Hespérides.
Com seu filho Hipnos, teve Momos, Morfeus e os Onírios.
Com Aqueronte, provavelmente, teve as terríveis Erínias.
Com Océanos, devia ter gerado a deusa Nêmesis.
Com seu pai Caos, teve Móros, o destino. Também, unida ao Caos, segundo o Orfismo, pôs um ovo, do qual nasceu Éros, e das duas metades da casca nasceram Géa e Úranos.
Com Móros, teve a Fraude.
Sozinha, gerou Tânatos e Aerumna.
Uniu-se a Fanes (a luz), dando assim origem a todas as coisas.
Engendrou também, entre outras divindades, as Queres, Epífrone, Autos, Sigê, Kryerous, Eufrósine, Styx, as Kakas, Pento, Kedea, Hipocrisia, Lysímele, Léton, Ácis, Hybris, Leza, Apate, Fílotas, Elpis, Éris, Ftonos e Limos.

Morava na região de Esméria, no extremo-oeste, além do país do gigante Átlas. Seu carro era coberto de um negro véu de estrelas, puxado por quatro cavalos negros.

Seus filhos, de modo geral, representam a corte noturna:

Tânatos (a Morte), Aerumna (a Aflição), Hipnos (o Sono), Epífron (“o que reflete sobre o acontecimento”), Caronte (o barqueiro dos Infernos), Guéras (a Velhice), Oizys (a Pobreza), Poenía (a Miséria), a Petulância, os Óneiros (Sonhos bons e ruins, como Morfeus, Fântasos, Ícelos e Forbétor), Momos (o Sarcasmo, a Culpa), a Fábula, a Preguiça, a Fraude. as Queres (deusas do Destino, da Morte violenta), Hipocrisia (o Fingimento), Ácis (a Desgraça), Hybris (a Arrogância), Apate (o Engano), Fílotas (a Ternura, a Amizade), Leza (a Fúria), Epífrone (a Prudência), Éris (a Discórdia), Ftonos (a Inveja), Autos (o Egoísmo), Sigê (o Silêncio), Kryerous (o Frio), Eufrósine (a Benevolência), Styx (o Ódio, a Raiva), Limos (a Fome), as Kakas (os Vícios), Elpis (a Esperança), Pento (a Tristeza), Kedea (os Pesares), Lysímele (o Amor), Léton (a Dissolução), a Obstinação, a Peste. As Queres chamavam-se Anaplekte (a Morte dolorosa), Akhlys (a Ânsia de morte), Nosos (a Doença), Ker (a Destruição) e Stygere (o Ódio).

São curiosas as heranças étnico-culturais e sócio-histórica que recebemos: o estereótipo ligado à noite - a dicotomia relacionada ao simbolismo positivo da noite sagrada, com sua proteção, a boa conselheira, etc. - e o negativismo da noite sombria - os mistérios, o profano, a morte inesperada...

Na minha concepção, Nix representava para os antigos tudo que existe ainda encoberto, por descobrir, tanto no mundo tido como espiritual, como no reino da morte, como no mundo material das ciências e todo o mundo cheio de simbolismo religioso que deixou vestígio nos mitos.

Qual a participação de Nix e Aletheia nas estórias, contos e mitos existentes? Onde ela se faz presente e é citada, e qual a referência da data em nosso calendário e a que povo pertence esta sua fonte?

Há duas versões sobre ALETHEIA, a deusa da Verdade. Uma, que seria filha de Éter (o Ar luminoso) com sua irmão Heméra (o Dia). Outra, que foi criada na oficina de Prometeus (tenho um pequeno mito sobre isto - citarei em seguida). Basicamente é uma deusa alegórica, e, como quase sempre, sem mito.

NIX é uma deusa constante, que é um monte de vezes citada na Mitologia Grega. Mas a citação mais frequente está na Teogonia. Não dá pra se dizer que ela tenha um mito próprio, a não que fez parte da geração primordial dos deuses, juntamente com seu irmão Érebos (as Trevas). Há uma versão de que foi quem chocou o Ovo da Criação; Fanes (a luz) repartiu o ovo: de uma metade surgiu Géa (a Terra), e de outra surgiu seu filho Úranos (o céu), e de dentro do ovo surgiu Éros (o Amor).

Quanto a outras informações, nada sei. Talvez outro possa ajudá-lo.

ALETHEIA, A VERDADE

Prometeus, percebendo que o homem não estava de posse do fogo, que o fazia trabalhar — já que via-o ocioso, não se deu por vencido, e pretendeu novamente colher uma fagulha do divino elemento, mas foi avisado por Atena:

— Cuidado, pensa duas vezes antes de afrontar novamente a ira de Zeus!

Prometeus, surdo aos avisos da deusa, preferiu correr o risco. Aproveitando a escuridão da Noite, enrolou-se num manto negro e subiu ao Céu. Aproximando-se pé ante pé, puxou das vestes um tição apagado e o ascendeu na lareira de Héstia. Conseguiu roubar novamente uma faísca do fogo do Céu. Tapando com a mão a minúscula chama, voltou à Terra e se apressou em devolvê-la aos homens. E, antes do amanhecer, eles já haviam acendido uma grande fogueira, e multidões de pessoas, de diferentes lugares, iam até o lugar para recolher um pouco do fogo que haviam recebido. E, dentro de algum tempo, o mundo já estava iluminado e aquecido.

Zeus, mais zangado do que nunca, começava a insinuar que Prometeus, na verdade, tinha ido até o Olimpo no intuito de lhe raptar Atena, e, por isso, pensou em puni-lo severamente.

— Aquele maldito intrometido saiu outra vez em defesa de seus protegidos! Desta vez seu ultraje não ficará sem resposta!

Decididamente iludido pelo titã, não conteve o ressentimento, e resolveu punir simultaneamente os homens e seu protetor.

Prometeus, que já havia dado forma a uma nova geração de homens, civilizados, decidiu esculpir a forma da Verdade, usando toda a sua habilidade a fim de que ela se tornasse um padrão para regular o comportamento das pessoas. Enquanto estava trabalhando, ele recebeu uma convocação inesperada do poderoso Zeus. Prometeus deixou o astuto Dolus (a Malandragem) encarregado de sua oficina. Dolus tinha se tornado recentemente um dos deuses aprendizes. Enquanto Prometeus se encaminhava diante de Zeus, Dolus, tomado pelo fogo da ambição, usou o tempo à sua disposição para moldar com seus dedos astutos uma figura do mesmo tamanho e aparência que a criação de seu mestre, e ainda com características idênticas.

Enquanto isso, Zeus descarregava sobre Prometeus a sua ira e seu rancor:

— Filho de Jápetos, rejubilas-te por haveres roubado o fogo divino e iludido a minha sabedoria; mas esse ato será fatal a ti e aos homens que hão de vir. Para vingar-me, enviar-lhes-ei um funesto presente que os enfeitiçará e fará com que amem o seu próprio flagelo.

Zeus referia-se à criação de Pandora e já planejava a destruição dos homens com um dilúvio.

Assim sabendo e prevendo um castigo severo, Prometeus foi procurar seu irmão mais novo, Epimeteus, e o advertiu não aceitar presentes dos deuses do Olimpo, em hipótese alguma.

Em seguida, lembrando-se dos seus afazeres, retornou para sua oficina, onde Dolus o aguardava. O aprendiz mal conseguiu terminar sua obra realmente notável, pois faltou barro para os pés da estátua. E, ouvindo os passos de Prometeus, rapidamente sentou-se na sua cadeira tremendo de medo. Prometeus ficou espantado com a similaridade das duas estátuas e quis dar a impressão que todo o crédito fosse seu, devido a sua própria habilidade. Logo, ele colocou as duas estátuas no forno e quando elas estavam completamente endurecidas, concedeu-lhe a vida: Aletheia, a sua verdadeira criação andou com passos comedidos, enquanto sua gêmea inacabada tinha uma postura emperrada no seu andar. Aquela falsificação, produto do subterfúgio, adquiriu o nome de Pseudos, “falsidade”.

FIM

Que legal! Sobre nosso calendário, quis dizer a data, local e povo de onde estas estórias surgiram... Valeu! Interessante, Prometeu significa "Aquele que percebe as cosias sem pensar, num reflexo, o que sabe antes de colocar as palavras". Epimeteu, significa "Aquele que avalia, julga, mensura calcula, e conclui, o que pensa, raciocina", a inclusão do Dollus, que desconhecia dá muito panos para a mangas.... junto com Fraude... se substituirmos estes valores mitológicos, como uma tentativa de associamos tudo para uma explicação da funcionalidade da mente humana, de si mesma para si própria, no período que vai de 3000 AC até 300 AC se não estou enganado.

Um povo de muitas línguas, várias escritas, muitas ainda não decifradas - o povo Indu-eroupeu, os helenos mais tardiamente chamados de gregos. Qualquer incorreção de minha parte, favor corrigir!

Valeu, mas ainda espero que outros argumentem sobre o assunto, pra pelo menos darem sua opinião do que ficou a ser respondido.

Quando comecei a ler sobre mitologia, pensava que Prometeu era um nome que reverenciava a promessa.
Mas creio que tenha a ver, pois em alguns relatos é citado Prometeu como o pai dos homens; seria o criador, criando da argila o homem que seria à semelhança dos deuses.
Ou seja, há autores que se referem a Prometeu como aquele que promete, aquele que vai fazer algo.


Tem até uma fala de Jápeto (Que seria pai de Prometeu):

"Esse Prometeu promete".

Jápeto seria um dos titãns.

Saímos um pouco do assunto, mas dá ainda pra argumentar:

Segundo as tradições da Mitologia Grega, PROMETEUS foi o criador da raça humana inteligente, à semelhança dos deuses, na época em que Cronos era rei do Cosmo. No entanto, houve uma raça humanoide anterior, criada por EPIMETEUS, seu irmão, dando alusão à teoria de Darwin, da evolução, uma raça imperfeita, incapaz de criar. Diz-se também que foi este último quem deu nome aos animais conhecidos da futura Hélade (a Grécia), que na época não era politicamente dividida.

Prometeus, que criou o primeiro homem civilizado, Foroneus, símbolo da raça superior, deu-lhe capacidade de refletir, e concedeu-lhe recursos, como o fogo, na época de Zeus como rei do Cosmo, e o dom de criar e construir suas próprias habitações e instrumentos de trabalho.

Refletindo um pouco, penso que NIX deva ter significado escuridão da noite, em lugar de simplesmente noite. Uma escuridão que encobre tudo que existe, que esconde, mais tudo realmente está presente, vivo, oculto.

Sua filha Aletheia como "não-esquecido" (durante a escuridão), significando a verdade existente e mesmo oculta, mas lembrada, bem que poderia representar o conhecimento a ser descoberto, ou interpretado, ou ainda colocado em palavras, revestido por termos conhecidos, símbolos escritos ou sonoros como expressão de movimentos mentais, sensações, sentimentos, emoções.


Hermes, teria algo a dizer que possa melhor situarmos tal palpite?

Este "não-esquecido" por descobrir ou ser notado, seria as ideias inatas, imanentes de Platão?

Observa Tales de Mileto, século VI Ac, sobre o desconhecido existente encoberto dentro do homem:

“Te advirto, seja tu quem fores! Oh! Tu que desejas sondar os arcanos da natureza, que se não achas dentro de ti mesmo aquilo que buscas, tão pouco poderás achar fora. Se tu ignoras as excelências de tua própria casa, como pretendes encontrar outras excelências? Em ti está oculto o Tesouros dos tesouros. Oh! Homem! Conhece a ti mesmo e conhecerás o universo e os Deuses"

Observa Nietzsche, século XIX:

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos, sem número, e pontes, e semi-deuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes... siga-o..."

Observa Hermann Hesse, século XX:

“Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.”

Hermes... Seria correto afirmar isso?


O conhecimento na forma de ideias – diferentemente do que temos acordado com o termo ideia – significa algo pré-existente e não percebido que existe e se apresenta na escuridão de Nix, na profunda escuridão do Érebro, ou na negritude obscuridade de Tártaro, onde Aletheia (Verdade) significa, literalmente, algo não esquecido, que se torna visível, conhecido.

Os mistérios do conhecimento material e da natureza seriam ocultados por Nix, os de natureza espiritual e da morte por Érebro, e os conhecimentos profundos da mente, na forma de conhecimentos e convicções seriam ocultados no Tártaro profundo.

Desculpa, Legolas, mas não entendi nada do que você postou. Você poderia se expressar de uma forma mais popular, menos técnica... Não sou acadêmico, apenas um estudante caseiro, auto-didata.

Sou meio enroladão mesmo...desculpa...

É o seguinte: A noite encobre tudo que existe durante o dia. Durante a noite não vemos onde se localiza as coisas, ficamos esquecidos. Dentro desta realidade natural existe uma situação na qual o dia mostra tudo que existe oculto durante a noite.

Para os gregos, Nix representa o desconhecido, e a verdade é o lembrar das coisas escondido-desconhecidas pela escuridão da noite.

Esta realidade viva no interior do ser humano tem em si todos os conhecimentos do universo que dividi em Nix, Érebro, e Tártaro, que a iluminação, a luz a claridade mental afasta a escuridão interior.

Cidadão em sua época, afirma Tales de Mileto, século VI Ac, sobre o desconhecido existente encoberto dentro do homem:

“Te advirto, seja tu quem fores! Oh! Tu que desejas sondar os arcanos da natureza, que se não achas dentro de ti mesmo aquilo que buscas, tão pouco poderás achar fora. Se tu ignoras as excelências de tua própria casa, como pretendes encontrar outras excelências? Em ti está oculto o Tesouros dos tesouros. Oh! Homem! Conhece a ti mesmo e conhecerás o universo e os Deuses"

Foi nessa observação que tentei formular a questão, apenas classificando o desconhecido que o ser humano apenas nomeia, dá nome, ao que está sempre presente no viver e no universo.

Toda a religiosidade dos helenos, dos antigos está nesta observação interior, onde contrariamente ao que pensamos de nós, eles nos tinham apenas como movimentos na mente humana indevidamente identificada, particularizada, personalizado nas relações. Eles, os antigos helenos e outros povos se viam como um presente sempre ausente, onde os deuses representam apenas movimentos, capacidades, condições da mente humana.

Todos os mitos e ritos apenas são uma analogia da funcionalidade humana, e muitos dos seus próprio significados expressam esta verdade, como no caso acima do Prometeu.

É complicado. Não costumo me aprofundar tanto nos significados de cada mito grego ou de suas simbologias. Intero-me apenas no conto e no que nos ensina de alguma forma diretamente, pois todo mito tem um ensinamento, quer queira ou não. Não busco saber mais do que o mito representa, mas sim se existe uma relação verossímil com a História.

Desculpe não poder contribuir.

Teoria... Hera X Hermes..

Parece besteira... e é... ahuhua
Eu acho que HERA não "falava" com Hermes por vários motivos... por sempre participar dos casos extra conjugais de Zeus, sempre do lado ajudando e mandando mensagens para as amantes e futuras amantes de Zeus... e por Hermes ter matado Argos, transmutado em Pã ou Pastor....Tanto que Hera tinha sua própria mensageira "Iris"...

HERMES era um cúmplice de Zeus, e diga-se de passagem que era seu filho mais amado, por sua utilidade. Era seus "olhos e ouvidos". ÍRIS, por sua vez, assumiu o ofício de mensageira e confidente de Héra.