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Mitologia Grega

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Mensagem por Hermes Trismegistus 21/3/2021, 19:05

PROMETEUS – da raça dos Titãs, era filho de Jápetos e Clímene, uma oceânide. Porém, segundo Ésquilo, por sua natureza emblemática, devia ser filho de Jápetos e Têmis. Seus filhos chamavam-se Deucálion, Licos e Quimereus, filhos de Clímene, e Etneus, Tebe e Ásia. Procurou não se envolver na Titanomaquia, contrariando seus irmãos Atlas e Mênetos. Foi punido acorrentado ao Cáucasos por ter auxiliado a raça-humana concedendo-lhes o fogo. Libertado por Héracles, com o consentimento de Zeus, ajudou-os a combater os Gigantes.
PROTEUS – deus marinho, personificava o Movimento das ondas e a Cor mutável dos peixes. Estava encarregado de apascentar os rebanhos de focas de Poseidon. Oriundo de Palene, na Macedônia, passou a viver na ilha de Faros, na foz do Nilos, no Egito. Gostava de visitar uma gruta do golfo de Cárpatos, entre as ilhas de Creta e Rodes. Havia adquirido do pai Poseidon o dom da adivinhação. Foi ainda considerado filho de Océanos e Tétis. Teve quatro filhos: Telégonos e Tmolos, Teoclímenos e Teónoe.
QUERÁON – gênio ou demônio honrado em Esparta durante os banquetes públicos.
QUIMERA – animal fabuloso, misto de cabra, leão e serpente. Soltava fogo pelas ventas. Nasceu da união de Tífon com Équidna, sendo então irmã dos mais terríveis monstros da Mitologia Grega. Foi criada por Amisódares, rei da Caria. Viveu numa caverna próximo de Pátara. Logo, começou a devastar as terras da Lícia, e Belerofonte foi encarregado de matá-la.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 21/3/2021, 19:06

QUÍRON – o mais célebre dos Centauros, e também o único realmente civilizado e sábio. Foi mestre de uma porção de heróis famosos, como Heracles, Teseus, Orfeus, Peleus, Télamon, Asclépios, Enéias, Jáson, Pólux, Castor, Aquiles, entre outros. Educava-os, ensinando-lhes música, Filosofia, Astronomia, a arte das guerras e da caça, a Medicina e as virtudes. Vivia numa bela gruta do monte Pélion, na Tessália. Foi ferido acidentalmente por Héracles, passando a sofrer dores terríveis, até decidir conceder sua Imortalidade a Prometeus, libertado recentemente do Cáucasos. Com isso, partiu para sempre, e foi posto nas Constelações.
RAPOSA DE TEUMESSE - animal fabuloso enviado por Dionisos contra os Tebanos, para puni-los, devastando a região. Tinha a particularidade de jamais ser alcançado em velocidade. Perseguido por Lélape, o cão pertencente a Prócris, não foi alcançado, e ambos foram transformados em pedra.
REBANHOS DO SOL – sete bois e sete ovelhas pertencentes a Hélios, que viviam na Trinácria (Sicília), guardadas por suas filhas Faetusa e Lampécia. Tinham, cada uma, cinqüenta cabeças. Não se reproduziam nem morriam de velhice, mas uma parte foi devorada pelos guerreiros de Ulisses, e foram devidamente punidos com o naufrágio.
RECOS – centauro que, com Hileus, perseguiu Atalanta, e ambos foram mortos.
RETOS – centauro que matou os lápitas Caraxos e Córitos.
RETOS – gigante que fez parte da Gigantomaquia e foi morto por Dionisos transformado em leão.
OS SABACTES – demônios particularmente temidos pelos oleiros, pois comprometiam a produção, estragando a cozedura dos vasos.
SABÁZIOS – deus solar da Frigia, também venerado na Trácia. De culto orgiástico, foi confundido erroneamente com Dionisos. Era filho de Zeus e Perséfone, e irmão de Eubuleus e Zagreus. Tinha chifres na cabeça.
SARPÉDON – gigante muito cruel, filho de Poseidon. Foi morto por Héracles, na Trácia.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 21/3/2021, 19:06

SÁTIRO – filho do deus Pan e da ninfa Nicéia, e irmão da ninfa Télete. Dizia-se ter nascido do sangue de Cronos, ferido por Zeus. Criou e educou Dionisos e o centauro Fólos. Era forte, feio, de nariz achatado e lábios grossos, era barrigudo e vivia bêbado, e costumava andar montado num burro, do qual caía com freqüência.
OS SÁTIROS (ou SILENOS) – demônios da natureza, integrados no cortejo de Dionisos. Pertenciam à raça dos Sêmones. Simbolizavam as Forças da Natureza Vegetal e Animal. Eram filhos de Hermes e da ninfa Iftime, ou de Dionisos e da náiade Nicéia. Eram um misto de homem com bode, tinham longa cauda, eram feios, muito semelhantes aos Egipãs. Eram dotados de um membro viril exageradamente grande, motivo da repulsa das Ninfas em relação a eles. Eram preguiçosos, covardes, bestiais, travessos e maliciosos. Se encontravam quase sempre bêbados.
OS SÊMONES – os Silvanos romanos, eram o meio termo entre homens e deuses. Era o nome genérico dos Silenos, Sátiros, Faunos, Netunos, Egipãs...
SEREIAS – as Musas da Morte, eram filhas do deus-rio Áquelous e de uma musa (Melpómene ou Terpsícore), ou então a mãe foi Estérope (filha de Porteus e Êurite). Outros preferem dizê-las filhas de Fórcis. Eram demônios marinhos, meio mulher, meio pássaro de rapina. Erroneamente foram representadas com corpo de peixe, sendo confundidas com as Tritônidas e outras Ninfas marinhas. Elas atraíam com seu canto os marinheiros contra os recifes, depois os devoravam. Chamavam-se Aglaófone, Telxíope e Pisínoe, depois foram acrescentadas Parténope, Leucósia e Lígea. Originalmente eram as Ninfas encarregadas de tomar conta de Core (Perséfone), e foram transformadas em monstros por não terem tido esse cuidado. Ganhando asas, foram habitar os rochedos escarpados de Antemus, entre a ilha de Cápreas (Capri) e a costa da Itália.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 21/3/2021, 19:07

SILENO – filho de Hermes ou Pan, sua mãe era uma náiade. Ou teria nascido do escroto mutilado de Úranos. Foi encarregado de cuidar de Dionisos quando criança. Por fim, acabou seguindo-o em suas viagens. Possuía grande sabedoria e conhecia o futuro. Mas só dizia a verdade quando estava embriagado. Era um velhote baixo, atarracado, de nariz rubicundo, obeso, calvo, com chifres na cabeça, andava quase sempre embriagado, como todo e qualquer sátiro. Montava num asno e apoiava-se num bastão. Era muito bondoso, amigo das Ninfas e dos Sátiros. Uniu-se a uma melíade e gerou o centauro Fólos.
SILVANO – deus campestre dos romanos, protegia a agricultura, os carpinteiros e os marceneiros. Pertencia à raça sêmone dos Faunos e foi confundido com o deus Pan dos gregos. Era filho de Fauno e meio-irmão de Latino, Esterêntios, Driante, Maia, Tárquitos, Ácis e Sterquilinus. Era um deus benevolente, mas gostava de brincar e pregar peças. Causava pavor às crianças que costumavam quebrar ramos de árvores ou destruir a vegetação.
SÍNTRIPES – demônio temido pelos oleiros da Ática.
OS SPARTOI – homens armados que haviam nascido dos dentes de um dragão jogados ao solo por Cadmos. De todos osd que nasceram restaram apenas cinco, os mesmos que ajudaram Cadmos a levantar Cadméia (a futura Tebas). Chamavam-se Equíon, Udees, Ástacos, Ctônios e Éveres.
TÁLOS – gigante de bronze, que guardava o litoral da ilha de Creta. Heaf´sitos fê-lo nascer de um freixo. Foi adotado por Crés (o primeiro rei de Creta), e tornou-se irmão de Olimpos. Servia à Dinastia dos reis Minos, vigiando especialmente Knossos. Vigia infatigável, fazia durante cada noite três voltas em torno de Creta. Foi cruelmente vencido por Medéia, que acompanhava os Argonautas de volta para Iocos.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 21/3/2021, 19:07

TARÁXIPOS – demônio que assustava os cavalos no hipódromo de Olímpia, na Elide. Talvez fosse a alma penada do herói Isquenos, ou do cocheiro Olênios, ou ainda de Daméon (um companheiro de Héracles contra o rei Áugias). Ou, quem sabe, um feitiço enterrado nesse local por Pélops, para espantar os cavalos de Enômaus. Numa variante da lenda, seria a própria alma de Pélops, cujo cadáver havia sido sepultado em Olímpia.
TARÁXIPOS – fantasma que assustava os cavalos no hipódromo de Corinto. Diziam se tratar da alma de Glaucos (filho do famoso rei Sísifos), que havia sido pisoteado e devorado por seus próprios cavalos.
TAUMAS – um centauro.
TELÉGONOS e TMOLOS – gigantes, filhos de Proteus. Massacravam os que passavam por seus domínios. Foram mortos por Héracles.
OS TÉLQUINES – gênios civilizadores originários de Rodes. Eram filhos de Pontos e Géa, a Terra. Seus irmãos eram Nereus, Ceto, Fórcis, Taumas, Cefeus, Euríbia e a ninfa Hália. Eram benévolos, tomando, com o tempo, um caráter malfazejo, lançando o mau olhado e destruindo as colheitas. Divindades marinhas, eram metade homem, metade peixe ou serpente. Podiam tomar várias formas. Ajudaram a ninfa Cáfira a criar o deus Poseidon. Chamavam-se Argíron, Críson, Licos e Cálcon.
TÍFEO – engendrado por Tártaros e Géa, a Terra, como último recurso contra Zeus, depois da derrota dos Gigantes. Personificava a Tempestade. Era um ser monstruoso, tinha cem cabeças de dragão e de cada uma saía uma língua negra. Da cintura para baixo tinha o corpo cercado de víboras, suas pernas eram serpentes e seus olhos lançavam labaredas. Foi o mais poderoso, o mais forte e o maior de todos os Gigantes. Zeus venceu-o sob os rochedos da ilha Inárime.
TÍFON – serpente monstruosa engendrada por Héra, enciumada por ter Zeus gerado sozinho a Atena. De sua boca saíam línguas de fogo. Rejeitada, foi expulsa do Olimpo e entregue à serpente Píton para que a criasse em Delfos. Unindo-se a Équidna, teve uma série de filhos-monstros, os mais terríveis que já existiram.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 21/3/2021, 19:08

OS TITÃS – gigantescos filhos de Úranos e Géa, a Terra. Eram irmãos dos Cíclopes e dos Hecatônquiros. Suas irmãs e mulheres chamaram-se Titânidas. Simbolizavam a Arrogância da Desordem e da Violência. Cronos liderou seus irmãos, exceto Océanos, contra Zeus e foram vencidos.
TÌTIOS – um gigante, filho de Zeus e Elara (filha do rei Mínias). Nasceu nas profundezas da Terra, onde Elara teve que se esconder para fugir da ciumenta Héra. Portanto, o menino que nasceu adquiriu a força dos Gigantes filhos de Géa. Ao tornar-se adulto, seu corpo, estendido, cobria 990 metros quadrados. Acabou por servir aos propósitos da deusa Héra, perseguindo Leto, que tivera de Zeus os filhos Apolo e Ártemis; estes o mataram.
OS TÍTIROS – gênios da comitiva de Dionisos. Tinham forma humana, mas com uma parte do corpo coberta de peles de animais. Dançavam e tocavam flauta, incentivando as Mênades e os Sátiros.
TOAS – gigante, filho de Géa e do escroto mutilado de Úranos.
TÓON – gigante que, na Gigantomaquia, foi morto pelas Moiras armadas com maças de ferro.
TOURO DE POSEIDON – belo exemplar que Poseidon fez surgir nas praias de Creta a fim de que fosse sacrificado. Minos preferiu não fazê-lo, substituindo-o por outro. Irritado, Poseidon enfureceu o animal e fê-lo devastar o país, até que foi aprisionado. No tempo de seu neto, Minos II, Pasífae a ele se uniu, e engendrou o Minotauros. Héracles capturou-o vivo e Teseus o matou em Maratona.
OS TOUROS DE HEFAÍSTOS – dois touros ferocíssimos, de patas e cornos de bronze, que vomitavam turbilhões de fogo e que haviam sido presenteados por Hefaístos ao rei Eétes, da Cólquida. O herói Jáson, comandante dos Argonautas, domou-os e usou-os para arar a terra.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 21/3/2021, 19:09

OS TRITÕES – gênios do cortejo da titânida Tétis e da nereida Anfitrite. Eram gênios marinhos, meio homem, meio peixe, cobertos de escamas, com agudos dentes, providos de nadadeiras e, em vez de pernas, uma dupla cauda. Seus cabelos eram azuis e armavam-se de garras de escaravelho (dedos em grifo). Eram filhos ou descendentes de Tríton. O mais famoso deles foi Glaucos.
TRÍTON – deus marinho, meio homem, meio peixe. Era filho de Poseidon e Anfitrite. Foi pai das Tritônidas e dos Tritões. Habitava o litoral da Líbia e era deus do lago Trítonis, onde a deusa Atena cresceu. Diz-se que foi morto a machadadas, estando embriagado, por pessoas comuns.
AS TRITÔNIDAS – Ninfas marinhas que tinham cauda de peixe. Eram filhas de Tríton e irmãs dos Tritões.
OS ÚREAS – a personificação das Montanhas, eram filhos de Géa, a Terra.
VELCANO – o deus-galo dos cretenses.
VERTUMNOS – da raça dos Sêmones, era um deus dos jardins e dos pomares. Presidia ao Outono, à maturidade dos frutos e dos legumes. Tinha o privilégio de mudar de forma. Amou a ninfa Pomona.
XANTOS e BÁLIOS – divinos cavalos, que tinham inteligência e o dom de falar, pertenceram a Poseidon, depois a Peleus, que presenteou-os a Aquiles. Com a morte deste último, Poseidon tomou-os de volta. Eram fabulosos, velozes como o Vento. Eram filhos do vento Zéfiros e da harpia Podarge.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 21/3/2021, 19:09

Havia o MONOCÉROS, "de um chifre", comumente chamado de Unicórnio, encontrado especialmente em outras Mitologias, como a Nórdica. Monstro benévolo normalmente mencionado na Idade Média, cujos desenhos foram reproduzidos em escudos e estandartes, existiam apenas dois, um macho e uma fêmea, e que cada um vivia numa extremidade do mundo, indo encontrar-se somente no centro da terra para acasalar. Morrendo o macho, a fêmea morria assim que dava à luz mais um casal, que em seguida se separava para um novo ciclo. Só podiam ser tocados por uma virgem. Chineses e japoneses os consideravam sagrados, tal como o dragão, a fênix e a tartaruga.
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Mensagem por Obelix 21/3/2021, 19:27

Caros colegas, tenho uma dúvida cruel. Qual é, de fato, a origem da bela Afrodite?
Alguns dizem ser do esperma de Urano que caiu em Talassa, deusa primordial do oceano, e deu origem à deusa da beleza.
Alguns outros dizem ser da fecundação de Dione por Zeus. Zeus jogou seus testículos ao mar e viu uma espécie de espuma, da qual saiu Afrodite.


Agradeço desde já a ajuda. Ok!
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Mensagem por Hermes Trismegistus 21/3/2021, 22:07

Mitologicamente falando, ao se tratarem de histórias criativas de um povo tão supersticioso como os gregos, há duas versões básicas: a Afrodite filha do escroto de Úranos e a Afrodite filha de Zeus e da deusa Díone.

O que dizer, se trata-se de um mito, algo que não se pode provar? Temos que apenas considerar um mito e não algo que ocorreu na história dos gregos, pois não seria nem cabível ou prudente.

Na verdade, temos que apenas registrar, pois ambas as versões são originais, contadas por poetas e historiadores clássicos da Antiga Grécia. E as duas versões foram usadas para explicar o Amor Carnal e o Amore Platônico. Homero preferiu dar uma mãe divina a Afrodite, chamando-a filha de Díone, uma das Oceânides, fazendo-a nascida tardiamente, e não uma deusa primordial.

Porém, prefiro defender uma versão mista, como li uma vez. Afrodite teria nascido do escroto mutilado de Úranos, que caiu no mar (Tálassa) e fecundou as espumas do mar (personificada em Díone). Um tempo depois, submergiu numa concha e foi conduzida à ilha de Cítera onde as Ninfas passaram a servi-la.

Ao atingir idade suficiente para pertencer ao rol dos deuses, foi apresentada no Olimpo, e Zeus, inteiramente encantado pela beleza da deusa, pretendendo provocar os ciúmes de Héra, tomou-a por filha e assim revelou aos demais deuses. Portanto, foi considerada de dupla natureza.

Espero ter ajudado.
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Mensagem por Obelix 21/3/2021, 22:58

Entendo. Muito obrigado pela ajuda. Desanuviou várias ideias de minha cabeça.

Um abraço.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 01:15

Na versão pela qual defendo, que apresentei acima, o interessante é que faz de Afrodite filha de ÚRANOS (o céu) e DÍONE (as espumas do mar).

ZEUS, ficando de fora, seria o pai putativo, que adotou a deusa, e ela mesma era mais velha que ele, sendo uma deusa primordial, apesar de sua eterna juventude. Aliás, Zeus adorava fazer coleção de filhos com titânidas, deusas, ninfas e humanas.

Afrodite, para Zeus, passou a ser sua "filha" protegida, preferida e a mais encantadora. Talvez por isso que Atena não simpatizava muito com ela, pois, até então, era ela a filha predileta de Zeus.

Para incrementar mais ainda esta versão, uma das versões apresentadas faz pertencer à lista de filhos de Zeus a deusa Aglaia, uma das Cárites, que teria tido com Afrodite. Incesto?

Curiosamente, quando Hefaístos exigiu de Zeus reparos pela infidelidade de Afrodite (sua esposa), Zeus se viu no direito de conceder ao filho uma nova esposa: Aglaia. Não faz sentido?
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Mensagem por Dree Elle 22/3/2021, 01:35

Gostaria de abrir uma discussão sobre Hefesto, o marido de Afrodite. Ele foi gerado por Hera sozinha ou Zeus é seu pai?
A versão que sigo é que Hefesto é filho de Hera e Zeus.
Hesíodo considera que Hera o gerou devido à raiva por Zeus ter tido tantos filhos fora do casamento. Mas ainda entendo que ela estava casada com Zeus e portanto Zeus é o pai.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 02:13

Segundo minhas pesquisas, HEFAÍSTOS (ou Hefesto) era filho de Zeus e Héra, o primogênito do casal. Mas Héra o repudiou por sua feiura, e ainda ficou coxo depois de ter sido lançado pela janela do Olimpo.

Héra teve sim um filho (confundido erroneamente com Hefaístos): chamava-se TÍFON, que logo foi também repudiado e ocultado no santuário de Géa, junto com a serpente Píton.

É importante salientar que TÍFON não pode ser confundido com TÍFEO, o monstro que atacou o Olimpo. Ambos tiveram origens diferentes. Tífon era uma serpente que lançava chamas pela boca, e foi unir-se a Équidna para gerar inúmeros monstros.

Portanto, HEFAÍSTOS (filho de Zeus e Héra) era gênio do fogo, TÍFON (filho de Héra) lançava fogo pela boca e TÍFEO (filho de Géa) lançava labaredas de fogo pelos olhos. Os três tinham alguma relação, mas foram distintos.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 02:17

HESÍODO era, como Homero, um poeta épico, que costumava dar interpretações aos mitos, inclusive escreveu a "Teogonia". Porém, a credibilidade da Mitologia Grega se perde com a poesia, tanto épica como lírica, deixando de ser História para virar Literatura.

Salvo DIODORO SÍCULO, que procurou nos mitos uma pitada de veracidade, transformando parte desses mitos em eventos históricos.

Isso tudo, se levarmos em conta uma grande quantidade de pensadores, nas Letras, no Teatro, na História e na Filosofia, encontramos inúmeras versões sobre esses mitos, muitas vezes deturpadas por escritores medievais, modernos e contemporâneos. Por isso, não dá pra generalizar, nem padronizar os pensamentos daquela época.

Veja alguns exemplos deturpados:

- Hefaístos confundido com Tífon.
- Tífon confundido com Tífeo.
- Apolo confundido com Hélios, o deus-sol.
- Ártemis confundida com Hécate , Febe ou Sélene.
- Sereias com rabo de peixe (confundidas com Tritônidas).
- Áres confundido com Áries (o aríete de velo de ouro).
- Átlas carregando o mundo nos braços (Átlas suportava o céu nos ombros).
- Sequência dos Doze Trabalhos de Héracles.
- Lista dos Argonautas.
- Teseus na lista dos Argonautas.
- Variantes da criação do Mundo.
- Orfeus de raça negra (Orfeus era trácio, de origem branca).
- A idade avançada de Héracles.
- A origem de Helena como filha de Nêmesis.
- As confusões sobre a idade de Minos (que na verdade foi uma Dinastia).

E por aí vai.
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Mensagem por Dree Elle 22/3/2021, 05:09

Nossa, Orfeu afro é novo pra mim, ele realmente era trácio como você afirma. Já vi também algumas confusões, como Apolo deus do sol, ele na verdade é o deus da luz. E já vi essa confusão dele com Hélios, este sim o deus do sol.
Muito boa a sua explanação. Sim, também considero Hefesto o filho de Hera e Zeus e sei das muitas versões que encontramos por aí. De certa forma deu liberdade aos poetas para brincarem com os mitos.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 06:42

Como escrevi antes, ÁRTEMIS também foi confundida (com Hécate, Febe e Sélene, deusas noturnas), por ter nascido durante a noite. Ela, na verdade, era deusa da caça. SÉLENE era irmã de Hélios e legítima deusa da LUA.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 13:43

A Teogonia

MITOLOGIA
A Mitologia primitiva é a língua poética de que se serviam os povos antigos para explicar os fenômenos naturais. Tudo quanto nos apresenta a natureza exterior era, aos olhos dos antigos, a forma visível de personalidades divinas. A terra, o céu, o sol, os astros, as montanhas, os vulcões, os terremotos, os rios, os regatos, as árvores, eram personagens divinos, cuja história os poetas e historiadores narravam, e cuja imagem fixavam os antigos escultores. Mas a alegoria — como a alegria, a tristeza, a doença, a inveja, o ódio, a dor, a virtude, a esperança — não era absolutamente uma forma particular à arte, pois fazia também parte da linguagem usual. Inclusive, várias expressões mitológicas passaram para a nossa moderna linguagem. Por exemplo, dizemos: “o sol deita-se”; e, no entanto, sabemos que não se despe e não se estende no leito; trata-se apenas de uma forma alegórica admitida pelo hábito. A única diferença é que empregamos raramente tais formas, ao passo que a antiguidade se servia delas a todo instante.

O Sol, para os antigos, era um brilhante deus em luta contra a Lua, sua irmã; quando um vulcão atirava aos ares as lavas, diziam que um gigante estava atacando o Céu, e quando a erupção chegava ao fim, afirmavam que Zeus, ou Júpiter, vitorioso, o arremessara ao Tártaro (Inferno). Uma tempestade significava a cólera de Poseidon, ou Netuno, e, para indicar um tremor de terra, dizia-se que Poseidon batia o chão com o seu tridente. Quando o trigo, depois de passar o inverno sob a terra, surgia sob a aspecto de uma erva nascente, era porque Perséfone, ou Prosérpina, abandonando a tenebrosa morada, voltava ao lado de sua mãe, Deméter, ou Ceres, que é a terra coberta de colheitas; quando a primavera se vestia de flores e cores, tratava-se da ressurreição de Adônis, entre outros exemplos.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 13:43

Inúmeras fábulas explicavam naturalmente esses hábitos alegóricos da linguagem. Cada rio era um deus, e cada regato uma ninfa. Se num trecho corriam na mesma direção era porque se amavam. Quando uniam as suas águas, tratava-se de um himeneu, o casamento dos dois.

Todas as cidades pretendiam estar sob a proteção de uma divindade da qual se diziam filhas: Atenas (da deusa Atena) era filha de Zeus. Sendo Zeus o mais poderoso dos deuses, por ser a abóbada do céu, inúmeras eram as cidades que pretendiam ser-lhe filhas, e a maneira pela qual estabeleciam a sua origem divina.

Como jamais houve na Grécia uma igreja constituída, e como a única missão do sacerdócio era a de dirigir as cerimônias, sem todavia formular dogma de nenhuma espécie, cada um tecia, de acordo com a própria imaginação, as lendas locais, ou as narrava às crianças sob a forma de contos de fadas.

Isto é Mitologia. E, daqui por diante, a Mitologia Grega.

TEOGONIA
Havia apenas um vazio total. Nele, o Grande Espírito existia sem consciência de sua própria existência. Não havia o Tempo, nem o Amor, nada havia. Mas a não-consciência do Grande Espírito não impedia sua existência, mergulhada em sono eterno, sono que pulsava em cadências de expansão e recolhimento. E este movimento, chamado Demiurgo, começou a organizar o Caos (Khaos) em ondas de energia. E passou a existir a consciência dessa energia.

Foi no Caos que o Grande Espírito conheceu a sua própria existência. E sentiu o impulso de projetar-se pelo espaço infinito, de abrir suas imensas asas e limitar nelas o Universo então vazio.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 13:44

E começou a vibrar. À medida que se expandia através do Caos, ia deixando impressa a possibilidade da existência. A consciência da existência fez vibrar o Caos com intenção. O Caos vivia sozinho em um espaço completamente vazio e nada existia a seu redor. Não havia nem o Sol, nem a Luz, nem o Céu, nem a Terra. A única coisa que existia em algum ponto do Universo era uma escuridão sem forma. Por isso, cansado da solidão, foi que teve a ideia de criar. Daí, dotado de grande energia prolífera, deu forma à escuridão, formou-se uma energia que se foi reunindo em negros agrupamentos: fez surgir Nix, ou Nýks (a Noite), tornando-se a existência das trevas superiores, envolvendo-as com seu manto negro. Junto com Nix surgiu seu irmão, Érebos, as Trevas inferiores. E os dois irmãos, unidos, mas tão opostos, coexistiram no seio do Caos.

Nix e Érebos, tencionados em si mesmos, explodiram em luz e depois desta explosão, Érebos mergulhou para sempre nas profundezas mais inferiores. Se tornou parte do Orco, onde seriam acolhidas as criancinhas mortas prematuramente, as vítimas de falso julgamento e os suicidas por motivo de paixão... Antes de chegarem ao Érebos, se encontrariam as almas perdidas, que não haveriam de ser sepultadas. Quanto a Nix, solta no Caos agora cheio de luz, começou a encurvar-se até transformar-se numa esfera, que começou a vibrar, procurando expandir-se ainda mais. Assim, nasceu Fanes, a Luz.
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Mitologia Grega - Página 36 Empty Re: Mitologia Grega

Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 13:44

Estavam criadas a luz e as trevas. Luz e trevas eram a consciência dualizada. Eram o mais e o menos, o positivo e o negativo. Nix pulsava e se expandia, mergulhada na luz. E teve a consciência de que a Luz era o oposto que a complementava. E na tentativa de expansão, a esfera em que havia se transformado partiu-se ao meio e as duas metades se separaram. Era o Ovo Primordial que se partia graças à ação da luz. Do esforço único dessa separação nasceu Ágape (ou Éros), o Amor, Amor-energia, Amor ígneo que ocupou o Nada, impregnou o Universo despertando a semente da Vida. Deu-lhe movimento. Com isso, o Amor uniu, por fim, a Luz e as Trevas. E as duas metades de Nix converteram-se numa abóbada, e nasceu a Terra, na forma de uma deusa muito bela: Géa, a Tellus Mater dos latinos, a “Mãe-Terra”, ou Magna Mater, a “Grande Mãe”.

Éros tinha duplo sexo e asas de ouro e, com suas quatro cabeças, rugia às vezes como um touro ou um leão, silvava como uma serpente e balia como um cordeiro.

Cheia de vida e de alegria, Géa foi crescendo e envolvendo grandes extensões com seu abraço. E foi graças a ele que o mundo nasceu.

Caos engendrou o pavoroso Tártaros e sua Corte Noturna, enquanto que, influenciado pela existência de Éros, unindo-se a Nix, Érebos criou a alegre e radiante Heméra (o Dia) e Éter, ou Aithér (a personificação do ar luminoso). Ou seja, os princípios da obscuridade deram origem à luz. Com isso, Érebos não tinha mais espaço para viver entre as divindades aladas do Cosmos, então penetrando nas entranhas da Terra, se transformou na Sombra interior do Orco.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 13:45

O Orco, por sua vez, tornou-se demasiadamente sombrio. Ficava nas profundezas da Terra, enquanto Caos imperava no ponto mais alto do espaço. Uma bigorna, do Caos ao Orco, levaria nove dias e nove noites para cair, e só no décimo dia atingiria o chão. Todo ser que atingisse o Orco, sugado pela Terra e desnorteado por fortíssimos redemoinhos, mesmo no espaço de um ano, não conseguiria atingir os pontos extremos daquele mundo subterrâneo e não alcançaria a saída, a menos que fosse guiado por algum deus ou demônio do lugar. Era no coração desse mundo pavoroso, do qual até os deuses primordiais tinham medo, que vivia escondida atrás de nuvens negras, a Corte de Nix, a Noite.

ÚRANOS, O SENHOR DO UNIVERSO
Géa continha em si as densas partículas do mundo físico e as mais sutis do mundo astral e, quanto mais consciência tinha em si mesma, mais promovia as transformações iniciais de sua existência física. No mundo astral, Géa começou a modelar um corpo para si mesma, um corpo que pudesse caminhar pela luz, mover-se agilmente e observar em suas viagens a formação da matéria no mundo físico — o planeta Terra. Uma Terra primordial que começava a se formar, a se comprimir ou a se afastar.

Depois de Caos haver feito a sua parte, foi a vez de Géa, a Mãe-Terra, ajudar na criação do mundo. Ela quis, então, engendrar algo muito bonito, que pudesse protegê-la e cobri-la, servir de elo entre as divindades e que pudessem realizar uma série de gerações futuras. E foi que engendrou Úranos (o Céu), enquanto dormia. Ao nascer, ele, olhando-a carinhosamente de cima, derramou a chuva fértil sobre suas rachaduras secretas, e dela surgiram a relva, as flores e as árvores. Géa abriu seus olhos, olhou para cima e viu que, da outra metade do Ovo Primordial, se expandia pela eternidade o Firmamento. Era Úranos, sua criação e seu irmão natural. Então, através de Ágape, engendrou os Úreas (as Montanhas), que infestaram a Terra.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 13:46

Póntos (o Mar) nasceu da união simbólica de Géa com Éter. E entre os filhos engendrados a partir do Ovo Primordial, Úranos era o deus maior, o mais poderoso. Porém, todos passaram a temer e respeitar um filho que nascia de Nix e o Caos: chamava-se Móros (o Destino adverso), que todos os seres, até mesmo os deuses, se submetiam. Como era um ser indefinido, sem sexo, também foi chamado de Moîra, ou Aîsa (do dialeto árcado-cipriota), a grande condicionadora da vida, a parte, o lote, o quinhão, aquilo que a cada um cabia por sorte, o próprio Destino. Não pôde ser personificado e, em conseqüência, não foi antropomorfizado, pairando soberano acima dos deuses e dos homens, não como um rei (ou rainha), mas como um ser imutável. E foi habitar na escuridão de uma gruta do Orco, a “morada subterrânea dos mortos”.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 13:46

E Nix, depois de gerar sozinha Tânatos (a Morte) e Aerumna (a Aflição), engendrou ainda muitos filhos com seu irmão Érebos, como Hipnos (o Sono), Epífron (“o que reflete sobre o acontecimento”), Caronte (o barqueiro dos Infernos), Guéras (a Velhice), Oizys (a Pobreza), Poenía (a Miséria) e a Petulância. Uniu-se ainda a seu filho Hipnos e gerou os Óneiros: Morfeus, Fântasos, Ícelos, Forbétor (o Pesadelo), e ainda Momos (o Sarcasmo, a Culpa), a Fábula e a Preguiça. E com seu filho Momos, teve uma filha, a Fraude. E, nascida para procriar, teve ainda uma série de filhos: as Queres (deusas do Destino, da Morte violenta), Hipocrisia (o Fingimento), Ácis (a Desgraça), Hybris (a Arrogância), Apate (o Engano), Fílotas (a Ternura, a Amizade), Leza (a Fúria), Epífrone (a Prudência), Éris (a Discórdia), Ftonos (a Inveja), Autos (o Egoísmo), Sigê (o Silêncio), Kryerous (o Frio), Eufrósine (a Benevolência), Styx (o Ódio, a Raiva), Limos (a Fome), as Kakas (os Vícios), Elpis (a Esperança), Pento (a Tristeza), Kedea (os Pesares), Lysímele (o Amor), Léton (a Dissolução), a Obstinação, a Peste e muitos outros. Com seus filhos, formou a sua Corte Noturna, no Orco, mas construiu seu palácio na Esméria, no Extremo-Oeste do mundo. Os demônios, seus filhos, se ocultavam durante o dia, mas quando o Sol se punha, saíam para dominar a superfície da Terra. Quanto às Queres, deusas ou demônios terríveis, que saíam para rasgar as carnes dos cadáveres, seus nomes passariam a não ser pronunciados para jamais serem invocadas; eram Anaplekte (a Morte dolorosa), Akhlys (a Ânsia de morte), Nosos (a Doença), Ker (a Destruição) e Stygere (o Ódio).

Nix gerou também um grupo de três Ninfas, chamadas Hespérides, deusas do poente, que passaram a presidir o lado mais ocidental do mundo, fixando residência para além do Oceano. Chamavam-se Egle, Erítia e Héstia (ou Héspere), mais tarde substituídas por sete belas deusas, igualmente chamadas de Hespérides, filhas do gigante Átlas.
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Mensagem por Hermes Trismegistus 22/3/2021, 13:47

Por sua vez, Éter e Heméra, os filhos do Caos e da Noite, uniram-se e geraram Ergo (o Trabalho), Aletéa (a Verdade), Crísis (a Credulidade) e a Inocência.

Úranos, então, assim que viu o Cosmo completo, para firmar o seu poder, envolveu a Terra com seu manto azul e cobriu-a de uma extremidade a outra. Úranos sentava-se em seu majestoso trono de ouro, construído sobre nuvens de muitas cores. De lá, reinava sobre o mundo e todas as demais divindades.

Tártaros, pressionado pela hegemonia de Úranos, que passava a dominar o Cosmos, foi sepultado no Orco, passando a fazer parte do mesmo. No lugar de seu sepulcro, em forma de uma gigantesca masmorra, seriam encerrados os grandes criminosos, que cumpririam seus mais terríveis suplícios, açoitados pelas algozes Erínias, segundo a forma de como cada um teria vivido e o pecado que teria cometido.

Lugar sombrio e frio, a partir de então, o Orco passou a ser dividido em dois setores independentes e distantes um do outro: Érebos e Tártaros, primeiramente destinados às divindades que se encontravam em desarmonia com o Cosmos.

Então, Géa, estendendo os braços para acudi-lo, uniu-se a Tártaros e engendrou os rios Flégeton e Cócitos e a terrível Campê.

OS FILHOS DE ÚRANOS
Só que Géa percebeu que Úranos também tinha para si um corpo astral, leve, que se destacava de toda aquela energia etérea e flutuava na imensidão.

Úranos e Géa, em seus corpos sutis que vagavam pelo Universo também sutis, aproximaram-se e amaram-se. E Géa encheu-se de doçura e submissão, e aconchegou-se nos braços de Úranos, que a fecundou. Consumava-se a hierogamia, a união sagrada.
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