Mitologia vs Mídia

O Livro de Ouro da Mitologia, pra quem não conhece nada de mitologia grega, deuses e etc. irá se entusiasmar muito com esse livro que relata todos os mitos gregos que já existiram. Quem já conhece um pouco de mitologia irá gostar mais ainda, principalmente para aqueles que são colecionadores. É o tipo de livro que deixa um gostinho de quero mais na boca. Trás de tudo um pouco, desde nórdica, célitca, romana, grega, egípcia, etc. Não possui um grande aprofundamento para quem deseja saber mais sobre tais fatos. De qualquer maneira, acho indispensável para quem não conhece nada de mitologia mas gosta das estórias antigas (Troia, Rei Arthur, Minotauro, Argonautas, Ícaro, Zeus e cia ltda.) e principalmente para adolescentes que são ligados em Harry Potter, Nárnia, Ragnarok, RPG, Senhor dos Anéis, Percy Jackson, pois eles podem descobrir o gosto pela leitura ao identificar alguns personagens e saber sua origem.

Hermes Trismegisto, você conhece um bom livro que mostre as semelhanças entre a Mitologia Grega e a Mitologia Hebraica? Algo que mostre a verdadeira origem das lendas bíblicas.

Olha, Lilith, sei que existem relações entre a Mitologia Greco-romana e as demais mitologias, elas correspondem de alguma forma, principalmente no tocante às origens. Mas cada povo teve a sua, contada e acreditada na sua versão, mesmo que ainda sejam similares.

É como aquela sobre Noé e o Dilúvio, que basicamente conta a mesma lenda de Deucálion, ou de Ógiges, mais provavelmente. Porém a história de Noé enfatizou mais a salvação das espécies de animais, macho e fêmea, e subentendia ser o Dilúvio mais universal, quando foi constatado que foi uma enxurrada que provocou uma grande inundação nos rios, lagos e mares próximos, como os mares Negro, Vermelho, Mediterrâneo e Cáspio, o golfo Pérsico e os rios Tigre, Eufrates, Orontes e Jordão. Todo esse conjunto hidrográfico circunda o território de antigos reinos como a Síria (Haram), a Fenícia, a Palestina (Canaan), a Assíria, a Acádia, a Caldéia, a Suméria, a terra de Goshen (no Egito), a terra dos Amalecitas (Sinai), o deserto da Arábia e outros pequenos reinos da Ásia Menor, e inevitavelmente foram afetados como um grande tsunami que teria levado em torno de 40 dias para as águas baixarem.

E na Hélade (Grécia) não teria sido diferente, já que todo o seu território é uma grande península rodeada de mares e banhada por uma fantástica bacia hidrográfica. E assim outras mitologias que destacam o Dilúvio, principalmente a Nódica e a Mesopotâmica de Gilgamesh, muito similar a de Noé, dos hebreus.

Há uma relação nas origens, na formação de reinos asiáticos, europeus e africanos partindo dos sobreviventes da destruição da Torre de Babel e dos três filhos de Noé (Sem, Cam e Jafet), inclusive na formação de reinos nas ilhas do Mediterrâneo. E os fenícios tiveram essa mesma relação baseada no mito de Cadmos e Europa.

Lamento não conhecer nenhum site ou livro específico sobre o assunto, mas é até interessante abrir um tópico para debates sobre isso. Eu mesmo já fiz essa comparação mitologia-bíblia-ciência e buscar suas similaridades.

É interessante também ressaltar que as mitologias Greco-romana, Egípcia, Anatólica, Fenícia e Hebraica corriam lado a lado. Uma complementava a outra, uma originava a outra. Veja alguns mitos relacionados com a Greco-romana:

- Cadmos e Europa (Grécia-Creta-Fenícia)
- Adônis (Grécia-Síria-Fenícia)
- Egitos e Dânaos (Grécia-Egito)
- Io e Épafos (Grécia-Trácia-Síria-Egito)
- Faéton (Grécia-Pérsia-Egito)
- Tisbe e Píramos (Suméria-Assíria)
- Fílemos e Báucis (Frígia)
- Héracles e Ônfale (Grécia-Lídia)
- Héracles e Laómedon (Grécia-Tróia)
- Guerra de Tróia (Grécia-Tróia)
- Enéias e Dido (Tróia-Fenícia-Cartago)
- Os Argonautas e as viagens de Ulisses (inúmeros lugares)
- Héracles e os Bois de Gérion (Grécia-Ibéria)
- Orfeus (Grécia-Trácia)
- Dionisos (inúmeros lugares)
- Perseus (inúmeros lugares)
- Héracles e as éguas de Diómedes (Grécia-Trácia)

... entre outros.

O quê e são os Makhai?

Hermes, estava assistindo o filme Fúria de Titãs 2 ontem na TV e me deparei com uma criatura que está no filme chamada de Makhai, que no filme é a força de guerreiros dos titãs, sendo eles espíritos que personificam a batalha.

Então, fiquei curioso, pois nunca havia lido esse nome em nenhum livro de mitologia grega. Procurei no Google e o único resultado satisfatório é da Wikipédia, que diz o seguinte:

Makhai ou Macas eram demônios das batalhas e dos combates. Que eram filhos de Éris por partenogênese. Os Macas mais conhecidos são: Homados (o fragor da batalha), Alala (o grito de guerra), Proioxis (a investida), Palioxis (a retirada) e Kidoimos (a confusão).

Há outros resultados, porém estes são vinculados ao filme o que descredibilizada sua fidelidade mitológica. Também li que os Hysminai seriam as versões femininas dos Makhai.

Não satisfeito com a pouca informação, fui buscar em meus livros de mitologia grega, mas não encontrei nada (e são 4 livros, sendo dois deles com 3 volumes). Em um deles (Mitologia Grega Vol. 1 - Junito de Souza Brandão) diz que os únicos filhos de Éris são: Pónos (Fadiga), Léthe (Esquecimento), Limós (Fome), Álgos (Dor) e Hórcos (Juramento).

Ainda não satisfeito, procurei aqui no fórum sobre isso, e encontrei sua lista de divindades da Grécia onde encontrei o seguinte resultado: MÁQUIS ou MAKAHI – divindade das batalhas. Que parece ser apenas uma entidade e não várias.

Então pergunto, o que mais você sabe sobre essas criaturas, se são várias mesmo ou apenas uma? São filhos de Éris? São servos de Ares? Tiveram alguma participação na titanomaquia? Enfim, qualquer informação extra sobre tais criaturas.

Larry, sei tanto quanto você, ou seja, muito pouco sobre esse assunto. Claro que não podemos nos basear nas informações do filme, já que o próprio filme é totalmente fictício; Perseus não participou da Titanomaquia (anterior a ele) nem da Gigantomaquia (posterior a ele). Nem há uma única menção sobre Perseus ter ido aos Infernos. Os Macas me lembram Gérion, o gigante que tinha três corpos unidos.

Mencionei em minha lista de deuses que MÁQUIS foi somente uma divindade, mas é bom saber que você tenha encontrado nomes para definir um grupo de deuses que regiam as batalhas. É como Móros, o destino deificado e personalizado, quando então surgiram as Moiras, que passaram a presidir o destino. E o mais interessante disso é que seriam filhos de Éris, a discórdia, contradizendo Junito Brandão, que informou haver apenas 5 filhos de Éris.

Todo e qualquer deus que presidisse a guerra era um servo de Áres, pertenciam ao seu cortejo, inclusive Éris, Ênio, Deimos, Foibos, os Macas, Máquis, as Hisminas, as Fonos, as Androctasias, entre outros. Os Macas eram divindades primordiais, assim como Éris (sua mãe) e os Titãs; se participaram da Titanomaquia, desconheço.

Também foi a primeira coisa que lembrei quando vi os Macas no filme, Gerião. Pensei: putz, inventaram agora de colocar um monte "geriões", era só o que faltava mesmo, afinal, não duvido de nada em relação à falta de respeito que fazem à mitologia grega.

Bem intrigante esses Macas, pois já que não constam em quase nenhum dos melhores autores de mitologia, e quando constam tem informações pobres a respeito. Enfim, de qualquer forma muito obrigado Hermes, mais uma vez.

E a propósito, eu assisti o filme pela 5ª vez, e claro, vejo mais os absurdos a cada vez, cada vez maiores, mas o final... Ah, o final é de lascar. O jeito é ir aguentando essas ofensas, até quem sabe alguém resolva fazer uma adaptação à altura do mito retratado.

Abraço.

Hermes Trismegistus escreveu:Não tive coragem de gravar "Minotauro". É um filme simplesmente ridículo.

Pra mim o maior festival de mancadas épicas do cinema foi esse Minotauro, que coisa fora de rota, sem sentido e sem coerência, sem compromisso com o mito "real". O Minotauro é filho do Touro Branco de Minos com a rainha, parte homem, parte touro, já aquilo não passava de um boi brabo anabolizado com problemas de pele, Teseus e Ariadne viraram Theo e Rafaela (é isso?), a espada e o rolo de fio importantíssimos que a princesa deu ao herói foram simplesmente suprimidos do roteiro, e o maior erro de todos, o labirinto foi uma obra projetada e construída por Dédalo, o grande arquiteto da mitologia grega, só isso já depõe que deveria ser uma obra sofisticada, bem articulada, com detalhes da arquitetura grega clássica que desafiasse a inteligência, já aquilo mais parecia uma caverna depois de um terremoto. Resumindo, o filme foi um show, uma comédia, eu tive que rir pra não me irritar!

Esse com certeza mereceria ir para o tópico Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé.

Pra mim o Nostradamus falou tudo aqui:

Nostradamus escreveu:Até o episódio "O Minotauro" do Sítio do Picapau Amarelo consegue ser mais fiel do que a maioria dessas produções cinematográficas que só estão a fim de faturar. hehehe

Excelente lembrança. Comecei a ter contato com a Mitologia Grega por meio da obra de Monteiro Lobato, mas não foram pelos livros não, foi através do programa Sítio do Pica-pau Amarelo que passava na TV. As histórias eram fantásticas, era só pirlimpimpim e pronto, lá estavam eles na Grécia antiga e eu junto, voando com Ícaro e enfrentando o Minotauro com Teseu.

Não poderia deixar de lembrar de Monteiro Lobato e seus livros que falam sobre mitologia, especialmente "Os doze trabalhos de Hércules".

Este foi um dos favoritos da minha infância. Foi um dos livros que me introduziram no mundo da leitura.

Rei de Ouros escreveu:

Hermes Trismegistus escreveu:Não tive coragem de gravar "Minotauro". É um filme simplesmente ridículo.

Pra mim o maior festival de mancadas épicas do cinema foi esse Minotauro, que coisa fora de rota, sem sentido e sem coerência, sem compromisso com o mito "real". O Minotauro é filho do Touro Branco de Minos com a rainha, parte homem, parte touro, já aquilo não passava de um boi brabo anabolizado com problemas de pele, Teseus e Ariadne viraram Theo e Rafaela (é isso?), a espada e o rolo de fio importantíssimos que a princesa deu ao herói foram simplesmente suprimidos do roteiro, e o maior erro de todos, o labirinto foi uma obra projetada e construída por Dédalo, o grande arquiteto da mitologia grega, só isso já depõe que deveria ser uma obra sofisticada, bem articulada, com detalhes da arquitetura grega clássica que desafiasse a inteligência, já aquilo mais parecia uma caverna depois de um terremoto. Resumindo, o filme foi um show, uma comédia, eu tive que rir pra não me irritar!

Pô, cara, deixe um pouco pra mim. Essa película é um horror! Na verdade mais parece um filme nórdico, visto que Atenas passava por ser, no filme, um amontoado de tendas. Na época, Atenas já era cidade, com uma muralha construída desde o tempo de Cécrops. Os nomes dos personagens já dizem tudo, nada a ver! Minos mais parece um sacerdote egípcio ou coisa parecida. Ariadne (Rafaela) deveria ser adoradora da serpente e não do Minotauro, que não era nenhum deus! Talvez seja o filme épico mais furado da História! Depois, ainda temos "Fúria de Titãs", "Tróia", "Helena de Tróia", "Hércules 87", "Hércules", "Jasão e os Argonautas", e por aí vai. O melhorzinho ainda é "A Odisséia", apesar de algumas atuações medíocres.

Falando em Jasão e os argonautas, teve um filmezinho sobre o herói onde o grande Poseidon foi mostrado como um monstro do mar, feroz e irracional, agindo sob as ordens de Zeus para atacar ou se acalmar, uma tremenda falta de respeito com o rei supremo do domínio das águas.

É, é esse "Jasão e os Argonautas", que no Brasil saiu com outro nome. Traz um monte de furadas, e uma delas é que faz Idas o pai de Linces. Me colocaram um Orfeus africano (só porque ele, um trácio, passou longos anos no Egito) e mataram o coitado do Hércules. Fizeram Pélias matar Acastos... errado! Acastos sucedeu a Pélias no governo de Iolcos. Achei ridículo aquele momento em que a corda da lira de Orfeus rebentou... E fizeram um barco muito pequeno... deveria ser para 50 remadores... Ei! Vou postar a lista dos Argonautas. Boa ideia!

A lista dos Argonautas

Foram várias as listas propostas por historiadores antigos, que mantiveram alguns heróis mais importantes e mudaram outros. Cada qual com seu motivo. Eu tenho a minha lista, e alguns desses heróis com bons motivos para ter feito parte ou não.
Jáson não escolheu seus companheiros aleatoriamente. Ele foi um bom estrategista, pensou muito em quem deveria convidar, e fez o convite a vários de seus amigos de infância, a maioria discípulos do centauro Quíron. Mas a notícia se espalhou rapidamente, e centenas de homens decididos acabaram por encher as ruas de Iolcos. Foi preciso realizar disputas atléticas para selecionar os melhores. Jáson teve que escolher entre eles estrategistas, médicos, timoneiros, adivinhos, guerreiros, homens fortes, conhecedores das estrelas, marujos... e um bom ritmista, para dar ritmo aos remadores. Deveriam haver 50 remadores, mais alguns tripulantes para outras funções.

Minha lista:

Jáson, capitão da nau, e seu tio Íficles, filho do rei Fílacos;
Héracles, o mais forte de todos eles, seu sobrinho e escudeiro Íolas e seu criado Hilas, filho do rei Teiodamas, que certamente, por ser tão jovem, não tomaria o remo, mas serviria como escanção;
Péas, filho de Táumacos;
os irmãos Butes e Eríbotes, filhos de Téleon e Zêuxipe;
os irmãos Dióscuros — Cástor, domador de cavalos, e Pólux, o pugilista — e seu tio Íficles, filho do rei Téstios;
os irmãos Peleus e Télamon, filhos do rei e herói Éacos;
os irmãos Polífemos e Ceneus, filhos do lápita Élates e Hipe, e ainda Côronos e Fócas, filhos de Ceneus;
Ífitos e Clítios, filhos de Êuritos;
os poderosos irmãos Ídas e Linces, filhos de Afareus — Linces, que tinha o dom da visão penetrante, foi escolhido para vigia no alto do Árgo;
o músico trácio Orfeus, filho de Éagros — seguia na qualidade de animador, dando ritmo aos remadores;
Cefeus e Anfídamas, filhos do famoso rei Aloeus, dos árcades;
o príncipe cretense Deucálion, filho do grande rei Minos;
Ídmon, filho de Apolo, que seguia na qualidade de adivinho;

os irmãos Êuritos e Equíon, filhos do deus Hermes, com o encargo de mensageiros e embaixadores;
os irmãos Boréades — Zetes e Cálais, os filhos do Vento, que tinham fama de serem alados;
Admetos — que, no regresso, desejava casar-se com a princesa Alceste, filha de Pélias;
Asclépios, filho de Apolo, que seguia na qualidade de médico da expedição;
Menoécios, filho de Áctor;
Anfíon, filho do soberano Hiperásios, de Palene;
Pálemon, filho do herói Étolos;
Náuplios, experiente marujo, filho do famoso navegante Náuplios, de igual nome;
Astérion, herói pertencente à casa real de Estênelos, filho do herói Perseus — portanto, parente de Héracles;
Fáleros, filho do famoso arqueiro Álcon;
o adivinho Mopsos, filho de Âmpix;
Oíleo, filho de Laódocos;
o timoneiro Éufemos, filho de Poseidon — que herdara do pai o dom de caminhar sobre as águas;
o pastor Laertes, filho de Arcésios e descendente de Céfalos;
o timoneiro oficial do Árgo, Tífis, filho de Forbas — segundo um boato, diziam-no filho de Poseidon;
o herói árcade Anceus, filho do deus Posseidon, que seguia também na qualidade de timoneiro;
Meléagros, príncipe da casa de Oineus, rei de Cálidon;
Eurítion e Eurídamas, filhos do rei Áctor, de Opunte, na Élide;
os filhos de Dionísios — Flias, Fanos e Eumédon;
Erginos, filho de Posseidon, senhor dos mares, e companheiro de Flias;
Cantos, filho de Abas;
Anceus, filho do deus Áres;
Aetálides, filho do deus Hermes e Eupóleme;
a jovem e belíssima Atalanta, a única mulher do grupo, foi admitida no Árgo, a convite de Jáson, apesar dos protestos, já que não faria parte do grupo de remadores;
e os irmãos Nestor, Periclímenos e Astérios, filhos de Neleus, portanto sobrinhos do rei Pélias. No entanto, ao saber o rei que Nestor pretendia acompanhar Jáson, foi retido e impedido de prosseguir. Pélias não admitiria que um parente seu se aventurasse em tal expedição, já que esperava que tal feito viesse a falhar e morressem todos.

No entanto, Periclímenos e Astérios, para evitar que o rei lhes impedissem também de prosseguir, não fizeram parte do banquete no palácio. Então, Pélias não soubera que se faziam presentes em Iolcos, e não pôde impedi-los.
Sorrateiramente, pretendendo mostrar o valor a seu pai, Acastos, filho do rei Pélias, escondeu-se na embarcação e só foi descoberto quando o Árgo já estava em alto-mar. No regresso dos Argonautas, Acastos roubou o tosão de ouro e apresentou-o ao pai Pélias, com o intuito de ser digno de reinar em seu lugar. De fato, após a morte de Pélias, Acastos subiu ao trono, tendo consigo o tosão, troféu que lhe daria poder, glória e riqueza. Mas Jáson e os seus companheiros conseguiram recuperar o tosão de ouro e levaram-no para Orcômenos, lugar de origem de Frixos e Héle.

Um dos nomes mencionados em outras listas foi Teseus. Porém, para mim, não poderia ter participado, pois Teseus só conheceu Medéia em Atenas, quando ele se apresentou ao seu pai (ou padrasto) Egeus. Medéia tentou envenená-lo. Por isso, a expedição dos Argonautas aconteceu quando Teseus ainda estava em Troézen, na Argólida, junto com sua mãe Aetra e seu avô Piteus. E Medéia se encontrava em Atenas justamente depois de ter provocado a morte de Pélias, o rei de Iolcos, e de Creúsa, a noiva de Jáson.

Eu já ouvi muitas historias a respeito do velocino de ouro, mas nunca um final...

Ele foi muito corajoso, sacrificado em honra a Ares, resgatado por Jasão, etc... mas afinal, com quem ficou sua pele??? Com Jasão??? E se ficou com Jasão, depois de sua morte, pra quem ele foi???

Eu já vi várias ilustrações de Hades vestindo uma pele de carneiro negra e já ouvi falar que o velocino fica negro quando tocada por alguém com más intenções, então seria a pele com Hades a pele do velocino???

Por favor, me respondam porque eu tô ficando confuso...

O Velocino de Ouro pertencia originalmente ao carneiro que tinha salvo os filhos de Atamante, Frixo e Hele, de serem sacrificados a Zeus sob as ordens de sua malvada madrasta Ino. De acordo com a lenda, o carneiro pegou as crianças em sua casa em Orcomenos e então voou para leste, com elas montadas em suas costas. Ao cruzarem o estreito canal que separa a Europa da Ásia, Hele caiu das costas do carneiro, dando seu nome ao mar abaixo, o Helesponto. Mas Frixo continuou o voo até o Mar Negro, até que o carneiro desceu em Cólquida, na corte do rei Eestes. Eestes recebeu Frixo de maneira gentil, e, quando o menino sacrificou o carneiro a Zeus, entregou o maravilhoso velocino ao rei. Eestes dedicou o velocino a Ares e o depositou num bosque sagrado ao deus da guerra, sendo guardado por uma temível serpente.

Hermes Trismegistus escreveu:Me colocaram um Orfeus africano (só porque ele, um trácio, passou longos anos no Egito)

Hermes, deve ser a onda do politicamente correto. Há um pensamento em Hollywood que deve haver um percentual de atores negros em qualquer elenco.

Inclusive há uma adaptação brasileira para cinema de um Orfeu habitante de favela carioca com o vocalista do Cidade Negra. É muito bom, mas a narração deixa claro o tempo e o espaço onde o mito está de novo ocorrendo. Excelente. Principalmente ele procurando Eurídice no inferno e sendo despedaçado pelas bacantes.

Não sou racista, mas sou realista, pelo menos baseando-me em evidências. Por que alguns filmes apresentam Orfeus negro? Em que se baseiam? Só por que Orfeus passou parte de sua vida no Egito se doutrinando? Ele era trácio, filho de um rei autóctone, o deus-rio Éagros, e de uma musa, Calíope. Até onde eu sei, os trácios tinham sua origem branca, nórdica. De onde tiraram a ideia de Orfeus ter sido negro, ou então semita? Li algumas coisas desse tipo e assisti isso em "Jasão e os Argonautas".

Mas nórdico também não dá para afirmar, porque todos os indoeuropeus eram brancos, mas com cor de olho, pele e cabelo extremamente variáveis, exceto os germanos que tinham um percentual de louros e ruivos absurdamente alto. Trácio bem poderia ter olhos e cabelos escuros.

Houveram dois filmes com este nome. Refiro-me ao que foi feito uma confusão dos diabos... No Brasil, o filme levou outro nome, algo como "A espada do gladiador" ou coisa parecida. Não tem nada a ver... Héracles morre no filme, Ídas é pai de Zétes, Árgos é irmão de Medéia, não haviam 50 Argonautas (nem a pau!), Fineus tem os olhos costurados... Um horror! E ainda por cima, Orfeus é NEGRO e toca tambor pra dar ritmo aos remadores (costume romano).